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sexta-feira, 10 de março de 2017

Penúltimo dia dos Exercícios Espirituais do Papa Francisco e de membros da Curia

Retiro espiritual quaresmal do Papa concluirá na sexta-feira



(ZENIT- Roma, 9 Mar. 2017).- Os Exercícios Espirituais do Papa Francisco e de membros da Curia Romana chegam esta quinta-feira a seu penúltimo dia.


Em andamento desde domingo passado na Casa Divino Mestre de Ariccia, o Retiro espiritual quaresmal do Papa concluirá na sexta-feira.

“Não somente os discípulos têm dificuldade de acreditar que tenha voltado à vida, e isso é verdade; mas isso é possível propriamente porque morreu verdadeiramente,” esclareceu o pregador

E lembrou que os detalhes que descrevem a morte de Jesus são “incômodos”, cruentos, definidos “critérios de desconcerto”. Como “o sentido de abandono que Jesus viveu na Cruz”.

Asim há quem acredite que Jesus estivesse chamando Elias. Claro, o profeta que teria voltado: mas o que poderia ter feito? Fazê-lo descer da Cruz?

O frade menor indicou que Se trata de um grande mal-entendido: Jesus não está pedindo ajuda a Elias e nem mesmo ao Batista; Jesus está – com um grito – chamando o Pai. Mas o Pai silencia.”

“Terá que esperar ressurgir e estar com seus discípulos, deter-se com eles à mesa durante 40 dias para acompanhar os discípulos segurando-os pelas mãos, eles que não entendem.”

Em seguida, o pregador dos Exercícios espirituais recordou que “além” desta última tortura, há também a “lança do centurião”. Em seguida, examinou a passagem que explica o golpe de lança.

Por fim, a meditação lembrou as mulheres presentes: “Talvez também aqui, como alguns notaram, o evangelista Mateus que poderia até mesmo ter inspirado João – queira dizer que Ela está presente, mas num modo muito oblíquo, até mesmo com um realce, uma estratégia retórica não chamando-a ‘a Mãe do Senhor’, mas ‘Maria, a mãe de Tiago e de José’.

Por qual motivo? Alguém escreveu –é uma hipótese interessante– que Maria, a Mãe de Jesus, não é mais simplesmente Ela e Jesus, não é mais simplesmente o Filho e Maria. Como depois Maria, no Evangelho segundo São João, não será mais simplesmente a Mãe de Jesus, mas a Mãe do discípulo amado e, portanto, Mãe da Igreja. Do mesmo modo Maria, na Paixão narrada por São Mateus, está presente e seria, porém, a mãe de Tiago e de José, isto é, de seus irmãos: e, por conseguinte, também para nós, para este Evangelho, a Mãe da Igreja.”

O franciscano convidou assim a perguntar-se se, devido a “fechamentos” ou por orgulho, não se entendem os outros, não tanto porque as coisas que dizem “são pouco claras”, mas simplesmente porque “não querem compreender”. E convidou a “colher a presença de Deus” também no “ordinário do cotidiano” ou no “olhar do outro”.

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