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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

250 estudiosos muçulmanos pedem a liberdade religiosa para todos

Assinada ontem uma declaração que quer desenvolver uma jurisprudência islâmica sobre o conceito de cidadania, inclusiva de todos os grupos

  Notícias do Mundo


Duzentos e cinquenta Ulema, eminentes estudiosos islâmicos, reuniram-se ontem, 27 de Janeiro, em Marrakech, para assinarem um apelo com a finalidade de desenvolver uma jurisprudência islâmica sobre o conceito de cidadania, que seja inclusiva de todos os grupos. O encontro ocorreu a convite do Ministério de Promoção e dos Assuntos Islâmicos do Reino do Marrocos e do Fórum par a Promoção da Paz nas sociedades islâmicas, com sede nos Emirados Árabes Unidos.

De acordo com uma declaração retomada pela agência Fides, a Declaração de Marrakech retoma a Carta de Medina, que neste ano cumpre 1.400 anos da sua estipulação, “um contrato constitucional entre o Profeta Muhammad e o povo de Medina, o que garantia a liberdade religiosa para todos, independentemente da fé”.

Além de pedir aos estudiosos e aos intelectuais islâmicos para desenvolver o conceito de cidadania na jurisprudência islâmica, faz-se o apelo às instituições educativas para “uma corajosa revisão dos programas educacionais, para eliminar qualquer argumento que incite a agressão e o extremismo, trazendo guerra e caos”.

Também os políticos foram interpelados para que “estabeleçam um contrato constitucional entre os cidadãos” e os vários grupos religiosos lembrando que durante séculos compartilharam a mesma terra, vivendo juntos, e rejeitando toda forma de difamação do outro e de terrorismo, definido “uma patologia”.

A Declaração de Marrakech conclui afirmando que é “inconcebível usar a religião para atacar os direitos das minorias religiosas nos Países muçulmanos”. No encontro de Marrakech estavam presentes cinquenta líderes de outras religiões que expressaram a sua gratidão pelo documento.


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