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sábado, 28 de junho de 2014

"Um Dios prohibido" melhor filme do Catholic Film Festival

"The letters" venceu o Peixe de Prata de Melhor Actriz e Melhor Director. Cardeal Ravasi: "Graças a Mirabile Dictu, Liana Marabini a relação entre cinema e religião se torna mais explícita


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Abrem-se as cortinas da quinta edição do Catholic Film Festival – Mirabile Dictu. No monumental complexo de Santo Spirito in Sassia, em Roma, foram apresentados ontem à noite os vencedores do evento, criado pela cineasta Liana Marabini para dar espaço aos produtores e directores de filmes, documentários, séries de TV, curta-metragem e filmes que promovem valores morais universais e modelos positivos.

Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Dicastério do Vaticano que, desde o nascimento do prémio em 2010, concedeu-lhe apoio,  disse em seu discurso que "este ano marca o 150º do nascimento de um dos irmãos Lumière. Desde então, começou uma aventura, cuja data mais conhecida, 1895, marca a primeira vez que apareceu em uma folha imagens em movimento.

No ano seguinte, entrou no Vaticano uma trupe para retratar o Papa Leão XIII, que passeava nos jardins do Vaticano. Em 1897, foram enviados técnicos para registar o mesmo Papa dando a bênção. Este foi o início da ligação entre a Igreja e o cinema. Desde então, milhões e milhões de quilómetros de celulose transmitiram as mais diversas imagens. "A ligação com a religião sempre existiu - continua Ravasi - implicitamente, por meio de grandes directores, com seus filmes simbólicos, que, embora não necessariamente ligados à fé, foram testemunhas de grandes valores e interessados ​​em temas religiosos, como Bresson, Tarkovski, Dreyer, Bergman, e até mesmo aqueles que estavam afastados, como Buñuel. Um vínculo que Liana Marabini quis tornar mais explícito, e é por esta razão que nós a agradecemos".

Apresentamos os vencedores do prémio Peixe de Prata 2014, inspirado pelo primeiro símbolo cristão, decretado por um júri internacional presidido este ano pelo produtor austríaco Norbert Blecha e apresentado por Armando Torno, jornalista do Il Corriere della Sera.

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Melhor curta-metragem:
Cercavo qualcos´altro (Eu procurava outra coisa), Alessio Rupalti, Itália. Um casal há anos respeita o mistério de uma caixa que guarda segredos. A abertura do objeto leva os dois protagonistas a se descobrirem e a descobrir verdades e mentiras.

Melhor Documentário:
Voyage au coeur du Vaticano (Stéphane Ghez, França). Uma viagem extraordinária ao Vaticano por meio de imagens de alta qualidade, que permitem alcançar cantos e detalhes de outra forma invisível ao olhar humano. Uma viagem fascinante de descoberta, da Basílica de São Pedro à Capela Sistina, da Biblioteca do Vaticano ao Palácio Apostólico.

Melhor filme:
Un Dios prohibido (Um Deus proibido), Pablo Moreno, Espanha. O filme retrata o martírio de 51 religiosos claretianos ao inicio da Guerra Civil Espanhola (1936), mortos apenas porque se recusaram a negar a Deus e à sua vestimenta sacerdotal.

Melhor Atriz:
Juliet Stevenson (Madre Teresa em The Letters, EUA). O filme conta a história de Madre Teresa de Calcutá e o nascimento da ordem religiosa por ela fundada. As dúvidas, os conflitos, a sensação de não mais ouvir a Deus em seu interior, tudo é apresentado em uma série de cartas enviadas ao director espiritual, que lê mais tarde para um sacerdote nomeado pelo Vaticano para completar o dossier de beatificação.

Melhor Diretor:
William Riead (The letters, EUA).
Prêmio Especial do Capax Dei Foundation dedicado ao filme que teve maior impacto como meio de evangelização. Este ano, foram concedidos dois prémios:
Catholicisme (Padre Robert Barron, EUA). Série de documentários que aprofundam a história do catolicismo e dos grandes santos. Pe. Barron é um sacerdote americano muito conhecido. Sua editora "Word on Fire" publica livros e documentários com objectivo evangelizador, uma acção que também se manifesta em seu papel como pregador. É também reitor do Seminário Mundelein em Chicago, conhecido pelo alto nível de educação dos futuros sacerdotes.

L´Apôtre (Cheyenne-Marie Carron, França). Akim, um jovem muçulmano que está se preparando para se tornar imã, casualmente se aproxima da fé em Cristo. Sua vida e sua identidade são colocadas em discussão e quando informa sua família que deseja se tornar um cristão, tudo vira de cabeça para baixo. A directora e roteirista do filme, Cheyenne-Marie Carron se converteu ao cristianismo e foi baptizada este ano, na Páscoa.

Prémio “Friends of the Festival" - filme mais educativo entre os finalistas:
Nolite Timere (Giuseppe Tandoi, Itália). A vida e os ensinamentos do Papa Celestino V, em um docufiction que tece a narração da figura de Pietro da Morrone com histórias de três testemunhas do processo de canonização, que teve lugar em 1306 em Perugia, a partir do qual foi reconhecido Santo Celestino V em 1313. 

(Trad.:MEM)

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