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sábado, 20 de junho de 2015

"As armadilhas da teoria de gênero", explicadas por um bispo italiano

Dom Giovanni D'Ercole apoia a manifestação programada para este sábado, em Roma

Roma, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org) Staff Reporter

"Como pastor da Igreja, eu não posso deixar de convidar os cristãos e as pessoas de boa vontade a refletirem sobre o grave perigo que o nosso país está correndo com a teoria de gênero nas escolas", diz uma carta divulgada por dom Giovanni D'Ercole, bispo de Ascoli-Piceno, na Itália, sobre as ideologias que se infiltram na vida política e social do país.

"O grande risco é que o homem se esqueça de ter sido criado à imagem de Deus e afirme ser a criatura dos próprios instintos, renegando até a sacralidade do seu corpo. Por trás de uma terminologia ‘asséptica’, esconde-se, infelizmente, uma visão antropológica segundo a qual já passou o tempo em que a humanidade se dividia naturalmente em dois sexos: masculino e feminino, homem e mulher".

"Esta reflexão sobre a família não pode nem deve nos deixar indiferentes", afirma D'Ercole; "deve interessar a todos e de uma forma séria, sejamos crentes ou não". O bispo convida os leitores, em seguida, a participarem da manifestação organizada pela Comissão “Defendamos nossos Filhos” e agendada para este sábado, 20 de junho, na Piazza San Giovanni in Laterano, de Roma, a partir das 15h30 do horário local.


A iniciativa é promovida por "quem se preocupa com o destino da família e com o futuro das novas gerações, independentemente de afiliações religiosas e culturais. Convido aqueles que puderem a participar" e "confirmo a minha plena adesão pessoal".


A manifestação cidadã, continua o prelado, "é um momento de grande valor para a Itália; talvez seja o último recurso para evitar que em nossas escolas, como já se tentou fazer, seja introduzida essa educação sexual baseada na teoria de gênero. Se isto acontecer, seria efetivamente tirado das famílias o direito constitucional de educar os seus filhos de forma independente na afetividade e na sexualidade".


"Dada a gravidade do momento, é importante participar e expressar a clara discordância de grande parte da sociedade no tocante a esta nova agressão à defesa da identidade da natureza humana. Muitas vezes, quem defende a família permanece em silêncio e nem consegue entender as muitas ameaças que existem por trás dessas leis e intervenções políticas, ao contrário daqueles que as defendem com múltiplos meios de persuasão e força midiática".


"Mas é hora de abrir os olhos! É hora de acordar", exclama dom Giovanni D'Ercole, porque "chegou um momento na história do nosso país em que é necessário tomar as ruas para defender a beleza e a grandeza da família, para discordar pacificamente de todas as formas de educação que gostariam de esmagar as consciências violando a sacralidade do corpo humano".


"Como pastor desta Igreja e como cidadão italiano, eu sinto o dever de denunciar que está em andamento uma tentativa obscura de impor uma cultura que não deixa escolha para a família. Alguém quer transformar a escola, que é normalmente o berço da formação humana e cultural das novas gerações, em um lugar que viola seriamente a pureza de consciência e a sacralidade do corpo humano. Quem crê na família não pode deixar de reafirmar a beleza da diferença entre homem e mulher, que sempre foi fundamento e princípio de enriquecimento para a família e para toda a sociedade. Essa diferença não significa só diversidade, mas, acima de tudo, expressa complementaridade e reciprocidade, valores fundamentais para o nascimento dos filhos e para a sua educação".



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