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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O Natal do meu descontentamento


O Natal é uma festa Cristã e não pagã, nem comercial. Penso que toda a gente de bom senso, bem-intencionada e minimamente esclarecida ou informada sabe isso.

Porém, a força dos tempos, o excesso de consumismo, a leveza das vivências tradicionais, culturais e religiosas, provocaram um terramoto enorme na cabeça das pessoas, com reflexos na sua fé que passou a ficar muito aquém, e da sua bolsa que passou a gastar muito além.

A tontaria das compras, a alienação das prendas, o ruído verdadeiramente ensurdecedor da publicidade nos meses que se lhe antecedem, é uma afronta e um reflexo de como a nossa sociedade virou patética, sem referências nem valores que não sejam o comprar a todo o custo, gastar, descartar e desconstruir.
Natal para muitos é glamour, comezainas natalícias, iguarias e sofisticadas mesas de consoada para competir, para impressionar, para não ficar em minoria, para fingir o que não é e disfarçar o que não tem. É barulho exterior, luzinhas, bugigangas, artefactos e tantas outras coisas.

Essência natalícia? O que é isso? Momento de Amor e Adoração ao Menino? Qual menino? Isso é uma história mal contada, para iludir os pobres de espírito, os fracos de cabeça que acreditam no Evangelho e nessas coisas que os Padres dizem…

Em pleno século XXI quando nos querem convencer de que tudo é relativo, o anormal e bizarro passou a ser assumido com orgulho, o politicamente correcto é o que comunicação social constrói para vender como verdade e o crime vai deixando de o ser quando se legisla a seu favor por decisão de algumas minorias de mentes brilhantes, ainda há quem queira venerar o Filho de Deus feito Homem que veio ao mundo num lugar inóspito e deu a vida para nos salvar?

Pois é meus amigos e caros leitores, não obstante tudo o que escrevi, aqui estou para dizer não ao natal do meu descontentamento e desejar a todos Santas Festas, com muito Amor e Esperança na certeza de que a nossa Fé nos salvará, o Deus Menino nunca nos abandonará e do Céu sempre nos abençoará.
José M. Esteves


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