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sábado, 21 de setembro de 2013

Nápoles: repete-se o milagre de São Genaro

O prodígio se repetiu na mesma hora na capela que conserva a pedra sobre a qual o mártir foi decapitado


Roma, 20 de Setembro de 2013


Fiéis se congregaram desde a madrugada de ontem na catedral de Nápoles para rezar diante da relíquia de São Genaro. Durante a missa, uma parte das pessoas que rezavam mais próximas da relíquia notou a liquefação do sangue do santo e avisou o celebrante, que fez o anúncio a toda a assembleia. Explodiu então um aplauso de alegria. Pouco depois, a missa prosseguiu com normalidade. O milagre aconteceu pela primeira vez em 1389: o sangue do mártir, guardado e visível em uma ampola dentro de uma custódia, se liquefez de repente.

Participavam da cerimónia as altezas reais da Bélgica, Alberto II e Paula, o prefeito da cidade de Nápoles, o cardeal Crescenzio Sepe, arcebispo de Nápoles, e  autoridades eclesiásticas. A poucos quilómetros da catedral, no santuário de San Gennaro alla Sofatara di Pozzuoli, repetiu-se à mesma hora o avermelhar-se da pedra manchada com o sangue do mártir, conservado na capela lateral.

São Genaro foi bispo de Benevento, no sul da Itália, no século III. Foi condenado à morte durante as perseguições contra os cristãos promovidas pelo imperador romano Diocleciano, na última onda de martírios antes da proclamação da paz de Constantino.

Os militares romanos propuseram que o bispo renegasse a fé para salvar a vida. Ele não aceitou. A tradição relata que o encerraram num forno, do qual ele saiu incólume, e, depois de ser jogado às feras junto com o diácono e com outros cristãos, elas não os atacaram, mas se lançaram aos seus pés. Os romanos decidiram então decapitá-los na Praça Vulcana.

Três vezes por ano, o sangue é exposto para veneração: no sábado que precede o primeiro domingo de maio (festa do translado de São Genaro), no dia 19 de Setembro (celebração que recorda o seu martírio) e no dia 16 de dezembro (festa que o celebra como padroeiro da cidade). A crença popular considera um mau presságio que o milagre não ocorra. Uma das datas da não liquefação foi durante a Segunda Guerra Mundial.



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