(ZENIT – Roma, 7 Abr. 2017).- O Secretário para as Relações com os
Estados da Santa Sé, Dom Paul R. Gallagher, num discurso nesta
quarta-feira em Bruxelas, falou na Conferência sobre o tema “Apoiar o
futuro da Síria e da região”, informou Radio […]
foto: AIS |
(ZENIT – Roma, 7 Abr. 2017).- O Secretário para as Relações com os
Estados da Santa Sé, Dom Paul R. Gallagher, num discurso nesta
quarta-feira em Bruxelas, falou na Conferência sobre o tema “Apoiar o
futuro da Síria e da região”, informou Radio Vaticano.
A crise entrou no seu sétimo ano e “a Santa Sé continua profundamente
preocupada pelo imenso sofrimento humano que atinge milhões de crianças
inocentes e outros civis, que continuam a ser privados de ajudas
humanitárias essenciais, como estruturas médicas e educação. Exorta
ainda ao pleno respeito do direito humanitário internacional,
especialmente no que diz respeito à proteção das populações civis,
garantindo-lhes o acesso aos cuidados médicos necessários. A Santa Sé
manifesta ainda a sua preocupação pelas condições e tratamento dos
prisioneiros e detidos”, disse Gallagher.
O objectivo da conferência quer “renovar os compromissos humanitários
assumidos pela comunidade internacional no ano passado em Londres, e
procurar as melhores formas de apoiar uma solução política duradoura
para a crise na Síria, que seja inclusiva e guiada pelos sírios”.
Dom Gallagher lembrou o apelo do Papa Francisco à comunidade
internacional “para que trabalhe com diligência para dar vida a
negociações sérias que coloquem para sempre a palavra fim ao conflito,
que está provocando um verdadeiro desastre humanitário” e para que cada
uma das partes em causa considere “como prioridade o respeito do direito
humanitário internacional, garantindo a proteção dos civis e a
necessária assistência humanitária à população”.
“A Santa Sé – disse o representante vaticano – aprecia a ênfase
colocada nesta conferência de doadores de ajudas humanitárias e os
esforços para apoiar o cessar-fogo e uma solução política para a crise, e
une a sua voz aos apelos em favor de mais financiamentos para auxiliar
os deslocados internos, os refugiados e as comunidades de acolhimento em
países vizinhos que sofrem o impacto”. Em seguida, assegurou que no
próximo ano a Igreja Católica continuará empenhada em prosseguir a sua
assistência humanitária.
Don Gallagher disse que a Santa Sé e da Igreja Católica, através da
sua rede de organizações de caridade, ajudou a fornecer 200 milhões de
dólares para a assistência humanitária para beneficiar diretamente mais
de 4,6 milhões de pessoas na Síria e na região: “na distribuição de
ajuda, as agências e as entidades católicas não fazem distinção quanto à
identidade religiosa ou étnica daqueles que precisam de ajuda e sempre
procuram dar prioridade aos mais vulneráveis e mais necessitados. Esta
abordagem também foi demonstrada através da abertura, em janeiro, de um
centro Caritas na parte muçulmana de Aleppo e o projeto ‘Hospitais
abertos’, que busca abrir os hospitais católicos em Aleppo e Damasco, e
torná-los totalmente operativos para as necessidades da população local,
especialmente os pobres e desfavorecidos”.
“Motivo de profunda preocupação continua a ser para nós a situação de
vulnerabilidade dos cristãos e das minorias religiosas no Oriente Médio
que sofrem excessivamente os efeitos da guerra e da agitação social na
região, a tal ponto que sua presença e sua existência são altamente
ameaçadas. Como o Papa Francisco repetidamente recordou, a sua presença
permanente pode permitir-lhes cumprir seu papel histórico e fundamental
em contribuir para a coesão social daquela sociedade, o que será de
fundamental importância para o futuro de toda a região” concluiu o
arcebispo.
in
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