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sábado, 31 de janeiro de 2015

Santa Jacinta de Marescotti

A graça de Deus levou Jacinta a uma radical opção pela santidade que iluminou sua época


Horizonte, 30 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Contanto que deixe esses vãos adornos, essas vestimentas sumptuosas, e se torne humilde, piedosa, esqueça o mundo e pense só nas coisas do Céu”, exortou Pe. Antônio Biochetti e por meio destas palavras converteu-se a jovem Clarice de Mariscotti, filha do príncipe Mariscotti Marcantonio e da condessa Ottavia Orsini. Sua família pertencia a nobre aristocracia romana e tinham quatro filhos que foram educados nos sólidos fundamentos cristãos.

Clarice nasceu no dia 16 de Março de 1585 em Viterbo e desde cedo os pais a confiaram aos cuidados de religiosas franciscanas no Convento de São Bernardino junto com sua irmã mais velha. Mas Clarice não queria aderir a vida religiosa, sentindo-se atraída pelas pompas e riquezas próprias de sua condição. Lançou-se então em uma vida de futilidades, luxos e vaidades, porém não conseguia casar-se e findou, por insistência da família, retornando a um convento, agora da Ordem Franciscana Secular. Adoptou de contragosto o hábito e mudou o nome para Jacinta. Ainda assim, não abandonou os hábitos mundanos, sendo capaz de usar roupas luxuosas e decorando sua cela com adornos riquíssimos.

Alguns anos depois, Jacinta foi acometida de grave doença e o Padre Antônio Biochetti, recusou-se a lhe atender a confissão devido a sua luxuosa condição. Ao que ela perguntou: "Então não há mais salvação para mim?" O padre lhe respondeu que sim, mas sob a condição: “Contanto que deixe esses vãos adornos, essas vestimentas sumptuosas, e se torne humilde, piedosa, esqueça o mundo e pense só nas coisas do Céu”. Tomou posse então da graça e profundamente arrependida, pediu perdão às religiosas e fez o compromisso de buscar radicalmente a santidade. Foi eleita posteriormente, mestra de noviças e superiora do convento.

Conversões, ajuda aos pobres e o profundo zelo com a ordem religiosa marcaram a vida de Jacinta que escreveu diversas cartas e sob sua condução foram fundados diversos mosteiros, orfanatos e asilos. Veio a falecer no dia 30 de Janeiro de 1640 em Viterbo. Foi beatificada em 1º de Setembro de 1762 pelo Papa Bento XIII e canonizada em 24 de Maio de 1807 pelo Papa Pio VII.



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