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sábado, 7 de maio de 2016

8 de Maio – Dia Mundial das Comunicações Sociais

50 anos a reflectir sobre a importância da comunicação na construção de um mundo melhor.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi celebrado, pela 1ª vez, no dia 7 de Maio de 1967. Com esta iniciativa proposta pelo Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI mostra que a Igreja se sente intimamente solidária com o género humano e a sua história, chamando a atenção dos homens de todos os tempos e de boa vontade para o vasto e complexo fenómeno da Comunicação Social como característica da civilização moderna.

Os meios de comunicação social, graças à sua vertiginosa evolução tecnológica e às extraordinárias potencialidades de que dispõem, têm uma acrescida responsabilidade no relevante papel que desempenham na vida das pessoas e das sociedades.

Será sua primordial função permanecer ao serviço da pessoa humana e do bem comum, na circulação de notícias e difusão de saberes que se projectem na formação ética do homem, num maior e mais frutuoso diálogo entre povos e nações e no avanço da democracia com ideais de solidariedade e de justiça social.

“A comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade. Como é bom ver pessoas a esforçar-se por escolher cuidadosamente palavras e gestos para superar as incompreensões, curar a memória ferida e construir paz e harmonia. As palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos. E isto acontece tanto no ambiente físico como no digital. Assim, palavras e acções hão-de ser tais que nos ajudem a sair dos círculos viciosos de condenações e vinganças que mantêm prisioneiros os indivíduos e as nações, expressando-se através de mensagens de ódio. Ao contrário, a palavra do cristão visa fazer crescer a comunhão e, mesmo quando deve com firmeza condenar o mal, procura não romper jamais o relacionamento e a comunicação.” *

“Também e-mails, sms, redes sociais, chat podem ser formas de comunicação plenamente humanas. Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor. As redes sociais são capazes de favorecer as relações e promover o bem da sociedade, mas podem também levar a uma maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos. O ambiente digital é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, realizar uma discussão proveitosa ou um linchamento moral.”*

“Em rede, também se constrói uma verdadeira cidadania. O acesso às redes digitais implica uma responsabilidade pelo outro, que não vemos mas é real, tem a sua dignidade que deve ser respeitada. A rede pode ser bem utilizada para fazer crescer uma sociedade sadia e aberta à partilha.”*

Defender a liberdade e a dignidade da comunicação social é um imperativo ético que urge exigir e implementar na medida em que ela é, por excelência, o veículo apropriado para aproximar os homens, graças ao forte impacto que tem sobre a nossa vida e a força sugestionável de que são portadores.

*in: Mensagem do Santo Padre







Maria Susana Mexia






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