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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Joana D´Arc, um exemplo para os Políticos …

Celebrámos em 30 de Maio a festividade litúrgica de Santa Joana D´ Arc.
 
Sabemos pela História que Joana D`Arc nasceu em França na aldeia de Domrémy em 1412, e morreu em 1431 (época medieval). Foi uma importante personagem da história francesa, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), quando o seu país enfrentou a tradicional rival Inglaterra.
 
O resumo da sua história refere que a vida desta heroína francesa é marcada por acontecimentos trágicos desde criança, presenciando a morte violenta de membros da sua família por soldados ingleses, que invadiram a vila onde morava.
 
Com 13 anos de idade, começou a ter visões e a receber mensagens, que dizia tratar-se dos santos Miguel e Catarina. Nestas mensagens deve ter sido orientada no sentido de entrar no exército francês e ajudar na guerra contra a Inglaterra.
 
Motivada, cortou o cabelo bem curto, vestiu-se de homem e começou a fazer treinos militares. Foi aceite no exército francês, chegando a comandar algumas tropas. As suas vitórias importantes e o reconhecimento do Rei Carlos VII, despertaram as típicas invejas de outros líderes militares da França que, conspirando, diminuíram o apoio a Joana D´Arc.
 
Em 1430, foi ferida durante uma batalha em Paris, e capturada pelos borgonheses que a venderam aos ingleses. Foi acusada de praticar feitiçaria por causa das suas visões, e condenada à morte na cidade de Rouen, no ano de 1431.
 
O Papa, Bento XVI durante uma das suas catequeses, dentro do ciclo sobre as santas mulheres da Idade Média, dedicou o assunto a Joana, “a donzela”, jovem heroína francesa, que foi condenada à morte pelos seus inimigos políticos.
 
Bento XVI comentando este facto, referiu que a vida heróica e a trágica morte de Santa Joana D`Arc são um exemplo para os cristãos, especialmente para os envolvidos na política. Referiu-se às revelações de que Joana D`Arc foi depositária no sentido da missão que deveria cumprir, libertando o seu povo do domínio inglês, no contexto da Guerra dos Cem Anos.
 
Apenas com 17 anos de idade, liderou os exércitos franceses conduzindo-os a várias vitórias, principalmente ao levantamento do Cerco de Orléans (1429), que ajudou a restaurar o trono de Charles VII.
 
Capturada pelos ingleses, abandonada pelos seus aliados e com um tribunal manipulado por interesses políticos, Joana foi acusada de heresia e condenada à morte, morrendo com apenas 19 anos.
 
Foi reabilitada 25 anos mais tarde pelo Papa espanhol Calisto III, e foi canonizada em 1920, por Bento XV.
 
A sua figura teve grande impacto sobre escritores como Charles Péguy, e uma profunda influência sobre outra grande santa francesa, Teresa de Lisieux.
 
O Papa Bento XVI, quis destacar dois aspectos da vida de Santa Joana D´Arc, como exemplos para os cristãos de hoje. Por um lado, a sua ação política; por outro, o seu amor pela Igreja.
 
Segundo o Papa, estes dois aspectos estão enraizados no amor profundo de Joana por Jesus Cristo: “O nome de Jesus, invocado por ela até aos últimos momentos da sua vida terrena, foi como a respiração da sua alma, como o bater do seu coração, o centro de toda a sua vida”…
 
Para Bento XVI, Joana D´Arc é uma das “figuras mais características dessas `mulheres fortes ` que, no final da Idade Média, carregaram sem medo a grande luz do Evangelho nas complexas vicissitudes da história”.
 
A figura de Joana D` Arc foi celebrada em centenas de obras de arte e muitas obras literárias e Bento XVI considera-a um exemplo para os políticos dos tempos actuais.


Maria Helena H. Marques
Prof.ª do Ensino Secundário


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