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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PBX III



Geórgia: Papa sublinha identidade europeia de país que é «ponte» com a Ásia

Foto: Lusa
Primeiro discurso de Francisco em Tbilisi convida ao diálogo contra «extremismos violentos»

Tbilisi, 30 set 2016 (Ecclesia) - O Papa sublinhou hoje na Geórgia a identidade europeia deste país do Cáucaso, uma “ponte natural” para a Ásia que tem sido, ao longo da história, local de “encontro e intercâmbio vital” entre culturas e civilizações.

“Qualquer distinção de caráter étnico, linguístico, político ou religioso, longe de ser utilizada como pretexto para transformar as divergências em conflitos e estes em tragédias sem fim, pode e deve ser, para todos, fonte de enriquecimento recíproco em benefício do bem comum”, defendeu, no primeiro discurso pronunciado em solo georgiano.

Francisco falava no Palácio Presidencial de Tbilisi, uma hora e meia depois de ter chegado ao país para uma visita que se prolonga até à manhã de domingo, dia em que o pontífice argentino segue para o Azerbaijão.

Perante autoridades políticas, representantes da sociedade civil da Geórgia e membros do corpo diplomático, o Papa sublinhou que este é um “país a pleno título e de modo fecundo e peculiar no leito da civilização europeia”.

“Ao mesmo tempo, como evidencia a sua posição geográfica, é quase uma ponte natural entre a Europa e a Ásia”, acrescentou.

Francisco denunciou “extremismos violentos” que manipulam e princípios de natureza civil e religiosa, “pondo-os ao serviço de obscuros desígnios de domínio e morte”.

O Papa recordou depois a situação dos refugiados e migrantes, pedindo que todos tenham a “possibilidade de viver em paz na sua terra ou de regressar a ela livremente”.

A intervenção sublinhou depois a importância do “diálogo e a troca de ideias e experiências entre mundos diversos”, como tem acontecido historicamente na Geórgia.

Num país de maioria ortodoxa, o Papa elogiou a presença cristã desde o início do século IV, neste território, bem como os “grandes sacrifícios” que os georgianos fizeram para recuperar a sua independência, há 25 anos, após a queda da URSS.

O discurso aludiu indiretamente às tensões com a Rússia, ao pedir "o respeito das prerrogativas soberanas de cada país, no quadro do direito internacional". 

Francisco apelou a uma “coexistência pacífica” entre todos os povos e Estados da região, antes de referir as “boas relações” que a Geórgia “sempre manteve com a Santa Sé”.

O discurso concluiu-se com votos de que exista um “um diálogo renovado e mais intenso” entre a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa Georgiana antiga e as outras comunidades religiosas do país.

O primeiro dia de viagem vai prosseguir no Palácio do Patriarcado Ortodoxo, num encontro com Elias II, ‘catholicos’ e patriarca de toda a Geórgia.

OC


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Ecumenismo: Francisco evoca «mártires» e denuncia perseguições contra cristãos

Foto: Lusa
Papa encontrou-se com primeiro patriarca ortodoxo da Geórgia que visitou Roma

Tbilisi, 30 set 2016 (Ecclesia) - O Papa Francisco encontrou-se hoje com o patriarca ortodoxo da Geórgia, Elias II, no palácio patriarcal de Tbilisi, elogiando os “heróis valorosos” desta Igreja, os monges e, em particular, os seus “numerosos mártires”.

“Que a sua intercessão dê alívio a tantos cristãos que ainda hoje, no mundo, sofrem perseguições e ultrajes e reforce em nós o desejo bom de vivermos fraternalmente unidos para anunciar o Evangelho da paz”, desejou.

O pontífice argentino, que chegou hoje à Geórgia, apresentou-se como “peregrino e amigo”, num momento em que a Igreja Católica está a concluir a celebração do Ano Jubilar da Misericórdia.

Francisco reconheceu no seu discurso que Elias II “inaugurou uma página nova nas relações entre a Igreja Ortodoxa da Geórgia e a Igreja Católica”, evocando a “primeira visita histórica ao Vaticano” de um patriarca georgiano.

Elias II tornou-se o primeiro ‘catholicos’, patriarca de toda a Geórgia (Igreja Ortodoxa), a visitar Roma para encontrar-se com um Papa, quando se reuniu com João Paulo II, a 6 de junho de 1980.

O Papa polaco viria a ser o primeiro pontífice a visitar a Geórgia, em 1999.

Francisco sublinhou o intercâmbio cultural e o diálogo existente entre católicos e ortodoxos georgianos, particularmente em Roma.

“Face a um mundo sedento de misericórdia, unidade e paz, [Deus] pede-nos que os vínculos entre nós recebam novo impulso”, declarou.

O discurso recordou, por isso, os passos que têm sido dados no diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa na Geórgia.

“O amor do Senhor eleva-nos, porque nos permite subir acima das incompreensões do passado, dos cálculos do presente e dos medos do futuro”, declarou o Papa.

A intervenção evocou ainda as “provações” que os cristãos georgianos tiveram de suportar e a “beleza” do seu património cultural, com hinos sacros “particularmente estimados pela tradição católica", incluindo alguns compostos pelo próprio Elias II.

“Agradeço a vossa santidade e estou profundamente comovido por ouvir a Avé-Maria que vossa santidade compôs: só de um coração que ama muito a Santa Mãe de Deus, coração de filho e de criança, pode sair algo tão belo”, disse o Papa.

Francisco tinha conversado em privado com Elias II, antes de dirigir-se para a sala das audiências do palácio patriarcal da Igreja Ortodoxa, onde foi acolhido com um cântico e a oferta simbólica de chá e café, como sinal de boas-vindas.

Durante o encontro, teve lugar a troca de ofertas e de cumprimentos entre os dois responsáveis cristãos.

"Obrigado, santidade, que Deus abençoe sua santidade e a Igreja Ortodoxa da Geórgia. Que dê graça a sua santidade e que possa avançar, pelo caminho da liberdade", concluiu o Papa.

Os católicos são menos de 3% da população total na Geórgia; dezenas de membros da Igreja Ortodoxa local protestaram contra a visita de Francisco na estrada que liga o aeroporto à capital Tbilisi, segurando cartazes com críticas à figura do Papa e ao Vaticano.

OC


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Geórgia: Francisco torna-se primeiro Papa a entrar em igreja assírio-caldeia, para homenagear cristãos do Iraque e da Síria


Papa presidiu a oração pela paz, pelos cristãos perseguidos e os refugiados

Tbilisi, 30 set 2016 (Ecclesia) - Francisco tornou-se hoje o primeiro Papa a entrar numa igreja da comunidade assírio-caldeia, ao visitar a comunidade presente em Tbilisi, no final do seu primeiro dia de visita à Geórgia, onde rezou pelas populações da Síria e do Iraque.

“Senhor Jesus, uni à vossa cruz os sofrimentos de tantas vítimas inocentes: as crianças, os idosos, os cristãos perseguidos”, disse, numa oração pela paz na igreja de São Simão, onde se cantou e rezou em aramaico, a língua falada por Cristo.

A intervenção evocou ainda “os exilados, os refugiados, quem perdeu o gosto pela vida”

O rito caldeu remonta às origens do Cristianismo e tem particular importância na Síria e no Iraque; muitos dos fiéis desta comunidade vivem na diáspora.

Francisco rezou pelas “vítimas da injustiça e da opressão”, pelos povos em guerra e “exaustos pelas bombas”.

“Levantai da devastação o Iraque e a Síria; reuni sob a vossa doce realeza os vossos filhos dispersos: sustentai os cristãos da diáspora e dai-lhes a unidade da fé e do amor”, prosseguiu.

A comunidade caldeia sobrevive há 2 mil anos sem nunca ter tido um rei ou um império cristão no território.

Estes cristãos viviam no país antes de Maomé e representam umas das mais antigas comunidades do Oriente, remontando ao século II.

A chamada Igreja Assíria do Oriente obteve a autonomia no concílio de Markbata, em 492, com a possibilidade de eleger um patriarca com o título de ‘catholicos’.

Em 1830, o Papa Pio VIII nomeou o "patriarca da Babilónia dos Caldeus" como chefe de todos os católicos caldeus; a sede deste patriarcado era Mossul, no norte do Iraque, e seria transferida para Bagdade em 1950, após a II Guerra Mundial.

O rito caldeu é um dos cinco principais ritos do Cristianismo oriental.

No final da oração, o Papa cumprimentou os membros do Sínodo da Igreja Caldeia e, à saída do templo, libertou uma pomba branca, como gesto de paz.

Francisco encerrou assim o primeiro dia da viagem à Geórgia, que se prolonga até domingo, dia em que se transfere para o Azerbaijão; em junho, o Papa já tinha estado no Cáucaso, ao visitar a Arménia.

OC


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Viana do Castelo: Semana de Estudos Teológicos sobre eutanásia quer ser espaço de «diálogo»

DR
Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas destaca também oferta formativa 2016/2017

Viana do Castelo, 30 set 2016 (Ecclesia) – A Escola Superior de Teologia do Instituto Católico da Diocese de Viana do Castelo, em parceria com a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico, promovem a semana de estudos ‘Ajuda-me a morrer bem. A Eutanásia em questão’.

A Escola Superior de Teologia do Instituto Católico assinala que o “momento social e político” nacional de debate sobre a eutanásia e a nota pastoral dos bispos portugueses motivam o tema da Semana de Estudos Teológicos dedicada ao tema da eutanásia, entre 7 a 10 de novembro.

O evento vai realizar-se alternadamente entre o auditório da Escola de Teologia e as instalações da Escola de Enfermagem, em Viana do Castelo.

A organização destaca dos conferencistas da 21.ª Semana de Estudos Teológicos a patróloga Isabel Alçada, para falar da visão da vida e da morte no cristianismo primitivo, a filósofa Laura Santos como representante da Plataforma pela Morte Assistida.

Assinala-se também a participação do pediatra e especialista em cuidados paliativos Filipe Almeida e os teólogos Jorge Cunha e Manuel Rosário.

De recordar que a Conferência Episcopal Portuguesa publicou a nota pastoral ‘O que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador’, em março, e, nesse contexto, a semana intitulada ‘Ajuda-me a morrer bem. A Eutanásia em questão’ pretende “criar espaço para esse mesmo diálogo e dirige-se a toda a sociedade em geral”, a partir de uma perspetiva humanista e cristã.

A Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas no seu sítio online também anuncia as propostas formativas 2016-17: Iniciação Bíblico-Teológica, que começa a 12 de outubro, e a Academia de Ministérios laicais, não só litúrgicos, só no semestre de inverno, aos sábados, a partir de 15 de outubro.

CB





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Porto: Congresso europeu de Médicos Católicos com voz crítica para a manipulação genética e eutanásia

«Nem tudo o que é cientificamente possível é eticamente correto», frisa presidente da comissão organizadora do evento

Porto, 30 set 2016 (Ecclesia) – O congresso da Federação Europeia das Associações de Médicos Católicos (FEAM) está a decorrer no Porto até este domingo, com voz crítica contra várias questões fraturantes como a manipulação genética, a reprodução medicamente assistida e a eutanásia.

Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, António Laureano Santos, presidente da comissão organizadora do congresso, frisou que “nem tudo o que é cientificamente possível é eticamente correto”.

O médico realçou que uma coisa é “a utilização adequada da genética humana no sentido de impedir a manifestação de doenças, da cura ou melhoria de determinadas doenças”, outra coisa, “absolutamente condenável”, é utilizar essas técnicas “para tentar melhorar determinadas capacidades humanas”.

“Isso a Igreja Católica não aceita tranquilamente, primeiro porque há muitos riscos e por outro lado, porque as modificações genéticas podem ter consequências que se transmitem de geração em geração”, salientou António Laureano Santos.

Sobre a reprodução medicamente assistida, recentemente aberta a mulheres solteiras e a mulheres a viverem em união de facto com outras mulheres, aquele profissional de saúde dá também voz à posição da FEAM que vai no sentido de “condenar” esta prática.

“Uma criança que nasce tem direito a um pai e a uma mãe naturais, e não devemos estar a fazer experiências que não conduzam a uma família regulamente estabelecida, nascida do amor de um casal, constituído por um homem e uma mulher. Não podemos tornar lícita uma coisa que não acreditamos que seja natural”, apontou.

A legalização da eutanásia é outro ponto que tem dominado o debate político em Portugal, e também em vários países do mundo.

Para António Laureano Santos, trata-se de uma matéria que está “errada nos seus princípios” e que será “perigosa nas suas consequências”.

“Nós médicos somos preparados para apoiar a vida das pessoas em todos os seus domínios, em todas as épocas da vida, desde o nascimento até à morte, e temos obrigação de lutar contra o sofrimento”, sustentou o membro da FEAM.

No entanto, “aplicar um medicamento com o intuito de provocar a morte deliberadamente, com o consentimento do doente, que é isto que no fundo constitui a eutanásia, é um ato condenável”, acrescentou.  

Intitulado “Os médicos, a Igreja e a Europa”, o congresso da Federação Europeia das Associações de Médicos Católicos conta com a presença de cerca de 140 profissionais do setor.

No meio de outras questões mais especificamente ligadas à área da saúde, como a relação médico – paciente e a presença da Igreja Católica nos hospitais, os participantes tiveram já a oportunidade de abordar a temática das migrações na Europa, no contexto do fluxo de migrantes e refugiados que têm acorrido ao Velho Continente, e que também desafia a ação dos médicos católicos.

Para António Laureano Santos, é urgente congregar meios no sentido de “dar apoio às pessoas que fogem da penúria, da miséria e da guerra e não criar barreiras”, como “sistematicamente” tem acontecido.

O congresso da Federação Europeia das Associações de Médicos Católicos acontece na no contexto também dos 50 anos da FEAM e dos 25 anos de atividade da Pastoral da Saúde no Porto.  

JCP   


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Camião de lixo

Um motorista de táxi ensinou-me a não por em prática a teoria do camião de lixo, teoria essa que não é senão a aplicação da lei “olho por olho dente por dente”. Fiquei estupefacta quando ele respondeu com um sorriso e um aceno amigável a uma manobra perigosa dum outro condutor que o obrigou a uma travagem incómoda e perigosa.

Além do sorriso, o homem manteve a calma ao ser insultado, ainda que não tivesse qualquer culpa do ocorrido e fosse ele próprio o lesado. Explicou-me então, que algumas pessoas funcionam como camiões de lixo, carregam toda a espécie de frustrações, agravos, injúrias, ódios, invejas e descarregam esse lixo acumulado sobre os outros.

Não façamos o mesmo, já que a vida é essencialmente o que fazemos dela. Deus vê tudo, e um dia, que chegará a todos, na Sua presença passará o filme da nossa existência e aí seremos nós próprios a ver se a nossa eternidade será no inferno ou no paraíso; o purgatório será a purificação que nos permitirá aceder ao céu.

“Louvado sejas Pai que escondes as verdades aos sábios e poderosos e as revelas aos simples e pequeninos” disse para comigo mesma, quando vi a serenidade e paz daquele motorista.

Ainda que a vida nem sempre sorria, pensemos que não há bem que sempre dure, e mal que não acabe, pois, como se diz, depois da tempestade vem a bonança. Não há ninguém sem problemas e a maioria das vezes são aqueles que mais os têm que melhor sabem sorrir.

Peçamos a Jesus, Ele bradou ao mar e a barca com os Seus discípulos não naufragou, também a nossa não naufragará e com a Sua ajuda nunca seremos camiões de lixo.

Maria Teresa Conceição, 
professora aposentada






Porquê o “online dating” católico?

Ao ouvir a palavra “date”, com certeza lembramo-nos logo de um qualquer filme americano em que alguém afirma que foi sair com outra pessoa num “date”. Significa um encontro com um objetivo mais do que apenas amizade. Mas este termo anglo-saxónico expressa uma forma muito própria de encarar o romance e o conhecimento do sexo oposto. Como é apanágio das culturas anglo-saxónicas, são muito práticos. O convite para “date” parte habitualmente do rapaz que considera uma rapariga atraente ou interessante e convida-a para “sair” num propósito já definido: não te vejo só como amiga, vamos ver se isto dá em namoro. Diferente dos relacionamentos mais latinos, digamos, ou europeus, a coisa por aqui é mais complexa. Se eu acho graça a uma rapariga, rodeio-a e jogo um jogo de sedução e de atração-repulsão por parte da rapariga, em que nunca se assume à partida o propósito, mas o resultado depende das jogadas dos participantes. Diga-se que pode não depender só de jogadas, pois a química pode acontecer espontaneamente, mas “ir beber um café” ou “sair” não significa necessariamente querer ver se dá numa relação amorosa, nem que seja só na teoria...

Assumir as coisas não parece ser nossa característica, pois existe um certo pudor. Os americanos, pelo contrário, não perdem tempo. O rapaz (pode ser a rapariga, mas a tradição não mudou muito) convida a rapariga, sabe-se ao que se vai, vê-se como corre. Se depois de dois ou três dates a coisa não aconteceu, provavelmente não vai acontecer mais, pelo que se percebe que não vale a pena continuar. Há que dizer que nas “saídas” acontece o mesmo. Arranjamos um pretexto para sair e depois vai-se vendo se há faísca. Também acontece a propósito de uma relação profissional, universitária ou outra. De qualquer forma, é um processo diferente e não assumido. Há um não dito e o rapaz a falar com o amigo diz-lhe que a amiga deixou de lhe responder às mensagens, ao que o amigo responde, “esquece, não insistas mais”. Ou então cai-se num esquema de saídas sucessivas sem acontecer nada e os silêncios começam a ser demasiados porque ninguém avança com nada. Ou então resulta numa amizade duradoura. Ou então a magia acontece.

Resumindo, o modelo americano é um possível entre outros. Mas facilita a corte. É verdade que quando eu convido para sair, em princípio será para ver se dá, mas por outro lado, nunca vamos dizer que não é por amizade e até temos de encontrar desculpas credíveis para a “saída”. No date, não. Mesmo que à partida nada esteja garantido que corra daquela forma, o propósito é claro.

Por isso o datesCatolicos.org é original. Se queremos procurar uma pessoa que tenha princípios parecidos aos nossos, em princípio aqui encontraremos. Depois, a procura é mais fácil do que se deslocar a sucessivos eventos e festas de aniversário, com conversas intermináveis, situações de vida diversíssimas, equívocos, objetivos díspares, etc. Na vida real, quase que fica mal eu dizer a primeira vez a alguém que a acho engraçada ou interessante. No datesCatolicos.org eu posso por like no perfil de alguém. Das duas, uma: ou não é recíproco e esqueço ou se o for, não é excitante combinar um encontro e ver no que dá? Pode não dar em nada mas há etapas que já foram ultrapassadas.
 

por António Pimenta de Brito,
co-fundador do site datescatolicos.org.









Conferência 17 de Outubro | Economia de Pobreza. Pobreza de Economia


Gil Tamayo: "La ideología de género no es compatible con la doctrina cristiana sobre el matrimonio y la familia"


José María Gil Tamayo
Pide evitar "las inquisiciones laicas" y reclama "respeto" para la opinión de la Iglesia


El portavoz de la CEE, sobre la crisis en Ferraz: "La estabilidad del PSOE es beneficiosa para toda la sociedad"
Jesús Bastante, 29 de septiembre de 2016 a las 11:29


(Jesús Bastante).- "La ideología de género no es compatible con la doctrina cristiana sobre la persona humana y sobre el matrimonio y la familia. Es una imposición contraria la antropología sobre el matrimonio y la familia". El portavoz de la Conferencia Episcopal, José María Gil Tamayo, evitó una condena a la polémica carta del director del colegio "Juan Pablo II" de Alcorcón, quien comparó la ideología de género con "el fanatismo terrorista".

"No entro en valoración de comportamientos concretos, no tengo todos los datos", comenzó a decir Tamayo, quien remitió a un documento aprobado por la Plenaria en 2012, y pidió poder ofrecer "la visión de la Iglesia, y hacerlo con libertad".

"Gracias a Dios hemos superado todas las inquisiciones. No pasemos a las inquisiciones laicas" remató Gil Tamayo, quien apuntó que, por supuesto, "hay que respetar que la Iglesia tenga sus convicciones, en respeto exquisito a las personas. Y hemos de hacerlo con caridad y claridad". Repreguntado sobre el particular, sólo acertó a decir que "hay calificativos y formas que hay que cuidar".

No opinó lo mismo respecto al juicio que este jueves lleva a los tribunales a un grupo de pro-abortistas que irrumpieron en la iglesia de Sant Miquel de Mallorca, y para los que la Fiscalía pide cuatro años de cárcel. En este punto, el portavoz episcopal apuntó que "se trata de un atentado contra la libertad religiosa, y las personas tenemos que responder de nuestros actos".

"Cuando se atacan los derechos de los demás, exigen una respuesta de reponer ese daño realizado. Lo que tipifique la ley. Una sociedad democrática no puede ser juntada con una libertad mal entendida.... Podemos manifestar nuestras discrepancias, pero el respeto a la libertad religiosa tiene que ser tutelada y exigido por los ciudadanos".

El secretario general de la CEE también aportó su visión sobre la crisis en el Partido Socialista. "Nuestra posición es de respeto a un partido que tiene sus órganos y militantes, y su responsabilidad en la solución de una crisis que también miramos con preocupación, y deseamos que se resuelva satisfactoriamente".

Para Gil Tamayo, "la estabilidad del PSOE es beneficiosa para toda la sociedad", por lo que mostró la "preocupación" de los obispos ante el momento que vive el partido. "Esperamos que cuanto antes solucionen esta crisis, porque eso redundará en bien de toda la sociedad española".




En cuanto a los temas de la Permanente, los obispos aprobaron un mensaje con motivo de la canonización de Manuel González, el obispos de los "sagrarios vacíos", que tendrá lugar el 16 de octubre, y anunciaron la convocatoria de un encuentro de Acción Católica General, el próximo agosto, en Santiago de Compostela, que estará abierto a todos los laicos que trabajan en parroquias. Parece ser que la Iglesia española, al fin, quiere volver a potenciar la Acción Católica y el papel de los laicos "en el ámbito público, no sólo en el estrictamente religioso".

Finalmente, Gil Tamayo anunció los últimos pasos para el documento sobre la situación actual del clero, En España, con casi 19000 sacerdotes diocesanos, "que están en toda la actividad pastoral, entregando su vida por los demás", la edad media supera los 65 años, por lo que los obispos apuntan la necesidad de "repensar formas de promoción vocacional, unida a la reflexión sobre el clero", y "la forma de atención a las comunidades cristianas".

Y anunció la visita del cardenal secretario de Estado, Pietro Parolin, a mediados de octubre, con motivo del simposio sobre Pablo VI. Una visita que tendrá carácter institucional y en la que el número dos del Vaticano se reunirá con los Reyes y con el presidente del Gobierno en funciones.



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Familiares de víctimas denuncian las mentiras de la eutanasia en 15 años de aplicación en Bélgica

Ni compasión, ni autonomía del individuo, ni garantías legales

La eutanasia, simplemente, se aprovecha de vulnerabilidad de las personas para eliminarlas por intereses no tan limpios como se proclama.
ReL  30 septiembre 2016

Un nuevo documental saca a la luz el engaño de la eutanasia relatando las historias de personas que han vivido esta experiencia en primera persona: personal sanitario, familiares de las personas que han muerto por eutanasia, expertos en bioética y personas minusválidas y sus familias.

Euthanasia Deception [El engaño de la eutanasia], producido por el director ejecutivo de la Euthanasia Prevention Coalition, Alex Schadenberg, junto a Kevin Dunn, desmonta tres mentiras defendidas por el movimiento pro-eutanasia: que la muerte asistida es compasión, que la eutanasia tiene que ver con la autonomía del individuo y que las garantías legales protegen a los más vulnerables. El documental se centra en lo que han significado quince años de eutanasia legal en la sociedad belga y en los debates sobre la ética de los cuidados sanitarios en el mundo. (Ver abajo el tráiler del documental.)

"Todo el vídeo parte del hecho de que nos hemos dado cuenta de que las personas que defienden la eutanasia y el suicidio asistido lo hacen utilizando determinados temas que, en el mejor de los casos, son engañosos", ha declarado Schadenberg a LifeSiteNews. "El único modo para rebatir sus argumentos de manera eficaz es contar historias de gente que realmente ha vivido esta experiencia en primera persona".

Alex Schadenberg lidera la Euthanasia Prevention Coalition, que advierte de los riesgos que entraña legalizar la eutanasia.
La eutanasia y el suicidio asistido "son defendidos falsamente como algo compasivo y misericordioso" cuando, en realidad, "se trata de acabar con la vida de alguien que está pasando por circunstancias que le hacen vulnerable", dijo.

"Cuando alguien me está poniendo una inyección letal, no estamos hablando de autonomía", ha explicado Schadenberg. "Cuando alguien decide que soy apto para recibir la inyección letal, no está hablando de mi autonomía. Se está hablando de acabar con mi vida en el momento más vulnerable de la misma; esto, desde luego, no tiene nada que ver con las garantías legales" que, cuando se han incluido en la legislación acerca de la eutanasia, "raramente han funcionado, si alguna vez lo han hecho", ha afirmado.

"Una decisión basada sobre el dolor de hoy" y no sobre la posibilidad de mañana
"Mi mente empezó a emborronarse" al cabo de varios años de vivir con esclerosis múltiples, explica Mark David Pickup, canadiense. "Si hubiera habido un Jack Kovorkian [médico y activista estadounidense que aplicó la eutanasia a 130 pacientes; en 1999 fue condenado por homicidio e indultado por razones de salud en 2007] a mediados de los ochenta, tal vez hubiera elegido la opción de la eutanasia. Pero ahora soy muy feliz de que esto no ocurriera, porque no hubiera conocido a mis nietos. Sabe, el problema de tomar esta decisión es no saber con seguridad lo que te traerá el mañana. Tomamos las decisiones basándonos en el dolor de hoy".

"La calidad de vida es un blanco móvil", dice Pickup. Su calidad de vida está marcada por amar y ser amado y no por el atletismo y su carrera, como sucedía cuando era joven.
Euthanasia Deception resalta la subjetividad inherente en el juicio acerca de la "calidad de vida" de las demás personas y el hecho de que muchas solicitudes de eutanasia están marcadas por el miedo a un sufrimiento futuro, no al dolor físico del momento.

El documental destaca también las diferencias de trato ante el suicidio entre las personas físicamente sanas y las discapacitadas. "¿A qué ciudadanos se les ofrece prevención del suicidio y a qué ciudadanos se les ofrece suicidio asistido?", pregunta Pickup. "Se convierte en una forma de discriminación" negar a los minusválidos la prevención del suicidio, ha declarado Schadenberg a LifeSiteNews.

Interdependencia vs. autonomía radical y una "nueva raza"
En Euthanasia Deception se entrevista a varios belgas acerca de su experiencia con la eutanasia, legal en el país desde hace quince años. Al profesor Tom Mortier le informaron de que su madre, enferma físicamente, había muerto por eutanasia porque estaba deprimida.

Tom Mortier: mataron a su madre sin avisarle.
La autonomía es un mito, explica Mortier, porque todos dependemos de otros de alguna manera. La vida de su madre no fue la única que sufrió las consecuencias de su acto; la suya propia sufre una influencia negativa permanente. Incluso si la eutanasia detiene el dolor de la persona que está sufriendo matándola, esta acción causa el dolor de mucha otra gente.

Lionel Roosemont, el padre de una joven de veinte años con una minusvalía grave, explica que estando en público se les ha acercado gente desconocida para preguntarles por qué no piden la eutanasia para su hija.

Lionel Roosemont: le sugerían matar a su hija por su problema de discapacidad.
“Mi [otra] hija, que en ese momento tenía trece años, … dijo 'no tienen ningún derecho a decir esto'", recuerda Roosemont. "Ella estaba muy enfadada. Pero tenía razón".

"Una cortina densa y negra ha descendido sobre Bélgica y esta cortina se llama eutanasia", dice. "Estamos en una sociedad que quiere una raza nueva. Y todo lo que no se adecue a la imagen perfecta de esa raza tiene que ser eliminado".

"Estábamos haciendo que muriera porque era lo que nos convenía a nosotros"
Holanda, como Bélgica, tiene una ley de eutanasia progresista. Hendrik Reitsema, un holandés entrevistado en Euthanasia Deception, explica que su abuelo, de 80 años, fue diagnosticado de cáncer linfático no-Hodgkin.

Hendrik Reitsema, otra voz de los perjudicados: familiares que se ven privados de sus seres queridos.
Habría vivido tres años más a partir de este diagnóstico si los médicos no hubieran iniciado un tratamiento agresivo "para matarlo", que causó su muerte en una semana.

"He matado a personas", declara Kristina Hodgetts, una enfermera canadiense que trabajó en un gran hospital de Ontario y en un hogar de ancianos de una zona rural. El modo como los trabajadores sanitarios intentaban agilizar injustamente la muerte de determinados pacientes hizo que se planteara: "¿Estamos ayudando a la gente a morir o estamos haciendo que la gente muera?".

Kristina Hodgetts, enfermera que practicaba eutanasias, plantea la cuestión capital: ¿a quién interesaban en realidad esas muertes?
"Estábamos haciendo que muriera porque era lo que nos convenía", declara Hodgetts. "Dejé mi trabajo porque no podía formar parte de esta cultura eutanásica".

"Hay algo que está mal, fundamentalmente, en la eliminación de la vida de otro ser humano", dice. "Te han confiado su vida y tú se la quitas".


Las garantías legales son un mito
En Bélgica, los médicos se informan a sí mismos de las eutanasias que llevan a cabo, por lo que este proceso "no tiene una supervisión adecuada", ha declarado Schadenberg a LifeSiteNews.

El médico que ocasiona la muerte del paciente es el que tiene que enviar el informe, por lo que es altamente improbable que un médico informe de que ha hecho un uso abusivo de la ley.

Otro aspecto inquietante de la eutanasia en Bélgica es que son los médicos los que declaran la causa de muerte de los pacientes que matan, como si la causa fuera el problema de salud del que estaban sufriendo… no la inyección letal, aunque sea ésta lo que efectivamente les mate, dice Schadenberg.

Aunque la mayoría de las historias del documental son devastadoras y desgarradoras, Euthanasia Deception tiene historias que ofrecen esperanza al espectador acerca de la fuerza del amor y la solidaridad humana. Todos deberían ir a ver Euthanasia Deception para ser conscientes de las amenazas mortales, cada vez mayores, que afectan a las personas vulnerables. Y para ayudar a detener la barbarie que representa el que los médicos maten a sus pacientes.

Pincha aquí para ver Euthanasia Deception.

Traducción de Helena Faccia Serrano (diócesis de Alcalá de Henares).



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Harto del Islam, se hizo ateo y marxista; trabajar con niños y leer a Benedicto XVI le llevó a la fe

El periodista iraní Sohrab Ahmari cuenta su conversión

Sohrab Ahmari nunca fue musulmán devoto, ni su familia... se licenció en Filosofía sin conocer la Biblia ni la vida real
P.J.Ginés / ReL  30 septiembre 2016

Lo explicábamos en ReL en julio: Sohrab Ahmari, un periodista nacido en Teherán pero que desde los 13 años se educó en Estados Unidos, especializado en información política internacional y autor de un libro sobre disidentes en la Primavera Árabe, anunciaba por Twitter, poco después de que unos jóvenes yihadistas degollaran al padre Jacques Hamel, con el hashtag  #IAmJacquesHames (#YosoyJacquesHamel), que "este es el momento correcto para anunciar que me estoy convirtiendo al catolicismo bajo formación en @LondonOrat".

Es ahora, con un artículo del 29 de septiembre en el Catholic Herald inglés, cuando Sohrab Ahmari cuenta con detalle el camino que le llevó de Teherán al ateísmo, al marxismo, el materialismo... y luego el respeto al pensamiento cristiano, la liturgia, Benedicto XVI, Cristo como Dios encarnado y finalmente el bautismo.

Cuando anunció su bautismo, llevaba dos meses de intensos estudios con un sacerdote católico, preparándose para ello. El asesinato de Hamel provocó su anuncio de forma impulsiva. "En 48 horas miles de personas me retuitearon y cientos contactaron conmigo en las redes".

Pero su viaje en la fe no fue impulsivo, sino largo y meditado.

Ateo a los 12 años
"A los doce años, decidí que Dios no existía", escribe. Fue una noche de vacaciones veraniegas en 1997, junto al mar Caspio, en casa de unos amigos de sus padres. Su familia no era musulmana devota aunque fingía serlo en público, como muchas otras en Irán. Ser musulmán devoto era, en sus ambientes, estar atrasado, ser anticuado. Su familia bebía alcohol, no usaba playas que separaban hombres y mujeres y los guardias, si les pillaban, se dejaban sobornar. Con sus doce años, esa noche, Sohrab decidió que la religión era una gran hipocresía, un montón de normas que quitaban libertad sin ninguna realidad detrás y obligaba a una doble vida.

En el colegio ya no le convencía la clase de religión "que era una mezcla de ideología del régimen, chovinismo chíita, antiamericanismo y odio a los judíos". En casa escuchaba Pink Floyd y leía El Guardián en el Centeno, de Salinger, obras occidentales nada recomendadas en Irán.

En Estados Unidos: consumismo
Entonces su madre -que en realidad llevaba años separada de su padre- emigró con Sohrab a Utah, Estados Unidos, donde tenía parientes.

Con trece años, Sohrab decidió que la religión en EEUU era como en Irán: los cristianos y mormones (abundantes en Utah) hablaban de cosas espirituales pero todo el mundo era consumista. Para intentar entender su nuevo entorno, aplicó las viejas reglas: la religión es hipocresía, etc...

Antes de empezar la universidad, leyó a Nietzsche. Hoy no recomienda que ningún chico tan joven lea grandes libros, "cuando tu capacidad de crítica está formada solo a medias". "Si pudiera volver atrás, intentaría leer los grandes libros en un orden coherente, de forma crítica, a ser posible con un buen maestro", dice.

Nietzsche proclamaba que Dios había muerto y que la moral cristiana era una mentalidad servil, de esclavos. Que había que dejar atrás la idea del bien y del mal. Sohrab no sabía nada del Dios cristiano, sólo una vez había leído un resumen adaptado de la Pasión de Cristo para un trabajo estudiantil, pero la muerte de Dios le sonaba bien.

Título en Filosofía sin haber leído la Biblia
Se licenció en Filosofía leyendo a Sartre, Camus, Bataille, Hesse, Kafka, Dostoyevsky, todo en clave "existencialistoide". Escribía frases como esta: "la posibilidad misma de hacer metafísica queda impedida después de Auschwitz e Hiroshima"; o bien, "estamos condenados a la responsabilidad en un mundo carente de significado" y sacaba así buenas notas.

"Mi confianza  nacía del hecho de que no tenía un sentido real de las cosas de las que escribía, de la gravedad de la vida real. Yo vivía por completo en mi cabeza, así que el mundo no tenía sentido", dice hoy. Tenía un título de Filosofía, era un intelectual, sin haber leído la Biblia, excepto aquel resumen de la Pasión y una versión simplificada del Pentateuco.

Entre Camus y Sartre le gustaba más Sartre, que encontraba cierto sentido vital en la lucha de clases. Eso le llevó al marxismo, y más en concreto la versión trostkista, "una versión más romántica de la ideología totalitaria". Hoy piensa que su marxismo era un fruto tardío del antiamericanismo que le inculcaron en el colegio: ¡una forma de atacar América sin ser chíita!

Trotskista fervoroso... y hedonista de sexo y drogas
Se apuntó a un grupo trotskista alternativo, repartía folletos, acudía a huelgas con piquetes, se acostaba con chicas, bebía exageradamente y probaba drogas. Sollozaba emocionado con "El Profeta", la hagiografía en tres volúmenes de Trotsky, por Isaac Deutscher.


 
Pero, ¿qué hay en el alma del hombre, en su mente? Exploró algo de psicoanálisis lacaniano, de la escuela de Frankfurt, de post-estructuralismo, otras filosofías de moda... nada le encajaba.

Tenía claro que el hombre era simplemente un barro moldeado por las circunstancias históricas, por el poder... Moldeado significa moldeable, muy moldeable. Es decir, el hombre es mero barro para el poder. 

La realidad, trabajando con niños pobres
Pero nada más acabar la universidad, realizando un voluntariado como profesor de niños en Texas, en un barrio pobre de la frontera con México, los niños rompieron su materialismo. El manual marxista materialista decía que en malas circunstancias materiales, a los niños les irá mal. Punto.

Pero él veía que buenos profesores, estableciendo en los niños trabajo duro, honestidad y disciplina firme (todo ello características anímicas, de personalidad) lograban que incluso en condiciones materiales muy duras los niños aprendiesen, mejorasen, creciesen bien.

No todo era materia: el carácter, la voluntad... todo eso era importante.

Y, además, pensó, eso implicaba que decir "esto es bueno" (por ejemplo, que los niños se esfuercen y sean recompensados) requería un criterio, un estándar universal. 

Sohrab notó que en su interior había una vocecita, "un susurro", que le decía que cosas que hacía no estaban bien. Una "voz" interna y misteriosa, un sentido interior, -no una decisión del Partido- le decía qué cosas eran buenas y cuales no. Y le parecía sospechoso que las ideologías que él defendía, en cambio, eran muy cómodas: nada está mal, todo es fruto de circunstancias materiales, etc...

Serenidad en los templos católicos
Al pasar los años, en un par de ocasiones en que el alcohol le hundió, se encontró acudiendo a un templo católico, bsucando paz, serenidad, sentándose en la iglesia silenciosa en el banco del final. O incluso en misa, sin entender nada de lo que sucedía en el rito. "Me sentaba y sentía olas de paz que me lavaban".

Y en algunos momentos duros había rezado algunos versículos del Corán, o se había dirigido a "un Dios interdenominacional". Se olvidaba enseguida, y volvía entonces al mundo del hedonismo y el materialismo.

La dignidad de cada hombre frente al Faraón
Pero ahora estaba pensando en ello en serio. ¿De dónde sale esa idea occidental de que cada hombre tiene una dignidad inherente, que el Faraón, el poder, no puede hacer lo que quiera con los hombres? Tenía que reconocer que esa base moral venía del cristianismo. 

En esta etapa decía: "yo no tengo fe, pero respeto a la gente de fe, y su contribución a un mundo más justo".

El libro de Benedicto XVI
En 2008 Benedicto XVI visitó Estados Unidos. La prensa le criticaba mucho, pero Sohrab quedó impresionado con el anciano Pontífice. "Recuerdo haber pensado que era un hombre muy santo. Tomé su libro Jesús de Nazaret. No entendía gran cosa, porque no conocía casi nada de la Escritura. No puedes entender mucho Jesús de Nazaret sin conocer la Biblia".

Pero había una idea que leyó allí y le asombró: que Dios Todopoderoso se había encarnado y había entrado en nuestra historia. El misterio central del Cristianismo: Dios se ha hecho hombre, una idea escandalosa para el judaísmo y el Islam.

La Negación de Pedro, de Caravaggio
Sohrab ya tenía una pintura favorita, La Negación de San Pedro, de Caravaggio. Sabía todo de esta obra que le emocionaba. Pero ahora entendía lo que Pedro hacía: "no sólo negaba a su amigo y maestro, negaba al Mismísimo Dios, al Dios de Dios, que ha entrado en nuestro mundo caído, que sufre humillación, al que escupen, crucifican y niegan incluso sus amigos".

Ideas hermosas pero... ¿es real?
Sohrab hablaba de algunas de estas cosas con sus amigos, como teorías. "No creo que esto sea verdad, claro, pero... es hermoso, ¿verdad? Ha sido una fuerza civilizadora, ¿no?", decía a los compañeros.

Pero eso no bastaba. Había que dar un sí. Notaba que necesitaba la Misa, los misterios de la liturgia. No le bastaba con decir "sí" y proclamarse salvado por Dios, como proponían algunos protestantes. Su teología no le convencía. Necesitaba el Cuerpo de Cristo, cuerpo sacrificado y torturado. Necesitaba saber que Su Madre estaba allí también.

Y la Iglesia Católica, pensó, con sus dos mil años de historia, después de ver todo tipo de herejías llevadas por la corriente del tiempo, no se iba a dejar engañar por las modas actuales.

Finalmente fue a la puerta de un sacerdote y le dijo que quería hacerse católico. "OK", dijo él sencillamente. "Yo te instruiré". "Ahora puedo orar, sin hipocresía, Salve, María, de Gracia... y añadir con confianza: Padre Hamel, ora por nosotros".



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Vaticano: Papa iniciou segunda viagem ao Cáucaso com mensagem de paz para a região

Foto: Lusa
Visita à Geórgia e Azerbaijão, países com minoria católica, tem marca ecuménica e inter-religiosa

Cidade do Vaticano, 30 set 2016 (Ecclesia) - O Papa iniciou hoje de manhã, em Roma, a sua viagem de três dias à Geórgia e Azerbaijão, a segunda deste ano à região do Cáucaso, para “favorecer o encontro e o diálogo entre culturas e religiões diferentes”.

O Papa assumiu o objetivo no tradicional telegrama ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, ao deixar o país, explicando que quer “reforçar o caminho da unidade dos cristãos e confirmar a comunidade católica na fé”.

A visita tem como lema 'A paz esteja convosco' e quer sublinhar a importância da região, próxima da Rússia, Turquia e Médio Oriente.

“É claramente uma viagem de paz, o Papa leva uma mensagem de reconciliação para toda a região”, disse esta semana em conferência de imprensa o porta-voz do Vaticano, Greg Burke.

A 16ª viagem internacional do pontificado tem início marcado para a capital da Geórgia, Tbilisi, e conclui-se este domingo, já no Azerbaijão.

O programa oficial, que prevê 10 discursos do Papa, inclui um encontro privado com a comunidade caldeia, um rito que remonta às origens do Cristianismo e tem particular importância na Síria e no Iraque, mantendo o uso litúrgico do aramaico, a língua falada por Jesus Cristo.

A visita de oração pela paz à igreja de São Simão, com a comunidade assíria-caldeia, está marcada para o final da tarde de hoje e que ser um “sinal da proximidade” de Francisco às comunidades cristãs sírias e iraquianas, realçou o porta-voz do Vaticano.

O Papa vai proferir uma oração em que serão recordados especificamente os "cristãos perseguidos", os refugiados e as "vítimas da opressão".

Francisco esteve na Arménia entre os dias 24 e 26 de junho deste ano, naquela que foi a sua primeira visita ao Cáucaso, e explicou, já no regresso ao Vaticano, os motivos que o levam agora a viajar até à Geórgia e Azerbaijão.

“Acolhi o convite para visitar estes países por um duplo motivo: por um lado, valorizar as antigas raízes cristãs presentes nessas terras, sempre num espírito de diálogo com as outras religiões e culturas; por outro, encorajar esperanças e caminhos de paz”, assinalou, no Vaticano.

O Papa deve chegar ao aeroporto Internacional de Tbilisi pelas 15h00 locais (menos três horas em Lisboa).

Após a cerimónia de boas-vindas, Francisco vai fazer uma visita de cortesia ao presidente da República da Geórgia, no palácio presidencial, seguindo-se o encontro com o ‘catholicos’ e patriarca de toda a Geórgia, Elias II, no palácio do Patriarcado Ortodoxo.

Já no sábado, Francisco preside à Missa no Estádio M. Meskhi, contando, pela primeira vez, com a participação de uma delegação da Igreja Ortodoxa da Geórgia; o programa continua num encontro com sacerdotes, religiosos e religiosas na igreja da Assunção, de rito latino.

Antes de visitar a catedral patriarcal Svietyskhoveli de Mskheta, centro espiritual da Igreja Ortodoxa georgiana, o Papa reúne-se com pobres e agentes de obras de caridade da Igreja, diante do centro de assistência dos religiosos camilianos.

O domingo começa com a cerimónia de despedida no aeroporto Internacional de Tbilisi, de onde o Papa parte para Baku, capital do Azerbaijão, localizada nas margens do Mar Cáspio, com chegada prevista para as 09h30 (menos três horas em Lisboa).

A visita de 10 horas a território azeri, onde os católicos são apenas algumas centenas, começa com a Missa na igreja do Centro Salesiano.

Em Baku, Francisco vai almoçar com a comunidade salesiana, ainda antes da cerimónia oficial de boas vindas, na praça do palácio presidencial de Ganjlik, de uma visita ao Monumento aos Mortos pela Independência e do encontro com as autoridades no Centro ‘Heydar Aliyev’ - nome do terceiro presidente do Azerbaijão após a queda da URSS.

O Papa transfere-se em seguida para a Mesquita ‘Heydar Aliyev’, que recebe um encontro inter-religioso, acolhido pelo xeque dos muçulmanos do Cáucaso.

O avião que transporta Francisco sai de Baku às 19h15 para aterrar em Roma, às 22h00 locais (menos uma hora em Lisboa) de domingo.

João Paulo II esteve na Geórgia em 1999 e no Azerbaijão em 2002.
 
OC


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