Retiro espiritual quaresmal do Papa concluirá na sexta-feira
(ZENIT- Roma, 9 Mar. 2017).- Os Exercícios Espirituais do Papa
Francisco e de membros da Curia Romana chegam esta quinta-feira a seu
penúltimo dia.
Em andamento desde domingo passado na Casa Divino Mestre de Ariccia, o
Retiro espiritual quaresmal do Papa concluirá na sexta-feira.
“Não somente os discípulos têm dificuldade de acreditar que tenha
voltado à vida, e isso é verdade; mas isso é possível propriamente
porque morreu verdadeiramente,” esclareceu o pregador
E lembrou que os detalhes que descrevem a morte de Jesus são
“incômodos”, cruentos, definidos “critérios de desconcerto”. Como “o
sentido de abandono que Jesus viveu na Cruz”.
Asim há quem acredite que Jesus estivesse chamando Elias. Claro, o
profeta que teria voltado: mas o que poderia ter feito? Fazê-lo descer
da Cruz?
O frade menor indicou que Se trata de um grande mal-entendido: Jesus
não está pedindo ajuda a Elias e nem mesmo ao Batista; Jesus está – com
um grito – chamando o Pai. Mas o Pai silencia.”
“Terá que esperar ressurgir e estar com seus discípulos, deter-se com
eles à mesa durante 40 dias para acompanhar os discípulos segurando-os
pelas mãos, eles que não entendem.”
Em seguida, o pregador dos Exercícios espirituais recordou que “além”
desta última tortura, há também a “lança do centurião”. Em seguida,
examinou a passagem que explica o golpe de lança.
Por fim, a meditação lembrou as mulheres presentes: “Talvez também
aqui, como alguns notaram, o evangelista Mateus que poderia até mesmo
ter inspirado João – queira dizer que Ela está presente, mas num modo
muito oblíquo, até mesmo com um realce, uma estratégia retórica não
chamando-a ‘a Mãe do Senhor’, mas ‘Maria, a mãe de Tiago e de José’.
Por qual motivo? Alguém escreveu –é uma hipótese interessante– que
Maria, a Mãe de Jesus, não é mais simplesmente Ela e Jesus, não é mais
simplesmente o Filho e Maria. Como depois Maria, no Evangelho segundo
São João, não será mais simplesmente a Mãe de Jesus, mas a Mãe do
discípulo amado e, portanto, Mãe da Igreja. Do mesmo modo Maria, na
Paixão narrada por São Mateus, está presente e seria, porém, a mãe de
Tiago e de José, isto é, de seus irmãos: e, por conseguinte, também para
nós, para este Evangelho, a Mãe da Igreja.”
O franciscano convidou assim a perguntar-se se, devido a
“fechamentos” ou por orgulho, não se entendem os outros, não tanto
porque as coisas que dizem “são pouco claras”, mas simplesmente porque
“não querem compreender”. E convidou a “colher a presença de Deus”
também no “ordinário do cotidiano” ou no “olhar do outro”.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário