Foto: Agência ECCLESIA/JCP |
Manuel Lemos destaca a importância de «inovar» e de «colaborar com o Estado» no apoio a quem mais precisa
Lisboa, 06 dez 2016 (Ecclesia) – A União das Misericórdias Portuguesas
(UMP) lançou hoje um novo cartão de saúde para reforçar a oferta de
cuidados ao dispor das populações, sobretudo as mais carenciadas.
Na apresentação deste novo recurso, que decorreu na sede da UMP em
Lisboa, o presidente da instituição, Manuel Lemos, salientou que o
Cartão de Saúde Social das Misericórdias “não pretende ser uma
alternativa ao Serviço Nacional de Saúde”, mas sim “mais uma opção para
colaborar com o Estado, na oferta de um melhor serviço”.
Em causa está “um produto que é suficientemente barato para aumentar em
muito a capacidade das pessoas em chegarem aos cuidados de que
necessitam”, num tempo em que muitas pessoas se debatem com “parcos
recursos”, frisou aquele responsável à Agência ECCLESIA.
Ao mesmo tempo, esta é uma forma das Misericórdias conseguirem caminhar
cada vez mais para uma situação de “autossustentabilidade”, em termos
financeiros.
O novo cartão, feito em parceria com a AdvanceCare, a SABSEG Seguros e a
Real Vida Seguros, tem duas modalidades: Cartão Social e Cartão Social
+.
A primeira permite o acesso mais rápido e económico a consultas, exames
apoio domiciliário e cirurgias; a segunda, com uma mensalidade um pouco
mais elevada, abrange todos os serviços referidos mais o internamento
hospitalar e cirúrgico.
Outra diferença é que enquanto o primeiro cartão não tem limite de
idade nem de permanência, é vitalício; o segundo é direcionado a pessoas
até aos 70 anos e o periodo de permanência é até aos 85 anos.
Segundo a UMP, além do preço, mais acessível, o apoio domiciliário é
outra “marca” que distingue esta nova ferramenta de outros recursos ao
dispor das pessoas.
Pessoas com mais idade que subscrevam o cartão podem pedir apoio médico
ou fisioterapêutico em casa, em vez de recorrer às urgências.
Manuel Lemos destacou a especial atenção que a UMP quer continuar a dar
às “pessoas idosas, que hoje são muitas e precisam de ajuda”.
“Claro que a nossa preocupação está com as crianças, com as pessoas com
deficiência, mas são os idosos, pelo peso que representam, pelas
dificuldades que têm, que nos levam aqui a fazer um esforço grande para
melhorar o nosso serviço a eles”, acrescentou.
Se uma Misericórdia local não tiver capacidade para responder às
necessidades de determinado utente, este poderá recorrer em alternativa a
toda a rede AdvanceCare, o que faz com que possa recorrer a cerca de
400 hospitais e clínicas em todo o país.
Para o presidente da UMP, é essencial continuar a “inovar” pois se as
Misericórdias querem continuar a ser relevantes “já não podem prestar os
mesmos serviços que apresentavam há 10 ou 30 anos”.
“Foi porque sempre tivemos esta capacidade e esta flexibilidade que
continuamos aqui, 518 anos depois, como instituições com muito futuro. E
em breve vão ter conhecimento de mais iniciativas nossas para, neste
plano, ajudarmos as pessoas idosas em Portugal”, avançou.
O novo Cartão Social das Misericórdias está a partir de hoje à disposição
de clientes e utentes de todas as Misericórdias mas também do público
em geral, das famílias, e pode ser subscrito por todo o tipo de
organismos, desde autarquias, IPSS e ordens profissionais até clubes de
futebol.
JCP
in
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