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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Educar, o mais humano e humanizador de todos os esforços…

No mundo em que nos cabe viver, onde nos angustia a crueldade, a barbárie, muitas vezes não muito longe de nós, colhemos uma expressão de quanto pode descer o ser humano e quanto pode fazer das suas capacidades, das suas potencialidades. Surpreende-nos sempre esta cultura destrutiva do século XXI, que o Papa Francisco já classificou como período de “Terceira guerra mundial aos pedaços”… Fixando-nos no desenvolvimento científico e tecnológico, verificamos que nas mãos de alguns ele pode ser elemento de destruição e de morte, mas nas mãos de outros é, sem dúvida, um instrumento privilegiado para conservar, preservar e enriquecer a vida humana.

É paradoxal que tenhamos alcançado triunfos inigualáveis no campo da ciência, tecnologia, arte, que por vezes desencadeiam uma correria vertiginosa, que nos pode fazer perder o norte fundamental, o objetivo essencial de todo o esforço. Objetivo esse que consideramos primordial para o pleno desenvolvimento da pessoa humana e que deve estar acima de qualquer outro valor social.

Educar, não é senão edificar a humanidade em cada homem, em cada mulher; educar é, sem sombra de dúvida, o mais humano e humanizador de todos os esforços, de todos os empenhos.

Nascemos humanos mas isso não basta, temos de chegar a sê-lo! Os outros seres vivos nascem sendo já definitivamente o que são. Mas nós, homens e mulheres, nascemos para a humanidade, para sermos humanos. Mas só o seremos plenamente quando os demais nos contagiarem com a sua própria humanidade, e com a nossa participação.

Assim, a educação significa um crescimento permanente nessa inefável e prodigiosa aventura compartilhada, sendo necessário que a ação educativa se fundamente na premissa de que o próprio do ser humano não é tanto o mero aprender, mas sim o que fica no final da educação, o que fica na alma e no coração, mesmo depois de esquecermos o que nos disseram. Ficam os rastos indeléveis feitos vida!...

Educar é converter alguém em pessoa, mas é também a base para edificar uma trajetória pessoal adequada. Etimologicamente, significa acompanhar e extrair. Por isso, educar é cativar com argumentos positivos, entusiasmar com os valores, seduzir com o excelente. Isto significa comunicar conhecimentos e promover atitudes, isto é, informar e formar.

Educar, não é apenas ensinar a alguém Matemática, Literatura, Arte ou Contabilidade, mas sim prepará-lo para que viva a sua biografia da melhor maneira possível. Apetrechá-lo de regras de urbanidade e convivência, hábitos para não ser sujeito amorfo, anónimo e impessoal…

A educação é a estrutura do edifício pessoal; a cultura é a decoração, a estética da inteligência. A primeira ensina a nadar para não se ver arrastado pelas marés de todo o tipo que ameaçam o ser humano; a segunda ensina a viver com sabedoria.

Assim, educação e cultura formam um tecido humano onde se dão influências recíprocas, com fronteiras difusas e limites mal definidos.

Por tudo isso, a educação não pode entender-se como um mero aprender, mas antes aprender de outros seres humanos, ser ensinados por eles e, em consequência, a verdadeira educação não consiste em ensinar a pensar, – ainda que isso seja importante – mas sim em aprender a pensar sobre aquilo em que se pensa e, nesse momento de reflexão, é inevitável que nos consideremos parte de uma sociedade de outros seres pensantes.

Na realidade, nada expressa melhor o que somos como povo, como país, como centro educativo, do que a forma como concebemos e realizamos as nossas tarefas educativas: teremos tanto mais êxito quanto mais êxito tenha o esforço educativo nacional; seremos também tanto mais desenvolvidos, quanto mais longe cheguemos no nosso esforço pela educação.

Mas a fecundidade da vida não se consegue unicamente com o conhecimento, nem com o trabalho realizado através de uma atividade frenética mas, sobretudo, com os frutos do conhecimento impregnados e envolvidos em uma mais ampla cultura do amor.

Necessitamos de evitar o risco de converter o homem e a mulher em escravos de valores puramente económicos, libertando-os da unilateralidade técnica e ajudando-os a transcender para os âmbitos do conhecimento da verdade: a valorização da beleza, do amor, do bem, da virtude!...

Maria Helena Marques
Prof.ª Ensino Secundário









Cidades Sustentáveis e Integradoras para Todos

As cidades são locais onde as oportunidades no sentido de se alcançar a prosperidade e o bem-estar coexistem com as desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres. Torna-se mais fácil nas cidades aumentar o rendimento, progredir na carreira, aumentar o nível de habilitações académicas ter um maior acesso aos diferentes serviços e estruturas, aos espaços culturais e de lazer, entre muitos outros pontos positivos. Mas será assim para todos?

Não é de todo verdade, ou seja, as desigualdades são enormes. Numa época em que a OCDE- (Organização para a Cooperação Económica e o Desenvolvimento) cujo lema é: “Melhores Políticas para melhores Vidas”, propõe uma nova abordagem para o crescimento que assegure que nenhuma parte da sociedade deve ser deixada para trás…acrescentando ainda que melhorar as condições de alojamento, garantir a educação, promover o emprego, criar uma boa rede de transportes, são os principais fatores a ter em conta quando se pretende promover a igualdade social nas cidades sendo que: “As cidades são inclusivas quando todos os grupos contribuem e beneficiam”.

É verdade esta caracterização prende-se com várias necessidades sentidas ao nível das nossas cidade e não só. Claro que me refiro, sobretudo, na perspetiva dos mais idosos e das famílias questionando as condições existentes nas cidades. Em 2030, prevê-se que dois terços da população global vivam nas cidades, sendo que estas áreas urbanas são essenciais para o desenvolvimento social, para a prosperidade económica e para a erradicação da pobreza. Os centros urbanos albergam a maioria da população de cada país, esperando-se mesmo que em 2050, cerca de 70% da humanidade viva em cidades.

As cidades e as comunidades são lugares nos quais vivemos, partilhamos, criamos, construímos e sonhamos juntos. Vamos torná-las mais sustentáveis, inclusivas e prósperas para todos. (Ban ki-moon ONU).

As cidades são inclusivas quando constituem uma resposta que contemple o desafio demográfico, promovendo a sustentabilidade das suas famílias, tendo igualmente uma resposta eficaz às necessidades específicas das crianças e dos idosos, promovendo igualmente as relações intergeracionais.

Inverter os processos de exclusão social e de pobreza, através da educação e da qualificação, da promoção do pleno emprego, do acesso à habitação, aos diferentes serviços e equipamentos, às acessibilidades (recordo as dificuldades com que se confrontam nas nossas cidades muitos idosos e deficientes que são obrigados a permanecer em casa por falta de condições de acessibilidade, as cadeiras de rodas que não conseguem circular, os elevadores ou as suas alternativas que são escassos, sendo que há muito a fazer nesta área no sentido de eliminar todas as barreiras arquitetónicas, entre elas, os nossos passeios com necessidade de adequação às novas realidades existentes), entre muitos outros aspetos relacionados com a promoção do bem-estar social, da proteção do meio ambiente.

O que deu origem à narrativa deste artigo, teve por base um convite recebido para participar numa sessão promovida pelo Departamento dos Assuntos Económicos e Socias para Políticas de Desenvolvimento, no dia 6/2/2017, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, subordinada ao tema ”Cidades Inclusivas para Famílias Sustentáveis”, Uma resposta Adequada ao Desafio Demográfico.

Também se prende com o ter assistido a uma conferência que tinha por base a humildade. Referiu o conferencista: “Devemos aprofundar mais a humildade, que constitui a porta da caridade, que se encontra na base de todas as outras virtudes”, referiu ainda: “Deus é Amor. Os sinais do Amor de Deus no mundo e em cada um de nós. O Amor de Deus é inseparável ao amor aos outros”. Recordou as palavras de Jesus: “Dou-vos um mandamento novo. Que vos ameis uns aos outros como Eu vos Amei”. O conferencista questionou ainda se, passo a citar: “se nós transmitimos à nossa volta a bondade, a ternura do Amor de Deus, num crescendo concreto com obras”. São Josemaria no livro A Forja refere que “Devemos pedir a Deus a fé, a esperança, a caridade, com humildade…A humildade nasce do fruto do conhecimento de Deus e do conhecimento de si próprio”.

Estas considerações levam-me a pensar se vemos Jesus nos mais necessitados, se procuramos dar o nosso contributo. A meditação do amor de Jesus deve-nos ajudar a viver a caridade com todos.

“Enquanto país integrado na União Europeia cujo lema cujo lema consiste em “Unidade na Diversidade” por que se anseia com a diversidade própria de cada um, valorizando as tradições individuais; tomando consciência da sua história e das suas raízes libertando-se de tantas manipulações e fobias…É preciso ter sempre em mente a arquitetura própria da União Europeia assente sobre os princípios da solidariedade e da subsidiariedade, de tal modo que prevaleça a ajuda recíproca e que seja possível caminhar animados por mútua confiança.

Mas, então, como fazer para se devolver a esperança no futuro, de modo que, a partir das novas gerações, se reencontre a confiança para perseguir o grande ideal de uma Europa unida e em paz, criativa e empreendedora, respeitadora dos direitos e consciente dos próprios deveres?

Um dos famosos frescos de Rafael que se encontram no Vaticano representa a chamada Escola de Atenas. No centro estão Platão e Aristóteles. O primeiro com o dedo apontado para o alto, para o mundo das ideias, poderíamos dizer o céu, o segundo estende a mão para a frente, para o espetador, para a terra, a realidade concreta…o céu indica abertura ao transcendente…a terra representa a sua capacidade de enfrentar as situações e problemas”… (Discurso do Papa Francisco no Parlamento Europeu).
Maria Helena Paes












Uma bela Igreja situada em Telheiras, Lisboa

Não sabia o local que iria escolher para batizar a minha neta. Alguém referiu esta igreja paroquial como sendo muito bonita, simples, acolhedora com uma linda história que não resisto a contar.

*Por volta de 1578 D. João de Cândia, conhecido como o Príncipe Negro, que nasceu em Cândia na ilha do Ceilão (atual Sri Lanca), filho do Rei D. Filipe, rei de Cândia. É batizado no ano de 1588 em Goa. Forçado a abandonar o seu reino em 1582, procurou proteção, junto dos portugueses. Viveria cerca de 15 anos no Colégio dos Reis Magos, perto de Goa. Em 1610 vem para Portugal a seu pedido e por ordem de D. Filipe II. Fica inicialmente no Convento de S. Francisco em Lisboa.

Em 1611 recebe ordens sacras. Por volta de 1625 adquiriu um terreno em Telheiras que será conhecido como a Quinta do Príncipe. Nesse ano funda a Irmandade de Nossa Senhora da Porta do Céu e do Glorioso S. João Batista, de que é o primeiro irmão e juiz. Em 1626, renuncia aos seus direitos, aos reinos de Cândia, Cota, Ceitavaca e Setecorlas, no Ceilão, recebendo do Rei Filipe III mais de 4000 cruzados anuais em pensões eclesiásticas.

Mandou erigir em Telheiras pelos anos de 1625, um Oratório e posteriormente um Convento, sob a invocação de Nossa Senhora da Porta do Céu, que entrega aos franciscanos, destinando-se à convalescença dos religiosos. Doa ao convento grande número de alfaias preciosas destinadas ao culto litúrgico. Morre em 1642, tendo sido sepultado na sua ermida de Telheiras. Por volta de 1700, o Convento é objeto de uma campanha de obras.

O governo do Convento é então entregue a Frei Manuel da Esperança. Em 1708, os frades procederam à trasladação dos ossos de D. João de Cândia. Foi sepultado em carneiro sob o altar-mor. Os restos iriam ser trasladados para o lado esquerdo da capela-mor onde foram colocadas as suas pedras sepulcrais tendo por baixo uma legenda: “Aqui se encontram sepultados os ossos do Príncipe de Cândia que fundou esta sagrada casa de Maria”. O Marquês colocá-los-á num túmulo que o Príncipe se havia destinado. O brasão e a lápide serão retirados em 1927 para o Museu do Convento do Carmo. Com o restauro de 1941, os ossos do Príncipe assim como de todos os outros defuntos que jaziam na capela-mor foram colocados em carneiro primitivo, onde indiscriminadamente ainda se encontram.

Os reis visitavam e frequentavam o Oratório. A nobreza acompanhou a realeza, e Telheiras enobreceu-se. Em 1752, o Convento conhece um período áureo. D. José I e D. Mariana Vitória eram Juízes da Irmandade de Nossa Senhora da Porta do Céu. O futuro Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho, presidente da Mesa desta Irmandade, ordenou a sua rápida reconstrução na sequência do terramoto de 1755, tendo as obras ficado concluídas em 1768. Em 1833, no quadro da guerra civil, o convento é ocupado pelo exército liberal: os frades abandonam o local sendo a Igreja saqueada e a biblioteca destruída. Em 1834 é decretada a extinção do convento. Em 1910, por ocasião da instauração da República, as dependências conventuais são ocupadas por diversas famílias sendo instalada na Igreja uma serralharia civil. Em 1940, é dada a ordem de restauro da Igreja. A campanha de obras tem início em 1941, permitindo a sua reabertura ao culto.

Em 2004, é criada a Paróquia de Nossa Senhora da Porta do Céu. Em 2006 são realizadas profundas obras de restauro através de financiamento público e privado, os quais deram à igreja uma nova visibilidade. Ainda mais umas palavras sobre a Igreja de Nossa Senhora da Porta do Céu: Trata-se na realidade de uma invocação pouco comum, como titular de uma igreja, embora já conhecida desde os primeiros cristãos. A Virgem é representada com o Menino ao colo e uma chave na mão fazendo alusão à sua intercessão como porta de entrada no céu.

A imagem com esta invocação terá sido encomendada por D. João de Cândia “a um primoroso escultor, do qual tinha conhecimento que havia nas Índias de Castela”, segundo Frei Agostinho de Santa Maria. Foi introduzida nesta Igreja em camarim e trono de talha dourada. A chave de prata que a Virgem tinha na mão circulava entre as casas dos doentes da zona, sendo em particular depositada nas mãos dos moribundos, para que Nossa Senhora lhes abrisse as portas do céu. Esta devoção ainda se mantém hoje em dia.

A capela-mor é presidida por esta imagem. Dos dois lados da capela-mor, existem corredores que dão acesso às tribunas, que ligavam a igreja ao convento. A sepultura do Príncipe de Cândia está atualmente assinalada pela pedra funerária que se encontra diante do altar-mor.

Gostei imenso da história desta Igreja. Se Deus quiser, o batizado da minha neta terá aqui lugar, quando Deus quiser. Será excelente, quando a Maria Luísa, numa cerimónia simples passe a fazer parte da Igreja.

De repente, recordei que já tinha lido algures, uma narrativa sobre Maria-Porta do Céu. Pesquisei um pouco tendo conseguido encontrar. “Conta-se que Frei Leão, um leigo que acompanhava sempre S. Francisco de Assis, que, depois da morte do Santo, depositava todos os dias sobre o seu túmulo flores e meditava sobre as verdades eternas. Certo dia, adormeceu e teve uma visão do dia do Juízo. Viu que se abria uma janela e aparecia Jesus, o amável Juiz, acompanhado por S. Francisco. Fizeram uma escada vermelha, que tinha os degraus muito espaçados, de tal maneira que era impossível subir por ela. Todos tentavam e pouquíssimos conseguiam subir. Ao cabo de um certo tempo, como subia da terra um grande clamor, abriu-se outra janela, à qual apareceram novamente Jesus e S. Francisco, mas com a Virgem ao lado do Senhor. Lançaram outra escada, mas esta era branca e tinha os degraus mais juntos. Todos, com imensa alegria, iam subindo. Quando alguém se sentia especialmente fraco, Santa Maria animava-o, chamava-o pelo nome, enviando algum dos seus anjos que a serviam, para que o ajudassem. E assim todos foram subindo um atrás do outro”.

Não deixa de constituir uma lenda piedosa, que, no entanto, nos ensina uma verdade essencial e consoladora, conhecida desde sempre pelo povo cristão: com Maria, a santidade e a salvação tornam-se mais fáceis. Sem Nossa Senhora tudo se torna, não só mais difícil… pois Deus quis que Ela fosse “a dispensadora de todos os tesouros que Jesus conquistou… A Virgem não é só a porta do Céu - Ianua caeli - mas também uma ajuda poderosíssima para o alcançar… Ela está sempre disposta a conceder-nos tudo o que lhe queiramos pedir e possa ser útil à nossa salvação”. (F. Fernandez-Carvajal, FALAR COM DEUS)

Maria Helena Paes







Era un matrimonio en crisis: transformado por la Virgen y Juan Pablo II ahora ayuda a muchas parejas

ReL  30 enero 2017

José Luis y Magüi ayudan ahora a muchos matrimonios
José Luis y Magüi ayudan desde su proyecto Amor Conyugal a numerosos matrimonios a afrontar graves crisis de maduración y crecimiento así como a redescubrir la belleza de la vocación matrimonial. Y lo hacen porque ellos antes eran una de esas parejas en crisis pero gracias a la Virgen y al magisterio de San Juan Pablo II su vida matrimonial experimentó un cambio radical.

Esta pareja ofrecerá su testimonio el próximo sábado 4 de febrero en la Vigilia de testimonio, adoración y alabanza Asalto al Cielo, en la parroquia de Colmenar del Arroyo (Madrid) (Plaza de España, s/n). (Ver abajo el programa del acto.)

José Luis es madrileño. Ella malagueña. Los dos de familias sociológicamente católicas, pero sin una fe viva y comprometida. Participaban en la misa dominical, confesaban de vez en cuando, pero no habían descubierto el corazón del Evangelio ni de la vida cristiana. En unas vacaciones en Málaga José Luis se enamoró perdidamente de Mag-üi. Durante cuatro años de noviazgo bajaba a Málaga todos los fines de semana para verla.

En septiembre de 1990 se casaron. Ella tenía 21 años y pronto ambos descubrieron lo enormemente diferentes que eran. Ante la diferencia del otro, que les hacía sufrir, empezaron replegarse sobre sí mismos, a aislarse, a reprocharse mutuamente esa diferencia. Fueron diez años de incomprensiones mutuas, de reproches y de conflicto.

De una crisis a otra peor
Y así llegó el primer hijo. Ella, en ese estado de soledad sufrió una depresión y empezó a creer que quizá se casó demasiado joven y que no debía haberlo hecho. Mientras tanto, la crisis se iba agravando. Él es muy casero, a ella le gusta cultivar sus amistades. Él es muy celoso, controlador y dominante, a ella le gusta salir y sociabilizarse.  Él se fue alejando de su mujer y se recluyó en su carrera profesional y en el dinero. Ella en la búsqueda de la seguridad material para su casa, en las cosas materiales, en las compras…

Así nació su segundo hijo. Esto no arregló la crisis que sufrían, sino que la agravó. Pero entonces algo ocurrió. Sus amigos de Madrid los invitaron a una peregrinación a Fátima. Allí experimentaron un encuentro vivo con la Virgen. Cada uno por separado sintieron que Ella los llamaba a apoyarse el uno en el otro, a  buscar en Juan Pablo II respuestas a su situación, a cuidar a los matrimonios y a orar y sacrificarse por los pecadores. No entendían lo que les ha pasado. Ella lo acogía con prontitud, él quedó perplejo y no sabe qué hacer.

El rezo del Rosario cambió la situación
Desde ese momento empezaron a rezar el Rosario y a tener una gran sed de comprender su vocación al amor. Comenzaron a leer mucho y a compartirlo entre ellos. Las diferencias entre ellos y las heridas que se habían hecho, pasaron a un segundo plano. Junto a esa búsqueda de respuestas para ellos, experimentaron un impulso muy fuerte de acercarse a los matrimonios, de escucharles y acompañarles.

Entonces dejaron Madrid y fueron a Málaga. Allí, un párroco los acogió en su parroquia invitándoles a colaborar en la pastoral prematrimonial. Se implicaron en la pastoral de preparación de los novios para el matrimonio . Y surgió el primer grupo de matrimonios. Los materiales que encontraban no les ayudaban a comprenderse ni a comprender el significado del amor humano, de su vocación al amor, de su relación esponsal, ni a poderlo comunicar.

Para encontrar respuestas para ellos y para sus amigos, empezaron a leer la enseñanza magisterial de Juan Pablo II sobre el amor humano, el matrimonio y la familia.

Descubrieron que la verdad del amor humano y su vocación de plenitud en Cristo, era la raíz de su sanación personal y de su relación matrimonial. A través de esta enseñanza descubrieron su dignidad a los ojos de Dios, la dignidad del otro. Recuperaron la luz para verse de un modo nuevo, y surgió de nuevo el asombro ante la dignidad, la diferencia  y la complementariedad del otro.

Jesús les hablaba en el Evangelio
La luz del Evangelio y la enseñanza de la Iglesia ponían palabras a su experiencia y les permitía responder también a las necesidades, preguntas y situaciones dolorosas de sus amigos. Empezaron a dedicar su tiempo libre a compartir su descubrimiento con los matrimonios que iban encontrando.

Ellos, y dos matrimonios más, fueron a Madrid buscando respuestas a sus preguntas. Pidieron a Dios una luz para continuar, invocaron al Espíritu Santo, abrieron la Biblia y leyeron Mateo 19, en donde Jesús habló de la indisolubilidad del matrimonio. Cerraron la Biblia, la volvieron a abrir y leyeron Marco 10, también la indisolubilidad del matrimonio. Se quedaron perplejos.

Uno de los retiros organizados por este matrimonio en Málaga

Así nació Proyecto Amor Conyugal
El Señor les había hablado. Al día siguiente fueron a misa y el sacerdote proclama la misma palabra que les había dado la tarde anterior. Los tres se miraron llorando. En la homilía el sacerdote explicó que el matrimonio era un proyecto de amor conyugal. El Señor confirmaba su camino. Su servicio a los matrimonios y a las familias se llamaría: Proyecto Amor Conyugal.

Volvieron a Málaga y a través de una serie de circunstancias dolorosas tienen que dejar la parroquia en la que habían estado sirviendo, dejar a los matrimonios y a las familias que habían acompañado, y continuar solos su camino. Lo ven una oportunidad para formarse mejor. Un sacerdote les recomendó el Instituto Juan Pablo II para la familia, y empezaron allí a formarse de forma más sistemática.

Los frutos de esta entrega
Su Obispo, monseñor Catalá los acogió y les remitió al sacerdote delegado para la Pastoral Familiar. Este les invitó a continuar en su casa con sus encuentros con matrimonios y a incorporarse a la Pastoral Familiar de la diócesis.

Actualmente Proyecto Amor Conyugal tiene cinco equipos de matrimonios en Málaga, y empieza a estar presente en Madrid y en Córdoba. Tienen un encuentro mensual de oración y formación. En este encuentro los matrimonios  van siguiendo las catequesis de la teología del cuerpo de San Juan Pablo II, tienen su momento de oración, y un caso práctico para que los matrimonios lo resuelvan a la luz de la enseñanza de ese día. Al final del encuentro se propone un compromiso para vivir durante ese mes, hasta el siguiente encuentro.

Programa
17h. Rosario;
18h. Testimonio;
19h. Adoración
20h. Misa.
Habrá música de adoración y alabanza.

¿Cómo llegar?
Para llegar desde Madrid a Colmenar del Arroyo: Tomar la carretera M501 dirección San Martín de Valdeiglesias, y continuar por ella hasta la salida 37, dirección Chapinería, Colmenar del Arroyo y Valdemorillo. Tomar el desvío hacia Colmenar del Arroyo, y continuar recto hasta la Pza. de España, s/n, donde se encuentra la Parroquia. Hay zona de aparcamiento detrás de la parroquia. En autobús desde Madrid tomar el nº 642 en el Intercambiador de Moncloa.

Para cualquier aclaración o información:
asalto.al.cielo.colmenar@gmail.com

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La efusión del Espíritu transformó al padre Scanlan, y así él renovó la universidad más católica

La experiencia mística carismática que cambiaría la Universidad de Steubenville

El padre Michael Scanlan, ya mayor, con estudiantes de la Universidad Franciscana de Steubenville

Pablo J. Ginés/ReL  31 enero 2017

El 7 de enero, con 85 años, murió Michael Scanlan, sacerdote franciscano de la Tercera Orden Regular, famoso por haber tomado en 1974 la Universidad Franciscana de Steubenville (www.franciscan.edu) al borde del cierre y con misas vacías, y haberla convertido en la que es probablemente la universidad más católica del mundo, un centro vibrante de espiritualidad y fervor apostólico.

Patti Mansfield, una de las iniciadoras de la Renovación Carismática, señala que antes de renovar la universidad, el padre Michael fue renovado él mismo. Fue una experiencia mística, aunque no fue la primera que había vivido.

Scanlan predica en los prados de la Universidad Franciscana, en los años 70, años de efervescencia espiritual
Su padre lo abandonó
El joven Scanlan tuvo una infancia peculiar en lo espiritual. Su padre dejó el hogar cuando él tenía 3 años. Su madre se alejó de la Iglesia Católica y se casó con otro hombre que era abiertamente hostil a la fe. Sin embargo, su madre se encargaba de que fuera a catequesis y escuelas católicas y se conservó la fe del niño.

Ya adolescente, en el instituto, por el contacto con profesores sin fe, Scanlan se encontró dudando de la existencia de Dios. Se fugó al bosque cercano, frustrado, prometiendo no volver hasta que Dios le diese una convicción fuerte. En su biografía de 1986 recoge que esa tarde sintió la presencia de Dios, que redirigiría toda su vida.

La vocación sacerdotal
Estudiando en la escuela de Leyes de Harvard, volviendo de misa una mañana, Scanlan volvió a sentir la presencia de Dios. Entendió que el Señor le llamaba al sacerdocio. Aunque estaba asombrado por la claridad de la llamada, decidió primero acabar sus estudios. Después exploró varias opciones (jesuitas y dominicos) y acabó optando por los Franciscanos de la TOR (Tercera Orden Regular).

El padre Michael Scanlan con San Juan Pablo II
Años antes del momento grande que renovaría la Universidad Franciscana, Scanlan ya tuvo cargos importantes en ella como deán académico, con capacidad de establecer asignaturas y horarios. Pero pese a sus esfuerzos, la universidad estaba en plena decadencia.

Patti Mansfield establece una enseñanza espiritual: “Si el hombre Michael Scanlan hubiera tenido la capacidad de cambiar las cosas en Steubenville, lo habría hecho entonces”. Por lo tanto, cuando finalmente lo consiguió, no fue por sus fuerzas, sino porque algo había pasado: una efusión del Espíritu.

Los primeros carismáticos, en 1967, "contagiando" 
La Renovación Carismática en EEUU se inició como una corriente espiritual en un retiro de estudiantes de la Universidad de Duquesne en 1967 que oraron pidiendo un derramamiento del Espíritu Santo en sus vidas... y lo experimentaron. Los primeros carismáticos, jóvenes adultos, “saltaban” de un campus a otro, hablando con entusiasmo de cómo el Espíritu Santo cambiaba todo en su interior.

Tres de ellos llegaron a la Universidad de Steubenville en octubre de 1969. Dos eran laicos, Joe Breault y Bob Conlin. El otro era el sacerdote Jim Ferry, que entonces tenía 30 años. Moriría veinte años después, tras haber contagiado la Renovación Carismática por Bélgica e Irlanda.
Scanlan en una fiesta de graduación de enfermeras
en la Universidad Franciscana de Steubenville

“El padre Michael Scanlan tenía hambre y sed de Dios. Se arrodilló y declaró: quiero ser bautizado en el Espíritu Santo. Los visitantes impusieron sus manos sobre él y oraron”, explica Patti Mansfield, que conoció personalmente a todos los implicados.

La experiencia de la efusión del Espíritu
La experiencia de esa oración de efusión la describe con detalle Scanlan en su biografía Let the Fire Fall de 1986. En ese momento él tenía 38 años, y llevaba cinco como sacerdote.

“El Espíritu caía. Era sobre todo una experiencia de oración, pero una oración como ninguna otra que hubiera experimentado o estudiado. Yo estaba perdido en Dios, era uno con la plenitud de vida. No quería nada más que conocer a Dios como le conocía en ese momento, unido íntimamente a Él. Me dejé ir en alabanza y oración. Dios era todo lo que tenía. Él era todo lo que yo quería. Era todo lo que necesitaba”.

“Estuve de rodillas muchos minutos hasta que me pidieron que me moviera para proseguir. Me senté en la esquina y Dios me sumergió en fuego. Más tarde, cuando me pidieron que me sumara a orar sobre alguien más, me encontré con que no podía orar en inglés. Las palabras me salían en otro lenguaje. Esto, aprendí, era el misterioso don de lenguas, la habilidad de alabar a Dios en un lenguaje de oración que no se ha aprendido. Me vino de forma natural”.

“Más tarde escribí esta frase en la libreta que guardaba cerca de mi cama: “Conozco la presencia del Señor Jesús resucitado como nunca antes... Nunca podré negar la verdad de lo que sucedió”.


Aplicando lo vivido
De 1969 a 1974, el padre Scanlan, avivado por la experiencia de efusión del Espíritu, tuvo responsabilidades en el “Seminario de San Francisco”, que en pleno caos vocacional de los años setenta intentaba atraer vocaciones al noviciado franciscano. Lo cierto es que con el estilo carismático que Scanlan había adquirido e intentaba implantar se creaban grupos de oración pequeños que se llenaban de gente, pero aún no fructificaban en vocaciones franciscanas.

Después, en 1974, los franciscanos de la TOR estaban a punto de cerrar la Universidad de Steubenville cuando Scanlan pidió que le permitieran volver a ella tras cinco años fuera (cinco años de crecimiento en la Renovación) y que le dejaran probar nuevos métodos un par de años.

Quedaban apenas unos mil alumnos, ninguno iba a misa y habían recogido firmas pidiendo muy en serio que los dormitorios de chicas y chicos estuvieran en el mismo edificio sin supervisión. Sexo, drogas y alcohol golpeaban a los chavales.

Desfile con los estandartes de cada "household" o casa estudiantil; los estudiantes se suman a estas casas y encuentran fraternidad y compañerismo. Tienen nombres como Hijas de Sión, Pescadores de Hombres, Sacrificio de Amor, etc...
Contra la soledad, casas estudiantiles fraternas
Scanlan decidió renovar la Universidad desde la fe, llenarla de estudiantes católicos y organizarlos en “casas estudiantiles” para que el estudiante no se sienta solo, sino que crezca en compañerismo y fraternidad. Cada casa o “household” debía tener una declaración de intenciones ligada a la fe, una especie de carisma o espiritualidad propio. Durante esos primeros años renovadores, fue obligatorio que todos los estudiantes tuvieran un “household”. Hoy se mantienen muchos households de varones (una lista aquí) y de mujeres (la lista aquí).

Scanlan colocó a Karin Sefcik, una de las estudiantes del famoso retiro de Duquesne de 1967, en Admisiones. Ella atrajo jóvenes con pasión por la fe. Scanlan trajo también buenos predicadores católicos (él mismo lo era) y animó la liturgia. Potenció los estudios eclesiásticos y teológicos, y luego los artísticos y humanistas. Introdujo una declaración de fidelidad al Magisterio de la Iglesia.

Scanlan reza ante la tumba de los niños no nacidos
que hay en la Universidad Franciscana, con varios
restos reales de bebés abortados
De college a universidad
Con más asignaturas y títulos, Steubenville pasó de ser un college a una universidad en 1980. Su título de enfermería adquirió prestigio. Y recibió más estudiantes de teología que ninguna otra universidad católica del país. Cuando Scanlan dejó la presidencia, 25 años después, la universidad tenía el doble de alumnos y había llenado con sus licenciados parroquias, escuelas y asociaciones por todo Estados Unidos.

Hoy la Franciscan University of Steubenville (FUS) tiene unos 2.400 alumnos. De ellos, 350 son voluntarios estables en liturgia (música, limpieza, etc...) para 3 misas diarias y una cuarta el domingo. Casa semana hay una asamblea de alabanza al estilo carismático, un sábado al mes se celebra un "Festival de Alabanza", que dura dos horas, lo dirigen estudiantes y está pensado también para amigos y parientes. A eso hay que añadir la hora semanal de oración en grupo de cada "casa" estudiantil y el retiro espiritual fuera del campus de cada semestre.

Recordado por todos
Scanlan siguió participando en la vida de la Universidad como canciller de 2001 a 2011. Ese año se retiró a la casa madre de los franciscanos de la TOR en Loretto (EEUU) y, tras una larga enfermedad, murió el 7 enero, recordado por todos como el renovador de la universidad y un enamorado de la juventud. Él, que había sido abandonado por su padre de niño, supo ser padre para decenas de miles de jóvenes que estudiaban lejos de su hogar.

Más datos sobre la Universidad de Steubenville y por qué se considera la más católica del mundo, aquí

Vídeo promocional de la Universidad Franciscana de Steubenville


Misa funeral por el Padre Scanlan en la Universidad, a partir del minuto 12.30

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Los obispos estadounidenses ven "irracional, caótico y cruel" el veto de Trump a refugiados y musulmanes

Protestas por el veto de Trump de refugiados y musulmanes
"Cerrar fronteras y construir muros no son actos racionales", denuncia el cardenal Tobin

Advierten de las "consecuencias devastadoras" de estas medidas, no sólo para los oprimidos, sino para todo el país
Cameron Doody, 30 de enero de 2017 a las 21:55

No al muro de Trump
(Cameron Doody).- Irracional, destructiva, precipitada. Caótica, cruel, devastadora. Son algunos de los adjetivos que los líderes de la Iglesia estadounidense han utilizado para calificar la orden de Donald Trump de suspender la entrada al país de refugiados y de ciudadanos de siete países musulmanes. "Es lo opuesto de lo que significa ser estadounidense", ha denunciado el cardenal Joseph Tobin.

En la web de su diócesis, el arzobispo de Newark escribe que "las acciones ejecutivas no muestran a los Estados Unidos como una nación abierta y acogedora". "Cerrar fronteras y construir muros no son actos racionales", subraya el cardenal. "Detenciones masivas y deportaciones colectivas no ayudan a nadie; estas políticas inhumanas destruyen a familias y comunidades".

La otra orden firmada por Trump tiene que ver con las sanciones a las llamadas "ciudades santuario". (Nueva York o Los Ángeles, entre ellas), que ya han anunciado su intención de instruir a las fuerzas de seguridad locales para que no colaboren con agentes federales en su búsqueda de inmigrantes en situación "irregular". Amenazas de este tipo, escribe Tobin, "no reducirán a la inmigración". "Solo castigarán a la gente de bien en estas comunidades", advierte.

Por su parte, el cardenal de Chicago, Blase Cupich, llega incluso a calificar las nuevas medidas del magnate republicano como "un momento oscuro en la historia de EEUU". "La orden ejecutiva de rechazar a los refugiados y a cerrar nuestra nación a los que huyen de la violencia, opresión y persecución -muchos de ellos musulmanes- es contraria a los valores tanto católicos como estadounidenses", escribe Cupich en su mensaje.

Comentando sobre cuáles serán las consecuencias de estas medidas "crueles y ignorantes de la realidad" -tomadas, además, de forma "precipitada (y) caótica"- Cupich advierte que "darán ayuda y consuelo a los que destruirían nuestra estilo de vida". Las órdenes, para el prelado, no solo señalan el "abandono" de los valores americanos, sino también harán que la estima de la que goza Estados Unidos en el resto del mundo baje como consecuencia de semejante ataque a los derechos humanos.




"No podemos callarnos ni nos callaremos". Otra voz profética de la Iglesia estadounidense -la de Robert McElroy, obispo de San Diego- se ha juntado a Tobin y Cupich en su grito a favor de inmigrantes y refugiados, sean de la fe que sean. "Esta semana la Estatua de la Libertad bajó su lámpara gracias a una acción presidencial que repudia a nuestra herencia nacional", escribe McElroy. Medidas que, en su opinión, no son nada más que puro "xenofobia" y "prejuicio religioso", que tendrán "consecuencias devastadoras" no solo para los más oprimidos sino también para todo el país.

En cuanto al próximo paso a dar frente al ataque de Trump a los valores religiosos y cívicos, hasta la Conferencia Episcopal del país -a través de un comunicado firmado por su portavoz de migración, el obispo Joe S. Vásquez- ha señalado que ahora más que nunca es el momento para "redoblar los apoyos a todos los que huyen de la persecución y la violencia y los esfuerzos para protegerlos". Es una cuestión de la "dignidad humana" que corresponde a todos los hijos de Dios", recuerda Vásquez.

Cupich va más allá y llama a todos los ciudadanos a recordar la lección que dio el Papa en el Congreso en 2015 sobre cómo hacer concreta la esperanza y realizar la solidaridad. "Si queremos seguridad, demos seguridad; si queremos vida; demos vida; si queremos oportunidades, demos oportunidades", dijo el pontífice en aquella ocasión. Este ejemplo, recuerdan los obispo, es la base para una verdadera resistencia cristiana. En esto Tobin tiene la última palabra: "la benevolencia confidente es lo que ha hecho grande a América, y lo que le hará grande de nuevo".



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Ser mártir cristão não dá notícia?

 

«Hoje há mais mártires mas os media não o dizem»

A afirmação é do Papa Francisco e é uma ideia a refletir, num mundo em que milhões de cristãos são perseguidos todos os dias por causa da sua fé, perante a passividade da maior parte dos órgãos de comunicação social e da sociedade em geral.
Esta questão foi tema de conversa da Agência ECCLESIA com D. Sebastian Shaw, o arcebispo de Lahore, no Paquistão, um dos países onde a perseguição aos cristãos é mais feroz.
Uma entrevista a não perder, em breve na vossa página preferida de informação.

 

A Igreja Católica e os desafios da família

O que é preciso para que a Igreja Católica consiga atender da melhor forma as famílias, nas suas dificuldades e fragilidades.
D. Manuel Felício, bispo da Guarda, vai procurar dar pistas para esta reflexão, hoje à tarde, a partir das 15h00, no Programa ECCLESIA na RTP2.

Uma análise à educação cristã

Os professores de Educação Moral e Religiosa Católica são peritos de Deus, profissionais da religião, ou peregrinos, buscadores de Deus, que ajudam crianças e jovens a encontrar Cristo?
Saiba o que é que D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa, disse sobre a missão dos educadores cristãos.
PS: Ainda vai a tempo de partilhar connosco uma história, um testemunho ou um episódio de vida feliz, algo que tenha marcado a sua vida. Envie-nos os seus contributos até 3 de fevereiro, em texto ou mp3, para agencia@ecclesia.pt.
As histórias serão depois publicadas no Programa ECCLESIA, na Antena1, no Dia Mundial da Rádio, que vai ter assinalado a 13 de fevereiro.



Peregrinação a Taizé




Conferência de apresentação da 13ª edição do Festival Terras sem Sombra | Sevilha, 02 de Fevereiro às 12h



Un estudio prueba que el embrión guía su propio desarrollo con autonomía de la madre desde el día 1º

Es una prueba irrebatible de su personalidad

Para cuando el embrión da señales de existencia, ya hace tiempo que es un organismo autónomo.

ReL  30 enero 2017

Cuando el cigoto recién fecundado comienza a dividirse y avanza hacia la implantación, lo hace de forma autónoma e independiente de la madre, lo que le otorga todas las características de la personalidad. El experimento que lo demuestra ha sido publicado en Nature Cell Biology bajo el título "Auto-organización del embrión humano en ausencia de tejido materno". Y lo comenta en The Public Discourse con todas sus implicaciones Ana Maria Dumitru, alumna del selectivo programa de investigación biomédica de la Geisel School of Medicine del Dartmouth College de Cleveland (Ohio, Estados Unidos)


Ana Maria Dumitru extrae todas las consecuencias sobre la personalidad del embrión que pueden extraerse del estudio sobre su autonomía en el desarrollo.

Lo traducimos por su excepcional interés en cuanto a la evidencia científica de la condición humana del embrión, autónomo respecto a la madre, y su correlato en los derechos del no nacido como persona desde la concepción. El argumento abortista "hago con mi cuerpo lo que quiero" queda aún más debilitado: el cigoto no es "cuerpo" de nadie sino de sí mismo.

CIENCIA, AUTONOMÍA EMBRIONARIA Y CUÁNDO COMIENZA LA VIDA HUMANA
¿Cuándo comienza la vida? Según el Tribunal Supremo de los Estados Unidos, ciertos políticos (incluido el presidente Barack Obama) y diversas otras fuentes, todavía hay mucho debate en el ámbito científico y médico como para responder a esa ardua cuestión. Una versión popular es decir algo así como “Está por encima de mis conocimientos responder eso” o “Si los científicos aún lo debaten, ¿quién soy yo para especular?”.

La verdad es que la ciencia ya ha respondido a esa cuestión, alto y claro. Realmente es muy sencillo. Coges un óvulo de una mujer y un espermatozoide de un hombre. El espermatozoide entra en el óvulo. Y ahora tienes una célula con todo el material genético necesario para cualquier cosa que un ser humano pueda querer alguna vez.

Pero incluso esto puede no ser suficiente para convencer a los escépticos. Hace unos meses, me encontraba debatiendo con algunos colegas sobre cuándo comienza la vida y la autonomía del embrión temprano. Me sorprendió escuchar que todavía se remitían al lema partidista: “Al principio es solo un conjunto de células”. En el laboratorio donde trabajo, estudiamos la división celular. Como científicos, mis colegas tienen que admitir que los embriones están hechos de células vivas, pero no aceptan que el embrión sea un organismo vivo. Si el embrión en sus primeros estadios es “sólo un conjunto de células”, entonces puedes justificar el aborto. Según esta lógica, no es un ser autónomo, y definitivamente aún no es una persona humana. Sólo son unas células creciendo en el cuerpo de la madre, por lo cual la madre puede optar por extraerse esas células si así lo desea.

Pero ¿cuándo se convierte esa nueva célula en un organismo autónomo? Si el embrión es realmente solo un conjunto de células, entonces esas células tienen que depender de una dirección externa para sobrevivir, ¿no? Si realmente es solo un conjunto de células, entonces esas células no tienen control ni autonomía. Un sencillo conjunto de células insignificantes y desorganizadas sería algo así como una colección aleatoria de células diferenciadas creciendo en un plato de plástico: pueden dividirse si tú las divides, pero carecen de estructura u organización interna.

La autonomía del embrión 
Si definimos la autonomía de un organismo como la libertad respecto a un control externo, resulta que podemos identificar con precisión cuándo satisface un embrión la definición de autonomía: desde sus mismos inicios.

Un reciente estudio publicado por Marta N. Shahbazi y colaboradores en el Reino Unido demuestra que esa célula recién formada sabe qué hacer después de la concepción independientemente de si recibe o no señales del útero que lo acoge. Shahbazi y colaboradores demuestran en su estudio que un óvulo fecundado (también conocido como cigoto, “producto de la concepción”, embrión temprano o cualquier otro término descriptivo) es un ser vivo autónomo. Esta única y pequeña célula, con su contenido genético completo, puede comenzar a dividirse y crecer (y lo hace) incluso en un tubo de ensayo en una incubadora en el espacio cerrado de un laboratorio cualquiera.

Imagen: Nature Cell Biology, artículo citado.
Shahbazi y colaboradores descongelaron embriones donados a su grupo de investigación por una clínica de fecundación in vitro. Los embriones habían sido congelados tras la fecundación y cuando fueron descongelados se encontraban en diversos estadios del desarrollo de la primera semana (pre-implantación). Utilizando un sistema de cultivo in vitro diseñado por ellos mismos, Shahbazi y colaboradores dejaron crecer esos embriones hasta pasado el momento en el que normalmente se implantarían en el revestimiento del útero. E informaron de que esas células consiguen organizarse a sí mismas a pesar de no estar implantadas en un útero. Esto significa que, como sospechábamos, los embriones saben lo que se espera que hagan para vivir, e intentan vivir, estén en su madre o no. Como afirman los autores en el artículo, su sistema de cultivo “permite a los embriones humanos continuar la transición de pre-implantación a post-implantación in vitro, en ausencia de cualquier tejido materno”.

Programado para sobrevivir
La razón por la cual el estudio de Shahbazi es tan importante es que ellos no forzaron a esos embriones a dividirse, ni les dieron ninguna instrucción. Cuando en nuestro laboratorio trabajamos con células no embrionarias, nos referimos a ellas como “inmortalizadas”, porque han sido manipuladas de forma que continuarán dividiéndose cuando las hagamos crecer en platos de plástico en nuestras incubadoras. Pero en este experimento los embriones que crecen no fueron manipulados para obligarles a continuar. Crecieron por decisión propia.

Un embrión recientemente fecundado puede no saber si es o no “querido”, pero sí sabe que quiere vivir. De hecho, el embrión tiene dos grandes misiones desde el momento de su concepción: una es comenzar a dividirse, y la otra es viajar desde las trompas de Falopio de su madre hasta el revestimiento de su útero. El embrión necesita implantarse  porque en sí mismo solo tiene recursos para un número limitado de días: necesita instalarse en el endometrio de su madre, rico en nutrientes, para conseguir más comida para el viaje. Por eso la mayor parte de los fármacos y dispositivos “anticonceptivos” actúan realmente como abortivos.  Más que impedir que el esperma fecunde el óvulo, impiden que el embrión se implante correctamente. Sin los nutrientes que aporta normalmente la implantación, el embrión morirá. Pero, como han demostrado Shahbazi y colaboradores, si le aportas nutrientes al embrión, continuará luchando por la vida.

Ya sabíamos que el embrión en desarrollo se comunica con la madre mediante un intercambio de señales y nutrientes en el flujo sanguíneo, pero ahora sabemos que el embrión está programado para sobrevivir desde el primer día. Con su madre o sin ella, el embrión tiene el equipamiento necesario para dirigir su propio crecimiento. Y por eso, en ausencia de señales provenientes del útero materno, el embrión continúa por defecto su trayectoria de supervivencia, de crecimiento, pro-vida.

Es hora de revisar la investigación que destruye embriones
Las tremedas implicaciones de estos descubrimientos deberían hacernos revisar las premisas sobre las cuales permitimos que se lleven a cabo investigaciones sobre embriones humanos. Este estudio impide afirmar que el embrión en sus primeras fases no es un organismo o no es autónomo. De hecho, los autores se refieren a los “sucesos remodeladores críticos” de estos embriones como “embrio-autónomos”.

Y, sin embargo, incluso en dicho escrito chirría la yuxtaposición entre el texto del artículo y sus posicionamientos éticos. Este constraste  ilustra vivamente la discrepancia entre lo que la ciencia está diciendo y lo que la gente prefiere escuchar. “La implantación es un peldaño en el desarrollo humano”, escriben los autores en la discusión de las conclusiones. “Se obtuvo el consentimiento informado de todas las parejas que donaron embriones sobrantes del tratamiento de fecundación in vitro”, reza la declaración ética. “Agradecemos a las pacientes la donación de sus embriones”, escriben los autores en los agradecimientos.

Por un lado, los datos muestran que estos embirones son seres humanos autónomos que simplemente están en un estadio temprano de desarrollo. Por otro lado, los criterios éticos y los mismos autores justifican la destrucción de esos embriones considerándolos propiedad de las parejas que los donaron. Los autores actúan como si la capacidad del embrión para el desarrollo humano, empíricamente verificada, no tuviese que traducirse en el reconomiento de la autonomía de los embriones humanos.

Ningún científico que haya estudiado células alguna vez podría decir que una célula que se divide no está viva. Y ahora, ningún científico puede alegar que un embrión en crecimiento carece de autonomía como organismo.

La siguiente cuestión es si la autonomía del organismo informa nuestra definición legal y ética de la personalidad.

Ya es 2008, mucho antes del reciente artículo publicado por Shahbazi, Robert P. George y Christopher Tollefsen remitían a otros estudios embriológicos en su libro Embrión. Una defensa de la vida humana. Allí razonaban así: “Nada extrínseco al desarrollo mismo del organismo actúa sobre él para producir un nuevo carácter o una nueva dirección de crecimiento”. Esta afirmación despertó críticas enseguida, como se puso de manifiesto en la reseña de William Saletan en el New York Times Sunday Book Review: “Nadie con un útero describiría así un embarazo”. Saletan insinuaba que George y Tollefsen habían manipulado los manuales de embriología para encajar la ciencia en su razonamiento. En aquel momento, muchos científicos veían el embrión en sus primeros estadios como parte de un sistema controlado por la madre, y quizá por eso había un cierto grado de incomprensión en el punto filosófico que destacaban George y Tollefsen.


 
Pero como George y Tollefsen y otros (como John Finnis y Patrick Lee) han explicado, la autonomía del organismo y la personalidad son términos intercambiables. George y Tollefsen destacaron que un organismo que tiene todas las capacidades para convertirse en una persona reconocible (y extra-uterina) ya es de hecho una persona, pues aunque las capacidades del organismo aún no se han desarrollado completamente, ya están presentes en el embrión temprano. La personalidad está determinada, alegaban, no por las potencialidades inmediatamente ejercitables, sino por las potencialidades radicales (de raíz). Pero un embrión humano tiene las mismas potencialidades radicales que el adulto humano totalmente desarrollado. Ambos son personas.

La respuesta de Saletan muestra la incomprensión habitual de esta distinción. Él supone que un embrión no reúne las condiciones para la personalidad. Esencialmente, no distingue entre funcionamiento biológico inmediato y personalidad. Y en consecuencia, Saletan alega que “no debemos [al embrión] el mismo respeto que nos debemos unos a otros”, llegando a esa conclusión mediante el tipo de razonamiento que encontramos en la analogía del roble y la bellota propuesta por Michael Sandel. (Brevemente: aunque todo roble fue antes una bellota, nadie pierde la cabeza cuando se pierde una bellota, aunque la bellota tenga la capacidad de convertirse en roble.)

Pero como señalan Robert George y Patrick Lee, valoramos las variedades del roble por su valor instrumental, y por tanto valoramos un roble más que una bellota, aunque ambas sean la misma entidad. Sin embargo, las variedades de la especie humana las valoramos por su valor intrínseco, y por tanto valoramos por igual todos los seres humanos en todos sus estadios de desarrollo. Los seres humanos no adquieren la personalidad en un momento de su desarrollo.

Ahora que el estudio de Shahbazi ha demostrado que, como argumentaban George y Tollefsen, el embrión temprano tiene todas las capacidades para desarrollar autónomamente su organismo, sería interesante saber si esto constituiría para Saletan una prueba suficiente para repensar su afirmación sobre la personalidad. La cuestión para todos nosotros es si empezaremos a reconocer que la autonomía biológica del embrión debería traducirse en una personalidad ética y legal.

Así que dejemos de evadirnos. Es hora de reconocer la verdad. La ciencia ya ha afirmado lo que sospechábamos desde hace tiempo: podemos llamarlos óvulos fecundados, cigotos, mórulas, blastocistos, productos de la concepción, embriones o fetos, pero eso no cambia la realidad. Y la realidad es ésta: son seres humanos autónomos desde su mismo principio.

Traducción de Carmelo López-Arias.

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Una monja, la única doctora en 500 kilómetros a la redonda: contra la superstición y la miseria

Las misioneras combonianas de Bebedjia, Chad, y sus voluntarios de Fuenlabrada

La hermana Elisabetta muestra cómo usar un ecógrafo a las otras combonianas, voluntarias españolas y personal del hospital

P.J.Ginés/ReL  30 enero 2017

Alfonso Antequera es un cirujano del hospital público de Fuenlabrada, Madrid. Varios meses al año colabora en el pobrísimo hospital que gestionan las Misioneras Combonianas en Bebedjia, Chad.

"Una especie de infierno en la tierra"
En su primer día allí, Antequera escribió: "Hoy ha empezado mi actividad en el Hospital St Joseph de Bebedjia, la verdad es que no es muy diferente del St Mary de Axum en Etiopía. Una especie de infierno en la tierra… ni siquiera yo que soy cirujano y estoy acostumbrado a ver cosas terribles  soy capaz de soportarlo. Termino el pase de visita a duras penas, conteniendo la nausea y las lágrimas, preguntándome qué demonios hago yo aquí. Se vive mejor ignorando esta realidad. El cerebro humano no está preparado para soportar el horror".

Pero Antequera perseveró, y después hizo llegar a más y más compañeros, médicos, enfermeros y voluntarios para pasar un tiempo ayudando en el hospital.

Sin embargo, quien vive allí, en el horror (que no es sólo horror) son las religiosas combonianas. Mantiene milagrosamente la marcha del centro su directora, Elisabetta Raule, religiosa comboniana italiana.

Sor Elisabetta Raule, misionera comboniana: dirige el hospital, atiende partos, opera, hace de todo... no hay otro centro médico a 500 kilómetros
"Atienden con devoción a los pacientes"
"El hospital, pese a todo, realiza un trabajo encomiable", escribe el doctor Antequera admirado. "Las misioneras combonianas atienden con devoción a todos los pacientes, a la vez que tratan que los enfermeros locales no se relajen demasiado... Tendencia que por otro lado no es infrecuente en estas latitudes, ya sea por el clima, ya sea por pensar que nada tiene solución, que todo es muy difícil. La desesperanza produce esa dejadez que ya he visto anteriormente asociada a lo que parece inevitable".

Cuando algunos materialistas sugieren que África necesita recursos materiales, no cosas abstractas como "esperanza", desconocen la realidad de África... y del hombre en general.  Es la esperanza la que salva vidas y cambia cosas, y la desesperanza, el fatalismo, es lo que lo paraliza todo


La Muerte gana... pero que no sea por goleada
"Aquí la Muerte esta acostumbrada a ganar siempre la partida. Cuando vienes aquí, tienes que venir con el objetivo de no ser derrotado, aunque conforme avanzan los días la realidad te va poniendo en tu sitio y el objetivo inicial se transforma. Lo cambias y te conformas con intentar no perder por goleada", escribe Antequera.

El médico de Fuenlabrada da más datos brutales. "Doscientas camas y un solo médico. Sor Elisabetta ejerce de mujer orquesta: dirige el hospital, pasa la visita a las camas de hospitalización de medicina, cirugía y pediatría, hace las ecografías, supervisa la sala de partos y, por si todo esto fuera poco, también opera. Dos quirófanos programados a la semana más todas las Urgencias que van llegando".

Su conclusión: "Necesitaríamos cuatro o cinco médicos europeos para poder cubrir su mes de vacaciones. Si se entera algún consejero español de sanidad, la contrata para que abra ella sola algún que otro hospital". 

Sor Elisabetta con voluntarios españoles de EnganCHADos y personal del hospital; le corresponde atender a las 300.000 personas de la zona
Único hospital en 500 kilómetros
El hospital Saint Joseph de Bebedjia es el único centro médico en 500 kilómetros a la redonda. Le corresponde atender a unas 300.000 personas en el sur de Sudán. Para eso, la Hermana Elisabetta tiene la ayuda de 4 religiosas combonianas, algunos trabajadores del hospital y los voluntarios que llegan gracias a la iniciativa EnganCHADos (www.enganchados.org) y un acuerdo con el hospital público de Fuenlabrada, con apoyo del ayuntamiento de Fuenlabrada. Solo las religiosas ya salvan miles de vidas en tareas de maternidad, pediatría, obstetricia, nutrición, vacunación... Sin ellas, sin el hospital, dice Antequera, "muchos niños morirían irremediablemente de malaria o desnutrición".

"En las dos semanas y pico que llevo en el Hospital de St. Joseph en Chad, de promedio, han nacido unos cuatro niños al día. Alrededor de veinte. La mitad han nacido muertos", escribe otro voluntario español. Simplemente, las madres, tras una gestación sin seguimiento alguno, llegan muy tarde, muy dañadas, débiles, enfermas, al hospital.

En este contexto, los voluntarios de EnganCHADos han conseguido en 2016 grandes aportaciones. Practicamente hubo al menos un médico de refuerzo casi todos los meses del año, se enviaron medicinas, se dieron 4 cursos de formación al personal local, se inauguró una sala de reanimación postquirúrgica, comenzó un proyecto contra la desnutrición grave y se inyectaron 25.000 euros directos para ayudar a mantener el hospital en marcha, conseguidos en Fuenlabrada con mercadillos, festivales, colectas.... A medida que más voluntarios y donantes se sumen, EnganCHADos podrá hacer más para ayudar a las misioneras y sus pacientes. 

Las charlas de formación para mujeres, con cambios de higiene, alimenticios, pediátricos, pueden salvar muchas vidas
Mata la pobreza, pero mata más la superstición
Chad es considerado uno de los dos o tres países más pobres del mundo: sólo hay un médico cada cien mil habitantes, la mitad de la población no tiene acceso a agua potable, sólo sabe leer uno de cada tres habitantes, y uno de cada tres niños menores de 5 años está desnutrido. Apenas un 11% de la población tiene acceso a sistemas de saneamiento.

Los médicos españoles, cuando llevan unas semanas en Chad, comprueban que lo que mata no es la mera pobreza, sino también la superstición, la ignorancia, las acciones dañinas irracionales. Así, un bebé corre el riesgo de "morir ahogado por su propia madre al derramarle agua caliente por tu boca y fosas nasales desde recién nacido, costumbre local muy arraigada que excede cualquier intento de explicación lógica", según detalla un médico voluntario.

Más casos: "Tu madre amparada en alguna estúpida superstición, como pensar que su hijos muertos de malaria lo fueron en realidad por haber sido amamantados, te dará antes agua sucia de algún pozo sin pretil, que su preciada leche. Si eres nómada, entonces te darán leche de vaca agriada con su propia orina, un poco mas sana… Si coges una pequeña gripe o faringitis tu familia te llevara al “guerisare” (curandero local) antes que al médico y él te extirpara la úvula en uno de las más crueles practicas de la medicina tradicional y te producirá una hemorragia incontrolada que es muy probable que acabe con tu vida".

Lo más tragicómico es que mucha gente sólo llega al hospital después de haber dejado que su caso empeore durante meses o años, después de pasar por muchos brujos y estafadores y sus tratamientos dañinos. Llegan moribundos, mueren en el hospital... y la gente ve reforzada la idea de que en el hospital ¡la gente se muere!, por lo que tienden a evitarlo. El perfecto círculo del absurdo. 


Voluntarios de EnganCHADos, la mayoría de ellos sanitarios y médicos, y amigos y colaboradores
Formar, educar, alfabetizar cambia el mundo
En estas circunstancias, los cursos para formar a las madres de familia, la alfabetización de los niños, todo lo que signifique salir de la superstición, es liberador.

También hay violencias por venganzas, rencillas que se dirimen con armas blancas o de fuego. La mayoría de la población es musulmana o animista, y la cultura cristiana basada en el perdón y la reconciliación resulta ajena en algunas etnias que consideran que vengarse es un deber familiar, una virtud social.

Voluntarios de EnganCHADos, la mayoría de ellos sanitarios y médicos, y amigos y colaboradores
Los voluntarios se emocionan y reflexionan
En Chad, los voluntarios que llegan de España se emocionan y reflexionan. La enfermera Encarni Jiménez escribe: "Aquí se reían sobre todo los jóvenes cuando les enseñaba las fotos de mis hijos y marido. Pensarían : ¡vaya familia mas blanca! Me decían siempre, extrañados: ¿solo dos hijos? Claro que ellos tienen entre 5 y 10 hijos por lo menos.  Cuántas veces he pensado en mis hijos, lo fácil que lo tenemos y las preocupaciones accesorias que nos buscamos, cuando aquí en Chad la lucha por la supervivencia es la principal y verdadera preocupación".

Encarni Jiménez valora que las misioneras estén permanentemente en un sitio tan duro. "Sor Elizabeth y Sor Lourdes, únicas médicos permanentes de St. Joseph... Sor Rafaela, Sor Elvia y sor Esperanza, magníficas enfermeras. Todas con una dedicación y labor excepcional, sin ellas esto no existiría. Presentes en todo momento. Garantía para estas gentes abandonadas por su gobierno, con todos los hospitales públicos y colegios cerrados desde hace meses. Sólo los hospitales y escuelas de los misioneros permanecen abiertos, como el liceo de al lado de nuestro amigo el frère Simon con su acento del Quebec y toda su sabiduría después de mas de 10 años de andanzas africanas".

Para ayudar con donativos o como voluntario médico/sanitario a las religiosas de Saint Joseph de Bebedjia visite: www.enganchados.org 

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