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domingo, 31 de maio de 2015

Nós e a Comunicação Social

O mundo atualmente vive uma viragem histórica em diversas vertentes.
 
Ao refletirmos sobre os meios de comunicação social ninguém põe em causa, que eles são instrumentos poderosos para o enriquecimento a nível da educação, da cultura, da economia, da atividade política e religiosa e também para uma maior compreensão e diálogo entre os povos.
 
Nos meios de comunicação social houve saltos qualitativos e quantitativos que se verificam, nas inovações tecnológicas e nas suas rápidas aplicações no âmbito das nossas vidas.
 
A tecnologia venceu praticamente todas as barreiras do tempo e do espaço; com muita facilidade pudemos, escrever, publicar, emitir sons à escala mundial.
 
A comunicação como parte do comportamento humano é de grande relevância, é a essência do homem, o templo onde habita a linguagem e a sociabilidade.
 
A verdade é que todas estas tecnologias têm a sua parte positiva, mas ao mesmo tempo pode criar conceitos errados nas pessoas e estimulá-las para ações que põem em perigo o equilíbrio da sociedade.
 
A emissão repetida de casos que em princípio não aceitaríamos como normais torna-os banais e aceitáveis.
 
Perante isto temos de ter uma atitude critica e não permissiva para que esta mais-valia não se transforme num risco mas seja um contributo de riqueza humana.
 
Quando em alguns ambientes, se respira um clima de indiferença ou de ataques frontais aos verdadeiros valores humanos e cristãos, há que ter fortaleza e convicção para os combater.
 
É obrigação dos católicos presentes nas instituições públicas exercer uma ação critica dentro das suas próprias instituições, para que os seus programas e atuações correspondam cada vez melhor aos critérios da moral cristã.
 
Não se pode aplaudir determinada política, determinada ordenação social ou obra cultural quando se transformam em instrumentos do mal. É uma questão de moralidade e, portanto, de bom senso.
 
E em relação à família? Como pode a comunicação social ajudar a família?
 
Não é fácil.
 
Em relação à família em princípio a comunicação social não é nociva para a harmonia familiar, até pelo contrário, mas o problema por vezes está na própria família.
 
Atualmente a família desestruturou-se, e o problema é o mau uso que a família faz dos meios de comunicação social. É um erro usar a televisão e outros meios para sossegar as crianças.
 
Há necessidade de selecionar programas limitar o tempo de ligação, ver o conteúdo de jogos etc.
 
No entanto toda a família gosta de passar algum tempo diante de um computador e ir descobrindo as possibilidades da Internet. É uma fonte de ocasiões para partilhar diversos temas, ideias com outras pessoas e até de aproximar essas pessoas a Deus.
 
É um erro também pensar que a solidão dos idosos se resolve em frente de um televisor. O idoso deseja realmente, serenidade, alegria e principalmente muito amor.
 
O Papa Francisco na sua mensagem para o dia Mundial da Comunicação Social, escreve que a família é o primeiro local onde aprendemos a comunicar e não o diz de uma forma só teórica. O Papa introduz elementos surpreendentes como por exemplo:
 
- O perdão – pois não existe família perfeita; na família onde as pessoas se amam e onde há limitações e pecados torna-se necessário uma escola de perdão. O perdão é uma dinâmica de comunicação.
 
- A oração – É uma forma fundamental de comunicação - recitar orações simples, o terço etc.
 
- Os Limites da pessoa humana
 
- O Nascimento –“ O ventre que nos abriga é a primeira escola de comunicação”. A referência é o texto Evangélico entre Maria e Isabel (Lc 1,39-56) e centraliza a sua atenção na resposta à saudação de Maria que é dado pelo menino, que salta de alegria no ventre de Isabel.
 
- A relação entre Mãe e Filhos como primeiro ambiente de comunicação.

Em relação aos meios de comunicação social ressalta-se as dificuldades -  o que afaste e isola e as facilidades - o contacto e encontro.
 
Convém salientar o papel educador dos pais e da comunidade cristã para que os filhos aprendam a viver segundo os critérios da dignidade da pessoa humana e do bem comum.
 
É necessário um critério claro e firme, que nos permita encarar tudo com a unidade e coerência de uma visão cristã da vida. Sem esta visão o mundo torna-se incompreensível ou passa a ser visto por um prisma parcial e deformado.
 





Luísa Loureiro






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