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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Homilia do papa Francisco na Casa Santa Marta: a fé é um dom do Espírito Santo

O Santo Padre convida-nos a pedir a graça de ter uma fé sincera, não tímida


Cidade do Vaticano, 26 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)


Quem transmite a fé são principalmente as mulheres, disse o papa Francisco na homilia da missa desta segunda-feira.

Fazendo referência à carta de São Paulo a Timóteo, Francisco explicou que o apóstolo recorda ao destinatário de onde vem a sua “fé sincera”: ele a recebeu do Espírito Santo “através da mãe e da avó”. O papa acrescentou: “Uma coisa é transmitir a fé e outra coisa é ensinar as coisas da fé. A fé é um dom. A fé não pode ser estudada. Estudamos as coisas da fé, sim, para entendê-la melhor, mas, com o estudo, nunca se chega à fé. A fé é um dom do Espírito Santo, é um presente, que vai além de qualquer preparação”.

Esse presente passa pelo “bom trabalho das mães e das avós” em uma família, ou “por uma empregada do lar, uma tia”, por exemplo.

Por que é que quem transmite a fé são principalmente as mulheres? O Santo Padre respondeu: “Porque quem nos trouxe Jesus é uma mulher. É o caminho escolhido por Jesus. Ele quis ter uma mãe: o dom da fé também passa pelas mulheres, como Jesus por Maria”.

“Todos nós recebemos o dom da fé e temos que cuidar dele, para que ele pelo menos não se enfraqueça, para que ele continue sendo forte com o poder do Espírito Santo que nos deu esse presente. Se não tivermos este cuidado, todo dia, de reavivar esse presente de Deus que é a fé, ela se enfraquece, vai se aguando, acaba virando cultura”.

Em contraste com a “fé viva”, São Paulo nos alerta sobre “o espírito de timidez e vergonha”. O papa diz que “Deus não nos deu um espírito de timidez. O espírito de timidez vai contra o dom da fé, não deixa que ela cresça, que ela siga em frente, que ela seja grande”. E a vergonha é este pecado: “Sim, eu tenho a fé, mas a escondo, para que não reparem muito…”.

Francisco explicou também que o espírito de prudência consiste em “saber que nós não podemos fazer tudo o que queremos”, significa buscar “os caminhos, o caminho, as maneiras” de levar a fé adiante, mas com prudência.

Ao terminar, o Santo Padre nos convidou a “pedir a Deus a graça de ter uma fé sincera, uma fé que não se negocia de acordo com as oportunidades que surgem. Uma fé que todo dia eu tento reavivar ou, pelo menos, peço ao Espírito Santo para reavivá-la de maneira que ela dê grandes frutos”.

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