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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A mudança dos Pastorinhos passou pelo acolhimento a Deus sem reservas

Na Festa Litúrgica de Francisco e Jacinta, Dom António Marto recorda que a santidade é vocação para todos


Roma, 20 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)


Hoje, 20 de Fevereiro, celebra-se a Festa litúrgica de Francisco e Jacinta Marto. Durante a Missa celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, Dom António Marto, bispo de Leiria-Fátima, que presidiu à celebração, exortou à santidade: “A santidade é um belo caminho a percorrer e uma vocação para todos”.

Dom António Marto, lê-se em nota da assessoria de imprensa do Santuário de Fátima, lembrou três dos lugares onde é a santidade é necessária e onde os exemplos dos beatos Francisco e Jacinta podem ser “inspiração e apelo”: na família, nas vocações consagradas e no “mundo social e político”.

 “As famílias são chamadas a viver a santidade do seu amor conjugal, matrimonial e familiar, (…), também os consagrados trazem em si esta vocação a viver a santidade com toda a entrega da sua vida, com toda a sua paixão por Deus e pela sua misericórdia, para despertar o mundo, tantas vezes indiferente”, disse.

Em tempos de “crise de ordem social, económica e política”, D. António Marto lembrou a necessidade do “bem comum, aquele bem que está acima dos interesses de grupos e de partidos”: “Os Pastorinhos convidam também a um olhar sobre as realidades da miséria e da pobreza, para que, acima das divisões dos jogos de interesses e de poderes, se ponha, em primeiro lugar, o serviço do bem-comum para erradicar a chaga social da pobreza e o cancro da corrupção, que também cria pobreza”, alertou.

No início da homilia D. António Marto começou por reflectir sobre o tema do ano pastoral no Santuário de Fátima “Santificados em Cristo” como “um convite a olharmos para a santidade dos Pastorinhos, não a partir de uma lei que nos diz o que é permitido ou proibido, nem a partir dos nosso critérios tão humanos”, mas a partir do próprio Deus.

 O bispo recordou as suas próprias palavras acerca deste tema pastoral, proferidas em final de 2010, aquando da apresentação do itinerário temático preparado até ao ano de 2017, Centenário das Aparições: “A quinta luz do candelabro – cada ano, um caminho – é o esplendor da santidade de Deus que resplandece para nós no rosto de Jesus Cristo e de que Maria é espelho e mestra”.

O critério para Deus é diferente, “santidade é um dom de Deus, podemos vê-la a partir da beleza do amor santo de Deus que se derrama nos nossos corações e que embeleza, transfigura e enriquece a nossa vida”.

“Os Pastorinhos ficaram fascinados pela beleza daquela luz que os envolveu e na qual se sentir mergulhados, era a beleza do amor de Deus, na qual se sentiam abraçados e que foi derramada no seu coração como e uma espécie de chama ardente, como um fogo que aquecia os seus corações”, afirmou o bispo, ao sublinhar que o primeiro passo para a santidade é “a experiência de amizade e comunhão profunda com Deus”.

“Depois, quando Deus entra nas nossas vidas transforma-as, transfigura-as”, afirmou, ao recordar que a mudança dos Pastorinhos passou “pelo acolhimento a Deus sem reservas”, “pela entrega da vida ao serviço dos desígnios da misericórdia de Deus sobre esta humanidade” e, também, por uma atitude de compaixão e misericórdia, por meio da qual os videntes foram “capazes de sofrer com quem sofre e de se alegrar com quem se alegra, promovendo a comunhão dos santos na terra”.

A vida e testemunhos dos dois videntes apresenta-se como um estimulo para se procurar alcançar “a medida alta da santidade”. “Ser santo é responder ao mal com o bem”, disse.

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