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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Obama em Cuba: o elogio do Cardeal Ortega

De acordo com o arcebispo de Havana, a visita do presidente norte-americano irá contribuir para o desenvolvimento do país e do povo

  Notícias do Mundo

Map Of Cuba - Pixabay (Onestopmap)

Referindo-se à visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agendada do 21 ao 22 de Março, o cardeal arcebispo da Havana, Jaime Ortega, disse à Reuters: “Esta visita a Cuba é muito significativa”, porque “vai servir para o desenvolvimento do país e do povo” e acrescentou que “a visita de Obama não é um evento de valor publicitário, mas algo bem mais importantes para o país”.

Enquanto isso, o jornal oficial do Partido Comunista Cubano, Granma, informou que a visita de Obama demonstra “que a Casa Branca se pôs em movimento”, após a retomada das relações diplomáticas.

De fato, a visita de Obama a Cuba acontecerá depois de 15 meses do ‘desgelo’ entre Washington e a Havana, oficialmente no dia 17 de Dezembro de 2014, quando os dois governos agradeceram o Vaticano pela mediação. Obama será o primeiro presidente americano a visitar a ilha desde 1928.

O Arcebispo de Miami, mons Thomas Wenski, muito próximo dos cubanos no exílio, informou sexta-feira passada para Martí Noticias, que a visita de Obama vai representar um desenvolvimento positivo para o povo cubano. Entre as razões, o bispo encontra o fato de que um afro-americano não só possa ser parte do governo, mas também tornar-se presidente dos Estados Unidos, o que actualmente é muito difícil para a Havana.

A viagem de Obama será precedida pela visita do secretário de Estado, John Kerry, conforme anunciado pelo Presidente, perante o Congresso dos Estados Unidos. Trata-se da segunda viagem de Kerry à Havana, depois daquela do 2015, por ocasião da reabertura da embaixada dos Estados Unidos. O número um da diplomacia dos Estados Unidos declarou que irá abordar a questão dos direitos humanos e outros temas presentes na agenda do presidente Obama durante a sua estada na ilha caribenha.

“Confirmando a visita de Obama o governo de Cuba – lê-se na revista Bohemia – na semana passada reiterou a sua disponibilidade para discutir qualquer assunto com base no respeito mútuo, e disse que a ilha também tem pontos de vista sobre os direitos humanos nos Estados Unidos”.

Outra informação sobre a viagem, é a intenção de Obama de fechar a prisão de Guantanamo, na base militar dos EUA em Cuba. Falando da Casa Branca, o presidente disse que “está fechando um capítulo da nossa história “que” reflecte as lições que aprendemos do 11 de Setembro. Lições que deveriam guiar a nossa nação no futuro”. Nesse sentido ainda há 60 presos considerados perigosos terroristas, que seriam, portanto, transferidos para outras prisões.


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