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sábado, 24 de dezembro de 2016

Europa: Português preside a organismo internacional de defesa da arte sacra

José António Falcão (centro)
José António Falcão será responsável pela «International Commission of Sacred Art»

Beja, 19 dez 2016 (Ecclesia) – O professor José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, é o novo presidente  da 'International Commission of Sacred Art', organismo europeu dedicado à defesa da arte sacra.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o DPHA realça a importância de “pela primeira vez” um português assumir os destinos de uma entidade que tem tido “ação destacada” na “salvaguarda do património cultural em risco”.

José António Falcão, professor universitário, conservador de museus, é técnico superior do Ministério da Cultura e está a frente do DPHA desde 1984.

Ao longo do seu percurso, este especialista em arte-sacra tem apostado na aproximação do património religioso à sociedade, bem como na sua conservação e valorização, enquanto polo de desenvolvimento social, sobretudo no território alentejano.

Foi com esta perspetiva em mente que criou, em 2003, o festival de música-sacra ‘Terras Sem Sombra’ que além do património e da arte é hoje um acontecimento cultural e turístico voltado também para a preservação dos tesouros ambientais do Baixo Alentejo.

Sobre as prioridades traçadas por José António Falcão para os próximos três anos, o DPHA destaca a preocupação em dar à herança religiosa europeia “uma visão transversal e ecuménica”, além da “luta contra o abandono do património”, sobretudo nas zonas rurais.

José António Falcão espera juntar Portugal e Espanha numa “frente ibérica” empenhada na divulgação do “potencial deste setor” e dos “problemas que o mesmo enfrenta em diferentes Estados da União Europeia”.

A 'International Commission of Sacred Art' funciona no âmbito da ‘Europae Thesauri’, que congrega diretores e responsáveis de alguns dos mais emblemáticos museus e monumentos religiosos da Europa, “em países como a Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suíça”.

Enquanto “organismo assessor junto de diversas instâncias europeias”, esta entidade tem procurado também intervir em “domínios como a investigação científica e a criação de rotas culturais”, e no “aprofundamento e divulgação dos apoios e mecanismos comunitários que regulam o setor”.

O último colóquio internacional da ‘Europae Thesauri’ decorreu precisamente em Beja, no mês de novembro.

No Alentejo estiveram figuras como Georges Kazan, da Escola de Arqueologia da Universidade de Oxford; Hermann Reidel, da Associação de Museus de Língua Alemã; Manuel Gracia Rivas, da Real Academia de la Historia, de Madrid; e Gäel Favier, da École Pratique des Hautes Études (Sorbona), de Paris.

JCP/OC

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