José António Falcão (centro) |
José António Falcão será responsável pela «International Commission of Sacred Art»
Beja, 19 dez 2016 (Ecclesia) – O professor José António Falcão, diretor
do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese
de Beja, é o novo presidente da 'International Commission of Sacred
Art', organismo europeu dedicado à defesa da arte sacra.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o DPHA realça a
importância de “pela primeira vez” um português assumir os destinos de
uma entidade que tem tido “ação destacada” na “salvaguarda do património
cultural em risco”.
José António Falcão, professor universitário, conservador de museus, é
técnico superior do Ministério da Cultura e está a frente do DPHA desde
1984.
Ao longo do seu percurso, este especialista em arte-sacra tem apostado
na aproximação do património religioso à sociedade, bem como na sua
conservação e valorização, enquanto polo de desenvolvimento social,
sobretudo no território alentejano.
Foi com esta perspetiva em mente que criou, em 2003, o festival de
música-sacra ‘Terras Sem Sombra’ que além do património e da arte é hoje
um acontecimento cultural e turístico voltado também para a preservação
dos tesouros ambientais do Baixo Alentejo.
Sobre as prioridades traçadas por José António Falcão para os próximos
três anos, o DPHA destaca a preocupação em dar à herança religiosa
europeia “uma visão transversal e ecuménica”, além da “luta contra o
abandono do património”, sobretudo nas zonas rurais.
José António Falcão espera juntar Portugal e Espanha numa “frente
ibérica” empenhada na divulgação do “potencial deste setor” e dos
“problemas que o mesmo enfrenta em diferentes Estados da União
Europeia”.
A 'International Commission of Sacred Art' funciona no âmbito da
‘Europae Thesauri’, que congrega diretores e responsáveis de alguns dos
mais emblemáticos museus e monumentos religiosos da Europa, “em países
como a Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países
Baixos, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suíça”.
Enquanto “organismo assessor junto de diversas instâncias europeias”,
esta entidade tem procurado também intervir em “domínios como a
investigação científica e a criação de rotas culturais”, e no
“aprofundamento e divulgação dos apoios e mecanismos comunitários que
regulam o setor”.
O último colóquio internacional da ‘Europae Thesauri’ decorreu precisamente em Beja, no mês de novembro.
No Alentejo estiveram figuras como Georges Kazan, da Escola de
Arqueologia da Universidade de Oxford; Hermann Reidel, da Associação de
Museus de Língua Alemã; Manuel Gracia Rivas, da Real Academia de la
Historia, de Madrid; e Gäel Favier, da École Pratique des Hautes Études
(Sorbona), de Paris.
JCP/OC
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