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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A Mulher na Família

O processo de inserção das mulheres, em grande escala, no mercado do trabalho remunerado, trouxe consigo mudanças significativas na família.

A partir do final do século XX, houve um aumento considerável de mulheres ocupando cargos importantes em diversas áreas de actuação.

No século XXI é importante que a mulher tenha a noção da conquista de valores e direitos e da sua implementação na família e na sociedade. Para isso, a mulher tem que fazer uma auto - educação, ou seja, conhecer-se a si própria, pois quanto mais nos conhecemos, melhor compreendemos os outros. Há que reflectir com serenidade e perguntar:

Que valores é que tenho como mulher?

Que valores é que tenho como mãe?

Que tipo de amigos é que tenho?

Como me sinto perante Deus? Como criança, como amiga, como filha?

Temos que aprender a dominar a vida, e não a vida a nós.

Temos que ser mestras da vida e dos seus valores.

Temos capacidade para isso?

Deus deu a cada uma de nós talentos maravilhosos, mas também tarefas.

Esta auto - educação vai descobrir a nossa dignidade. Somos seres polivalentes; temos originalidade, temos uma realidade histórica, social, cultural, económica e física.

Temos uma estrutura psicológica. Temos que olhar para a nossa vida com a Luz da Fé. Com esta possibilidade Deus colocou - nos no meio do mundo e temos que responder por isso. Somos livres. Deus quer a nossa liberdade, a nossa responsabilidade activa e não passiva.

Há famílias onde o diálogo é fraco, por falta de disponibilidade ou por falta de hábito, etc. Há famílias onde as posições de marido e mulher não estão bem assumidas, criando tensões.

Há famílias que vivem fechadas em si mesma, sem sentirem que são responsáveis pelos outros; ou famílias de tal modo devassadas pelo exterior que não chegam a crescer na sua originalidade.

Há famílias onde se come e dorme, mas não se cresce.

Há famílias onde Cristo é uma ideia, e por  ficar só em ideia, não tem força para levar Cristo ao mundo.

Há famílias onde cada um vive em conflito entre aquilo que é prioritário e aquilo que não é; entre a dimensão pessoal e a dimensão de casal, onde estas não estão inter-ligadas.

Onde há amor tudo é felicidade. É preciso viver o Jubileu doméstico, e não só nos grandes eventos, tendo em conta que o Senhor ama quem põe em  prática a misericórdia nas coisas comuns.

Se não houver fidelidade no âmbito familiar, nem respeito, nem confiança, também não haverá fidelidade na sociedade.






Luísa Loureiro




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