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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Papa telefona para coordenador de um projecto para separados ou divorciados

Membros do grupo “O anel perdido” da Diocese de Fossano escreveram uma carta ao Papa


Robert Cheaib

No último sábado, o Papa Francisco telefonou para o diácono Paolo Tassinari, coordenador do projecto “O anel perdido”, da Diocese de Fossano, Itália, vinculado à pastoral das pessoas separadas ou divorciadas. A notícia do jornal da diocese “La Fedeltà”, citado pela Sir, explica que o telefonema do Papa aconteceu depois que algumas pessoas do grupo enviaram uma carta ao Pontífice.

O Papa, relata Tassinari, “pediu para falar sobre as iniciativas do projecto diocesano com as pessoas separadas ou divorciadas, ou em nova união, demonstrando ter na mão a carta que o grupo tinha escrito e me incentivando a continuar o caminho”. Ele então convidou o grupo para uma audiência no Vaticano. “Depois do telefonema – diz o diácono – eu disse para o meu filho: “Era o Papa! E comecei a chorar! Mesmo agora, depois de vários dias, eu mal posso acreditar que o Papa Francisco quis dedicar um pouquinho de seu tempo para perguntar sobre o nosso pequeno projecto, mas seu gesto é mais um que demonstra o afecto e a estima que o bispo de Roma nutre pela ‘periferia’ do ser humano, como a de alguém que vive ou viveu o fracasso de seu casamento”.

Na carta escrita a Bergoglio, o grupo recorda o abandono que “na separação sofreram, a traição, o desmembramento das famílias, o colapso dos valores mais profundos que acreditavam, a perda de identidade e de toda a segurança, a confiança em Deus e às vezes a fé. Neste contexto traumático, a Igreja tem provado, geralmente, ser indiferente, ou mesmo hostil, e Deus parece distante e indiferente”.

Até que chegou na cidade de Fossano, onde Deus se fez homem entre os homens feridos pela separação, o grupo ‘O anel perdido’, projecto diocesano activo desde 2009. Essas pessoas – diz a carta – “abriram as portas das igrejas para que participássemos de missas e celebrações onde reencontramos um lugar e um sentido dentro da Igreja; nos acolheram fraternalmente e medicaram nossas feridas.


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