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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Filhos... de quem? O futuro que nos espera

O autor, abordando um tema de grande relevância antropológica e social, descobre surpreendentes ligações com o mundo actual, redigindo páginas de grande originalidade, que deixarão maravilhados os leitores. Apresentação de S. Em.cia Card. José Saraiva Martins 


Perguntamo-nos: Que «Eu» está na base das nossas relações? Por que motivo estas são cada vez mais complexas e tão pouco autênticas? E por que motivo surge confusão sobre a identidade de género? Qual é o fundamento da família? Que tipo de sociedade preparamos para as novas gerações? Quais são as ciladas que ameaçam a vida pessoal e social?

As páginas do livro "Filhos... de quem? O futuro que nos espera?", publicado pela editora Paulus, são uma grande oportunidade para encontrar a resposta para os problemas mais candentes da vida pessoal, familiar e social. O cristianismo tem algo de grande e precioso para oferecer a todos, cristãos e não-cristãos. Devemos reencontrá-lo, redescobri-lo e difundi-lo com a nova evangelização.

Mas por que motivo começar precisamente com o Pai Nosso? Porque as suas palavras encerram o programa da nossa existência e sobrevivência: a sabedoria e a beleza quer do ser humano, quer da família, quer do modo de viver na sociedade. A explicação profunda, palavra a palavra, da oração maravilhosa que o Senhor nos ensinou abre novos horizontes e traça um grande percurso para se renovar na mente e no coração e para achar, nas raízes, aquelas respostas que, de outro modo, não encontraríamos jamais: respostas que o próprio Jesus Cristo nos entregou e confiou no Pai Nosso.

Publicamos abaixo a apresentação de S. Em.cia Card. José Saraiva Martins a respeito do livro, pronunciada no dia 22 de maio de 2012, em Roma:

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Passando por alto as páginas do Livro salta de imediato à vista a análise atenta e precisa que o Autor faz do significado e do alcance das palavras da “Oração do Pai-Nosso”, da Oração do Senhor evidenciando as profundas raízes da vida humana e da construção da família.

Trata-se certamente de uma “consignação”, como demonstra o Autor do Livro, essencial para a vida social e para o desenvolvimento económico nacional e internacional. Confirmado por abundantes Fontes Bíblicas e do Magistério da Igreja, como as das últimas mensagens do Papa Bento XVI às Nações, e apoiado na longa experiência pastoral em múltiplos campos, o Autor mostra nesta Obra que a perda das raízes cristãs degenera num caos muito perigoso não somente a vida pessoal e conjugal mas também as novas gerações e a ordem financeira internacional.

Trata-se de um alarme em favor da indispensabilidade, e sublinho indispensabilidade, das raízes cristãs que com tanta insistência o novo e querido Beato João Paulo II recomendara que se inserisse na construção da Unidade Europeia. Sem o reconhecimento da importância das raízes cristãs, a Europa corre verdadeiramente o risco de desaparecer absorvida pela hegemonia, cada vez mais forte, do mundo da “mamona”, do mundo económico, do mundo do dinheiro como se fosse o único valor para construir uma sociedade autêntica.

Deste modo, com efeito, a vida biológica pessoal e o amor familiar se esvaziam de força moral e existencial, de significado e de energias espirituais, fazendo faltar o devido contributo de seriedade, de amor e de justiça na construção do mundo que no fim de contas fica sujeito ao útil e ao materialismo do “lucro”.

Sobre este ponto, podemos formular uma pergunta fundamental: para onde estamos a ir? De que modo estamos a construir o mundo ou como é que o mundo nos obriga a construir? Este é um Livro que interpela e leva à profundidade sobre a identidade e sobre as escolhas que daí derivam. A dimensão da Festa, da Festividade, a dimensão do mistério e da nossa realidade mais humana comporta, nunca o esqueçamos, o reencontrar, como indica o Autor no Livro, a Comunhão com o Deus vivo que em Cristo se nos faz aproximação com Deus pela vida da Graça e na auscultação dos passos de Deus com a humanidade. E a aproximação com Deus também se torna aproximação, solidariedade, justiça, atenção aos últimos, cuidado e caridade na construção da cidade dos homens até ao encontro definitivo com Deus, Sumo Amor e Bondade através da Ressurreição de Cristo, doada à humanidade.

No Livro que estamos a apresentar são tratados com muito realce alguns outros temas do debate cultural hodierno. Por exemplo: ressurreição e reencarnação, democracia e ilusão, profecia e poder mediático, bondade de Deus e possibilidade do Inferno, ética e desenvolvimento económico.

Ora bem, o Livro que estamos apresentando é um Livro que ajudará sem dúvida também os não crentes e os afastados da fé. É um óptimo Livro. É um Livro que poderá dar também um bom contributo ao plano pastoral da Conferência Episcopal Italiana dos Bispos, dedicado para este decénio à formação das novas gerações: “educar para a vida boa segundo o Evangelho”.

Para concluir, gostaria exprimir do fundo do coração um muito obrigado ao padre Estêvão Tardani pela publicação do Livro, rico de muitos pontos salientes até mesmo para os operadores pastorais e sociais; para as famílias e para os jovens; para os empresários e para o mundo do trabalho e do desenvolvimento e para os profissionais que operam no campo da formação. Obrigado, querido padre Estêvão Tardani. Desejo de coração ao Seu Livro que hoje apresentamos todo o sucesso editorial que merece para o bem desta sociedade. Obrigado por este dom que nos faz.


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