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segunda-feira, 30 de junho de 2014

O nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus

Homilia do Papa na solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo


Cidade do Vaticano, 29 de Junho de 2014 (Zenit.org)


O Santo Padre celebrou neste domingo (29), a Santa Missa na solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo.

Durante a celebração, Francisco entregou o pálio a 24 novos arcebispos. Do Brasil, receberam o pálio Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, e Dom José Luiz Majella Delgado, arcebispo de Pouso Alegre.

Eis o texto na íntegra:

Na solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, patronos principais de Roma, é com alegria e gratidão que acolhemos a Delegação enviada pelo Patriarca Ecuménico, o venerado e amado irmão Bartolomeu, guiada pelo Metropolita Ioannis. Pedimos ao Senhor que possa, também esta visita, reforçar os nossos laços fraternos no caminho rumo à plena comunhão entre as duas Igrejas irmãs, por nós tão desejada.

«O Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes» (Act 12, 11). Nos primeiros tempos do serviço de Pedro, na comunidade cristã de Jerusalém havia grande apreensão por causa das perseguições de Herodes contra alguns membros da Igreja. Ordenou a morte de Tiago e agora, para agradar ao povo, a prisão do próprio Pedro. Estava este guardado e acorrentado na prisão, quando ouve a voz do Anjo que lhe diz: «Ergue-te depressa! (...) Põe o cinto e calça as sandálias. (...) Cobre-te com a capa e segue-me» (Act 12, 7-8). Caiem-lhe as cadeias, e a porta da prisão abre-se sozinha. Pedro dá-se conta de que o Senhor o «arrancou das mãos de Herodes»; dá-se conta de que Deus o libertou do medo e das cadeias. Sim, o Senhor liberta-nos de todo o medo e de todas as cadeias, para podermos ser verdadeiramente livres. Este facto aparece bem expresso nas palavras do refrão do Salmo Responsorial da celebração litúrgica de hoje: «O Senhor libertou-me de toda a ansiedade».

Aqui está um problema que nos toca: o problema do medo e dos refúgios pastorais.

Pergunto-me: Nós, amados Irmãos Bispos, temos medo? De que é que temos medo? E, se o temos, que refúgios procuramos, na nossa vida pastoral, para nos pormos a seguro? Procuramos porventura o apoio daqueles que têm poder neste mundo? Ou deixamo-nos enganar pelo orgulho que procura compensações e agradecimentos, parecendo-nos estar seguros com isso? Amados Irmãos Bispos, onde pomos a nossa segurança?

O testemunho do apóstolo Pedro lembra-nos que o nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana. Hoje nós – o Bispo de Roma e os outros Bispos, especialmente os Metropolitas que receberam o Pálio – sentimos que o exemplo de São Pedro nos desafia a verificar a nossa confiança no Senhor.

Pedro reencontrou a confiança, quando Jesus lhe disse por três vezes: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 15.16.17). Ao mesmo tempo ele, Simão, confessou por três vezes o seu amor a Jesus, reparando assim a tríplice negação ocorrida durante a Paixão. Pedro ainda sente queimar dentro de si a ferida da desilusão que deu ao seu Senhor na noite da traição. Agora que Ele lhe pergunta «tu amas-Me?», Pedro não se fia de si mesmo nem das próprias forças, mas entrega-se a Jesus e à sua misericórdia: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» (Jo 21, 17). E aqui desaparece o medo, a insegurança, a covardia.

Pedro experimentou que a fidelidade de Deus é maior do que as nossas infidelidades, e mais forte do que as nossas negações. Dá-se conta de que a fidelidade do Senhor afasta os nossos medos e ultrapassa toda a imaginação humana. Hoje, Jesus faz a mesma pergunta também a nós: «Tu amas-Me?». Fá-lo precisamente porque conhece os nossos medos e as nossas fadigas. E Pedro indica-nos o caminho: fiarmo-nos d’Ele, que «sabe tudo» de nós, confiando, não na nossa capacidade de Lhe ser fiel, mas na sua inabalável fidelidade. Jesus nunca nos abandona, porque não pode negar-Se a Si mesmo (cf. 2 Tm 2, 13).É fiel. A fidelidade que Deus, sem cessar, nos confirma também a nós, Pastores, independentemente dos nossos méritos, é a fonte de nossa confiança e da nossa paz. A fidelidade do Senhor para connosco mantém sempre aceso em nós o desejo de O servir e de servir os irmãos na caridade.

E Pedro deve contentar-se com o amor de Jesus. Não deve ceder à tentação da curiosidade, da inveja, como quando perguntou a Jesus, ao ver ali perto João: «Senhor, e que vai ser deste?» (Jo 21, 21). Mas Jesus, perante estas tentações, responde-lhe: «Que tens tu com isso? Tu segue-Me!» (Jo 21, 22). Esta experiência de Pedro encerra uma mensagem importante também para nós, amados irmãos Arcebispos. Hoje, o Senhor repete a mim, a vós e a todos os Pastores: Segue-Me! Não percas tempo em questões ou conversas inúteis; não te detenhas nas coisas secundárias, mas fixa-te no essencial e segue-Me. Segue-Me, não obstante as dificuldades. Segue-me na pregação do Evangelho. Segue-Me no testemunho duma vida que corresponda ao dom de graça do Baptismo e da Ordenação. Segue-Me quando falas de Mim às pessoas com quem vives dia-a-dia, na fadiga do trabalho, do diálogo e da amizade. Segue-Me no anúncio do Evangelho a todos, especialmente aos últimos, para que a ninguém falte a Palavra de vida, que liberta de todo o medo e dá a confiança na fidelidade de Deus. Tu segue-Me!

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Nem a ciência nem a New Age mitigavam as suas dores… E então foi a uma missa de cura







Católicos, protestantes e ortodoxos unem-se numa semana de oração por causa da visita papal

Actualizado 15 de Maio sw2014

OMPress 

Peregrinos no Santo Sepulcro
Esta quinta-feira começaram em Jerusalém nove dias de oração, como preparação para a chegada do Papa Francisco à Terra Santa. Com este motivo, as Igrejas e as comunidades cristãs de Jerusalém prepararam-se, de 14 a 22 de Maio, para apoiar espiritualmente a peregrinação e o encontro do Papa Francisco com o Patriarca Bartolomeu na Cidade Santa, em 25 e 26 de Maio de 2014.

Esta reunião tem lugar cinquenta anos depois do histórico encontro do Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras em Jerusalém, que marcou um novo e positivo começo na relação entre os ortodoxos e as igrejas católicas.

Os nove dias de preparação consistem na oração individual e comunitária nos lugares Santos, jejum, adoração e boas obras. A oração comunitária se levará a cabo por turnos nas diferentes igrejas da Cidade Santa, e todas as demais comunidades cristãs estão convidadas a unir-se.

Esta iniciativa começa hoje às 15,00 h. com a oração de veneração da Santa Cruz na Capela Ortodoxa Grega no Gólgota e com as vésperas na Capela ortodoxa etíope de São Miguel.

Amanhã a jornada de oração dedicar-se-á à adoração do Santíssimo Sacramento nas igrejas onde se guarda o Santíssimo Sacramento e, além disso, terá lugar uma Via Crucis seguida de adoração no Patriarcado Arménio Católico, a quarta estação da Via Crucis tradicional que percorre Jerusalém.

Na sexta-feira será o dia da oração pela unidade dos cristãos, com uma oração na Igreja Luterana do Redentor.

O sábado estará dedicado ao jejum e à Veneração da Cruz na Igreja Ortodoxa Copta de Santa Elena na nona estação da Via Crucis. Esta jornada finalizará com o rezar do Santo Rosário seguido de misa na igreja católica síria de Santo Tomás.

No dia seguinte, domingo 18 de Maio, terá lugar a Adoração do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor na Igreja de Nossa Senhora do Espasmo, quarta estação da Via Crucis. As vésperas, seguidas de Adoração, celebrar-se-ão na Igreja Católica Latina de São Salvador.

A segunda-feira será o dia dedicado à oração pela comunidade cristã e a unidade; a visita a um familiar ou amigo, a uma pessoa doente, ou a alguém necessitado; e uma oração extraordinária pela unidade na Igreja ortodoxa síria de São Marcos.

Outro dia que se dedicará ao jejum será a terça-feira dia 20. Além disso, rezar-se-ão as Vésperas na Catedral Arménia de Santiago e na Igreja Ortodoxa Copta de Santo António.

A quarta-feira estará dedicada à Adoração do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor com Vésperas e Via Crucis na Catedral Anglicana de São Jorge.

Por outro lado, e por causa desta peregrinação que o Santo Padre Francisco realizará à Terra Santa em finais deste mês, a missionária comboniana Teresa Yago, natural de Alfambra, Teruel, manifesta desde o Centro de Espiritualidade Comboni em Jerusalém que, “desde que se anunciou esta peregrinação houve de tudo. Creio que a expectativa é muito diferente entre os vários sectores ou grupos de pessoas, para os cristãos certamente é uma grande alegria. A maioria das pessoas com as quais trabalho são muçulmanos, portanto, eles não se manifestam mas para os cristãos da Terra Santa é uma oportunidade para que venha à luz o que eles vivem, ao mesmo tempo é um estímulo para crescer na fé e sentir-se animados, sustidos e apoiados pelo Santo Padre”.

Segundo Teresa, “estar na Terra do Senhor é um dom e neste momento assim o vivo e peço que para todos seja um momento de graça, força e comunhão. Ao mesmo tempo sinto tristeza ao ver os gestos desagradáveis que se estão realizando”.


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Beja: Diocese em festa com dois novos padres

Beja, 30 Jun 2014 (Ecclesia) – A Diocese de Beja celebrou este sábado a ordenação de dois novos padres para aquele território alentejano, cujo bispo pediu que os sacerdotes estejam “presentes no meio do povo”.

Em declarações à Agencia ECCLESIA, D. António Vitalino revela que tem esperança que os novos padres “ajudem a fortalecer o fermento para poder levedar a massa”, apesar do território da diocese ser “muito extenso”.

Os novos sacerdotes – um natural de Grândola e outro do Brasil - foram ordenados na Sé de Beja, numa cerimónia em que a diocese recordou também dois padres que completaram 60 anos de vida sacerdotal.

Uma forma de lembrar “os tempos difíceis e áridos da vida da Igreja no Alentejo”, disse D. António Vitalino, o qual admite que a “dispersão cansa um pouco”.

Ao fazer uma avaliação do seu trabalho pastoral, o prelado de Beja sublinha que continuou o labor “feitos pelos antecessores e com a ajuda dos colaboradores”.

No entanto, reconhece que não conseguiu “fortalecer a comunhão entre os vários colaboradores”, frisou.

Antes de tomar as rédeas da diocese de Beja, D. António Vitalino foi bispo auxiliar de Lisboa, mas considera a sua experiência no Alentejo como “providencial” porque ali existe “mais qualidade de vida”.

HM/LFS

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sábado, 28 de junho de 2014

"Um Dios prohibido" melhor filme do Catholic Film Festival

"The letters" venceu o Peixe de Prata de Melhor Actriz e Melhor Director. Cardeal Ravasi: "Graças a Mirabile Dictu, Liana Marabini a relação entre cinema e religião se torna mais explícita


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Abrem-se as cortinas da quinta edição do Catholic Film Festival – Mirabile Dictu. No monumental complexo de Santo Spirito in Sassia, em Roma, foram apresentados ontem à noite os vencedores do evento, criado pela cineasta Liana Marabini para dar espaço aos produtores e directores de filmes, documentários, séries de TV, curta-metragem e filmes que promovem valores morais universais e modelos positivos.

Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Dicastério do Vaticano que, desde o nascimento do prémio em 2010, concedeu-lhe apoio,  disse em seu discurso que "este ano marca o 150º do nascimento de um dos irmãos Lumière. Desde então, começou uma aventura, cuja data mais conhecida, 1895, marca a primeira vez que apareceu em uma folha imagens em movimento.

No ano seguinte, entrou no Vaticano uma trupe para retratar o Papa Leão XIII, que passeava nos jardins do Vaticano. Em 1897, foram enviados técnicos para registar o mesmo Papa dando a bênção. Este foi o início da ligação entre a Igreja e o cinema. Desde então, milhões e milhões de quilómetros de celulose transmitiram as mais diversas imagens. "A ligação com a religião sempre existiu - continua Ravasi - implicitamente, por meio de grandes directores, com seus filmes simbólicos, que, embora não necessariamente ligados à fé, foram testemunhas de grandes valores e interessados ​​em temas religiosos, como Bresson, Tarkovski, Dreyer, Bergman, e até mesmo aqueles que estavam afastados, como Buñuel. Um vínculo que Liana Marabini quis tornar mais explícito, e é por esta razão que nós a agradecemos".

Apresentamos os vencedores do prémio Peixe de Prata 2014, inspirado pelo primeiro símbolo cristão, decretado por um júri internacional presidido este ano pelo produtor austríaco Norbert Blecha e apresentado por Armando Torno, jornalista do Il Corriere della Sera.

***

Melhor curta-metragem:
Cercavo qualcos´altro (Eu procurava outra coisa), Alessio Rupalti, Itália. Um casal há anos respeita o mistério de uma caixa que guarda segredos. A abertura do objeto leva os dois protagonistas a se descobrirem e a descobrir verdades e mentiras.

Melhor Documentário:
Voyage au coeur du Vaticano (Stéphane Ghez, França). Uma viagem extraordinária ao Vaticano por meio de imagens de alta qualidade, que permitem alcançar cantos e detalhes de outra forma invisível ao olhar humano. Uma viagem fascinante de descoberta, da Basílica de São Pedro à Capela Sistina, da Biblioteca do Vaticano ao Palácio Apostólico.

Melhor filme:
Un Dios prohibido (Um Deus proibido), Pablo Moreno, Espanha. O filme retrata o martírio de 51 religiosos claretianos ao inicio da Guerra Civil Espanhola (1936), mortos apenas porque se recusaram a negar a Deus e à sua vestimenta sacerdotal.

Melhor Atriz:
Juliet Stevenson (Madre Teresa em The Letters, EUA). O filme conta a história de Madre Teresa de Calcutá e o nascimento da ordem religiosa por ela fundada. As dúvidas, os conflitos, a sensação de não mais ouvir a Deus em seu interior, tudo é apresentado em uma série de cartas enviadas ao director espiritual, que lê mais tarde para um sacerdote nomeado pelo Vaticano para completar o dossier de beatificação.

Melhor Diretor:
William Riead (The letters, EUA).
Prêmio Especial do Capax Dei Foundation dedicado ao filme que teve maior impacto como meio de evangelização. Este ano, foram concedidos dois prémios:
Catholicisme (Padre Robert Barron, EUA). Série de documentários que aprofundam a história do catolicismo e dos grandes santos. Pe. Barron é um sacerdote americano muito conhecido. Sua editora "Word on Fire" publica livros e documentários com objectivo evangelizador, uma acção que também se manifesta em seu papel como pregador. É também reitor do Seminário Mundelein em Chicago, conhecido pelo alto nível de educação dos futuros sacerdotes.

L´Apôtre (Cheyenne-Marie Carron, França). Akim, um jovem muçulmano que está se preparando para se tornar imã, casualmente se aproxima da fé em Cristo. Sua vida e sua identidade são colocadas em discussão e quando informa sua família que deseja se tornar um cristão, tudo vira de cabeça para baixo. A directora e roteirista do filme, Cheyenne-Marie Carron se converteu ao cristianismo e foi baptizada este ano, na Páscoa.

Prémio “Friends of the Festival" - filme mais educativo entre os finalistas:
Nolite Timere (Giuseppe Tandoi, Itália). A vida e os ensinamentos do Papa Celestino V, em um docufiction que tece a narração da figura de Pietro da Morrone com histórias de três testemunhas do processo de canonização, que teve lugar em 1306 em Perugia, a partir do qual foi reconhecido Santo Celestino V em 1313. 

(Trad.:MEM)

Homilia do papa na Casa Santa Marta: Deus busca o homem numa relação papai-filhinho

O papa Francisco explicou nesta sexta-feira que, para entender o amor de Deus, o homem tem que procurar a pequenez


Cidade do Vaticano, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Nesta festa do Sagrado Coração de Jesus, o papa Francisco declarou na homilia que Deus pede que o homem se faça pequeno para poder comunicar a ele o seu amor.

Deus não espera: Ele doa; não fala, mas age. O Santo Padre fala do coração de Jesus, celebrado na liturgia de hoje. Deus, disse Francisco, “nos dá a graça, a alegria de celebrar no coração do seu Filho as grandes obras do seu amor. Podemos dizer que hoje é a festa do amor de Deus em Jesus Cristo, do amor de Deus por nós”.

“Existem dois aspectos do amor. Primeiro, o amor está mais em dar do que em receber. Segundo: o amor está mais nas obras do que nas palavras. Quando dizemos que está mais em dar do que em receber, é porque o amor se comunica: sempre comunica. E é recebido pelo amado. E quando dizemos que está mais nas obras do que nas palavras, é porque o amor sempre dá a vida, faz crescer”.

Para entender o amor de Deus, o homem tem que procurar uma dimensão inversamente proporcional à imensidão: a pequenez, “a pequenez do coração”.

Moisés, disse o papa, explica ao povo judeu que eles foram escolhidos por Deus porque eram “o menor de todos os povos”. E Jesus, no evangelho, louva o Pai porque Ele “escondeu as coisas divinas dos doutos e as revelou aos pequenos”. Deus busca o homem, portanto, numa “relação papai-filhinho”, o acaricia e lhe diz: “Eu estou contigo”.

“Esta é a ternura do Senhor, em seu amor; Ele nos comunica isto e nos dá a força da sua ternura. Mas, se nos sentimos fortes, nunca teremos a experiência da carícia do Senhor, as carícias tão belas do Senhor... tão belas”.

“‘Não temas, eu estou contigo e te dou a mão...’. São palavras do Senhor que nos fazem sentir aquele misterioso amor que Ele tem por nós. E quando Jesus fala de si mesmo, Ele nos diz: ‘Eu sou manso e humilde de coração’. Ele também, o Filho de Deus, se abaixa para receber o amor do Pai”.

Outra prova particular do amor de Deus, indicou o pontífice, é que Ele nos amou primeiro, Ele sempre chega antes de nós e nos espera.

O papa Francisco terminou a homilia pedindo a Deus a graça “de entrarmos neste mundo tão misterioso, de nos aniquilarmos e de termos este amor que se comunica, que nos dá alegria e que nos conduz pelo caminho da vida, como crianças levadas pela mão”.

“Quando nós chegamos, Ele já está lá; quando nós o buscamos, Ele nos buscou primeiro. Ele sempre está diante de nós, nos espera para nos receber no seu coração, no seu amor. E estas duas coisas podem nos ajudar a entender este mistério do amor de Deus por nós. Para se expressar, Ele precisa da nossa pequenez, do nosso abaixamento. E também precisa do nosso assombro quando o buscamos e o encontramos lá, esperando por nós”.

O ex-núncio Wesolowski é expulso do sacerdócio

Serão adoptados todos os procedimentos adequados à gravidade do caso, afirma o Vaticano


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


A primeira instância do processo canónico contra o ex-núncio apostólico na República Dominicana, dom Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia, foi encerrada na Congregação para a Doutrina da Fé com uma sentença de condenação à expulsão do estado clerical.

A informação, veiculada hoje, é do escritório de imprensa da Santa Sé: “O acusado dispõe, desde este momento, de dois meses para um eventual recurso. O procedimento penal perante os organismos judiciários vaticanos continuará tão logo a sentença canónica seja declarada definitiva”.

A propósito de algumas notícias publicadas recentemente na media, o comunicado afirma que “é necessário precisar que, até agora, dom Wesolowski vinha desfrutando de uma relativa liberdade de movimentos enquanto aguardava que a Congregação para a Doutrina da Fé verificasse o fundamento das acusações formuladas contra a sua pessoa”.

“Levando em conta a sentença pronunciada por este dicastério, serão adoptados para com o núncio todos os procedimentos adequados à gravidade do caso”, encerra o comunicado.

O cardeal e arcebispo de Santo Domingo, dom Nicolás de Jesús López Rodríguez, declarou hoje que a expulsão do ex-núncio Josef Wesolowski do sacerdócio é uma resposta a todos aqueles que “disseram leviandades” sobre a Igreja com base no erro de uma pessoa, informou a agência EFE. 

O Peru inaugura o seu primeiro monumento a São João XXIII

O distrito de San Miguel, em Lima, recorda o papa que canonizou São Martinho de Porres


Lima, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


O sub-prefeito do distrito limenho de San Miguel, Salvador Heresi, junto com autoridades eclesiásticas e moradores da região, inaugurou nesta sexta-feira, 27 de Junho, um monumento em honra ao papa São João XXIII, que, em vida, se tornou carinhosamente conhecido como “O Papa Bom” e que é muito estimado no Peru por ter canonizado o frei Martinho de Porres.

A obra está localizada no Parque Ecológico do distrito, em frente ao concorrido Parque João Paulo II, na avenida La Marina, onde, em 1988, o pontífice peregrino presidiu uma paraliturgia.

São João XXIII foi o papa número 261 da Igreja católica, entre 1958 e 1963. O Papa Bom foi beatificado por João Paulo II durante o Grande Jubileu do ano 2000, em Roma. No dia 5 de Julho de 2013, o papa Francisco assinou o decreto que autorizou a sua canonização, realizada em conjunto com a de São João Paulo II no dia 27 de Abril deste ano.

São João XXIII, antes de ser papa, salvou milhares de judeus da morte durante a Segunda Guerra Mundial. Durante o seu pontificado, ele impulsionou o diálogo inter-religioso e convocou o Concílio Vaticano II. É autor de duas grandes encíclicas: “Mater et Magistra” e “Pacem in Terris”.

O monumento em San Miguel é o primeiro dedicado ao saudoso “papa buono” no Peru.

O papa Francisco recebe uma delegação do patriarcado ecuménico ortodoxo neste dia 28 de Junho

A delegação ficará em Roma de 27 a 29 de Junho para o tradicional intercâmbio das festas dos Santos Padroeiros


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Uma delegação do patriarcado ecuménico ortodoxo está em Roma até o dia 29 de Junho para o tradicional intercâmbio de delegações que faz parte das celebrações dos respectivos santos padroeiros: em 29 de Junho, em Roma, a celebração dos santos apóstolos Pedro e Pablo; no dia 30 de Novembro, em Istambul, a celebração de Santo André.

A delegação do patriarcado é liderada pelo metropolita de Pérgamo, Ioannis (Zizioulas), vice-presidente da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre as Igrejas católica e ortodoxa. Ele é acompanhado pelo arcebispo Jó, de Telmissos, e pelo arquidiácono patriarcal Chryssavgis.

Neste sábado, 28 de Junho, a delegação ecuménica será recebida em audiência pelo papa Francisco e encontrará depois alguns representantes do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, comandado pelo cardeal Kurt Koch.

No domingo, a delegação assistirá à solene celebração eucarística presidida pelo Santo Padre no Vaticano.

Eutanásia: "O que acontece na França? Na Itália existe uma boa lei?"

A deputada Udc, Paola Binetti, falou sobre a sentença do Tribunal de Recurso francês que absolveu o médico Bonnemaison da acusação de eutanásia aplicada a sete doentes terminais


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


"Alguma coisa está acontecendo na França onde, depois de alguns dias, a questão da eutanásia impõe-se mais uma vez à atenção do país de forma tão dramática: primeiro o caso Lambert e agora a sentença sobre o caso Bonnemaison".

Em uma nota a deputada da Udc, Paola Binetti, declara a propósito da sentença do Tribunal de Recurso francês que absolveu o médico Nicolas Bonnemaison da acusação de eutanásia aplicada a sete doentes terminais.

"Na Itália – afirma Binetti - temos uma boa lei sobre os cuidados paliativos, que prevê um acompanhamento do paciente até o fim para mitigar a dor e oferecer-lhe todo o apoio necessário, sem chegar ao encarnecimento terapêutico, mas sem cair também na eutanásia".

A deputada reitera, portanto, a plena disponibilidade “para retomar o debate sobre as Dat”, afirma, expressando “a nossa contrariedade a toda possível forma de eutanásia, ainda que disfarçada”. “Sobre este ponto – afirma – o novo código de deontologia médica deve ser firme e decidido para não ceder a ambiguidades que permitam a algum juiz interpretar a norma de uma forma que contradiga o próprio sentido da profissão médica”. (Trad.T.S.)

Olalla Oliveros: "A voz de Deus me chamou para segui-lo"

A showgirl espanhola, impulsionada pela fé e pela graça de Cristo, decidiu deixar o mundo do show business para dedicar-se à vida religiosa


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


"O Senhor não comete erros. Ele me chamou para segui-lo e eu não recusei. "Isto é o que disse, durante uma entrevista, a famosa ex-modelo espanhola Olalla Oliveros, showgirl com uma carreira televisiva e teatral de sucesso.

Aos 36 anos, depois de uma peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, começou nela um indefinível e inconsciente caminho espiritual que, depois de quatro anos, levou-a a deixar o mundo do show e se aproximar do Senhor.

A viagem a fez perceber o quanto a felicidade que sempre procurou, de fato, não estava escondida em uma vida de luxo, falsa beleza, festas e aparências, mas residia na oração e na fé. E esta foi uma descoberta que levou a showgirl a tomar seus votos para se tornar uma freira de clausura.

Com a chamada e seu crescimento, tornado público somente agora, graças a uma autorização de seus superiores da Ordem de São Miguel Arcanjo de Vilariño, os olhos e o coração de Olalla se abriram fazendo parecer a sua beleza não mais material ou superficial, mas profunda e verdadeira, graças à bondade interior e à escolha de viver com e pelo Pai Eterno.

Sua história é a narração de uma vida que se transforma passando de um estilo egocêntrico para um estilo voltado ao próximo, gastando seus dias ajudando as pessoas com suas orações. Foi uma profunda transformação, definida por ela mesma como um "terremoto interior", que a fez compreender que ser um modelo basicamente significa ser um ponto de referência, apoiador de ideais e ensinamentos dignos de serem imitados, enquanto que trazem a verdade e a beleza de Cristo.

Olalla, com a sua vocação, decidiu se tornar um exemplo contemplante o desejo de tornar a sociedade de hoje um conjunto de pessoas melhores, que superam a hipocrisia da aparência e a busca da felicidade no sucesso e no dinheiro.

Diante de uma população que agora se alimenta de mentiras e enganos, a Oliveros quer ser um modelo destinado a promover "a verdadeira dignidade da mulher", como disse ao jornal El Tiempo em 2010. A força da fé, a busca da verdadeira beleza e a felicidade levaram-na a abandonar-se e a seguir o chamado do Senhor fazendo-a mudar de vida.

Depois de anos de palco e fotografias, depois de entrevistas, tempos agitados, longos tapetes vermelhos e compromissos, a espiritualidade, a oração e o amor a Cristo permitiram que a mulher concentre a sua luz não mais em uma beleza canônica e comercial mas sobre a verdadeira beleza interior.

Em um momento histórico difícil e sujeito a constantes mudanças, Deus chama muitos homens, mulheres e jovens a segui-lo, para que possam servir a sua Igreja Universal. No entanto, diante de temores, tentações e distracções, seguir a Sua voz e seu coração tornou-se um passo difícil e importante, assim como foi para Olalla Oliveros, mas também para outras celebridades do espectáculo como Claudia Koll. (Maria Anastasia Leorato/Trad.T.S.)

Laos: cinco cristãos são acusados ​​de homicídio para impedir a evangelização

Cinco líderes de comunidades cristãs que assistiram espiritualmente uma mulher moribunda


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org)


Cinco líderes cristãos da província de Savannakhet foram acusados ​​de assassinato e estão em perigo de passar um longo período na prisão. As alegações são completamente falsas e instrumentalizadas, a fim de "decapitar" as comunidades cristãs da província, com a finalidade de evitar a propagação da fé cristã.

De acordo com informações da Agência Fides, os cinco líderes foram acusados ​​de matar uma mulher cristã, que morreu de morte natural, e que eles tinham visitado em suas últimas horas de vida, para dar-lhe o conforto da fé e da oração.

A Sra. Chan, da aldeia de Saisomboon, morreu no dia 22 de Junho, depois de dois anos de doença, e numerosas intervenções médicas e de curandeiros locais.

A mulher, mãe de oito filhos, converteu-se ao cristianismo, sendo antes budista, em Abril do ano passado. Com um gesto que representa uma flagrante violação da liberdade religiosa, o chefe da aldeia já havia impedido que os cristãos celebrassem o funeral, e exigiu a organização dos funerais de acordo com o ritual budista, apesar da discordância da família (oito filhos, que também se converteram) e outros membros da aldeia (onde cinco famílias que abraçaram a fé cristã).

Os cinco líderes das comunidades cristãs das aldeias vizinhas estavam no local, juntamente com outros crentes, para assistir ao funeral. A polícia prendeu-os sob a acusação de assassinato.

De acordo com a Fides a ONG "Human Rights Watch for Laos Religious Freedom” ( (HRWLRF), estão na cadeia: a Sra. Kaithong, líder da comunidade de Saisomboon; o Sr. Puphet, líder da igreja da aldeia Donpalai; o sr. Muk, líder cristão do povo de Huey; Hasadee, que dirige os fiéis de Bunthalay; e o Sr. Tiang.

"As autoridades estão tentando encontrar qualquer pretexto possível, a fim de impedir a propagação do cristianismo na área", diz uma nota enviada à Agência Fides pela HRWLRF. A ONG, que exige a libertação imediata dos cinco inocentes, pede ao governo de Laos para que respeite o direito de todos os cidadãos à liberdade de religião e garanta a legalidade e o Estado de Direito. (Trad.T.S.)

O desejo de família nos jovens é um "sinal dos tempos"

Declarações do Secretário do Sínodo da família, Mons. Bruno Forte. 'Urge propor uma visão da família, e de sua importância para o desenvolvimento integral.


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


Nesta quarta-feira, no Vaticano, foi apresentado o ‘Instrumentum laboris’ para o novo sínodo da família que servirá para a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema "Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização' a ser realizado de 5 a 19 de Outubro desse ano.

Na conferência, ocorrida na sala de imprensa da Santa Sé, discorreram o cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário do Sínodo, o secretário-geral do Sínodo, o Cardeal Péter Erdó, arcebispo de Estergom-Budapeste; o presidente delegado, o arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois; e o secretário especial, o arcebispo italiano Bruno Forte e dois cônjuges, o professor Francesco Miano e a professora Pina De Simone.

O Instrumentum Laborais é o resultado da pesquisa promovida pelo Documento Preparatório que incluía um questionário de 39 perguntas que "teve uma acolhida positiva e recebeu uma ampla resposta, tanto do povo de Deus como na opinião pública geral, e receberam 900 respostas individuais e 800 respostas colectivas de associações, de comunidades, explicou o cardeal Erdó.

Mons. Bruno Forte evidenciou que, embora “de um lado há uma evidência de uma situação da crise da Instituição familiar, por outro há um desejo de família claramente relevante, precisamente nas novas gerações”.

Acrescentou que os aspectos das crises estão "ligados às profundas transformações culturais que ocorrem em todos os lugares, nas últimas décadas", devido ao "abandono de crenças profundamente compartilhados no passado, como a de uma “lei natural", mas também com a "relativização do conceito de natureza, que também se reflecte no conceito de duração estável em relação ao casamento", disse o arcebispo Bruno Forte.

Soma-se o crescimento significativo no número de "casos de famílias 'estendidas', especialmente com a presença de filhos de vários casais” com a cada vez mais generalizada "auto-referencialidade da gestão dos próprios desejos e aspirações” e a consequente "privatização" da realidade familiar.

Nesse quadro, Mons. Forte disse que "muitas pessoas, especialmente os jovens, percebem o valor da relação familiar estável e duradoura, um verdadeiro e próprio desejo de matrimónio e família, nos quais ter um amor fiel e indissolúvel, que ofereça serenidade para o crescimento humano e espiritual.

Destacou que o desejo de família é “um verdadeiro sinal dos tempos, pedindo para ser aceito como uma ocasião pastoral". Diante desta situação adverte-se, de forma unânime e universal na Igreja, a urgência de "propor uma visão aberta da família, fonte de capital social. Ou seja, de virtude, essencial para a vida comum". E que, além do mais, sublinhe a importância de um desenvolvimento integral, e que mostre como a família é "fundamental para amadurecer os processos afectivos e de conhecimento que são decisivos para estruturar a pessoa”. E ao mesmo tempo um “manancial do que se obtém da consciência de ser filhos de Deus, chamados por vocação ao amor”. Portanto, é importante, segundo ele, mostrar que "o valor humanizante e socializante da família junta-se ao papel decisivo que tem para o crescimento da pessoa, na vida de fé e na sua participação activa à comunhão eclesial".

Por isso indicou que se desenha aqui, com toda sua evidência, “o carácter eminentemente pastoral que o papa Francisco quer dar à próxima assembleia sinodal”. “Não está em discussão – reiterou Mons. Forte - a doutrina da Igreja, várias vezes confirmada também nos últimos anos e em vários pronunciamentos do Magistério”.

"A reflexão que se pede – afirmou o secretário do Sínodo – é sobre as aplicações pastorais, sobre o modo de propor a doutrina, como, por exemplo, a nível de linguagem, de acompanhar a recepção e a prática”.

Acrescentou que "tudo isso não tem nada a ver com o slogan banalizante do ‘divórcio católico’, que alguns falaram sobre o que o Sínodo poderia propor". Porque "o remédio da misericórdia não está destinado a favorecer os naufrágios, mas sempre a salvar o barco no mar tempestuoso e dar aos náufragos acolhida, atenção e apoio necessário.

Por isso, advertiu que “se não se entende este fundamento”, erra-se sobre “o que o Sínodo dirá sobre a situação dos separados, divorciados, divorciados e casados novamente, das convivências, das uniões de fato ou das uniões do mesmo sexo”.

Recordou também que no âmbito da responsabilidade pastoral da Igreja impõe-se uma reflexão sobre como apoiar uma mentalidade maioritariamente aberta à vida”, porque sobre este desafio “joga-se o futuro mesmo da humanidade”:


Washington apresenta a lista negra do tráfico humano

Chile sobe para o primeiro lugar, Colômbia desce para o segundo, Venezuela na lista negra junto com Cuba


Roma, 27 de Junho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


Estados Unidos apresentou a “lista negra” de países que não cumprem com as normas mínimas contra o tráfico de pessoas e nem fazem esforços para cumpri-las e é parte do relatório anual do Departamento de Estado sobre o tráfico de pessoas.

No total, indica o informe, há 23 países que não cumprem as normas, entre eles Venezuela, Cuba, Rússia, Arábia Saudita, Tailândia e Malásia.

Junto com a Tailândia, também a Malásia voltou uma casa com relação ao ano de 2013. China e Sudão, pelo contrário, foram “promovidos” para “intermediário” (Tier 2), mas colocados na “watch list” (lista de observação).

Na América Latina, a Colômbia caiu para a segunda categoria depois de muitos anos entre as nações que respeitam plenamente a Lei de Protecção às Vítimas do Tráfico. Chile, pelo contrário, subiu para o primeiro nível.

A apresentação, realizada no dia 20 de Junho, no Departamento de Estado, teve a participação do seu titular, John Kerry. Estava acompanhado por dez vítimas resgatadas do tráfico de pessoas, entre as quais a peruana Jhinna Pinchi.

Kerry disse que "de acordo com estimativas conservadoras, mais de 20 milhões de pessoas são vítimas de tráfico de seres humanos".

Nesta quarta-feira, 25 de Junho, o presidente do México, Peña Nieto, apresentou um plano contra a tortura e o tráfico de pessoas, chamado Programa Nacional de Direitos Humanos 2014-2018, que visa proteger os direitos fundamentais e continuar combatendo práticas "inaceitáveis", como a tortura, os desaparecimentos forçados e o tráfico humano. Um passo importante, especialmente em um país que está passando por um fenómeno migratório para os EUA difícil de gerir, e que inclui muitos menores não acompanhados.

Os países incluídos na "lista negra", estão sujeitos a possíveis sanções, como a suspensão do apoio não humanitário e não comercial ou a recusa dos EUA para receber empréstimos de instituições multilaterais. Trad.T.S.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cientistas pela Vida, já mais de seiscentos: «O aborto não pode ser considerado um acto médico»

Na linha da Declaração de Madrid de 2009 

O consenso científico é absoluto: há vida humana
diferenciada desde o momento da concepção.
Actualizado 14 de Maio de 2014

ReL

Direito a Viver apresentou esta terça-feira o manifesto Cientistas pela vida, que foi subscrito nuns dias por mais de 600 médicos, cientistas e profissionais da saúde.

À apresentação, que correu a cargo da porta-voz da plataforma, a doutora Gádor Joya, foram também: José María Villalón, médico especialista em Medicina desportiva e traumatologia do desporto e chefe dos serviços médicos do Atlético de Madrid; Luis Chiva, médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia e chefe do Serviço de Ginecologia do Hospital MD Anderson de Madrid; José Manuel Moreno, médico especialista em Pediatria e chefe da Unidade de Nutrição Pediátrica do Hospital 12 de Outubro de Madrid; Francisco Reinoso, médico especialista em Anestesiologia e chefe da Unidade de Dor Pediátrico do Hospital La Paz de Madrid; Miguel Jiménez de Cisneros, biólogo e professor; Pilar Lafuente, médico especialista em ginecologia do Hospital de La Paz de Madrid; Carlos Cabanyes, especialista em Medicina Interna do Centro Universitário de Navarra em Madrid; Ana Estrella Ledo, especialista em Medicina do Trabalho de FREMAP; Ángeles Monreal, médico geral especialista em patologia da mama do Centro de Radiologia de Madrid; Esmeralda Alonso, médico de Família em Madrid; e Mónica Rodríguez, médico especialista em Cardiologia Pediátrica e diagnóstico pré-natal que exerce no Hospital de Madrid Montepríncipe.

"Honestidade científica para não negar o evidente"
A doutora Joya assegura que os médicos espanhóis que garantem este manifesto “demonstram que desde a ciência, desde a evidência científica, se pode defender a vida humana deixando à margem argumentos ideológicos”. Esta é a razão pela qual, sublinha a doutora, “pedimos honestidade científica para não negar o que é evidente: existe uma vida humana desde o momento da concepção, que tem de ser protegida e cuidada pelos que nos formámos para curar e aliviar”.

Entre os médicos presentes tomou a palavra o doutor Villalón, para descrever o aborto como “o holocausto do nosso tempo”, enquanto o doutor Reinoso animou as mães com gravidezes inesperadas e complicadas a que “não tenham medo” porque a medicina permite que os seus filhos “nasçam e sigam em frente. E no caso contrário, há unidades paliativas que permitem que a mulher e o filho que deixa este mundo, o faça com os mínimos sofrimentos”.

Pela sua parte, o doutor Chiva mostrou o seu apoio ao anteprojecto de lei impulsionado por Alberto Ruiz-Gallardón, que “sem ser perfeito, supõe um passo em frente”. Em especial, sublinhou que graças à nova norma, “se reconhece a dignidade dos meninos com síndrome de Down, que hoje são um ser humano em extinção”. É de ressalvar que o doutor Chiva é pai de um filho com trissomia 21.

A especialista em Cardiologia Pediátrica, Mónica Rodríguez, demonstrou a sua experiência profissional e humana, ao assegurar que “os pais de filhos (afectados por estas enfermidades), que inclusive morreram nos seus braços, não se arrependem”.

A doutora Esmeralda Alonso, médico de Família, reclamou que a nova lei estabeleça “um protocolo de actuação que permita ao médico não converter-se num mero colaborador (do aborto) ao qual não se lhe permite ajudar o paciente concebido”. Desta maneira, abrir-se-á no seu entender “uma oportunidade para que se facilite a coordenação com outras instituições que ajudem a mulher”.

O doutor internista Carlos Cabanyes sublinhou na sua intervenção que “a defesa da vida humana é um tema puramente científico” no qual desde o instante da fecundação existe “um ser vivo da raça humana que tem direito a viver”.

O biólogo e professor Miguel Jiménez, por sua parte, destacou desde a sua experiência que até os rapazes da secundária sabem que existe uma vida nova na união de gametas e portanto, denunciou que as posturas favoráveis ao aborto “vão contra a evidência científica”.

Propostas concretas
Como continuação da Declaração de Madrid, subscrita em 2009 e que sublinhava que existe comprovada evidência científica de que a vida começa no momento da fecundação, porque os "conhecimentos mais actuais assim o demonstram", com motivo dos trabalhos parlamentares para a aprovação da chamada ‘Lei Aído’, os médicos e especialistas assinalam que o ´Anteprojecto de Lei Orgânica para a Protecção da Vida do Concebido e dos Direitos da Mulher Grávida´ supõe um avanço até uma maior protecção da vida pré-natal, ainda que não seja total.

No tempo, aqueles que subscrevem o texto reafirmam-se na sua vocação ao cuidado dos seus pacientes, incluídos os embriões, e afirmam que o aborto não pode ser considerado um ´acto médico´, pois estes estão destinados a curar ou aliviar doença e não a acabar com a vida humana seja qual seja a sua fase de desenvolvimento.

Na declaração, apoia-se a eliminação na nossa legislação do aborto induzido como um suposto ´direito´ da mulher, já que perante este conceito a vida do filho fica totalmente desprotegida, à mercê de um terceiro que decida que fazer com ela.

Também se destaca que nenhum ser humano pode ser discriminado sobre a base de uma enfermidade ou incapacidade e apoia-se a decisão de abolir o aborto eugenésico, e que esta medida se estenda a todos os enfermos, sem distinção.

O Manifesto de Cientistas pela Vida reivindica o direito dos profissionais da saúde a exercer a objecção de consciência para não colaborar nem directa nem indirectamente com a morte do filho concebido, sem que por isso sofram nenhum tipo de discriminação laboral e pede que a nova lei garanta a coordenação entre centros de apoio sanitário e sócio laboral que ajudem verdadeiramente a mulher e garantam a segurança que todo concebido merece.

Por último, o manifesto reclama que se potencie “a informação sobre os danos psicofísicos que o aborto supõe, garantindo a protecção que a mulher precisa”; que se propiciem “protocolos que ofereçam tratamentos adequados para as incapacidades, favoreçam a integração social e que garantam a atenção integral que a família necessita”; que se estabeleçam controlos dos estabelecimentos onde se realizam abortos “para evitar fraudes à Lei e exigir que os especialistas que certifiquem os supostos contemplados pertençam ao Sistema Nacional de Saúde, impedindo, assim, que existam interesses económicos ou de vinculação laboral próprios do âmbito privado”.

Por outra parte o manifesto anima a evitar que se continue promovendo ‘programas de saúde sexual’ em menores “violentando as convicções educativas dos pais em temas nos quais não há consenso social nem evidência de efectividade ao não ter conseguido diminuir a taxa de gravidezes não desejadas”.

Clique aqui para ler o manifesto Cientistas pelo Direito a Viver.


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Apresentado no Vaticano o instrumentum laboris para o Sínodo da Família

Cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário do Sínodo, explica o documento de trabalho


Cidade do Vaticano, 26 de Junho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


Foi feita hoje na Sala de Imprensa do Vaticano a apresentação à media do “instrumentum laboris” da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 5 a 19 de Outubro de 2014 com o título "Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização". O cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos, foi o encarregado de explicar cada uma das partes do documento.

O “instrumentum laboris” é o resultado da pesquisa promovida pelo Documento Preparatório, que incluía um questionário com 39 perguntas enviado a todas as dioceses do mundo. O questionário "foi acolhido de maneira positiva e teve ampla resposta, tanto do povo de Deus quanto da opinião pública em geral", declarou o cardeal.  Foram realizadas ainda três reuniões do Conselho de Secretaria e duas reuniões interdicasteriais, além da difusão da oração do papa pelo Sínodo da Família, das intervenções do secretário geral em diversas ocasiões e de conferências e simpósios.

O texto tem três partes, coerentes com as temáticas do Documento Preparatório.  A primeira, explicou Baldisseri, é dedicada ao Evangelho da família, ao plano de Deus, à lei natural e à vocação da pessoa de Cristo. "O escasso conhecimento dos ensinamentos da Igreja exige dos trabalhadores pastorais mais preparação e compromisso para favorecer a compreensão por parte dos fiéis, que vivem em contextos culturais e sociais diferentes".

A segunda parte aborda os desafios pastorais inerentes à família, como a crise da fé, as situações críticas internas, as pressões externas e outras problemáticas. "Compete à responsabilidade dos pastores a preparação para o matrimónio, hoje cada vez mais necessária, para que os noivos amadureçam a sua escolha como uma adesão pastoral de fé ao Senhor, para construir a família sobre bases sólidas", observa o purpurado.

Ele acrescenta que são consideradas de forma particular as situações pastorais difíceis, "que têm a ver com os casais que vivem juntos, os separados, os divorciados, os divorciados que voltaram a se casar, seus filhos, as mães adolescentes, os que estão em irregularidade canónica e os que pedem o matrimónio sem ser crentes ou praticantes". O secretário do sínodo afirma que é urgente permitir que as pessoas feridas sejam sanadas e se reconciliem, encontrando nova confiança e serenidade. Por isso, "é necessária uma pastoral capaz de oferecer a misericórdia que Deus concede a todos sem medida".

Quanto aos casais que convivem sem terem recebido o sacramento matrimonial, ele acrescenta: "A Igreja sente o dever de acompanhar esses casais na confiança para assumirem uma responsabilidade, como a do matrimónio, que não é grande demais para eles". Quanto à "questão dos divorciados que voltaram a se casar, que vivem com sofrimento a condição irregular na Igreja, esta oferece um conhecimento real da sua situação e se sente interpelada a encontrar soluções compatíveis com os seus ensinamentos, que levem a uma vida serena e reconciliada". A este propósito, existe a exigência de simplificar e acelerar os procedimentos judiciais de nulidade matrimonial. O cardeal também destaca a importância dos cursos de formação para o matrimónio, que devem melhorar, e do acompanhamento posterior do casal. Ele menciona ainda as uniões entre pessoas do mesmo sexo, situação que também demanda o cuidado pastoral da Igreja.

A terceira parte do documento apresenta "as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a práxis sacramental e a promoção de uma mentalidade aberta à vida".  Sobre a responsabilidade educativa dos pais, “existe a dificuldade de transmitir a fé aos filhos, que se concretiza na iniciação cristã”.

O purpurado comentou também que o tema da próxima Assembleia Geral Ordinária de 2015 é "Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família".

O “instrumentum laboris” é entregue aos membros de direito da Assembleia Sinodal para que, até a realização da Assembleia Geral, o texto seja estudado e avaliado pelas respectivas Conferências Episcopais, a fim de se chegar à apresentação que cada presidente fará durante a assembleia como contribuição específica aos trabalhos sinodais.

O purpurado observa que o documente dá uma visão da realidade familiar no contexto actual, que representa o início de uma reflexão profunda cujo desenvolvimento se realizará em duas etapas, previstas pela Assembleia Geral Extraordinária (2014) e pela Ordinária (2015), estreitamente unidas pelo tema da família à luz do Evangelho de Cristo. Deste modo, os resultados da Assembleia Extraordinária serão utilizados para a preparação do “instrumentum laboris” da Assembleia Ordinária, depois da qual será publicado o documento final, submetido à aprovação do Santo Padre.

Baldisseri informou, para encerrar, que no domingo 28 de Setembro haverá uma jornada de oração pelo sínodo, assim como adoração eucarística quotidiana durante os trabalhos sinodais, na Capela Salus Populi Romani da basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

O “instrumentum laboris” pode ser lido no seguinte link: