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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Santo António Maria Claret

O Papa Pio XI o definiu como o "apóstolo incansável dos tempos modernos".


Horizonte, 24 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Oh, meu Deus, fazei que todas as criaturas te conheçam, te amem e te sirvam com toda fidelidade e fervor” rezava António Maria Claret, nascido em Sallent, na Espanha, no dia 23 de Dezembro de 1807. Era o quinto filho dos dez gerados pelo casal João Claret e Josefa Clara. Desde cedo aspirava à vida consagrada e foi educado em uma austera formação apesar dos desafios impostos pela invasão francesa que assolava a região e obrigava-os a se abster dos estudos e dedicar-se ao trabalho na fábrica de tecidos que seu pai tinha em casa.

Aos doze anos já era um exímio tecelão e foi para Barcelona para aprimorar seus conhecimentos. Permaneceu na cidade até os vinte anos e ainda dedicava tempo para estudar o latim e o francês. Impelido pelo desejo de consagrar-se a Deus, deixou seu ofício e no ano de 1829 ingressou no seminário da cidade de Vich para ser monge cartuxo. O bispo de Vich percebia a aspiração de António e decidiu ordená-lo antes de concluir os estudos. Assim o fez no dia 13 de Junho de 1835 e sobre isso declarava: “Quero ordenar logo a António, porque há nele alguma coisa de extraordinário”. Após concluir os estudos, assumiu o cargo de Vigário Cooperador em sua paróquia e posteriormente empreendeu muitas missões para pregar a Palavra de Deus.

Em 1839 apresentou-se a Congregação Propaganda Fide para ser missionário. Após um tempo ingressou na Companhia de Jesus, mas teve de ausentar-se por motivos de saúde.  Em 1848 foi enviado em missão para as Ilhas Canárias e ao retornar para a Espanha fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, conhecidos como Claretianos em 16 de Julho de 1849. Fundou também em Barcelona uma biblioteca conhecida como "Librería Religiosa". Sua missionariedade foi reconhecida pelo Papa Pio IX que o nomeou arcebispo de Santiago de Cuba. Nesta diocese António teve uma actuação enérgica reformando o clero, construiu hospitais e escolas, além de promover diversas missões internas.

No ano de 1869, encaminhou-se para Roma para participar do Concílio Vaticano I. Devido a problemas de saúde e perseguições no trajecto, retirou-se para a abadia de Fontfroide e faleceu no dia 24 de Outubro de 1870. Foi beatificado no dia 25 de Fevereiro de 1934, pelo Papa Pio XI e canonizado no dia 7 de Maio de 1950 pelo Papa Pio XII.

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