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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Professora de reiki durante anos, uma imagem da Virgem a transformou… Agora é laica consagrada

Levou à Igreja os seus amigos da New Age

Moira Noonan
Actualizado 22 de Agosto de 2013

Portaluz

Moira Noonan ainda recorda os desejos da sua mãe, que ansiava que se educassem em colégios católicos, “porque as monjas podiam formar-nos melhor do que ela podia fazê-lo”.

Não obstante, a jovem Moira e os seus irmãos peregrinaram de colégio em colégio, e poucos laços puderam criar com os seus companheiros.

O seu itinerário levou-os por centros de Detroit, Nova Jersey, Filadélfia, até chegar ao internato laico MacDuffie de Massachusetts, lugar onde finalmente Moira ingressaria, mas muito afastada da sua fé católica.

A “fascinação” por Raví Shankar
A curiosidade foi mais – comenta - e paulatinamente começou a transitar pelo “perigoso e enganador” caminho da Nova Era. “Uma das minhas professoras, atraiu-me para o seu círculo de amigos, tal como a muitas das meninas da escola, tanto durante como depois do horário escolar. Ela tinha estudado na India e tinha um forte apego a diversos credos hinduístas e estava prometida com um Hindu, académico da Universidade de Priceton.

Ele levava traje tradicional e turbante – recorda Moira -, e ia visitá-la ao nosso internato de forma regular. Fomos com eles a muitos concertos, incluindo os de Ravi Shankar e tornou-nos cada dia mais fascinante o mistério da cultura e crenças da Índia”.

A incessante busca da “iluminação”

Em 1970 depois de ingressar na universidade já estava convencida de que o seu objectivo vital era “chegar à iluminação”. Uma sede inesgotável por embeber-se do “misticismo” da Índia a possuía mais e mais. Inclusive uns meses depois, estando numa obrigatória viagem de estudo por França e Turquia, teve o impulso de renunciar a tudo e tomar um trem para a India… “Mas o Senhor tinha outros planos para a minha vida – reflecte - e utilizou a minha avó para mudar essa decisão. Ela me convenceu a voltar a casa e terminar a escola graduando-me em 1974 na Universidade de Washington”.

Mas o dilema continuava e, obcecada – assinala -, tudo lhe falava, até os Beatles, de transcendência e iluminação. “A semente deste novo sistema de crenças que tinha recebido durante a escola secundária estava o suficientemente desenvolvida como para lavar-me o cérebro e fazer-me crer que necessitava um Guru para encontrar a iluminação”. Se com isso não bastasse, aos 28 anos, participou num movimento feminista da nascente ideologia de género, levando pelas ruas e praças as suas consignas.

Acreditava curar com meditação e hipnose
Quando cumpriu os 30 anos, Moira começou a desempenhar-se como editora de uma revista especializada no Havaí e indo a caminho do trabalho sofreu um violento acidente de tráfego. “Fiquei com uma incapacidade grave, já não podia trabalhar, nem conduzir, e sofria dores constantes”. Esta seria, depois da mediação da sua avó, a segunda advertência, mas ela necessitara mais.

Agoniada pela dor procurou alívio longe dos médicos e tratamentos ortodoxos recorrendo à errática proposta do “sistema autógeno”, que mescla meditação, hipnose e sugestão. Se empenhou tanto em validar os resultados da sua “terapia” que posteriormente formou parte da seita Igreja de Ciências Religiosas, mais conhecida como Ciência da Mente, no Condado em Encinitas, Califórnia. “Passei quatro anos de aprendizagem com um ex-católico que me fez uma lavagem do cérebro em profundidade”, recorda Moira.

Estava convencida que o seu “sistema de crenças” trazia cura. “Converti-me numa mestra de Reiki e recebi o certificado de curandeira. Isto levou-me ao desejo de aprender mais sobre o mundo psíquico. Assim que fui a receber aulas de formação psíquica para obter os falsos dons de clarividência, e estar mais conectada com os espíritos caídos”.

Mas Moira nunca advertiu que tanta “habilidade” adquirida ia gerar nela desordens mentais. “Encontrei-me imersa no mundo da hipnose e converteu-se para mim numa reprogramação completa da minha mente e uma grave perda da vontade pessoal”.

Uma capa de revista revela o verdadeiro
A conversão de Moira chega inesperada em 1990. Vivia em San Diego, Califórnia e um dia qualquer estando num supermercado… “Vi a capa da revista Life com a foto de uma estátua da Virgem Maria e ao pé o título «Crês nos milagres?» Aquela publicação foi um impacto na minha alma, fixando o meu ser nessa imagem. Comprei a revista e descobrir Maria animou-me a olhar mais profundamente nela”.

A transformação foi inexplicável e logo chegaria à sua vida uma católica a dar a estocada definitiva… “Essa pessoa chave que o Senhor pôs na minha vida e que me ajudou a entregar-me completamente a Cristo e à Virgem, foi Beverly Nelson, uma laica das Missionárias da Caridade”.

Nutrida espiritualmente por esta amizade com a missionária, tudo foi presente da providência… A fé, o abandono das crenças e práticas heréticas, para coroar com Moira consagrando-se como laica nas Missionárias da Caridade.

“Converti-me num membro activo dentro da ordem. Uni-me à Igreja Católica na Paróquia São Francisco, Califórnia, e converti-me em madrinha de muitos dos meus amigos da New Age que decidiram converter-se em católicos. Entre eles um ex-médico, o meu ex-professor, amigos pessoais que estiveram na Nova Era por mais de trinta anos. Hoje vivem a felicidade verdadeira que é a fé em Cristo”.


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