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domingo, 26 de janeiro de 2014

O secretário de João Paulo II não fez caso e não queimou os seis apontamentos pessoais: agora editam-se

Actualizado 19 de Janeiro de 2014

ReL 

O cardeal Dziwisz, secretário pessoal
de João Paulo II durante anos e
agora arcebispo de Cracóvia, é um
dos grandes impulsionadores da sua
canonização.
No seu testamento, escrito em diferentes etapas durante os exercícios espirituais no Vaticano, João Paulo II pediu aos que se podiam considerar seus herdeiros: “Que os apontamentos pessoais sejam queimados”. O pedido ia dirigido ao seu secretário pessoal, Stanisław Dziwisz: “Peço que sobre isto vele Dom Stanisław, a quem agradeço pela sua colaboração e a sua ajuda tão prolongada nos anos e tão compreensiva”.

Pouco depois dos funerais do Papa polaco perguntamos ao futuro arcebispo de Cracóvia porque não o tinha feito. O sucessor de Wojtyla respondeu: “Porque esses papéis têm uma relevância histórica”.

Agora, desde Cracóvia, chega a notícia de que no próximo 5 de Fevereiro sairá o livro intitulado Estou nas mãos de Deus. Apontamentos pessoais 1962-2003. Como revela a editoria Znak, o leitor encontrará nele “as mais importantes perguntas íntimas, profundas, comovedoras meditações e orações que marcavam o seu tempo dia a dia”, assim como “apontamentos que testemunham a sua preocupação pelos seus seres queridos (amigos e colaboradores) e pela Igreja que lhe tinha sido encomendada”.

Os apontamentos, acrescenta a agência Kai, “agora convertem-se no principal documento no processo de canonização”. E cita o mesmo cardeal Dziwisz: “Não, não queimei os apontamentos de João Paulo II, porque constituem a chave da leitura da sua espiritualidade, a parte mais íntima do homem: as suas relações com Deus, com o outro e consigo mesmo”. O editor, pela sua parte, confessa que se sente honrado e promete uma muito boa edição.


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