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sábado, 23 de agosto de 2014

Colômbia: Termina o III Congresso Mundial da Misericórdia

O cardeal Errázuriz Ossa, enviado do Papa, recordou que para ser missionários da misericórdia é necessário ser filhos da misericórdia


Roma, 22 de Agosto de 2014 (Zenit.org)


"Na Igreja, todas as comunidades têm a vocação de viver a graça da misericórdia divina e de ser misericordiosas”. Assim, o cardeal Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago do Chile, fechou como enviado especial do Papa, o terceiro Congresso Apostólico Mundial da Misericórdia (Wacom III), realizado em Bogotá do 15 ao 19 de Agosto.

Convidando a reflectir sobre algumas orientações do Papa Francisco, o cardeal disse que "nunca seremos missionários da misericórdia se não chegarmos a ser filhos da misericórdia”, indica a nota publicada pelo L’Osservatore Romano. Por isso, o Papa convida continuamente a considerar que Deus nos ama primeiro, desde o princípio, e não se cansa de sempre tomar a iniciativa. Assim, o cardeal acrescentou que "nos ama primeiro, e com amor de misericórdia, sem se cansar de perdoar. Seu amor desperta o nosso amor, que é sempre uma resposta ao seu, e a inclinação de amar como Ele nos ama".

Em seguida, o cardeal disse o Papa Francisco usa, para descrever essa atitude de Deus, um neologismo de Buenos Aires: “Dios nos primerea”. Ou seja, “nos antecipa, nos está esperando”. E assim, notou que “os que experimentaram que Deus, na sua infinita misericórdia, nos amou primeiro, sabem seguir em frente, tomar a iniciativa sem medo, ser 'Igreja em saída" rumo as periferias geográficas e existenciais, com um desejo inesgotável de oferecer misericórdia".
O arcebispo emérito de Santiago de Chile também observou que João Paulo II “colocou a misericórdia no centro da sua vida espiritual, do seu testemunho apostólico e do seu magistério”. O papa Wojtyła, disse, "proclamava profeticamente que ‘na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, a o homem a felicidade’”.

Depois de ter observado que em nossa sociedade, com suas contradições, suas dificuldades e suas violências, parece hostil à fé cristã, o enviado do Papa a Bogotá também salientou que "no plano de Deus tudo isso não é decisivo e existem outros sinais para ter em conta na época em que vivemos. Por outro lado, nosso tempo actual, ‘não nos permite permanecer indiferentes’”. Daí o convite a “viver e trabalhar para que nosso tempo seja o tempo da misericórdia, para que nossas culturas sejam fundadas no amor infinito de Cristo, da sabedoria do Evangelho, da espiritualidade e da obra da misericórdia”.

O III Congresso Apostólico Mundial da Misericórdia (World Apostolic Congress On Mercy WACOM) contou com a presença de 4 cardeais, 7 bispos e uns 50 sacerdotes e grande número de religiosos e leigos vindos de diferentes partes do mundo. O WACOM III começou oficialmente com a conferência "A Misericórdia Divina nossa missão", do cardeal Christoph Shonborn, presidente do patronato da Misericórdia. O cardeal mencionou as palavras do Papa São João Paulo II sobre a misericórdia, e encorajou à prática da misericórdia seguindo os ensinamentos de Jesus na parábola do Bom Samaritano e o encontro com a Samaritana. Também ressaltou que "a misericórdia é uma grande oportunidade para a Igreja, para os nossos países e para o mundo, recordando as palavras de Santa Faustina também tomadas pelo Papa João Paulo II: ‘A humanidade não encontrará a paz até que não venha à minha a misericórdia"

Além disso, o Congresso teve a participação de mais de 10 relíquias de santos da Igreja Católica e a de três beatos. Entre outros estava a relíquia de Santa Faustina Kowalska, São João Paulo II, a relíquia de São João Vianney, a dos beatos Miguel Sopocko, confessor de Santa Faustina, a dos beatos Francisco e Jacinta de Fátima.

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