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sábado, 30 de novembro de 2013

10º Aniversário da Banda Jota


A Banda Jota é um projecto do DPJG (Departamento da Pastoral Juvenil da Guarda).

A Banda Jota, grupo de música de inspiração cristã da diocese da Guarda está a comemorar os seus 10 anos de vida, uma ocasião que tem entusiasmado a mesma a reflectir o trabalho de Evangelização que tem feito com os seus cds e concertos que tem dado por todo o país, inclusive na vizinha Espanha.
Depois de 3 cds editados ("[A]braços", "Obrigatório Ser" e "Amen"), da criação do Festival Jota e da presença nas JMJ em Madrid, a Banda Jota pretende fazer mais e melhor com este instrumento de evangelização, vimos deixar-vos à consideração algumas propostas:

1. LANÇAMENTO DO CD "NÃO VOU PARAR"
um cd comemorativo dos 10 anos

Será no dia 8 de DEZEMBRO, Domingo, pelas 17h30
Auditório do Edifício da Câmara Municipal da Guarda

Preço: 3 € (lugares limitados)
reservar ou adquirir no nº 271 413 785 ou neste email: bandajota@gmail.com

Na ocasião os cds estarão com desconto especial. Depois desta data estarão disponíveis em casas de artigos religiosos, através das edições Salesianas ou através da própria com envio à cobrança.

2. DISPONIBILIDADE PARA CONCERTOS

Neste momento têm 3 tipos de concertos possíveis, que passamos a explicar:

a. Concerto de Evangelização (em palco e para uma actividade/encontro juvenil de evangelização ou outro encontro de âmbito evangelizador)
b. Concerto de Oração (de preferência em Igreja, com projecções em tela)
c. Concerto para festa religiosa popular (de preferência em palco)

Os concertos mais comuns da banda têm sido os de Evangelização, mas ultimamente têm-se dedicado a concertos de Oração com uma dinâmica em busca de um tesouro que é a Fé, a Eucaristia e a Igreja.

Para todos estes concertos é necessário um PA (som) adequado aos 10 elementos da banda e de acordo com o Raider Técnico que se encontra no site da banda; podem sempre fazer-se acompanhar da empresa de som do seu técnico de som, Diplix, que consegue aliar qualidade com orçamentos baixos.
Os custos propriamente ditos com a banda dependem do concerto pretendido (a, b ou c) e das exigências próprias de cada um destes. Para fazerem uma ideia, o concerto menos exigente e com custos mais baixos (Concerto de Oração) ronda os 500€, dependendo da distância para as deslocações. Apesar de não pretenderem ganhar dinheiro, precisam dele para os gastos que são muitos. A fasquia pode ser dialogada consoante os objectivos do concerto e consoante as possibilidades de quem convida. Ainda se podem sempre encontrar alternativas, como por exemplo assumir a venda de uns tantos cds para baixar o montante pretendido (imaginemos: se vendessem 10 cds, conseguiam arranjar à partida cerca de 100 € para abater no montante global).

Se quiserem saber mais pormenores, a Banda Jota está ao vosso dispor.

MAIS INFORMAÇÕES EM:



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A Cruz Patriarcal é entregue ao pe. Fadi Sotgiu Rahi

Patriarca Gregório III Laham agradece ao clérigo pelo trabalho com os cavaleiros da Ordem Patriarcal


Roma, 29 de Novembro de 2013


Sua Beatitude Gregório III Laham, patriarca de Antioquia de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém, esteve na Sardenha de 24 a 27 Novembro de 2013, na primeira visita que um patriarca de uma Igreja católica do Oriente faz à ilha italiana.

Na terça-feira, 26, foi celebrada na catedral de Cagliari a liturgia em que Sua Beatitude, o Grão-Mestre da Ordem Patriarcal da Santa Cruz de Jerusalém, acolheu oito novos cavaleiros na ordem patriarcal.

Ele também condecorou o pe. Fadi Sotgiu Rahi, C.Ss.R., com a Cruz Patriarcal, em agradecimento por tudo o que ele fez durante a sua permanência na Sardenha, em particular pelo trabalho com os cavaleiros da Ordem Patriarcal e pela Igreja greco-católica melquita. O patriarca fez votos de que o pe. Fadi desempenhe um bom trabalho em sua nova missão na Holanda e na Alemanha.

No final da missa, o pe. Fadi retribuiu os agradecimentos a Sua Beatitude, compartilhando a honraria com a família Sotgiu Rahi e prometendo permanecer fiel à Igreja materna e à sua missão de proclamar Jesus Cristo, o Redentor do mundo.

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Presépio deste ano na Praça de São Pedro é napolitano

Doada pelo cardeal Sepe, a obra em estilo do Settecento traz pastores criados por um artista da célebre rua San Gregorio Armeno


Roma, 29 de Novembro de 2013


É napolitano o presépio a ser montado este ano na Praça de São Pedro. Presente do cardeal Crescenzio Sepe, a obra terá o estilo artístico da Nápoles do século XVIII. O responsável será Antonio Di Tuoro, que há anos cuida dos presépios da diocese de Nápoles.

Os pastores, por sua vez, foram criados por Antonio Canton, artista de San Gregorio Armeno, a rua conhecida internacionalmente por suas barracas de figuras e elementos tradicionais para presépios.

Canton é o criador de um presépio de cerca de 4 metros, todo construído com material reciclado, feito de acordo com a tradição do Settecento napolitano. Exposta na Igreja de San Domenico Maggiore, a obra recebeu a bênção do cardeal Sepe.

Destaque especial merece a legenda da obra: "1223-2013: Em 1223, São Francisco cria o primeiro presépio; em 2013, Francisco é o primeiro papa que recebe em Roma o presépio napolitano".


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O papa recebe a União dos Superiores Gerais

Não programada, a audiência foi um aberto intercâmbio de opiniões, perguntas e análises


Roma, 29 de Novembro de 2013


O papa Francisco recebeu nesta manhã, na Sala do Sínodo, a União dos Superiores Gerais, liderada pelo padre Adolfo Nicolás, superior geral da Companhia de Jesus e novo presidente da União desde maio deste ano.

De acordo com o site Il Sismografo, especializado em informações sobre o Vaticano, a União, que nos dias 27, 28 e 29 de Novembro teve a sua reunião semestral, procura promover a colaboração mútua dos Institutos de Vida Consagrada no serviço da Igreja e reforçar o seu contacto com a Santa Sé e com a hierarquia da Igreja.

O encontro do papa com os superiores foi uma conversa coloquial, com intercâmbio de opiniões, perguntas e análises. Espera-se que a União divulgue em breve um comunicado oficial de imprensa sobre o encontro.


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Homilia do papa: pensar com a cabeça, mas também com o coração e com o Espírito

Francisco recorda que o Espírito Santo nos dá a inteligência para entender por nós mesmos e não com base no que os outros nos dizem


Roma, 29 de Novembro de 2013


O cristão pensa de acordo com Deus e rejeita o pensamento fraco e uniformista, destacou o santo padre na missa de hoje, celebrada na Casa de Santa Marta. O papa afirmou que, para entender os sinais dos tempos, o cristão não deve pensar somente com a cabeça, mas também com o coração e com o Espírito, que vive dentro dele.  Sem isso, não poderia compreender "a marca de Deus na história".

O papa focou na ideia de que Cristo ensina os seus discípulos a compreender os "sinais dos tempos", sinais que os fariseus não conseguiram entender. Francisco fez referência ao evangelho de hoje para falar do "pensar cristão".

O santo padre explicou que, "no evangelho, Jesus não se irrita, mas, quando os discípulos não entendem as coisas, como os de Emaús, ele fala: 'Insensatos e lentos de coração!'. 'Insensatos e lentos de coração!'... Quem não entende as coisas de Deus é uma pessoa assim. Jesus quer que entendamos o que acontece: o que acontece no meu coração, o que acontece na minha vida, o que acontece no mundo, na história... O que significa quando acontece isso? Estes são os sinais dos tempos! Mas o espírito do mundo nos faz outras propostas, porque o espírito do mundo não nos quer como um povo: ele nos quer como massa, sem pensamento, sem liberdade".

O espírito do mundo, destacou Francisco, "quer que o nosso caminho seja o da uniformidade", mas, como diz São Paulo, "o espírito do mundo nos trata como se não tivéssemos a capacidade de pensar por nós mesmos, nos trata como pessoas que não são livres".

Para aprofundar nesta ideia, o santo padre falou de um "pensamento uniforme, pensamento igual, pensamento fraco, pensamento difuso. O espírito do mundo não quer que nos perguntemos diante de Deus: 'Mas por que isso, por que aquilo, por que acontece isso? Ou nos propõe um pensamento prêt-à-porter, de acordo com os gostos pessoais: 'Eu penso do jeito que eu quero'. Isso é bom, dizem eles... Mas o que o espírito do mundo não quer é o que Jesus nos pede: o pensamento livre, o pensamento de um homem e de uma mulher que fazem parte do povo de Deus. E a salvação foi precisamente esta! Pensem nos profetas... 'Tu não eras meu povo, mas agora te chamo de meu povo’: assim diz o Senhor. E esta é a salvação: nos tornar povos, povos de Deus, ter liberdade".
Jesus nos pede pensar livremente, pensar para entender o que acontece, acrescentou o santo padre. E a verdade é que "sozinhos não somos capazes! Precisamos da ajuda do Senhor". Precisamos dele "para entender os sinais dos tempos. O Espírito Santo nos dá esse presente, um dom: a inteligência para entender por nós e não porque outros nos digam o que acontece”.

Francisco perguntou: "Qual é o caminho que Cristo quer?". E respondeu: "O espírito de inteligência para entender os sinais dos tempos. É bonito pedir a Jesus esta graça: que ele nos envie o seu espírito de inteligência, para não termos um pensamento fraco, para não termos um pensamento uniforme e para não termos um pensamento determinado pelos nossos gostos: para só termos um pensamento de acordo com Deus. Com este desejo, que é um dom do Espírito, vamos procurar o que significam as coisas e entender bem os sinais dos tempos".

Para terminar a homilia, o papa destacou que "esta é a graça que devemos pedir ao Senhor: 'a capacidade que o Espírito nos dá' para 'entender os sinais dos tempos'”.


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Peruana líder de sindicato italiano: O papa sensibilizou as pessoas quanto à imigração

Liliana Ocmí­n afirma que os gestos de Francisco reforçam os ensinamentos da doutrina social da Igreja


Roma, 29 de Novembro de 2013


“A doutrina social da Igreja é de grande importância para favorecer a integração dos imigrantes na Itália, mas o papa Francisco, com o seu gesto em Lampedusa e com a sua grande lucidez durante a cerimónia de início do pontificado, criou uma nova sensibilização quanto aos princípios da doutrina social”. O santo padre “falou da imigração, denunciou o tráfico internacional de seres humanos que existe por trás da imigração e, especialmente no caso de Lampedusa, falou da globalização da indiferença”.

Estas afirmações foram feitas em entrevista a ZENIT pela secretária confederada do sindicato italiano CISL, Liliana Ocmí­n, durante um fórum organizado pela Fundação  Promoção Social da Cultura, da Agência Prestomedia e Mediatrends, um observatório independente que estuda as tendências da informação internacional.

Liliana Ocmí­n considera que o papa Francisco “passa uma mensagem forte: que nós temos que colocar no centro de tudo os interesses reais que temos como cristãos, para que a imigração não seja vista como uma bandeira só por conveniência política ou utilitária”.

“O serviço de cuidar de pessoas mais velhas é um sector que tem que ser reconhecido profissionalmente, assim como a agricultura. Ambos os sectores são cobertos [na Itália] maioritariamente pela mão de obra dos imigrantes”, continua ela.

A líder sindical, nascida no Peru, destaca que “a imigração é uma oportunidade para que a política, as instituições e os sindicatos coloquem a pessoa no centro dos seus esforços e voltem a conceber o valor social do trabalho, entendendo que ele não é só uma fonte de renda, mas o processo para a realização pessoal e familiar”.

“O fundador do nosso sindicato, Giulio Pastore, dizia que a formação e a cultura são um elemento indispensável para defender, reconhecer e proteger os direitos dos trabalhadores. E os imigrantes precisam de uma legítima participação em todas as políticas do mercado de trabalho, para terem oportunidade e realização, que é uma prerrogativa para a integração real”, considera Liliana, ressaltando que o processo de imigração na Itália provocou uma grande mudança particularmente em quem escapa de guerras e da violência: os refugiados.

Ela destaca, no entanto, o caso dos imigrantes latino-americanos: “A comunidade mais numerosa é a peruana, seguida pelos equatorianos. 62% deles trabalham nas actividades domésticas e como cuidadores de idosos. E o aumento da idade da população local nos obriga a pensar que vai aumentar mais ainda a percentagem dos imigrantes que vão trabalhar nestes sectores”. Liliana considera que tais sectores "não podem ser carregados só pelos imigrantes”.

A secretária confederada prossegue: “Como sindicato, nós consideramos um fracasso a integração dos imigrantes no mercado italiano, porque eles são divididos em determinados fragmentos, sem mobilidade social. É uma injustiça social dar a eles só as tarefas humildes, que os jovens italianos pensam que não são actividades para eles”.

A líder sindical enfatizou a existência do tráfico internacional de seres humanos, fenómeno que tem uma dimensão imensa. “Hoje, um peruano que quer vir para a Itália paga cerca de 12.000 dólares”. A imigração é “um problema que nós temos que gerir através de acordos internacionais com os países de origem [dos imigrantes]”.

A secretária confederada do sindicato também observa a tendência oposta. “No Peru, aproximadamente cinco mil cidadãos já voltaram do exterior. Vários governos latino-americanos estão trabalhando para ajudar na reintegração desses imigrantes, para que eles possam receber as contribuições que pagaram para se aposentar”, o que não é possível, actualmente, caso eles tenham contribuído durante menos de vinte anos.

Liliana Ocmín recorda, no final da entrevista, que “o elo frágil, os pobres do futuro, são os imigrantes, porque eles entram tarde no mercado de trabalho e porque muitos declaram que ganham a metade, sem saberem que essa informação vai ser irreversível na hora de pedir a aposentadoria”.


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O Papa Francisco gostaria de visitar os pobres à noite

O esmoler pontifício, monsenhor Konrad Krajewski , nega que o Santo Padre o tenha acompanhado nas suas rondas entre os marginalizados de Roma mas admite: Há sempre o risco de que venha comigo"


Roma, 29 de Novembro de 2013


Muitos já tinham imaginado a cena: um homem vestido de branco que, na calada da noite, distribui esmola aos pobres nas ruas de Roma. É uma das tantas “lendas urbanas” sobre o Papa Francisco mas com um fundo de verdade.

Quem realmente executa esta actividade é monsenhor Konrad Krajewski, esmoler de sua Santidade, que admitiu: "Quando eu lhe contava que estava indo com eles, me perguntava se podia vir comigo".

Encontrando com um grupo de jornalistas, dom Corrado (por esse nome é familiarmente conhecido monsenhor Krajewski no Vaticano) tratou de forma alegre aqueles que lhe perguntavam se alguma vez o Papa o tinha efectivamente acompanhado nas suas saídas nocturnas. “Por favor, vos peço, façam-me outra pergunta”, disse sorrindo o bispo polaco.

Sabe-se que, durante os anos de seu ministério episcopal em Buenos Aires, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, normalmente era encontrado entre as pessoas marginalizadas da capital argentina. Em Roma, porém, isso seria logisticamente muito inconveniente , tanto para o Papa, quanto para a Gendarmeria Vaticana. Ao Papa foi, então, desaconselhado uma presença nocturna “on the road” por motivos de oportunidade e segurança.

"Nós rapidamente percebemos que poderia haver problemas de segurança. É uma coisa complicada. Mas ele é assim, não pensa nos problemas”, explicou o esmoler.

O próprio facto de que monsenhor Krajewski não tenha confirmado, nem negado, uma presença do Papa ao seu lado, durante as visitas nocturnas aos pobres, fez pensar que algumas vezes o Santo Padre possa ter realmente ido.

Além disso, o prelado brincou: “Quando falo para o Papa, saio esta noite para a cidade, há sempre o risco de que venha comigo".

O que é certo é que o pontífice argentino tem particularmente no coração a actividade do seu esmoler ao qual disse um dia: “os teus braços serão uma extensão dos meus braços”. Cada pobre que encontre, “dom Corrado”, abrace, dando-lhe simbolicamente o abraço do Papa.

"Olhe - disse uma vez Francisco - estes são os meus braços, são limitados, se os estendemos aos de Corrado podemos tocar os pobres de toda a Itália”.

Desde o momento da sua nomeação, no passado mês de Agosto, monsenhor Krajewski , que dá voltas por Roma a bordo de um Fiat Qubo, visitou 15 casas, dormitórios e famílias necessitadas.

Há pouco tempo foi à Lampedusa, onde levou 1600 cartões telefónicos aos sobreviventes depois do último naufrágio perto da ilha.

Seguindo o conselho do mesmo Papa Francisco, o esmoler pontifício renunciou a sua escrivaninha: “não combina contigo, você pode vendê-la”, disse o papa. “Dom Corrado” não espera que os pobres toquem na porta dos Muros Leoninos: é ele mesmo que sai por aí procurando-os, e também esta é uma indicação precisa de Bergoglio.

Sempre foi o papa a dizer-lhe: "Toda vez que alguém te chame de "excelência", peça a taxa para os pobres: 5 euros!”

Normalmente monsenhor Krajewski distribui aos pobres de 200 a 1000 euros por dia. A instituição de caridade que dirige, é definida por ele como o "Pronto Socorro do Papa”: só em 2002, este departamento pontifício distribuiu aos pobres um milhão (1.000.000) de euros.

Toda vez que Francisco encontra o seu esmoler, pergunta se precisa de dinheiro. Um vez lhe disse: “a conta está boa quando está vazia, significa que o dinheiro saiu para fazer o bem”.


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Bélgica: líderes religiosos reiteraram a sua profunda preocupação sobre a eutanásia infantil

Em uma nova declaração conjunta pedem para não banalizar o ato de matar. Aprovada em comissão, abre-se o debate no Parlamento


Roma, 29 de Novembro de 2013


Em uma nova declaração conjunta sobre os perigos da extensão da lei da eutanásia aos menores de idade divulgado hoje, os líderes das principais confissões religiosas da Bélgica voltaram a rejeitar essa prática sinistra, que depois de aprovada pela Comissão Conjunta de Assuntos Sociais e Justiça do Senado, caminha dramaticamente em direcção à legalização. “Não banalizemos o ato de matar, porque somos feitos para a vida”, dizem os líderes religiosos". Acabar com a vida é um ato que não só mata, mas lentamente destrói os laços que existem em nossa sociedade, em nossas famílias, vítimas de um individualismo crescente ", denunciam com grande preocupação.

Certamente, os signatários desta declaração compartilham “a angústia dos pais que têm uma criança que se encaminha para um fim prematuro da vida, especialmente quando está sofrendo”. “Não temos o direito de deixar uma criança sofrer, porque o sofrimento pode e deve ser atenuado", diz o texto, mas este também lembra que “a medicina tem os meios” para aliviar a dor.

Neste sentido, os representantes das diferentes religiões explicam que os "cuidados paliativos" e a "sedação" são “uma maneira digna” – recomendada por médicos e oncologistas – para tratar as crianças em fase terminal. Isso sim, evitando sempre o “encarniçamento terapêutico”, acrescentam.

Além do mais, a carta destaca a importância de “amar as famílias e os cuidadores desses pacientes”, e se a doença os leva, “acompanha-los com profundo afecto”. E conclui assegurando que “amar até o final exige uma grande coragem”.

Esta preocupante reforma legislativa prevê que as crianças que estejam em uma situação de dor física insuportável e impossível de aliviar e que solicitem que se coloque um ponto final à sua vida, poderão fazê-lo simplesmente com a concordância de uma equipe médica que avaliará a situação.

Diante dessa possibilidade, os líderes cristãos, muçulmanos e judeus da Bélgica já tinham emitido no início de Novembro outro comunicado conjunto opondo-se à legalização da eutanásia para menores. “A eutanásia das pessoas mais vulneráveis é desumana e destrói as bases da nossa sociedade", denunciavam. "É uma negação da dignidade dessas pessoas e as deixa ao critério, ou seja, à arbitrariedade de quem decide", acrescentavam.

Na nota, divulgada pela agência Cathobel, os líderes religiosos destacavam também que são “contra o sofrimento físico e moral, em particular das crianças", mas explicavam que "propor que os menores possam escolher a sua própria morte é uma maneira de distorcer a sua capacidade de julgar e, portanto, a sua liberdade". "Expressamos nossa profunda preocupação diante do risco de banalização crescente de uma realidade tão grave”, concluíam.

A legalização da eutanásia para crianças tem sido debatida por quase dois anos no Senado, que acelerou o processo. Uma vez aprovada definitivamente, Bélgica vai se tornar um dos primeiros países a legalizar esta prática. Dessa forma se estenderá a lei da eutanásia em vigor desde o 2002, que reconhece a eutanásia para maiores de idade ou menor emancipado ( a partir dos 15 anos), capaz, com diagnóstico de doença irreversível, que padecesse de um sofrimento físico ou psíquico constante e insuportável ou uma doença grave incurável.

A reforma, que tem sido promovida pelos socialistas belgas e apoiada por vários grupos políticos, com excepção do partido flamenco Vlaams Belang e dos democratas cristãos, torna-se muito importante dado que se converterá na mais permissiva, já que a de outros países como a Holanda deixa a decisão nas mãos do menor entre 16 e 18 anos e exige o consentimento paterno para casos entre os 12 e os 16.

A eutanásia na Europa está legalizada em Luxemburgo, Suíça, Bélgica e Holanda, onde o número de pedidos de eutanásia e suicídio assistido aumentou um 13% em 2012. No total, a Holanda chegou a ter 4.188 solicitantes esse ano, de acordo com um informe dos comités regionais encarregados de avaliar estes procedimentos no país.


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Francisco: "a formação é uma obra de artesanato e não policial"

O Papa à Assembleia da União dos Superiores Gerais: 'O ano de 2015 será dedicado à vida consagrada'


Roma, 29 de Novembro de 2013


A 82ª Assembleia Geral da União de Superiores Gerais celebrou nesta semana do 27 ao 29 de Novembro no Salesianum de Roma e concluiu esta manhã com o encontro com o santo padre.

As reflexões, baseadas em três experiências pessoais, se centraram no papel dos Superiores à luz do magistério e do exemplo do Papa Francisco. O mesmo Papa decidiu encontrar os superiores durante três horas e não somente para um breve encontro, conforme solicitado. Não houve nenhum discurso preparado com antecedência, mas uma comprida conversa fraterna e cordial feita à base de perguntas e respostas.

Um comunicado da União de Superiores Gerais informa que o primeiro conjunto de perguntas foi sobre a identidade e a missão da vida consagrada. A radicalidade é pedida para todos os cristãos, afirmou o Papa, mas os religiosos estão chamados a seguir o Senhor de maneira especial: “São homens e mulheres que podem acordar o mundo. A vida consagrada é profecia, Deus nos pede para sair do ninho e ser enviados às fronteiras do mundo, evitando a tentação de domesticá-los. Essa é a forma mais concreta de imitar o Senhor”.

À pergunta sobre a situação das vocações, o papa destacou que existem igrejas jovens que estão dando frutos novos. Isso obriga naturalmente a pensar de novo na inculturação do carisma. Acrescentou que a Igreja deve pedir perdão pelos casos de fracassos apostólicos por causa dos mal-entendidos neste campo, como no caso de Matteo Ricci. O diálogo intercultural, além do mais, deve motivar a colocar no governo dos Institutos religiosos, pessoas de várias culturas que expressam diversas formas de viver o carisma.

Além disso, o Santo Padre tem colocado grande ênfase na formação que, em sua opinião, é baseada em quatro pilares fundamentais: formação espiritual, intelectual, comunitária e apostólica.

É essencial evitar qualquer forma de hipocrisia e de clericalismo através de um diálogo franco e aberto sobre qualquer aspecto da vida dado que "a formação é uma obra de artesanato e não policial”, afirmou Francisco. “O objectivo é formar religiosos que tenham um coração terno e não ácido como vinagre. Todos somos pecadores, mas não corruptos. Aceita-se os pecadores, mas não os corruptos”.

Também lhe perguntaram sobre a fraternidade, e o santo padre respondeu que esta tem uma forma de atracção enorme, supõe a aceitação das diferenças e dos conflitos. Às vezes é difícil vive-la, mas se não se vive não se é fecundo. Em qualquer caso “nunca devemos actuar como gestores diante do problema de um irmão: é preciso acariciar o conflito, disse o Papa.

Por outro lado, formularam algumas perguntas sobre as mútuas relações entre os religiosos e as igrejas particulares nas quais se encontram. O papa afirmou conhecer por experiência os possíveis problemas: “Nós os bispos, devemos aprender que as pessoas consagradas não são material de ajuda, mas carismático, que enriquecem as dioceses”. As últimas perguntas foram relacionadas às fronteiras das missões dos consagrados. “Estas devem ser procuradas em base aos carismas”, respondeu o santo padre e lembrou que as realidades de exclusão permanecem a prioridade mais importante.

Junto com esses desafios, Francisco citou o cultural e o de educação nas escolas e nas universidades. Para o papa os pilares da educação são: "transmitir conhecimento, transmitir modos de fazer, transmitir valores. Através destes, transmitir a fé. O educador deve estar preparado para as pessoas que educa e perguntar-se sobre como anunciar Jesus Cristo a uma geração que muda”.

Antes de deixar os 120 superiores gerais presentes, o papa anunciou que o 2015 será um ano dedicado à vida consagrada. Deixando a sala, o santo padre afirmou: “Obrigado, pelo que fazeis e pelo vosso espírito de fé e a procura do serviço. Obrigado pelo vosso testemunho e também pelas humilhações pelas quais passam”.


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Prémio mundial Fernando Rielo de poesia mí­stica será entregue no Equador

264 obras de 29 paí­ses participaram da XXXIII edição, cuja cerimónia de entrega de prémios acontecerá no dia 12 de Dezembro em Quito


Roma, 29 de Novembro de 2013


O prémio criado pelo humanista, pensador, poeta e fundador religioso madrileno Fernando Rielo completa 33 edições, convocando a nossa sociedade a viver os elevados valores que a poesia mística expressa, unindo qualidade literária e riqueza espiritual, para ajudar a superar a situação crítica que atravessamos.

Nas palavras do criador do prémio, Fernando Rielo, “a poesia mística tem por finalidade a confissão da fé… A poesia mística não é redutiva em nenhum caso: eminentemente criativa, ela é capaz de gerar novos recursos estilísticos, novas formas e, em geral, uma riqueza inesgotável para expressar, por meio da imagem estética, a mística união da alma com seu Criador. A poesia mística é também visão universal e transcendental de uma humanidade que, em dor e em amor, caminha rumo ao seu celeste destino”.

O reconhecimento obtido pelo Prémio Mundial Fernando Rielo de Poesia Mística permitiu que a cerimónia de entrega fosse realizada em sedes internacionais tão prestigiosas como a da ONU em Nova Iorque, o senado da França e a Unesco em Paris, a prefeitura de Roma, a Sala Gótica da prefeitura de Colónia, o Museu do Prado, a prefeitura de Madrid, a Sala do Conselho da província de Bolonha e a embaixada da Espanha junto à Santa Sé.

O evento conta com o apoio de um amplo comité de honra, composto por membros de diversas Academias Reais espanholas (da Língua, de História, de Ciências Morais e Políticas), reitores de universidades, hispanistas, escritores e poetas. Já pertenceram ao comité personalidades civis e eclesiásticas de renome. Entre os cardeais membros, listam-se nomes como Poupard, Ruini, Biffi, Cañizares e Rouco Varela.

As edições anteriores premiaram vencedores de países como Espanha, Senegal, Uruguai, Grécia, Macedónia e Chile.


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O psicanalista disse à hedonista Etty: «Tem o valor de dizer o nome de Deus», e ela mudou






As FARC autorizam a abertura das igrejas no sul do país, mas somente de domingo

Denúncia relatada pela Fides foi feita pelo Bispo da Diocese de Mocoa-Sibundoy, Colômbia


Roma, 28 de Novembro de 2013


No departamento colombiano de Putumayo, no sul do país, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) permitem que as igrejas possam permanecer abertas somente aos sábados e domingos, e os sacerdotes podem, portanto, celebrar a Missa somente nesses dois dias.

A denúncia foi feita pelo Bispo da Diocese de Mocoa-Sibundoy, capital do departamento de Putumayo, Dom Luis Alberto Parra Mora, o qual, falando para uma rádio local, recordou que “no início, a proibição era para toda a semana”, mas depois do pedido dos habitantes das cidades de Puerto Guzmán e Puerto Asís, a guerrilha permitiu a celebração da Missa no final de semana. “Agora estamos na fase de diálogo com os grupos armados que nos permitiram voltar a celebrar a Eucaristia nessas cidades, mas ainda não podemos ir à zona rural, onde as igrejas ficam fechadas toda a semana”, disse o Prelado.

Não obstante as FARC e o governo do presidente Juan Manuel Santos prossigam os colóquios de paz em Cuba desde 2012, o conflito armado no país não dá sinais de diminuição. Na própria região de Putumayo, seis sacerdotes ameaçados pela guerrilha foram transferidos pouco tempo atrás por motivos de segurança (veja Fides 17/10/2013).

“Observamos com preocupação os problemas de segurança dos nossos sacerdotes e dos nossos Bispos, aos quais é negada a liberdade de pregar a Palavra de Deus”, disse o Padre Pedro Mercado, Vice-secretário da Conferência Episcopal Colombiana, que pediu a garantia do Estado para o clero, para que possa exercitar a sua missão. Durante a longa história do conflito armado, foram constantes as hostilidades da guerrilha e de outros grupos em relação à Igreja, todavia, como destacou pe. Mercado, este problema aumentou nos últimos meses.

Segundo o novo programa, quinta-feira, 28 de Novembro, deve ter início o diálogo entre as FARC e o governo sobre o terceiro ponto dos acordos de paz. Inicialmente, o encontro foi marcado para o dia 17 de Novembro, como anunciado depois da notícia do segundo acordo (veja Fides 08/11/2013), mas depois a data foi adiada para 28 de Novembro, “para afinar a visão, trocar documentos e analisar outras novas propostas recebidas por vários grupos da sociedade colombiana", segundo uma nota da Agência EFE.


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A Europa cristã respira com dois pulmões

Presidente da Acção Católica de Czestochowa: encontro entre Putin e o papa Francisco promove boas relações entre as Igrejas ortodoxa e católica


Roma, 28 de Novembro de 2013


"O encontro de Vladimir Putin com o papa Francisco é um evento de grande importância tanto para a Igreja quanto para o Estado russo e para toda a Europa cristã", declarou a ZENIT o presidente da Acção Católica da arquidiocese polaca de Czestochowa, Artur Dabrowski. "Temos que lembrar que, graças ao diálogo permanente entre a Rússia, a Igreja ortodoxa, a Igreja católica e a Santa Sé, foi possível apresentar uma proposta de paz em comum para a resolução do conflito na Síria".

“É surpreendente”, acrescentou ele, “que um homem vindo das estruturas do comunismo, da antiga União Soviética, reconheça a necessidade de proteger os valores cristãos na vida pública. O encontro entre Putin e o papa vai reforçar as relações entre a Federação Russa e o Vaticano e ajudar a construir uma ponte de diálogo entre a Igreja ortodoxa russa e a Igreja católica".

Para Dabrowski, a visita de Putin ao papa argentino parece dar continuidade aos encontros anteriores entre o presidente da Rússia e o beato João Paulo II (2000 e 2003) e depois com o papa emérito Bento XVI (2007). "O Vaticano se mostra relevante no mapa geopolítico da Rússia".

"Devemos lembrar também que, em Março, quando foi eleito o papa Francisco, Vladimir Putin enviou uma carta ao Santo Padre expressando a esperança de uma boa cooperação entre Moscovo e o Vaticano. E não podemos esquecer que Bergoglio enviou uma carta a ele por ocasião da reunião do G20 em Moscovo, propondo interromper o ‘inútil massacre na Síria’”.

O presidente da Acção Católica de Czestochowa comentou ainda que o encontro entre o papa e Putin "vai contribuir para promover os valores cristãos na Europa, dando seguimento à visão do beato João Paulo II, que imaginou uma Europa que respirava com os seus dois pulmões".


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A Croácia mobiliza-se em defesa do casamento natural

Referendo deste domingo pergunta se a constituição deve passar a definir o casamento como "união entre homem e mulher". 68% dos eleitores são a favor


Roma, 28 de Novembro de 2013


As pesquisas apontam vitória esmagadora dos eleitores que querem introduzir na constituição da Croácia a definição do casamento como "união de vida entre um homem e uma mulher". O referendo acontece domingo, 1º de dezembro, e tem o objectivo de neutralizar qualquer tentativa de legalizar no país formas de casamento que não sejam o casamento natural.

A mobilização dos cidadãos da Croácia começou na primavera passada, quando associações católicas se uniram no movimento U Ime Obitelji (Em Nome da Família) e lançaram um abaixo-assinado pedindo a realização do referendo.

O resultado foi impressionante. As 375 mil assinaturas (10% do eleitorado) exigidas por lei para validar a iniciativa popular foram conseguidas em uma semana. Em total, o abaixo-assinado levantou 710 mil assinaturas, equivalentes a mais de 16% da população croata, formada por 4,2 milhões de pessoas.

O mérito do enorme sucesso pode ser atribuído aos muitos voluntários que, num curto espaço de tempo, organizaram mais de 2.000 pontos de colecta de assinaturas em todo o país. Os cidadãos puderam assinar não só nas igrejas, capelas e conventos, mas em muitos locais públicos como universidades, praças e mercados.

A iniciativa contou com o apoio explícito da Conferência Episcopal da Croácia. Mas não apenas. Em defesa da lei natural, formou-se um verdadeiro fronte interconfessional, com representantes da Igreja Ortodoxa, da comunidade muçulmana e de outras denominações cristãs que apoiam os objectivos do referendo.

Minoritária, mas às vezes muito feroz, foi a oposição. Os voluntários relatam ter sofrido várias agressões por parte de membros das comunidades homossexuais. O governo e os partidos políticos da maioria (de centro-esquerda) não pronunciaram uma única palavra para condenar esses gestos de violência.

Aliás, a crítica mais pesada contra o governo croata é justamente a de tentar obstruir o sucesso da iniciativa. O mínimo de assinaturas exigidas por lei foi subitamente elevado para 450 mil já nos primeiros dias da mobilização. Quando os organizadores anunciaram ter conseguido meio milhão de assinaturas, o governo ainda impôs que o parlamento discutisse a possibilidade do referendo, o que contrariava o parecer do Tribunal Constitucional. Contando com a maioria no parlamento croata, ficava evidente que os esforços do governo estavam direccionados a impedir o sucesso da iniciativa popular.

Independentemente das decisões que vierem a ser tomadas, a livre expressão dos cidadãos sobre a questão da família não poderá ser impedida. O site do U Ime Obitelji afirma: "Os cidadãos croatas estão absolutamente convencidos da importância do seu voto neste domingo, 1º de dezembro, para confirmar a visão do casamento como a união de um homem e de uma mulher durante toda a vida; para confirmar que querem defender esta comunidade e os seus direitos, e com eles a constituição croata; para confirmar que estão cansados, cansados de ouvir a mesma mentira, cansados deste terror de uma minoria contra a maioria".

Uma pesquisa publicada nesta semana confirma os prognósticos da associação organizadora da iniciativa: 68 % dos entrevistados afirma que votará a favor da introdução da definição de casamento como a união entre homem e mulher. 27% deverão votar contra e 5% se dizem indecisos.

Será o terceiro referendo na história desta jovem nação europeia. O primeiro abordou justamente a sua independência, em 1991. No ano passado, o eleitorado foi chamado a se manifestar sobre a entrada do país na União Europeia. Desta vez não há quórum nem previsão de aplauso da maioria daqueles que, no resto da Europa, comemoraram os resultados dos dois referendos anteriores.


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Director de revista arquidiocesana de Cuba propõe dez pontos para a mudança

Orlando Márquez: O tempo neste processo de reformas é importante


Roma, 28 de Novembro de 2013


A revista online da arquidiocese de Havana, Palabra Nueva, em artigo do director Orlando Márquez, aponta dez razões pelas quais é necessário acelerar as reformas em Cuba, oferecendo alternativas diante das decisões oficialistas.

As autoridades cubanas argumentam que é necessário aplicar as reformas de maneira paulatina para se chegar a um “socialismo próspero e sustentável”, temendo cometer erros e precisar voltar atrás.

Para o editor da revista, o processo de actualização do modelo económico, empreendido pelo presidente Raúl Castro com o aval do Partido Comunista, deveria ser feito “com pressa para avançar de forma expedita e sem titubeios e com as pausas estritamente necessárias para redireccionar o andamento ou afastar os obstáculos estruturais ou humanos que impedem o avanço”.

No artigo de opinião, o director da Palabra Nueva apresenta “dez pontos para a mudança”. O também porta-voz da arquidiocese considera que “a questão do tempo, neste processo de reformas, é importante por várias razões”.

A primeira razão é que a espera provoca desânimo e “o desânimo do cidadão não é bom aliado de ninguém nem de nada”. A segunda razão é que “os indicadores económicos e a cesta básica familiar continuam esquálidos”. A terceira é que, para se ter um país próspero, são necessários cidadãos prósperos.

O quarto ponto abordado por Márquez considera que “em 2030 seremos um país com 30% da população acima dos 60 anos, como em alguns países desenvolvidos, mas com uma peculiar diferença: esse terço não produtivo da população adulta comporia um segmento populacional pobre em um país subdesenvolvido e pobre”.

Quinto: é preciso “criar condições” para estimular a natalidade, “desestimular a emigração e incentivar a imigração de gente jovem, disposta a trabalhar e investir capital e conhecimentos em Cuba, incluindo cubanos emigrados dispostos a retornar”.

Sexto: “é perda de tempo insistir na ineficácia comprovada da propriedade estatal em todos os ramos da produção e dos serviços”.

Sétimo: “a desvantagem económica e tecnológica (…) nos coloca em posição vulnerável diante da necessidade de nos inserir numa economia globalizada, assim como diante do possível fim do embargo dos Estados Unidos”.

Oitavo: “a estabilidade económica e a prosperidade pessoal e familiar podem ser um meio eficaz – não o único – para esse nobre objectivo de recuperar determinados valores ausentes hoje na sociedade”, em contraposição à corrupção, aos favorecimentos, aos baixos salários, à falta de moradia e à deterioração urbana.

Nono: “acelerar a reforma e gerar a riqueza” é necessário para “a saúde e educação”.

O décimo ponto destaca que, “quanto mais avançado estiver o processo de reformas, mais propício será o cenário para quem exercer a responsabilidade política de conduzir o país no futuro imediato”.

Márquez conclui: “A liberdade e a dignidade devem prevalecer no tempo que vivemos neste mundo. A vida não é um ensaio. Só temos uma oportunidade de vivê-la e esse tempo é sagrado”.


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Vietname: sacerdotes contra o projeto que restringe a liberdade religiosa

Reação ao decreto preparado pelas autoridades: A prática do culto é um direito, não um favor


Roma, 28 de Novembro de 2013


A liberdade religiosa, garantida pela constituição e pelas leis, "é um direito e não um favor", destacam os padres da diocese de Bac Ninh, norte de Vietname, em documento que critica o decreto preparado pelas autoridades da província, vizinha da capital Hanói. Segundo os padres, o projecto de lei que regulamenta a questão contém "detalhes excessivos e desnecessários" e impõe "muitos obstáculos e limites" à liberdade religiosa.

De fato, o texto denominado "Disposições relativas a uma série de pontos específicos sobre a administração das actividades religiosas no território de Bac Ninh" dificulta notavelmente as actividades de culto, tanto para o clero quanto para a comunidade dos fiéis.

A diocese católica romana de Bac Ninh abrange cinco províncias inteiras do norte vietnamita. São 120.000 católicos, ou 1,54% da população total. O bispo é dom Cosma Hoang Van Dat, secretário geral da Conferência Episcopal do Vietname.

O recente projecto de lei das autoridades civis da província de Bac Ninh tenta regulamentar e definir a aplicação das leis nacionais em matéria de culto. Os sacerdotes reagiram com decepção, dizendo que o projecto “se perde na estupidez inútil” e “obriga as religiões a pedir permissões e autorizações para cada circunstância”.

Em seu próprio documento, os sacerdotes lembram que existem normas nacionais precisas e detalhadas que regem as actividades religiosas, além de normas recentes que já provocaram a reacção contrária das principais religiões, fortemente limitadas em matéria de culto. "As organizações religiosas e seus representantes, em vez de se verem beneficiadas de um legítimo direito, são forçadas a solicitá-lo" no caso da preparação de cerimónias religiosas, da formação do clero, de ordenações sacerdotais e de construção ou reforma de edifícios religiosos.

Numa sociedade vietnamita que pede cada vez mais instrumentos de democracia e liberdade, os sacerdotes de Bac Ninh denunciam que o projecto de lei sobre religiões representa "um passo para trás". A lei exige a autorização prévia das autoridades para qualquer iniciativa em matéria de fé e actividade religiosa. "Num regime como este, o direito à liberdade dos cidadãos se transforma em um poder colocado nas mãos do Estado", que deveria garantir a "protecção e os direitos das organizações religiosas", diz o documento católico.

"Queremos que o projecto seja um texto legislativo que gere progresso real, que contribua para o bem-estar da população. E o bem comum maior, por acaso, não é a prática livre da própria religião e o direito de conduzir a própria vida espiritual? É somente desta maneira que a sociedade poderá atingir um desenvolvimento seguro e harmonioso".


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O mundo hebraico americano aplaude a "Evangelii Gaudium"

Rabino David Rosen manifesta seu apreço pelas partes da Exortação Apostólica de Francisco dedicadas ao diálogo inter-religioso e as relações com o judaísmo


Roma, 28 de Novembro de 2013


Grande entusiasmo pela Evangelii Gaudium, primeira exortação apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo de hoje. O documento pontifício tem atraído elogios e tornou-se um assunto de grande interesse, não só entre os católicos, em todo o mundo.

E sobretudo, a comunidade judaica americana ao expressar seu apreço pela Exortação do Papa. O Rabino David Rosen, diretor para assuntos inter-religiosos do Comité Judaico Americano, declarou sua apreciação pelas partes dedicadas ao diálogo inter-religioso, em particular nas relações com o judaísmo. "A ênfase dada à importância dos valores do judaísmo para os cristãos - disse Rosen - é particularmente importante para a evolução nas relações entre a Igreja Católica e o povo judeu".  De acordo com o rabino, que já se encontrou quatro vezes com o papa Francisco, desde a sua eleição em Março, a referência à importância do diálogo inter-religioso para a promoção da paz e para aprender a aceitar os outros e as diferenças, é um "incentivo eficaz para um maior respeito e harmonia em nosso mundo".

Desde os Estados Unidos, disse à agência Cns mons. David L. Ricken, Presidente da Comissão para a Catequese e Evangelização da Conferência Episcopal (UsccB): "os bispos recebem com alegria esta exortação, e estamos felizes em partilhá-la com os fiéis nas dioceses". "Papa Francisco - acrescentou o prelado - é um modelo vivo da nova evangelização. Está levando o mundo a uma fé mais profunda e está mostrando como viver o Evangelho e alcançar o mundo com o que qualquer pessoa precisa: o relacionamento com Deus".

Carl Anderson, cavaleiro supremo da Ordem dos Cavaleiros de Colombo, disse que a Evangelii Gaudium é "uma contribuição importante e muito oportuna para a Nova Evangelização. Será acolhida pela Igreja em todo o mundo, irá relançar a Nova Evangelização da nossa cultura”. 

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Argentina quer cunhar moeda comemorativa com o rosto de Francisco

Projecto de lei será apresentado quinta-feira na Câmara Argentina. Sob o rosto do Papa as palavras: "Tributo do povo argentino ao Papa Francisco"


Roma, 28 de Novembro de 2013


Desde Março a Argentina está comemorando a eleição do Papa Francisco, primeiro Papa da América Latina. Estes dias - relata a CNN - legisladores argentinos estão avaliando uma nova maneira de honrar o compatriota: cunhar uma moeda com o rosto do papa Bergoglio.

A proposta de criar uma moeda comemorativa será apresentada quinta-feira para avaliação da Câmara dos Deputados da Argentina, por Oscar Cachi Martinez, vice-presidente da Frente Renovadora do Congresso argentino, deputado nacional pela província de Santa Fé.

O anúncio foi divulgado através de uma post na página oficial do Facebook do próprio Martinez, que já havia apresentado a proposta em Abril, e aprovada pelas comissões competentes do Congresso argentino no início deste mês.

O objectivo das moedas, de acordo com o texto da proposta de lei, é "comemorar um evento de dimensão mundial, para que as nossos gerações presente e futuras possam recordar deste esplêndido ato na história da humanidade, cujo actor principal é um argentino". Sob o rosto do Santo Padre – comenta o canal americano – as palavras "Tributo do povo argentino ao Papa Francisco".


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Papa Francisco em Santa Marta: apostasia geral que se chama proibição de adoração

Francisco lembra que a fé não é um assunto privado como alguns poderes mundanos gostariam que fosse


Roma, 28 de Novembro de 2013


Hoje, o Papa em sua homilia na Santa Marta alertou para os poderes mundanos que gostariam que a religião fosse uma "coisa privada". Mas Deus – destacou o Santo Padre – deve ser adorado até o fim "com fidelidade e paciência”. Os cristãos perseguidos hoje são um sinal da prova como um prelúdio para a vitória final de Jesus, disse.

Na luta final entre Deus e o mal, proposta na liturgia de final de ano, existe um grande perigo, que o papa Francisco chama de "a tentação universal". A tentação de ceder à bajulação de quem quer vencer sobre Deus, se achando melhor do que aquele que acredita Nele. Entretanto, quem crê tem claro para onde deve olhar. É a história de Jesus, nas provações sofridas no deserto e suportadas em sua vida pública, entre insultos e calúnias, até o extremo da Cruz, onde o príncipe do mundo perde a sua batalha diante da Ressurreição do Príncipe de paz. O Papa falou destas passagens da vida de Cristo, porque – explicou - na agitação do final do mundo, descrito no Evangelho, o que está em jogo é algo maior do que o drama representado pelas calamidades naturais.

Então, Francisco disse que “quando Jesus fala desta calamidade, noutra passagem diz-nos que será uma profanação do templo, uma profanação da fé, do povo: será a abominação, será a desolação da abominação. O que significa aquilo? Será como o triunfo do príncipe deste mundo: a derrota de Deus. Parece que naquele momento final de calamidade, ele virá sobre este mundo, será o dono do mundo."

Eis aqui o “teste final”: a profanação da fé. Muito evidente – observa o Papa - no sofrimento do profeta Daniel, na primeira leitura: levado para a cova dos leões por ter adorado a Deus e não ao rei. Portanto, "a desolação da abominação" - reitera Francisco - tem um nome específico "a proibição de adoração".

Assim, explica o Santo Padre: “não é permitido falar de religião, é uma coisa privada, não é? Disto publicamente não se fala: Os símbolos religiosos são tolos. Temos que obedecer às ordens que vêm dos poderes mundanos. Podem-se fazer tantas coisas, coisas lindas, mas adorar Deus não. Proibição de adoração. Mas quando chegar a plenitude - o Kairos desta atitude pagã, quando se cumprir o tempo, então: ‘eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória’. Os cristãos que sofrem tempos de perseguição, tempos de proibição de adoração são uma profecia daquilo que nos acontecerá a todos.”
Por fim, concluiu o Papa, quando “se cumprir o tempo dos pagãos", será hora de levantar a cabeça, porque está 'próximo' a 'vitória de Jesus Cristo'.

E assim, concluiu o Santo Padre: “Não tenhamos medo, Ele apenas nos pede fidelidade e paciência. Fidelidade como Daniel, que foi fiel ao seu Deus e adorou o seu Deus até ao fim. E paciência, porque os cabelos da nossa cabeça não cairão. Assim prometeu o Senhor. Esta semana nos fará bem pensar nesta apostasia geral, que se chama proibição de adoração, e nos questionar: Eu adoro o Senhor? Eu adoro Jesus Cristo, o Senhor? Ou, mais ou menos, faço o jogo do príncipe deste mundo? Adorar até o fim com confiança e fidelidade: esta é a graça que devemos pedir nesta semana.”


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