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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

“O Papa convida-nos a abrir as portas que estavam fechadas”, disse reverendo Metodista

O dr. Tim Macquiban fala do Pontífice como testemunho de amor e do carinho de Deus com todos



“O Papa Francisco está abrindo as portas que tinha sido fechadas, testemunhando que o amor de Deus pode alcançar a todos”, foi o que disse o reverendo Tim Macquiban, um dos líderes da Igreja Metodista em Roma, em uma entrevista concedida à ZENIT na semana passada. O reverendo Tim Macquiban, salientou que rezar pela unidade dos cristãos é vital e explicou como o Papa Francisco está avançando rapidamente nas boas relações ecuménicas.

O pastor contou sobre as suas esperanças para melhorar as relações entre católicos e metodistas, reflectindo sobre o que temos em comum, propondo a necessidade de ecumenismo não só espiritual, mas também de acções. Em particular, Macquiban sugeriu como metodistas e católicos poderiam compartilhar a sua busca por uma vida santa.

O rev. Macquiban é, desde 1987, um  ministro da Igreja Metodista britânica. Formou-se na Universidade de Cambridge. Serviu em igrejas pequenas e grandes na Grã-Bretanha em Yorkshire e Cambridge. Ensinou por 18 anos em uma escola superior.

O ministro tem uma longa história de trabalho na pastoral, no mundo académico e ecuménico. Junto com a sua esposa, Angela, apoiou o trabalho da World Church, na participação em programas de desenvolvimento. Com esta finalidade visitou a Jamaica, a Singapura e a Malásia. Também ensinou nos Estados Unidos e em várias universidade metodistas e deu palestras na Austrália. A Igreja Metodista de Roma fica perto de Castel Sant’Angelo.

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ZENIT: Acabamos de concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Por que é importante orar pela unidade dos cristãos?
Rev. Macquiban: Após 50 anos de diálogo com a Igreja Católica Romana, nós oramos pelo reconhecimento do nosso baptismo comum e a incorporação em um só corpo. Para aprender a amar e respeitar o outro, independentemente das nossas diferenças.

ZENIT: Qual é a contribuição do Papa Francisco no avanço do ecumenismo?
Rev. Macquiban: Tudo o que o Papa Francisco diz e faz, especialmente agora, neste ano da misericórdia, abre as portas que estavam fechadas, favorecendo o vento da mudança. O seu calor por aqueles que são outros, sejam cristãos ou não, é a prova de que o amor de Deus pode chegar a todos.

ZENIT: Quais as esperanças para melhorar as relações entre católicos e metodistas? E entre os católicos e todos os cristãos?
Rev. Macquiban: A abertura, a cordialidade e o entusiasmo pelo evangelho é algo que metodistas e católicos podem compartilhar em sua busca comum pela santidade da vida. A “fé actua por amor” como disse John Wesley, o teólogo Inglês que fundou o movimento protestante do Metodismo.

ZENIT: Durante a audiência geral da semana passada, o Papa disse que todos os cristãos compartilham a missão comum de levar a misericórdia de Deus aos demais, especialmente aos pobres e aos necessitados. Como fazer com que todos os cristãos possam trabalhar juntos buscando esse propósito?
Rev. Macquiban: Sobre esta questão não há muita diferença entre nós cristãos. Dias atrás eu estava com a comunidade de Santo Egídio na cidade de Ostia. O seu trabalho de caridade com os pobres é bastante familiar para mim. Há anos que eu prego por um “ecumenismo de acção”, que nos leva além do ecumenismo espiritual.


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