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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Parolin: "Papa determinante na paz entre EUA e Cuba

Segundo o secretário de Estado a retomada das relações diplomáticas entre os dois países poderá ter repercussões positivas em toda a América Latina


Roma, 18 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)


A retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba é o resultado de um trabalho “realizado em muitos anos” e “o papel do Papa Francisco foi determinante”. Assim falou o cardeal secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, em entrevista à Rádio Vaticano.

O Santo Padre, explicou Parolin, teve o mérito de ter tomado a iniciativa de escrever a Obama e a Castro, convidando-os a "superar as dificuldades existentes entre os dois Países e encontrar um ponto de acordo".

A retomada do diálogo entre os dois estados, cujas relações diplomáticas se romperam em 1961, é um produto da "cultura do encontro”, do “construir pontes” e de um “diálogo” que “se for sincero, sempre tem como finalidade, como objectivo, o de fazer encontrar as pessoas, também nas respectivas diferenças e fazê-las colaborar”, acrescentou o prelado.

Parolin disse que estava convencido de que o degelo entre Washington e Havana "certamente terá efeitos positivos em toda a região latino-americana" e poderá ser um "modelo" no campo diplomático, que "talvez possa inspirar outros líderes a terem a mesma coragem e buscar o caminho do diálogo e do encontro".

O Secretário de Estado também expressou esperança para a Igreja em Cuba, que poderá assim, “desenvolver sempre melhor a sua função dentro da sociedade cubana para a construção de uma realidade sempre mais solidária”.

Em conclusão, o cardeal julgou a retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba "uma boa notícia no meio de tantas notícias, no mundo de hoje, que não são boas".

Este evento, disse, "diz-nos que é possível o que os Papas em geral e, em particular, o Papa Francisco sempre disseram e insistiram: é possível chegar a entender-se; é possível chegar a compreender-se; é possível chegar a colaborar e encontrar também saídas para as dificuldades que nos separam”.

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