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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Sagrada Família

Célula base da Sociedade

Não me canso de, mais uma vez, sentada em frente a uma imagem da Sagrada Família, a olhar com profunda admiração. Que maravilha tão sublime, tão difícil de narrar, de descrever por aquilo que ela representa.

Acima de tudo, a Família de Nazaré, simboliza uma família extremamente simples, unida, trabalhadora, o modelo de funcionamento de um lar, onde, como em todas as famílias, se vivenciam momentos de alegria e de preocupação.

Dou graças a Deus por Jesus ter nascido humildemente, no meio de tanta simplicidade, Constitui uma prova do amor que Deus tem por nós, desejando que Jesus começasse a redenção do Mundo, numa família, tornando-se assim, num modelo para todas as famílias cristãs.

“Que Cristo Senhor, Rei do Universo, Rei das Famílias, se encontre presente como em Caná, em cada lar, para dar luz, alegria, serenidade e fortaleza” (João Paulo II, Familiaris Consortio, 86). Ao referir São João Paulo II, veio-me à memória uma visita a Roma, na qual tive oportunidade de visitar a o Instituto de Ciências para a Família da Universidade Pontifícia Lateranense. Apercebi-me então, de todo o carinho e empenho que esse Papa tinha dedicado em prol da defesa da Família, bem como o seu importante legado.

A Família desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, na manutenção da saúde e no equilíbrio emocional dos seus membros, devendo ser compreendida historicamente e de acordo com as suas especificidades, face à complexidade de fatores que interferem na sua manutenção e perpetuação. A família influencia a sociedade e é igualmente influenciada por ela. Logo, tudo o que diz respeito à família diz respeito à sociedade. A desagregação da família, do seu significado social e da sua responsabilidade, conduz o ser humano a um beco sem saída. Graças à sua capacidade em ajustar-se às novas exigências da Sociedade, a Família tem conseguido sobreviver ao longo da história, independentemente, das diferentes crises sociais.

Apesar de todas as mudanças sociais, culturais e económicas, ela constitui-se como a matriz mais importante do desenvolvimento humano. Permitam-me que cite G. K. Chesterton: “Os que falam contra a Família não sabem o que fazem, porque não sabem o que desfazem”.

Torna-se necessário abrir uma nova página no sentido de superar a desagregação familiar e social, em prol do seu reforço, da promoção da sua união e coesão. Somos seres históricos, com uma missão única e irrepetível, que só se tornará realidade se, a partir da nossa liberdade, quisermos descobri-la e concretizá-la. Os momentos em que vivemos, de maior fragilidade económica e financeira, têm um impacto enorme nas famílias. Posto isto, torna-se necessário promover o bem-estar das famílias, não se perdendo de vista os seus valores. 

Neste dia 30 de Dezembro de 2016, dedicado à Sagrada Família, torna-se necessário, sublinhar que as famílias precisam de um maior apoio, no sentido de as reforçar, bem como de as proteger. O apoio às famílias é crucial para que atinjam o potencial máximo.

Joseph Ratzinger dizia: “Não se deve ter medo, porque quem está nas mãos de Deus, cai sempre nas mãos de Deus. É deste modo que desaparece todo o medo e, nasce a valentia de responder aos desafios do mundo de hoje”.


Rainha da Família, neste dia consagrado à Sagrada Família, rogai, por todas as Famílias de Portugal e do Mundo.
Maria Helena Paes







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