Membros do grupo “O anel perdido” da Diocese de Fossano escreveram uma carta ao Papa
Robert Cheaib |
No último sábado, o Papa Francisco telefonou para o diácono Paolo
Tassinari, coordenador do projecto “O anel perdido”, da Diocese de
Fossano, Itália, vinculado à pastoral das pessoas separadas ou
divorciadas. A notícia do jornal da diocese “La Fedeltà”, citado pela
Sir, explica que o telefonema do Papa aconteceu depois que algumas
pessoas do grupo enviaram uma carta ao Pontífice.
O Papa, relata Tassinari, “pediu para falar sobre as iniciativas do
projecto diocesano com as pessoas separadas ou divorciadas, ou em nova
união, demonstrando ter na mão a carta que o grupo tinha escrito e me
incentivando a continuar o caminho”. Ele então convidou o grupo para uma
audiência no Vaticano. “Depois do telefonema – diz o diácono – eu disse
para o meu filho: “Era o Papa! E comecei a chorar! Mesmo agora, depois
de vários dias, eu mal posso acreditar que o Papa Francisco quis dedicar
um pouquinho de seu tempo para perguntar sobre o nosso pequeno projecto,
mas seu gesto é mais um que demonstra o afecto e a estima que o bispo de
Roma nutre pela ‘periferia’ do ser humano, como a de alguém que vive ou
viveu o fracasso de seu casamento”.
Na carta escrita a Bergoglio, o grupo recorda o abandono que “na
separação sofreram, a traição, o desmembramento das famílias, o colapso
dos valores mais profundos que acreditavam, a perda de identidade e de
toda a segurança, a confiança em Deus e às vezes a fé. Neste contexto
traumático, a Igreja tem provado, geralmente, ser indiferente, ou mesmo
hostil, e Deus parece distante e indiferente”.
Até que chegou na cidade de Fossano, onde Deus se fez homem entre os
homens feridos pela separação, o grupo ‘O anel perdido’, projecto
diocesano activo desde 2009. Essas pessoas – diz a carta – “abriram as
portas das igrejas para que participássemos de missas e celebrações onde
reencontramos um lugar e um sentido dentro da Igreja; nos acolheram
fraternalmente e medicaram nossas feridas.
in
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