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domingo, 23 de abril de 2017

Papa Francisco presta homenagem aos mártires dos séculos XX e XXI

Na Basílica de São Bartolomeu. Iniciativa promovida pela comunidade de Santo Egídio



(ZENIT - Roma, 22 Abr. 2017).- O Papa Francisco Pontífice presidiu na tarde de sábado a Liturgia da Palavra em memória dos novos mártires “assassinados pelas insanas ideologias do século passado ou só porque discípulos de Jesus”. Foi na Basílica de S. Bartolomeu na ilha Tiberina, da Comunidade de Santo Egídio em Roma.

Na sua homilia o Papa disse: “A lembrança dessas heróicas testemunhas antigas e recentes nos confirmam a consciência de que a Igreja é Igreja de mártires. Tiveram a graça de confessar Jesus até o fim, até a morte. Eles sofrem, dão a vida, e nós recebemos a bênção de Deus por seu testemunho”.

Em momentos difíceis da história –indicou o Santo Padre– se diz que a pátria necessita de heróis. Já a Igreja necessita de mártires, de testemunhas, dos santos de todos os dias que testemunham Jesus com a coerência de vida e daqueles que o testemunham até a morte. E citou os muitos “mártires escondidos”: homens e mulheres que na vida quotidiana tentam ajudar os irmãos e amar a Deus sem reservas.

O Papa falou ainda da causa de toda perseguição, isto é, o “ódio do príncipe deste mundo”. E a origem do ódio é esta: porque fomos salvos por Jesus, ele nos odeia e suscita a perseguição que, desde os tempos de Jesus, continua até o nossos dias.

Deixando o texto de lado, o Papa indicou de uma mulher que ele não conhece o nome, mas de quem o marido contou a história quando Ele visitou a ilha grega de Lesbos:

No campo de acolhimento de refugiados, um homem de cerca 30 anos, muçulmano casado com uma cristã e pai de três filhos, que viu a mulher ser degolada por se recusar a tirar o crucifixo diante dos terroristas. “Nós nos amávamos tanto”, disse sem rancor o muçulmano ao Papa. “Este ícone eu trago hoje como presente”.

“Não sei se aquele homem conseguiu sair daquele campo de concentração”, assim definiu o Papa o local devido à quantidade de pessoas. “Aprecio o empenho de acolhimento de alguns povos generosos, mas parece que os acordos internacionais são mais importantes do que os direitos humanos.”

“A herança viva dos mártires doa hoje a nós paz e unidade. Eles nos ensinam que, com a força do amor, com a mansidão, se pode lutar contra a prepotência, a violência, a guerra e se pode realizar a paz com paciência. E então podemos assim rezar: Ó Senhor, torne-nos dignas testemunhas do Evangelho e do seu amor; efunde a sua misericórdia sobre a humanidade; renove a sua Igreja, proteja os cristãos perseguidos, conceda em breve a paz ao mundo inteiro.”

(Fontes: Corresponsal e Radio Vaticano)

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