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sábado, 24 de janeiro de 2015

A NASA verifica com o satélite Suomi NPP que cada 25 de Dezembro se continua iluminando a Terra

Actualizado 25 de Dezembro de 2014

C.L. / ReL 

O Natal continua sendo a festa da luz,
tanto a sobrenatural como a
produzida pelo homem.
Desde há três anos a NASA desenvolve o programa Suomi NPP (National Polar-orbiting Partnership) para aperfeiçoar a visão da Terra desde o dito satélite. Incorpora um equipamento de radiometria infravermelho e visível VIIRS (Visible Infrared Imaging Radiometer Suite) graças ao qual se estão conseguindo imagens extraordinariamente precisas do planeta.

Mas não se trata só de investigações físicas: também, através dos dados obtidos, podem extrair-se conclusões de grande valor cultural e sociológico. Por exemplo, mediante a detecção do nível de iluminação das cidades e da sua evolução temporal.

Isso permitiu aos investigadores da agência espacial estado-unidense estudar padrões de conduta a nível planetário durante datas tão assinaladas como o Natal para o mundo cristão e o Ramadão para o mundo maometano.

As conclusões são claras: no 25 de Dezembro a luminosidade sobre a face da Terra alcança máximos anuais. Os dados de luminosidade seleccionaram-se para ter em conta factores como a luz lunar, as irregularidades do terreno ou o potencial reflector da neve.


Assim o explica Miguel Román, do NASA Goddard Space Flight Center (ver vídeo abaixo): "Esperávamos encontrar uma grande estabilidade nas luzes nocturnas. E realmente surpreendeu-nos ver que, na realidade, incrementam notavelmente a sua actividade durante os Natais, em particular nos bairros residenciais das cidades, onde há espaço nos chalés para por luzes neles, e em zonas rurais onde se deslocam para celebrar o Natal, enquanto no centro das cidades apagam-se". Aparecem iluminadas zonas que noutras datas emitem uma luz entre uns 20% e uns 50% inferior à do centro das grandes urbes.

Este dado pode parecer óbvio, mas entranha uma significação cultural se se contrasta com o que sucede durante o Ramadão nos países islamizados: "Não se vê um deslocamento na actividade luminosa, mas sim um incremento pela noite. As pessoas ficam no seu sítio para celebrá-lo", explica o investigador.

A imagem do Verbo encarnado como "a luz verdadeira que ilumina todo o homem" (Jn 1, 9) e do Evangelho como uma luz que se leva a todos os cantos (cfr. Lc 8, 16-18) continua encontrando pois uma resposta colectiva num mundo ainda mais sociologicamente cristão do que crê: celebrar Cristo é iluminar. Di-lo o satélite.



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