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sábado, 31 de outubro de 2015

Sínodo 2015: Juventude precisa de preparação para formar uma família

D. Antonino Dias lança o desafio de olharem para a preparação para o Matrimónio como "uma obrigação desejada e feliz"

Lisboa, 31 out 2015 (Ecclesia) – D. Antonino Dias, Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, esteve no sínodo sobre a família, e escreveu aos jovens portugueses pedindo que se “preparem para formar uma família com a qual sonham”.

“Uma das grandes preocupações do Sínodo e da pastoral da Igreja, foi e é, precisamente, a de como ajudar os jovens a se prepararem para, um dia, formarem essa família com a qual sonham”, lê-se no site do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil.

D. Antonino Dias entende que há duas grandes dificuldades: uma em “convencer os jovens de que a preparação é necessária” e a outra, “não menor”, é a de “saber dar-lhes essa formação de forma inteligente e com nível”.

No texto que dirigiu à juventude o prelado defende que a constituição de uma família “exige responsabilidade e empenho” para que venha a ser uma “comunidade de vida e de amor”.

“Não é pensando que a preparação se pode e deve evitar. Não é adiando porque é muito cedo para pensar nisso. Não é presumindo que já se sabe tudo e que não há nada mais para aprender. Não é fazendo do namoro um encontro a dois para a destruição de ambos, sem respeito um pelo outro”, alerta D. Antonino Dias.

O Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família vai mais longe dizendo que é “preciso viver e conviver com pessoas, em grupos e em comunidade cristã” com sentido de responsabilidade e abertos a tudo quanto, de positivo, “os outros possam oferecer de bom pela vida que testemunham”.

A família como “comunidade que é preciso gerir com amor e delicadeza” e o altruísmo necessário para o seu bem-estar, são pontos que D. Antonino foca na sua mensagem onde considera que o matrimónio e a família “constituem um dos bens mais preciosos que temos de agradecer, defender e aplaudir.”

D. Antonino Dias lança como desafio à juventude portuguesa de não considerarem a preparação para o matrimónio como uma opção mas “uma obrigação desejada e feliz”, uma “ajuda na formação da afetividade, na educação para a sexualidade e para os valores humanos e cristãos”.

“Eis um sério desafio do Sínodo para os jovens: querer, exigir e abrir-se, com interesse e humildade, a uma verdadeira preparação para o Matrimónio”, conclui.

SN
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Informação do Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza 94-2015











Casamento gay. A Europa condena a Itália

O Governo italiano não recorreu à condenação pela falta de reconhecimento das convivências homossexuais. “Decisão incompreensível" para os comités Sim à família

Roma, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org)

O Governo italiano não interpôs recurso contra a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem "Oliari e outros contra a Itália", de 21 de julho de 2015, que condenou a Itália por não reconhecer as uniões homossexuais. O prazo para o recurso expirou no dia 21 de Outubro e a sentença tornou-se, agora, definitiva.

"Trata-se - disse em um comunicado o advogado Giancarlo Cerrelli, secretário nacional dos Comités Sim à família e o sociólogo de Turin, Massimo Introvigne, vice-responsável nacional de Aliança Católica e presidente dos Comités – de uma decisão incompreensível, que, dentre outras, tem como consequência o dever da Itália de pagar imediatamente a multa aplicada pela Corte, em detrimento dos contribuintes. Os Estados apelam quase sempre às sentenças da Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e a escolha do atual governo Renzi é claramente ideológica e mostra de qual lado ele está”.

"No entanto - continuam Cerrelli e Introvigne – perante interpretações aberrantes da sentença Oliari devemos sempre lembrar que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos não obrigou a Itália a aprovar leis como a Cirinna, que igualam as uniões homossexuais aos matrimónios. Afirma que os Estados Europeus devem reconhecer os ‘direitos fundamentais’ dos conviventes homossexuais mas, na linha deste reconhecimento deixa plena liberdade a cada Estado. E a sentença afirma explicitamente que não há nenhuma obrigação de incluir neste reconhecimento a adoção”.

(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.


Santa Marta: “Deus perdoa como Pai, não como empregado de tribunal”

Na missa matutina, o Papa fala da compaixão de Deus pelo homem, que é muito diferente da piedade, e explica que um bom sacerdote é aquele que está envolvido em todos os problemas humanos

Roma, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Salvatore Cernuzio

Mais uma vez a misericórdia está na homilia do Papa em Santa Marta. “Compaixão” é a palavra chave da reflexão matutina do Pontífice, toda em espanhol, na qual recorda que “Deus nos perdoa como Pai, e não como um funcionário do tribunal, que lê uma sentença e diz: “’absolvido por falta de provas’”. Deus, afirma Francisco, “nos perdoa de dentro. Perdoa porque se colocou no coração desta pessoa”. Porque “Deus tem compaixão”: “tem compaixão para com cada um de nós, tem compaixão da humanidade e enviou seu Filho para curá-la, para regenerá-la”, para “renová-la”.

Mas essa compaixão "não é ter pena", diz o Santo Padre, "uma coisa não tem nada a ver com a outra”. Eu “posso ter pena de um cachorro que está morrendo”, mas a compaixão de Deus é outra coisa: é “entrar no problema, colocar-se na situação do outro, com o coração de Pai”. É a mesma compaixão que tem o pai da parábola do Filho Pródigo – “figura de Deus que perdoa” – quando vê chegar o seu filho de longe. A mesma compaixão de Jesus quando “curava as pessoas”: não como um “curandeiro”, mas “como sinal da compaixão de Deus, para salvá-la, para recolocar a ovelha perdida no seu lugar, o dinheiro perdido daquela senhora na carteira”.

"Deus tem compaixão", comentou Bergoglio, "Deus coloca o seu coração de Pai, coloca o seu coração para cada um de nós". E enviou Jesus para “levar a alegre notícia, para livrar aqueles que se sentem oprimidos”. Jesus “é enviado pelo Pai para entrar em cada um de nós, libertando-nos dos nossos pecados, dos nossos males e para carrega-los”.

"Isso é o que faz um sacerdote”, explica o Pontífice: “comover-se, comprometer-se na vida das pessoas, porque um sacerdote é um sacerdote, como Jesus é sacerdote. Quantas vezes – e depois temos que confessar-nos – criticamos aqueles padres que não se preocupam pelo que acontece nas suas congregações. Não. Não é um bom sacerdote! Um bom sacerdote é aquele que está envolvido em “todos os problemas humanos”.

Neste sentido, no final de sua homilia, o Papa Francisco centrou-se no serviço oferecido à Igreja pelo Card. Javier Lozano Barragan, que participou da celebração, por ocasião da comemoração de seus 60 anos de sacerdócio. Em particular, o Santo Padre recorda com gratidão o compromisso do cardeal no dicastério para os Trabalhadores Sanitários, “no serviço que a Igreja dá aos doentes”. “Agradeçamos a Deus por estes 60 anos de sacerdócio”, conclui, “da compaixão de Deus a hoje existe uma linha e este é um presente que o Senhor dá” ao cardeal Barragán: “Poder viver assim por 60 anos”.

(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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A Laudato Si é um convite à conversão: indica a responsabilidade de cada um

Entrevista com Dom Fernando Chica, observador permanente da Santa Sé na FAO e nas Nações Unidas, sobre a encíclica do Papa Francisco

Roma, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Sergio Mora

Na encíclica Laudato Si, o Papa Francisco convida a lutar contra a fome e outros flagelos do século, em um mundo onde há comida para todos, mas nem todos podem comer. É um apelo à conversão, porque significa não delegar, pensando que alguém consertará tudo, mas indica a responsabilidade de cada um de nós. Uma encíclica que como uma plataforma aberta, busca a colaboração de todos e ilumina a todos.

Foi o que afirmou o Observador Permanente da Santa Sé para as Nações Unidas, FAO, PAM e IFAD, Dom Fernando Chica, em entrevista concedida à Zenit, após o encontro "Combate à fome e conversão ecológica. O convite da encíclica Laudato Si a uma agricultura sustentável", organizado em Roma pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz, na sala Alvaro del Portillo.

Zenit: Na encíclica Laudato Si há uma solicitação para salvar a casa que Deus nos deu, mas também um convite à conversão?
Dom Fernando Chica: Isto não é apenas uma intuição, mas uma verdade. Ao ler o texto da encíclica, que é riquíssimo, porque pode ser definida como inesgotável, é como uma canteira onde encontra-se realmente muitas ideias brilhantes. É uma encíclica que não pode ser lida rapidamente, porque tem grande variedade de tópicos e um convite à conversão explícito.

Zenit: Em que sentido?
Dom Fernando: O Santo Padre convida à conversão para combater a fome e outros flagelos de hoje, do século XXI, que caracterizam este mundo e o Papa as descreve como um verdadeiro escândalo.

A conversão acontece, por exemplo, ao abandonar essa prática que temos de recusar ou abandonar os grandes problemas, pensando que sempre haverá alguém, uma instituição ou outra pessoa tendo o cuidado de corrigi-lo e, logo, damos um passo para trás. Esquecemos e damos uma desculpa para não agir, entramos num limbo, numa paralisia, num engano total, pensando que alguém vai resolver o problema da fome no mundo.

Fome no mundo...
Dom Fernando: É um problema que clama ao céu e clamava o sangue de Abel, é uma injustiça o fato de que hoje milhões de pessoas no mundo sofram este verdadeiro flagelo, a fome, quando a terra pode alimentar a todos.

É um paradoxo real, há comida para todos, mas nem todos podem comer, alimentos para todos, mas nem todo mundo se beneficia deles, porque alguns não tem acesso, outros não podem produzir, muitos estão nas mãos de poucos, porque a comida deixou ser um direito para se tornar um produto de mercado, que muitos não podem obter devido aos preços. O alimento, que é um direito tão sagrado como o direito à vida, hoje, infelizmente, não está disponível para todos. Devo dizer com todas as letras que é um verdadeiro horror, uma injustiça, um escândalo. Aqui está a conversão.

Zenit: Portanto, não basta apoiar os organismos internacionais.
Dom Fernando: Não. Somente a cooperação internacional pode fazer algo para acabar com este flagelo, todos podemos fazer a nossa parte, ninguém está excluído desta causa nobre que é combater a fome e a pobreza no mundo.

Zenit: O Papa convida muitas pessoas que viam a Igreja e Deus como algo distante para a questão da defesa do criado e assim as aproxima da fé.
Dom Fernando: A encíclica tem algo de maravilhoso, nos primeiros números dirige-se a todos, e a palavra ‘todos’ é fundamental... O Papa fez uma ampla consulta, a muitos órgãos e pessoas, antes de escrever e as dispôs neste maravilhoso aparato crítico onde você vê que muitos convergem para o pensamento papal. O Santo Padre não pretende ter um único interlocutor, mas visa atingir a todos, não apenas os católicos, mas a todas as pessoas que querem ouvi-lo, a todas as pessoas de boa vontade, crentes ou não, instituições políticas internacionais, autoridades locais, universitários, todos.
 
Portanto, para quem quiser ouvi-lo, ele envia uma mensagem. Esta encíclica é como uma plataforma aberta para todos, busca a colaboração de todos, ilumina a todos os que estão envolvidos de uma maneira ou de outra, não apenas políticos, mas agentes sociais, culturais, universitários, ecologistas, a todos os que querem trabalhar para ir em frente, para ir ao encontro deste grito da terra.

Zenit: Parece que nunca houve um chamado tão grande na história da Igreja.
Dom Fernando: Esta é uma ideia que nos faz ver a grandeza deste Papa, que se coloca constantemente junto com a tradição viva da Igreja, com a palavra de Deus, com o rico fio condutor de reflexão de seus antecessores. Ou seja, o Santo Padre lança um rio de propostas e o oferece a este mundo.

Especialmente para a conferência que em poucos dias será realizada em Paris, ele pediu em várias instâncias resultados efetivos, e não apenas declarações de princípios, mas ações concretas, juridicamente vinculativas, équas. Porque contrário não se chegará a lugar nenhum.

(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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O papa à Rádio Maria: "Vocês transmitem a esperança. É por isso que 30 milhões de pessoas escutam vocês"

Francisco aplaude o compromisso da difusão do Evangelho e do Magistério e incentiva a manter um estilo de sobriedade mesmo na busca de recursos
 
Cidade do Vaticano, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Salvatore Cernuzio

Fundada há mais de 30 anos como rádio paroquial e logo espalhada pelo mundo até contar hoje com 70 emissoras nos cinco continentes, a Rádio Maria é um ponto de referência para muitos católicos. Na audiência do papa com a Associação Rádio Maria, ele deu a bênção a essa "verdadeira missão" realizada "com fidelidade ao Evangelho e ao Magistério da Igreja e na escuta da sociedade e das pessoas, especialmente dos mais pobres e marginalizados. Através de vocês, tornam-se presentes aqui os rostos e corações dos seus ouvintes, que, cada vez mais, apreciam e acompanham os programas da Rádio Maria e a apoiam com o voluntariado e as ofertas", disse Francisco, saudando os diretores das várias emissoras reunidos em Roma para refletir sobre o que poderia ser chamado de "carisma da Rádio Maria". 

O objetivo, desde a criação, é "ajudar a Igreja na obra da evangelização", "mediante a proximidade das preocupações e dramas das pessoas, com palavras de conforto e esperança, fruto da fé e do compromisso com a solidariedade", lembrou o papa. "Um objetivo claro e elevado, perseguido com determinação e constância, que tem conquistado atenção incomum. Vocês se confiaram à Providência, que nunca deixou faltarem os meios para as necessidades quotidianas, para a modernização das tecnologias, para o desenvolvimento da rádio na Itália e depois no mundo, com uma capilaridade e rapidez surpreendentes". 


Uma estrada de sucesso que não é nenhuma surpresa, disse o papa: "Maria, a Mãe de Deus e nossa Mãe, sob cujo nome e proteção a rádio foi colocada, sabe encontrar a maneira de realizar grandes obras a partir de pequenos e humildes começos". A propagação da Rádio Maria em tantos ambientes diferentes em cultura, língua e tradições, disse o papa, "é uma boa notícia para todos" e mostra que, "quando se tem a coragem de propor conteúdos de alta qualidade e clara pertença cristã, a iniciativa é bem recebida para além das previsões mais otimistas", inclusive "junto àqueles que entram em contato pela primeira vez com a mensagem do Evangelho". 


O desafio agora, reforçou o papa, é manter este "estilo de sobriedade mesmo na busca dos instrumentos adequados". Francisco convida a perseverar no esforço de espalhar a boa nova porque "a difusão do Evangelho e da devoção à Mãe de Jesus, do amor à Igreja e da oração, oferece um bom canal para se ouvirem belas reflexões, para se aprender a orar, para se aprofundar no conteúdo da fé que edifica e expande os horizontes". Neste sentido, a rádio é um meio de comunicar não só "um conjunto de notícias, ideias e músicas sem um fio condutor", mas "um meio de primeira grandeza para transmitir a esperança", que é "muito mais que a mera consolação espiritual", e "para oferecer uma boa companhia a tantas pessoas que precisam dela". 


É isto, segundo o papa, o que explica os mais de 30 milhões de ouvintes diários da Rádio Maria e os voluntários que oferecem sua contribuição para apoiá-la. "Todos os que ouvem os seus programas reconhecem vocês como uma rádio que dá amplo espaço à oração e testemunham que, quando nos abrimos à oração, abrimos a porta de par em par para o Senhor". 


E o papa indica Maria como modelo: "Temos de amar com o coração de Maria para viver e sentir-nos em sintonia com a Igreja". Ele concluiu encorajando "a cultivar sempre o ‘jardim interior’ da oração, da escuta da Palavra de Deus e das boas leituras para aprofundar a fé". Em outras palavras, "façam vocês mesmos aquilo que propõem aos outros com os seus programas".


(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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Imprensa anglossaxônica: "Este foi o Sínodo do compromisso"

Conclusões tranquilizariam os “conservadores” e, ao mesmo tempo, não fechariam a porta para posições “reformistas”

Roma, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Alessandro de Vecchi

O Sínodo Ordinário dos Bispos sobre a família acaba de terminar e, inevitavelmente, atraiu a atenção da imprensa anglo-saxónica de ambos os lados do Atlântico. Jornais dos EUA e do Reino Unido enfatizam principalmente que o documento final é o resultado de um “compromisso” entre os padres sinodais, que não descontenta os “conservadores” e, ao mesmo tempo, preserva as esperanças dos “reformistas”. 

Nos Estados Unidos, é dura uma manchete do Wall Street Journal: "Bispos derrotam o papa quanto à abertura aos católicos divorciados". O jornal diz que "o Sínodo termina sem endossar o acesso à Eucaristia para os divorciados novamente casados". 


Mais equilibrado é o Washington Post. Em artigo de Anthony Faiola, a assembleia de bispos "estendeu a mão para os casais divorciados e não unidos em matrimónio, mas parou os que queriam alterar as diretrizes da Igreja. O Sínodo marcou o culminar de um processo de dois anos de mudanças na abordagem às questões de família. Sob a direção de Francisco, bispos e cardeais abordaram questões antes consideradas tabu". 


De acordo com o Washington Post, a oposição a esses processos mostra que muitos da hierarquia da Igreja ainda estão longe da "visão revolucionária de Francisco". O documento, em alguns aspectos, "teria ido além das expectativas de muitos", mas não o suficiente para satisfazer os católicos mais progressistas. Para o jornal, a abertura aos divorciados recasados ​​continuou vaga e dependerá do papa quanto à medida até onde será implementada. Esta "ambiguidade coloca o papa em uma posição difícil". Se ele não puder mudar o status quo, corre o risco de decepcionar os católicos reformistas que vêem nele o homem da mudança. Por outro lado, mudanças muito radicais causariam uma reação pesada dos "conservadores". 


Sobre o resultado do Sínodo como mediação, o New York Times insiste num artigo de Elizabeth Povoledo: "Todo bom compromisso permite que todos reivindiquem a vitória. Mas as interpretações discordantes enfatizam o conflito e a confusão que permanece em questões como o divórcio, a homossexualidade e a coabitação. Tanto os comentaristas conservadores quanto os liberais interpretaram o resultado do Sínodo como reforço às suas próprias posições". O jornal destaca que "a ambiguidade dos resultados" tranquiliza os bispos que temiam as alterações, mas deixa esperanças para os que esperam novas reformas por parte do papa. 


Na Grã-Bretanha, o Daily Telegraph publicou: "Termina o Sínodo: nada de substancial mudou". Já o Sunday Times é duro: "O papa ataca os bispos por terem bloqueado a reforma gay". O comentário do Tablet, a revista dos católicos britânicos liberais, é amargo: "O Sínodo sobre a família terminou sem consenso algum sobre a questão da comunhão para os católicos divorciados e recasados ​​e com a rejeição de qualquer mudança na doutrina da Igreja sobre a homossexualidade". 


De acordo com The Economist, o papa Francisco não pretendia "forçar os bispos a mudar as regras, mas a abrir as janelas". Deste ponto de vista, o semanário britânico diz que a operação foi um sucesso. O artigo afirma que o documento final do Sínodo não contém quaisquer concessões ao reconhecimento das uniões homossexuais, mas abre uma nova frente na questão dos divorciados novamente casados. "Os padres devem ajudar os divorciados num caminho de discernimento para compreenderem melhor as condições que os levaram a essa escolha, o modo como trataram os filhos e como o parceiro abandonado está vivendo a situação". Para os "progressistas", esta fórmula conduziria naturalmente à readmissão dessas pessoas ao sacramento da Eucaristia. Os "conservadores", porém, argumentam que nada mudou. The Economist aponta que o papa Francisco reafirmou a decisão "caso a caso", relacionando-a também às diferenças entre as regiões do mundo: "O que parece normal para um bispo de um continente é considerado estranho e quase escandaloso para um bispo de outro".

 
Mais áspero é o The Guardian: "Francisco fracassou e não conseguiu convencer a maioria dos padres sinodais a mudar as regras que proíbem os divorciados recasados ​​de receber a Comunhão. Este resultado é um golpe duro nas esperanças do papa de reformar a Igreja e reaproximar da fé as pessoas que consideram muito distante da realidade a abordagem católica do casamento e do divórcio". 

No entanto, prossegue o jornal britânico, o papa conseguiu trazer à tona "a importância destas questões, obtendo assim o apoio político para prosseguir as mudanças no futuro". As três semanas do Sínodo teriam ainda destacado as divisões na hierarquia eclesiástica: por um lado, os que "acreditam que qualquer mudança do catolicismo no tocante aos divorciados e aos homossexuais é um risco de enfraquecer a autoridade da Igreja". Este grupo, dominado por cardeais e bispos da Europa Oriental, da África e alguns da América, tem seu maior expoente no cardeal australiano George Pell. Outro grupo, o "progressista", seria impulsionado principalmente pelos bispos alemães (com o cardeal Walter Kasper à frente) e estaria confiante de que "o papa Francisco conduzirá a Igreja a mais inclusão e sintonia com a modernidade". Como dizer que este Sínodo foi um passo importante, mas não decisivo. Quem realmente pode decidir o futuro do catolicismo é somente o papa.

(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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A China abandonou a política do filho único

Partido Comunista quer evitar o forte envelhecimento da população e o desequilíbrio entre o número de homens e mulheres

Roma, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org)

O Partido Comunista da China após 36 anos obrigando a população a viver a política do filho único, decidiu que os casais podem ter duas crianças. A notícia divulgada nesta quinta-feira (29) pela agência oficial de notícias Xinhua, indica que a medida imposta em 1980 foi relaxada nos últimos anos.

Desde o início da restrição, muitas vozes se levantaram contra esse decreto, por violação dos direitos humanos e reprodutivos. Os católicos na China sofrem diretamente esta legislação comunista que provocou pelo menos 400 milhões de abortos.

O resultado do decreto do ditador Deng Xiaoping, imposto a força, foi que a taxa de fertilidade do país atingiu 1,8 filhos por mulher, entre os mais baixos do mundo, abaixo dos 2,1 por cento necessário para manter a substituição de gerações. Além disso, o fato das famílias poderem ter apenas um filho, de preferência homem, causou abortos seletivos por sexo, crianças abandonadas em orfanatos e até mesmo o infanticídio feminino.

Caso a família tivesse um segundo filho, deveria pagar uma multa de 1500 euros. Os casais que se negavam a cometer aborto tentavam convencer algum membro do Partido Comunista local a “fechar os olhos”, alimentando o mercado da corrupção mercado.

Estes dados foram divulgados pelo escritor Ma Jian, em 2013, e publicados pelo The Gardian. Outro problema é o fato de que as famílias que perderam o único filho, não conseguem superar a dor. Para elas, o Estado concede uma pensão de 49 dólares para quem mora na cidade e 25 dólares para quem mora na área rural. Ma Jian também contou que bastavam apenas alguns minutos no campo para ver o pequeno corpo de uma criança sem vida passando pelos rios. Em 1983, um enviado do Obs Nouvel disse que viu "corpos de meninas em sacos cheios de pedra".

Na década de 80 foi permitido que as famílias das áreas rurais pudessem ter um segundo filho se o primeiro fosse uma menina e as minorias étnicas não foram submetidas a esta legislação.

A decisão tomada pelo comité do Partido Comunista Chinês, discutida essa semana com os líderes do regime, tem como objetivo evitar o forte envelhecimento da população e o desequilíbrio entre o número de homens e mulheres.

(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

São Marcelo

"Que Deus te abençoe porque é assim que um mártir deve partir deste mundo”, disse Marcelo antes de seu martírio

Horizonte, 30 de Outubro de 2015 (ZENIT.org) Fabiano Farias de Medeiros

"Eu só sirvo ao rei eterno, Jesus Cristo”, bradou Marcelo diante do juiz que questionava sua fé. Marcelo nasceu por volta do século III e era um centurião do exército pertencente à legião romana denominada Legio VII Gemina da cidade de Tânger.  Foi casado com Santa Nona e teve doze filhos.

Seguindo ordens, foi enviado para participar das comemorações do aniversário do Imperador Maximiano. Durante estas comemorações era exigido que os participantes honrassem a estátua do imperador fazendo reverência e lançando incenso sobre um braseiro. Por sua fé, o centurião negou-se a cumprir tal imposição e lançou fora seu cinto, sua arma e sua insígnia de centurião declarando-se cristão. Marcelo foi detido e então levado à presença do comandante Anastácio Fortunato.  Este indicou seu caso para o prefeito pretoriano Aurélio de Agrícola que o interrogou sobre sua atitude. Ás perguntas do prefeito respondeu Marcelo: "No vigésimo primeiro de julho, nos padrões de sua legião, quando celebrou-se o festival do Imperador, fiz responder abertamente e em voz alta que eu era cristão e não poderia servir a esta autoridade, mas apenas à autoridade de Jesus Cristo, o Filho de Deus Pai Todo-Poderoso. "

Aurélio chamou então o escrivão Cassiano para redigir a ata e este julgando ser uma grande injustiça o fato e motivado pelo testemunho de Marcelo, lançou fora sua pena e livro e declarou-se também cristão. Foram então condenados à morte por decapitação. Ao se encaminhar para a execução, Marcelo olhou para Aurélio e lhe disse: "Que Deus te abençoe porque é assim que um mártir deve partir deste mundo”.

São Marcelo é comemorado dia 30 de outubro e Cassiano no dia 03 de dezembro.

(30 de Outubro de 2015) © Innovative Media Inc.
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Folha Paroquial de S. José de 1 de novembro de 2015



Akabatota




Era el único niño católico de su pueblo en China y se reían de él: a los 7 años supo su vocación

El padre Miguel, hoy de 40 años, forjó su fe en la clandestinidad

Un peregrino católico con un crucifijo en la provincia china de Shaanxi


«Mi padre escondía la cruz de casa bajo su sombrero»
En China los católicos fieles a Roma sufren arrestos, sesiones de reeducación, destrucción de iglesias, prohibiciones de actividades religiosas, multas y ordenaciones episcopales ilícitas. Es la historia de una fidelidad sin límites. El padre Miguel es uno de los doce millones de católicos del gigante asiático, con más de 1.300 millones de población.

"Soy el padre Miguel", explica. "Tengo que esconder mi rostro por razones de seguridad. Nací hace 40 años en una provincia del noreste de China, cerca de Mongolia. Soy el pequeño de una familia numerosa. Siempre he vivido la fe en la clandestinidad, junto con mi familia. Nos destruyeron todo el material religioso, menos una cruz que mi padre nunca descolgó. Éramos la única familia católica del pueblo. En el colegio se burlaban de mí. Descubrí mi vocación al sacerdocio cuando vi al primer cura en mi vida, a los 7 años.

-¿Cómo encontró el cristianismo en un país donde el ateísmo está impuesto desde el Gobierno de manera tenaz?
- Soy la tercera generación de una familia católica. La fe llegó a mi familia a través de mi abuelo paterno, que trabajaba en una provincia del interior del país. Mi abuelo conoció a un misionero y se convirtió. En China la fe solo se transmite de padres a hijos, de generación en generación, y así pasó en mi familia. Yo soy católico por pura gracia de Dios.


-Su familia entonces siguió a Cristo en la absoluta clandestinidad…
- Mi padre fue un hombre muy valiente. Durante la época más dura de persecuciones en nuestro país, él se mantuvo siempre fiel a Cristo. En un momento dado se destruyó todo el material religioso: biblias, cruces, iconos, libros… pero mi padre guardó una cruz que colgó en la pared de nuestra casa. Esta cruz estaba tapada con su sombrero, y así la mantuvo, aún sabiendo que con ello se arriesgaba mucho. Yo conservo la cruz como un tesoro.

-¿Qué recuerdos tiene de sus primeros pasos en la fe siendo niño?
- Era el único niño católico de todo el pueblo. De hecho, mi familia sigue siendo la única familia católica. En mi colegio me presionaban para que dejara la fe. Se burlaban de mí, pero yo me decía: «¿Cómo voy a dejar mi única alegría, la única cosa que llena mi corazón?» La iglesia que frecuentábamos estaba a diez kilómetros de mi pueblo. El Señor me ha ayudado siempre, desde pequeño, a mantenerme firme en la fe. He aprendido que para Él nada es imposible.




- ¿Cómo se vivía la fe en su casa?
- De una manera muy sencilla. Rezábamos en familia, todos juntos, tanto por la mañana como por la noche. Rezábamos el rosario todos los días, y el viernes tocaba el Vía Crucis. Leíamos habitualmente la Biblia por turnos con mis hermanos, y también la vida de los santos. Yo llegué a copiar esos libros a mano. Cuando nací, mis padres ya tenían tres niñas y un varón. Pero mis padres querían tener otro varón y el Señor escuchó su súplica. A pesar de todas las limitaciones y obstáculos a las familias con más de un hijo, nací yo; el Señor me trajo a este mundo para servirle, ya que pronto, a los 7 años, descubrí mi vocación al sacerdocio.

-¿Vocación sacerdotal en China? Debe de ser una prueba muy difícil.
-Dios me hizo esta llamada a través del primer sacerdote que encontré en mi vida. Entonces, en mi país, encontrar uno era casi un milagro, muy difícil, porque nuestro obispo estaba en la cárcel y solo había dos sacerdotes que visitaban a los católicos con mucha discreción. Nadie podía saber donde vivían. A veces pasaban años sin poder verlos.

»Un día acompañé a mi padre a la estación de autobuses a despedir a mi tía, que se iba de viaje. Mi tía reconoció a un hombre y me llevó corriendo para saludarle. Aquel hombre era un presbítero. Él me miró fijamente y lo primero que me dijo fue: «¿Quieres ser sacerdote?». Yo descubrí en su mirada que ser cura era algo muy grande y le contesté inmediatamente que sí. A partir de ese día, me di cuenta de que el Señor me quería para Él. Por la gracia de Dios soy lo que soy, y no ha sido estéril en mí.



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El 25 % del tráfico de internet es de pornografía... su adicción está considerada como droga dura

Entrevista con Óscar Tukumura, experto en pornografía online

Un hombre delante de un ordenador
Álex Rosal / ReL  30 octubre 2015

Ya es un problema mundial. Más de 146 millones de páginas pornográficas son vistas al día. Eso representa más del 25 por ciento de todo el tráfico en internet según cifras de 2006.

Los ingresos de la pornografía online a nivel mundial se calculan en más de 100.000 millones de dólares al año, muy por encima de los beneficios que declaran en su conjunto grandes empresas como Google, Microsoft, eBay, Appel o Netflix.

Existen más de cuatro millones de portales de temática pornográfica, y su consumo no para de crecer.

La comunidad médica ya califica la adicción a la pornografía como una nueva droga tan peligrosa como el “crack”. Domina la mente, el cuerpo y la voluntad, además de generar una liberación abundante de dopamina en el cerebro, algo que también sucede cuando se consume cocaína o heroína.

Ante este nuevo desafío silencioso, ReL ha hablado con un experto en la materia: Óscar Tokumura, que acaba de publicar en español el libro La pornografía online. Una nueva adicción (Vozdepapel).

- ¿Cuánta gente se conecta todos los días a páginas pornográficas por internet?
- Esa es una cifra muy difícil de calcular pues requeriría de una encuesta global o por lo menos de una muestra significativa. Sin embargo en el año 2006 se calculaba que había 68 millones de búsquedas diarias de pornografía en internet (sólo en Google).

Eso representaba el 25% de todas las búsquedas que se hacen.

- ¿Cuál es el país más “enganchado” a la pornografía?
- Hoy por hoy es un poco difícil de calcular eso pues los estudios realizados son de lo más variados. En Estados Unidos se calcula que hay 6 millones de búsquedas diarias de pornografía y hay un cálculo de 40 millones de adultos que visitan sitios web pornográficos de manera regular.

Sin embargo el país con mayores ingresos anuales por pornografía en internet en el año 2006 fue China, seguido por Japón, Corea del Sur y en cuarto lugar Estados Unidos.

- Dicen que el negocio de la pornografía es uno de los más rentables del mundo, ¿Qué cifras se manejan?
- Las últimas cifras que se conocen hablan de unos cien mil millones de dólares anuales, lo cual supera las ganancias de Microsoft, Apple, Google, Netflix y Amazon todos juntos.


 
- ¿Hay alguna directriz política de algún estado para frenar la pornografía online?
- Hasta donde he podido investigar, no. El único estado que ha manifestado una voluntad de restricción, sobre todo en vistas a la protección del menor, ha sido el Reino Unido, en donde en el 2013 se manifestó a través del Primer Ministro Cameron la preocupación por buscar algún tipo de censura de la pornografía en internet para los menores de edad.

Parte del problema es que la descentralización de internet y su accesibilidad hacen muy difícil la intervención legal en el consumo de la pornografía. Hasta el momento sólo es aceptada como crimen y perseguida como tal la pornografía infantil.

- Usted dice en su libro que la adicción a la pornografía online ya se le considera como si fuera una droga dura, tipo crack. ¿Por qué?
- El uso de dicha analogía es que en los últimos diez años la difusión de los vídeos on line, ha permitido el paso de la imagen estática a la audiovisual y el “ver haciendo” afecta la sensibilidad, y por lo tanto la excitación, de manera mucho más agresiva.

Muchos terapeutas coinciden en que en las adicciones comunes suelen haber drogas de “ingreso” como puede ser el tabaco, la marihuana, que van permitiendo una escalada a drogas más “duras”.

En el caso de la pornografía en internet se inicia directamente con un grado de intensidad que la hace altamente adictiva. A esto se suma la facilidad con que se puede continuar en la búsqueda de novedades de manera prácticamente indefinida.

En la imagen, Óscar Tokumura, experto en la materia y autor de La pornografía online. Una nueva adicción
- ¿La adicción afecta por igual a hombres y a mujeres?
- En principio, no. Es necesario tomar en cuenta que, en lo que a pornografía se refiere, el hombre es más “visual” mientras que la mujer es más “auditiva” –siendo más vulnerable al chat erótico y a los relatos. En esto último hacemos una referencia al sentido de la pornografía más amplia, considerando también las imágenes literarias. En este sentido originalmente el consumo mayoritario de la pornografía visual se ha dado en varones. Sin embargo hay una tendencia alarmante a la incidencia del consumo femenino de dicha pornografía por diversos motivos.

En primer lugar por complacer a su pareja que la alienta a compartir el consumo, aunque los elementos que llevan a la excitación a uno y otro son diferentes.

En segundo lugar porque las mujeres buscan imitar las conductas de las actrices porno para “competir” y retener a su pareja.

En tercer lugar, porque hay una inusual tendencia creciente en las mujeres a disfrutar de la pornografía visual. Cabe resaltar, como último punto que el daño psicológico, sensible, moral y espiritual es mayor en las mujeres que en los hombres, lo cual no es poco decir.

- ¿Qué conductas son necesarias para considerar a alguien adicto a la pornografía online?
- La diferencia entre una persona que cae con cierta recurrencia, digamos semanal o quincenal, en la pornografía y una persona que podemos considerar adicta es que para este último su vida entera gira en torno al objeto de su adicción. Es decir, en cuanto concluye el consumo está pensando en la siguiente ocasión en que podrá acceder a la pornografía. Esto suele traer como algunas consecuencias: el descuido de la salud personal, de las horas de sueño, el aislamiento y descuido de la familia, la pareja –se puede llegar fácilmente a la disfunción sexual-, la vida social. Perjuicios en el trabajo, considerando que un 70% del consumo de pornografía se realiza en horario laboral. Problemas económicos al gastar en exceso por el consumo de pornografía cuando se buscan sitios pagados.

En fin, estos son algunos de los rasgos a considerar en una persona adicta. Pero quizá la más importante es que, como en todas las adicciones, hay una pérdida de control y una enorme dificultad de salir por la propia cuenta de ella.

- En su libro La pornografía online. Una nueva adicción señala que hay estudios que confirman la correlación entre la exposición a la pornografía y la modificación física al cerebro...
- Según un estudio realizado en Alemania por el Instituto Max Planck a un grupo de personas no adictas a la pornografía, se constató como esas personas experimentaban un cambio en su masa cerebral tras consumir una media de cuatro horas semanales de pornografía durante varias semanas. En concreto, la zona cerebral que normalmente se activa a causa de la dopamina y otros neurotransmisores generando excitación, se vio reducida de tamaño.

Los investigadores alemanes concluyeron que ante una sobredosis de dopamina, la zona del cerebro afectada se retrae generando una reducción de masa encefálica.

- ¿Hay esperanzas para romper esa adicción?
- Con la voluntad no es suficiente para romper esas cadenas que esclavizan. Los expertos en esta nueva adicción señalan un primer paso fundamental: 10 días de desintoxicación en los que no puede haber caídas en el consumo de la pornografía. Ese es el periodo mínimo que establecen los médicos para que el cerebro del adicto se normalice de la sobredosis de dopamina y de otros neurotransmisores que lo estimulan

- ¿Es posible salir de esta adicción de forma autónoma?
- Como cualquier adicción, liberarse por uno mismo es muy difícil. Uno de los elementos característicos de cualquier adicción es la esclavitud que genera y la casi imposibilidad de salir por los propios medios.

- ¿Qué recomienda a una persona que esté afectada por esta droga?
- Lo primero, y quizá el paso más difícil, es vencer la vergüenza y pedir ayuda. Sea a alguien de confianza, a un profesional o a una persona experimentada que haya recorrido el camino. Es muy importante poder compartir y contar con alguien a quien rendirle cuentas.

Evidentemente se presupone la apertura a la gracia de Dios, pero sabemos que ella presupone la naturaleza. Como cualquier adicción, se requiere poner medios desde la propia libertad recuperada para que la gracia fructifique.

Un segundo paso importante es limitar las ocasiones o espacios en los que se cae en esta adicción. Puede ser quizá el evitar el uso del ordenador hasta altas horas de la noche en soledad, utilizar filtros que limitan el acceso a material pornográfico, etc.

Otro paso importante es el evitar lo que se denominan “disparadores” que pueden ser exteriores –como programas de TV sugerentes, acceso a imágenes sensuales, situaciones estresantes, etc.- o interiores como estados de ánimo de desaliento, frustración o soledad. Para cualquiera de estos “disparadores” se pueden prever medios concretos que ayuden a disipar su efecto: salir a pasear, cambiar de actividad, llamar a un amigo, practicar algún pasatiempo.

- La adicción a la pornografía revela algunas heridas emocionales profundas no sanadas...
- Sí. Como cualquier otra adicción, el consumo de pornografía suele ser una forma de gratificación para evitar algún tipo de sufrimiento personal fruto de alguna herida más profunda que requiere atención. Es decir, la adicción es sólo el síntoma de un mal más profundo que muchas veces requiere de un trabajo de sanación de mediano plazo: experiencias traumáticas, heridas afectivas, experiencias de soledad o abandono. Son como dos planos que van en paralelo. Por un lado lograr gradualmente la “sobriedad” respecto al consumo de la pornografía y por otro lado la sanación más profunda de las heridas interiores.

Título: La pornografía online. Una nueva adicción
Autor: Óscar Tokumura
Editorial: Vozdepapel
PVP: 10 euros
Comprar: OcioHispano


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«Nunca me sentí un hombre en la cultura gay. Jesús es el hombre fuerte y masculino que me rescató»

David Prosen trabaja en el ministerio católico Courage International

La orientación sexual no define a la persona; su sexo, sí - hasta sentir el amor de Dios, muchos sienten confusión y dolor respecto a sí mismos


Rilene, Paul y yo acudimos a Roma para dar nuestro testimonio en una conferencia y evento titulado Living the Truth in Love. Esta conferencia estaba programada dos días antes del inicio del Sínodo, patrocinada conjuntamente por Courage International, Ignatius Press y el Napa Institute como modo de empezar un diálogo sobre la atracción hacia el mismo sexo. [En el evento participaron los cardenales Robert Sarah y George Pell.]


Fue una experiencia asombrosa formar parte de algo tan importante. Muchas personas de nuestra cultura piensan que la Iglesia odia a los homosexuales y que es necesario que se adapte a los tiempos. Hay grupos que incluso están presionando a la Iglesia para que cambie su enseñanza. Estos esfuerzos están equivocados y muy lejos de la verdad. Nosotros tres sabemos lo que está en juego porque hemos experimentado la claridad, la paz y el verdadero sentido de pertenencia que sólo puede provenir de Dios. Y todo esto lo hemos entendido a través de las enseñanzas de nuestra hermosa fe católica.
Dos películas que hay que ver Rilene, Paul y Dan y sus historias forman parte de la película Desire of the Everlasting Hills [El deseo de los collados eternos] (pincha aquí para verla con subtítulos en español) producida por Courage International. Debido a que Dan no podía participar en la conferencia de Roma por motivos laborales, me pidieron ir en su lugar. Mi testimonio puede verse en otra película: The Third Way: Homosexuality and the Catholic Church [La Tercera Vía: la homosexualidad y la Iglesia católica], producida por Blackstone Films.

En primer término y única mujer, Rilene. Detrás, a la  izquierda, David Prosen (autor de este artículo), y en el centro, Paul. Rilene, Paul y Dan (quien no pudo acudir a Roma) son los protagonistas del documental El deseo de los collados eternos. Pincha aquí para conocer su historia.

Nosotros cuatro representamos una parte de ese gran número de hombres y mujeres que han recibido la esperanza, la paz y la alegría de Dios en la Iglesia Católica. En un determinado momento de nuestras vidas, muchos estuvimos enfadados con Él y no entendíamos las enseñanzas de la Iglesia. Sin embargo, con el tiempo, en medio de nuestra ira, confusión y fracturas, nos volvimos a Dios; el resultado fue que Dios nos alimentó a través de los sacramentos de la Reconciliación y la Eucaristía.

Hubo además muchos otros tesoros de nuestra fe que nos ayudaron, como rezar el rosario, la adoración ante el Santísimo, devociones como la de la Divina Gracia y la participación en los encuentros de Courage International. Sus miembros saben que este camino no lo hacen solos.

 
Nuestra identidad no consiste en nuestra atracción sexual
Yo me sentía muy triste viviendo en el ambiente gay. Sentía soledad, depresión y un desesperado deseo de ser amado. Sólo quería ser amado y odiaba la persona en la que me había convertido. Cuando encontré a Dios, encontré la esperanza. Encontré la paz y encontré un amor verdadero, auténtico. Supe que Él me amaba de verdad, que le gustaba a pesar de mis imperfecciones o errores. Siempre me había amado totalmente, hasta el punto de que murió por ti y por mí.


Dejadme que añada algunos datos importantes para tener una visión más amplia. Nunca me sentí un hombre viviendo en la cultura gay. De hecho, no sabía quién era; sabía sólo que era gay. No me veía como una mujer, pero tampoco pensaba que fuera un hombre. Entonces me vestía como un "macho" con la esperanza de ser rescatado por un hombre muy masculino que me amara incondicionalmente. Pues bien, sucedió, pero no del modo como yo pensaba. Jesús es el hombre fuerte y masculino que me rescató.


A través de los sacramentos de nuestra fe, a través de Courage International, a través de amistades masculinas y mucho más, me mostró que yo también soy un hombre masculino y que mi identidad tenía que buscarla en Cristo. Nuestra identidad no se define por hacia quién estamos atraídos sexualmente. 

 
Se corren riesgos
“El hombre ocupa un lugar único en la creación: (I) está hecho ‘a imagen de Dios’; (II) en su propia naturaleza une el mundo espiritual y el mundo material; (III) es creado ‘hombre y mujer’; (IV) Dios lo estableció en la amistad con él” (Catecismo de la Iglesia Católica, n. 355). El Catecismo deja claro qué identidad se encuentra en el hombre: nosotros estamos hechos a imagen y semejanza de Dios. Esta es nuestra verdadera identidad.


Todo esto no es ajeno a mi decisión de participar en la conferencia de Courage International en Roma. No podía evitar preocuparme por la confusión que había visto durante todo el año pasado, generada por el sínodo extraordinario, o por lo que podía ocurrir en el futuro. ¿Qué decidirá el sínodo y cómo nos afectará? ¿Y cómo responderá la élite cultural y de los medios de comunicación a lo que pueda ocurrir?


Durante nuestra estancia en Roma, Rilene, Paul y yo tuvimos muchas conversaciones interesantes y fructíferas. Nos apoyamos entre nosotros porque cuando nos levantamos y contamos nuestras historias, o escribimos artículos o damos testimonio, Rilene, Paul, Dan y yo (y muchos otros) corremos muchos riesgos: la gente no tiene miedo de demostrar su desacuerdo nosotros y a veces llegan incluso a insultarnos.

La verdad es parte del amor
 
Cuando la hostilidad del público lleva a la ruptura, el diálogo se detiene porque la gente deja de escuchar. La confusión resultante tiene efectos muy dañinos: algunas de las personas que aceptan la enseñanza de la Iglesia son acusadas de intolerancia y pierden sus empleos. Otros proclaman a voz en grito que la Iglesia debe cambiar. Otros, en cambio, abrazan el pensamiento LGBT y creen que Dios los hizo de este modo, mientras siguen declarando que viven una vida católica y casta. Este es sólo un pequeño ejemplo de la confusión que acarrea el hecho de que la Iglesia sea incapaz de fermentar la cultura con su enseñanza.


Dije sí a Roma a causa de la confusión. Es extremamente importante apoyar la verdad y testimoniar el verdadero amor que encontramos en Jesucristo. La verdad es parte del amor, no puede separarse de él; ambos existen juntos. Y a través de esta existencia, la esperanza, la paz y la alegría empiezan a crecer.

 
A trece filas del Papa
Algo absolutamente maravilloso e inspirador sucedió durante mi última noche en Roma. Uno de nuestros nuevos amigos de Europa se ofreció llevarnos al Vaticano para una oración convocada por el Papa Francisco en ocasión del sínodo que tenía que empezar la mañana siguiente.

 
Llegamos a la Plaza San Pedro y nos encontramos con un lugar desbordado por la multitud. Nuestro nuevo amigo se dirigió al primer puesto de control de policía y habló con algunos hombres con audífonos. Le seguí y un guardia suizo me detuvo. Nuestro amigo nos dijo que le esperáramos. Volvió y nos dijo que le siguiéramos. Paul, Rilene y yo empezamos a sentirnos muy emocionados mientras pasamos el primer control de la Guardia Suiza para llegar a otro control. De nuevo, nuestro amigo nos dijo que esperáramos mientras hablaba con los hombres que estaban cerca de los guardias. Nos sentimos asombrados cuando nos dijeron que siguiéramos adelante. Esta situación continuó y pasamos varios controles hasta que nos vimos en la plataforma que servía de escenario. Nos sentamos a trece filas de distancia de la silla papal

¿Cómo fue posible? Los tres pensamos que nuestro nuevo amigo tenía buenos contactos. Pero entonces él nos contó cómo habíamos acabado en esos sitios: había contado a todos los hombres en cada puesto de control que éramos miembros de Courage y que para nosotros era muy importante estar allí, cerca del Papa. 
 
¡Increíble! ¡Y nos dejaron pasar! Uno de los hombres de los puestos de control incluso dijo: "No estoy seguro de lo que es eso, pero suena importante… pasen". ¡Increíble! 

 
Dios no nos deja solos cuando le decimos "sí"
En medio de toda la excitación, mientras rezábamos en silencio y esperábamos al Papa, yo reflexionaba sobre lo que acababa de suceder. Había sido la palabra "courage" [valentía, coraje] la que nos había hecho subir hasta la plataforma cerca del escenario, muy cerca del Papa Francisco. Era un bonito regalo de Dios. Él había concedido la gracia a los hombres de cada puesto de control (y en especial al que no sabía lo que era Courage), motivando sus corazones para que nos dejaran pasar. Era como si Dios hubiera dicho: "No tengas miedo", "ahora es caótico, pero irá todo bien", "sigue adelante con valentía". 

 
Este mensaje no era sólo para nosotros cuatro, en la Plaza de San Pedro. Es para cada uno de nosotros. No debemos permitir que nuestro miedo y nuestras preocupaciones nos detengan. Dios controla todo, todo irá bien, incluso cuando parece que no hay esperanza. La esperanza existe siempre. Todos estamos llamados a decir "sí" a Dios. No siempre es fácil; de hecho, raramente lo es. Pero no se nos pide hacerlo solos. Él nos cuida cuando le damos nuestro "sí".
San Juan Pablo II dijo una vez sobre Courage International: "Courage está llevando a cabo la obra de Dios". Courage International se esfuerza por seguir adelante, proclamando la belleza y la esperanza de la enseñanza de nuestra Iglesia. Proclama que la castidad no sólo es posible, sino que puede dar más significado, más paz y más alegría a nuestra vidas cuando la abrazamos y la mantenemos. Lo he experimentado personalmente y he visto sus frutos en muchos miembros de Courage. Ahora que ya estoy de vuelta en los Estados Unidos, reflexiono sobre nuestra experiencia llena de gracia con el Papa Francisco en la Plaza de San Pedro y la considero como una confirmación personal de que Courage International está sin duda alguna "llevando a cabo la obra de Dios". 

(Publicado en Crisis Magazine, traducción del inglés de Helena Faccia Serrano, diócesis de Alcalá de Henares)

Trailer de El deseo de los Collados Eternos




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Lançamento do Livro Arte Sacra no Concelho de Mourão



Sinodo 2015: D. Manuel Clemente fala da «Narrativa Sinodal» sobre a família

Colóquio realiza-se hoje na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa

Lisboa, 230 out 2015 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa é o principal orador do colóquio ‘A Família: Narrativa Sinodal’ organizado pela Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa (UCP), hoje, a partir das 15h00, no auditório 1 da instituição em Lisboa.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a Faculdade de Teologia destaca que para além da intervenção de D. Manuel Clemente sobre a família na “narrativa sinodal”, o evento é uma oportunidade de “reflexão e diálogo numa perspetiva interdisciplinar”.

Neste contexto, depois da intervenção do cardeal-patriarca de Lisboa, às 15h00, a partir das 16h00 são apresentados ‘três «olhares» sobre a realidade familiar’: ‘A problemática sociológica da família, hoje’, por Alfredo Teixeira; ‘A tradição histórica do matrimónio’, com Samuel Rodrigues e o padre Jacinto Farias fala sobre a família, ‘problemáticas do sacramento’.

Depois o programa prevê um espaço de diálogo aberto e o evento termina às 18h00 com uma intervenção da reitora da Universidade Católica Portuguesa.

O Colóquio sobre ‘A Família: Narrativa Sinodal’ é uma organização conjunta da Sociedade Científica, da Faculdade de Teologia, e do Instituto de Ciências da Família da UCP e realiza-se no auditório 1 da instituição de ensino em Lisboa.

CB

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WhatsApp no Sínodo?


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Días enteros enganchado al porno on-line, años de terapia ineficaz... hasta aplicar «los 12 pasos»

La adicción sexual cambia el cerebro y esclaviza

La adicción al sexo es tan grave como a otras sustancias y tiene una base química y psicológica, pero la sociedad no la combate suficientemente

Gregorio pasó por clínicas, psicólogos, centros... llegó a estar meses internado. Al final, salió adelante gracias al método de los 12 pasos

J. V. Echagüe / La Razón  29 octubre 2015

No busquen en su historial problemas familiares ni traumas que sirvieran de detonante. Su historia tiene forma de espiral, la misma que la adicción. Su relato obliga a otorgarle una identidad: Gregorio, 41 años, y procedente del norte de España. No hace falta más.

Pocos adictos al sexo, que han perdido bastante más cosas que su dinero, su trabajo o sus amigos, quieren contar su experiencia, ni siquiera bajo la seguridad de un estricto anonimato.

¿El estigma de sufrir una enfermedad de la que la sociedad se mofa? Por supuesto. Pero también por el hecho de rememorar todo lo que se han dejado en el camino.

Quizá Gregorio accede a hablar porque hoy puede ir con la cabeza bien alta y decir que está «limpio». Y, sobre todo, con su vida rehecha.

Sí, con mucho trabajo y la ayuda adecuada, es posible salir del túnel. Como ocurre en cualquier otra adicción.

Lo que está claro es que, en plena era de internet, con la pornografía a sólo un «click» de distancia, la recuperación es más difícil.

Las redes atrapan, tanto para caer en ellas como a la hora de salir. Y España está afectada de lleno.

Es el segundo país a nivel mundial en tráfico de pornografía: un 9,58% de las páginas visitadas son de sexo.

De eso da fe el libro La pornografía online. Una nueva adicción (VozDePapel), escrito por Óscar Tukumura.

¿La tesis? Las millones de páginas pornográficas –146 en 2006–, y que según algunos estudios podrían constituir el 30% de todo el tráfico de internet, provocan que estemos ante una «nueva droga» a la que es tremendamente fácil acceder: muy accesible desde que surgieron los vídeos online, gratuita o muy barata y, sobre todo, anónima.

Es una industria que sigue imparable, con un volumen de negocio superior a los 100.000 millones de dólares anuales –88.100 millones de euros– y provocando el cierre de publicaciones emblemáticas como «Playboy».

Como una droga más
Lo más preocupante, según el autor, es la levedad con la que la sociedad aborda el tema.

Al fin y al cabo, ¿hace 50 años no ocurría lo mismo con el tabaco y hoy se considera prácticamente letal?

El autor sostiene que el «ciclo adictivo» es similar al de cualquier sustancia: trance previo al consumo, un ritual, conducta compulsiva, la «sedación» que siente el adicto...

La experiencia de Gregorio
Todos los adolescentes tienen una etapa de «ebullición hormonal». En el caso de Gregorio, fue a los 14 años. Pero era algo más que la libido. «Ya tenía unas tendencias sexuales que no estaban en la media de los chicos de mi edad. Mis compañeros se reían de que estuviera tan ‘‘salido’’. Y eso me molestaba muchísimo».

Las dependencias no vienen solas, y el abuso de alcohol y cocaína potenció su hipersexualidad: su adicción al sexo.

«Tenían que ser drogas y sexo juntos. Una cosa sin la otra no tenía sentido. Empecé a tener todo tipo de relaciones, a través de páginas de contactos, etc», explica.

Finales de los noventa: el uso de internet comienza a popularizarse en los hogares españoles. A Gregorio, ya un veinteañero, le abrió un nuevo horizonte, a la vez que le cerró muchos otros. «Internet agravó muchísimo mi dependencia. No salía de mi cuarto. Podía llegar a estar todo el día masturbándome a través de la webcam, delante de otras personas, interactuar con chicas que se desnudaban... Luego podía quedar con ellas para tener sexo, pero no tenía por qué salir; podía hacerlo todo desde casa», afirma.

Todo ello con el alcohol y las sustancias como compañeras inseparables. No puede concretar la cantidad de dinero que se llegó a dejar –«miles de euros; hay muchas páginas que cuestan dinero»–. Y tampoco el número de trabajos que perdió.

Trabajaba como comercial. «Alguna vez tenía despacho propio, cerraba la puerta... Me llegaba a masturbar. No salía ni a comer». Nunca le descubrieron, pero apenas tardaba cuatro o cinco meses en ser despedido.

«Cuando estás de lleno en una adicción, crees que no lo sabe nadie. Pero sí lo saben». No en vano, y como apunta «La pornografía online», el 70% de la navegación en estas webs se realiza entre las 9:00 y las 17:00 horas, en pleno horario de oficina.

La persona se siente esclava
La hipersexualidad ha ido en aumento en nuestro país. Y la facilidad de acceso a la pornografía vía el ciberespacio tiene parte de responsabilidad. Como explica Carlos Chiclana, profesor de Psicología de la Universidad CEU San Pablo, «si consideramos la hipersexualidad primaria», es decir, «una conducta sexual intensa y extensa» por la cual «el paciente se siente esclavo», el 2% de población adicta al sexo sería una «cifra ajustada». Pero si contamos a aquellos que presentan esta conducta a raíz de otra patología, «el porcentaje puede aumentar entre un 10% y un 12%».

Gregorio no tenía pareja estable y, si había algún conato, duraba muy poco. «Ninguna mujer lista podía estar entonces con alguien como yo... Cualquier adicción te perjudica a todos los niveles. Te apartas de todo el mundo».

¿Y su familia? ¿Sus padres? «Veían que era un enfermo. Pero no sabían lo del sexo. Sabían que estaba encerrado en la habitación y creían que era por las drogas, cuando en realidad estaba con un ordenador», recuerda.

Si se le pregunta un momento en el que considera que tocó fondo, es muy difícil precisar. Quizá fue ver «mi pene lleno de heridas, en carne viva, sin sentir ya ni siquiera dolor, y seguir masturbándome». Quizá cuando llevaba «tres o cuatro días encerrado en mi casa, drogándome y teniendo sexo». O también cuando «me dejaba un dineral en mujeres que te iban sacando el dinero». O porque, simplemente, «al día siguiente, volvía otra vez a hacerlo».

Efectos en la masa cerebral
¿Puede esta adicción dañar al cerebro? En «La pornografía online» se detallan algunos estudios que arrojan algunas conclusiones a tener en cuenta. En 2014, el Instituto Max Planck realizó un experimento: expuso a un grupo de personas no adictas a más de 4 horas semanales de visionado. Todos ellos experimentaron un cambio en su masa cerebral: la zona que se activa con la dopamina –neurotransmisor que surge con sensaciones placenteras– se vio reducida en su tamaño.

Ese mismo año, la Universidad de Cambridge realizó una prueba similar: en el caso de los adictos que veían pornografía, su actividad cerebral era similar a la que experimentan los adictos al juego o a las drogas.

Los 12 pasos de Alcohólicos Anónimos
Con su cerebro dañado o no, Gregrorio necesitó ayuda. «Sabía que todo eso me llevaría a la ruina», afirma. Y al principio no recibió la adecuada.

Estuvo meses internado. «Pasé por todo: psicólogos, psiquiatras, clínicas... Muchísimos centros y profesionales. Pero no tenían ni idea. Estuve muchísimos años tratándome». No desechó la ayuda psicológica, pero quien realmente le sirvió de soporte fueron grupos como Adictos Sexuales Anónimos, un grupo que sigue el programa de los 12 pasos, similar al que siguen en las reuniones de Alcohólicos Anónimos.

[El artículo de La Razón no lo detalla, pero en la mayoría de los países y grupos esos 12 pasos incluyen la necesidad de acudir a un Poder Superior, que es Dios. Así, el paso número 2 afirma: "Llegamos al convencimiento de que sólo un Poder Superior a nosotros mismos podría devolvernos el sano juicio". El número 3 dice: "Decidimos poner nuestra voluntad y nuestras vidas al cuidado de Dios". El número 4 añade: "Admitimos ante Dios, ante nosotros mismos y ante otro ser humano la naturaleza exacta de nuestras faltas". Y continúan así: "Estuvimos completamente dispuestos a dejar que Dios eliminase todos estos defectos de carácter. Humildemente le pedimos que nos liberase de nuestros defectos". "Buscamos a través de la oración y la meditación mejorar nuestro contacto consciente con Dios, tal como nosotros lo concebimos, pidiéndole solamente que nos permitiese conocer su voluntad para con nosotros y nos diese la fortaleza para cumplirla". Nota de ReL]

No estar solo ante el ordenador
«Aprendes a saber manejar tu vida interior, tus pensamientos y sentimientos. A dedicarte a ti, como persona, antes de dar un paso en falso». Marcar pequeñas metas, evitar situaciones «de riesgo»...

Fueron compañeros de este grupo los que le acompañaron en las primeras ocasiones que tenía que usar un ordenador para mandar un simple mail.

La tentación seguía estando muy presente. «Puedo estar delante de un ordenador y no meterme en ninguna página porno. Pero para eso necesité muchísima ayuda. Antes de dar un paso en falso, les consultaba».

Aquello fue hace unos cuatro años. Desde entonces, ya no está solo. Y, lo más importante: Gregorio se conoce mejor a sí mismo.



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