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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Umas Belíssimas Horas

Há dias atrás fui, como é habitual, ao aniversário dos filhos de uma amiga minha. Os seus dois filhos e o pai fazem anos neste maravilhoso mês de Maria e, por uma questão de recursos esta minha amiga festeja os três aniversários num único dia. É muito interessante ver a felicidade que alguns de nós tem em reverem-se ao fim de mais um ano. Numa altura em que a legislação desvirtua a família, resolvi compartilhar com os leitores estas poucas horas que passei com esta verdadeira família. A alegria espelhada por cada elemento era evidente. Há um mês nascera o primeiro filho de um casal com um ano de vida matrimonial e este bebé era a grande alegria mas não a única. Ali todos têm o seu lugar. As idades dos presentes variavam entre um mês e 90 anos feitos em Fevereiro. O leitor estará a pensar que é uma família sem problemas e com muito dinheiro para haver tanta felicidade. Efectivamente havia pessoas que ganham acima da média mas também estavam presentes outros que certamente terão de fazer contas e bastantes para conseguir fazer face às suas despesas, incluindo a anfitriã que apesar disso não deixou de realizar esta festa com pelo menos 50 pessoas. Claro que para isso fez praticamente tudo em vez de comprar numa confeitaria. Pensarão: "Tem muito tempo" Nem por isso, sai bastante cedo de casa e chega habitualmente depois das oito à noite. Saúde? Havia de tudo a maioria saudável mas uma rapariga possui trissomia 21 e um rapaz com ligeiras tendências para autismo e além disso, à mãe deste foi diagnosticado um cancro em grau avançado. Não havia queixas apesar destas realidades e, como digo estavam todos muito felizes. Todos se sabem amados e que, apesar das muitas dificuldades há quem se preocupe com eles. Os filhos sentem se queridos pelos pais embora estes muitas vezes não os deixassem fazer o que queriam e os pais sentem que a sua vida tem sentido na entrega ao outro. Foram umas horas extraordinárias graças à generosidade da minha amiga e depois disto pensei que realmente há que lutar pela família pois é ela que irradia a felicidade numa sociedade.

Maria Guimarães Moreira
professora





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