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sábado, 17 de agosto de 2013

Impressionante lição de dignidade e confiança em Deus da «mulher mais da internet»

Lizzie Velasquez fez um doloroso achado na Rede

Lizzie Velasquez, com o seu pai e o seu irmão mais novo.
Actualizado 16 de Agosto de 2013

C.L. / ReL

Com recebeu ReL no seu dia, quando deu conhecer o seu testemunho, Lizzie Velasquez padece um rara síndrome, tão desconhecido que não há um diagnóstico claro e só se conhecem outros dois casos em todo o mundo. Esta enfermidade a impede de ganhar peso, pelo que o seu aspecto físico é, literalmente, o de uma pessoa em pele e ossos. Tem 24 anos e dedica-se, como oradora motivacional, a dar conferências - muitas delas em colégios e institutos - e a publicar livros, como o seu recorde de vendas Be beautiful, be you [Sê bela, sê tu mesma]. Na sua página web encontra-se mais informação sobre as suas actividades.

Aqui recolhemos uma conferência na qual explicou como se viu a si mesma retratada e insultada num vídeo na internet, a sua reacção e a sua confiança em Deus para enfrentar essa situação e as perguntas que lhe apresenta a sua vida.

Abaixo pode ver-se o vídeo (em inglês), e antes a transcrição da prática totalidade das suas palavras.

"Esse clique mudaria a minha vida"
"Estava em casa, sentada ao computador ouvindo música no Youtube, e dei-me conta de que na parte da direita, nos relacionados, havia uma foto que me pareceu muito, muito familiar. Assim que fiz clique, sem saber que fazendo esse clique a minha vida ia mudar completamente. O primeiro que vi foi a minha imagem de quando tinha onze anos, e o título deste vídeo era A mulher mais feia."

"Imaginem o que é estar ouvindo música tranquilamente e de repente encontrares-te com a tua própria foto e ver-te catalogada como a mulher mais feia do mundo! Pensem como te pode fazer sentir isso. Imaginem logo que, depois de ver esse terrível, terrível vídeo, vês que quatro milhões de pessoas viram-no. Quatro milhões! Senti-me como se alguém me tivesse posto perante o ecrã e me batesse uma e outra vez, uma e outra vez."

"Continuei navegando pelo ecrã e vi que havia milhares e milhares e milhares de comentários. Pus-me a lê-los umo atrás de outro. E nenhum era positivo. Nenhum! Estes comentários diziam-me que fizesse ao mundo o favor de cortar a cabeça, que saísse de casa com uma bolsa na cabeça porque senão as pessoas que viessem a minha casa ficariam cegas, outros davam-me conselhos sobre como suicidar-me...".

"Eu estava no instituto quando vi isto. O vídeo representava-me quando eu tinha onze anos, e isso dizia-se no vídeo. E eu não podia compreender como alguém, fosse qual fosse a sua idade, podia fazer isto, dizer coisas tão, tão terríveis, sem saber se alguma vez essa pessoa as ia ver. Chorei até deixar-me os olhos lendo esses comentários."

"Que se sintam mal"
"As minhas lágrimas se transformaram depois em raiva. Lavei a cara, pus-me perante o teclado, e queria responder a todos e cada uma das mensagens. Não sabia o que ia dizer-lhes, mas queria fazê-los sentir mal, fazê-los sentir mal por pôr o meu rosto no ecrã e dizer todas essas coisas horríveis de alguém a quem nem sequer conheciam".

"Mas logo detive-me e dei-me conta de que isso não servia para nada. Que ganhava com pôr-me ao seu nível? Nada! Era começar uma batalha inacabável para não ganhar nada. Assim não o fiz, e passei um tempo muito duro. Um tempo muito duro, não lhes vou mentir. Mas uma ténue voz na minha cabeça, que eu sei que era Deus, disse-me: Deixa-o passar. E foi o que fiz. Foi muito duro para mim, muito difícil. Disse-o aos meus pais, que estavam no jardim, e disseram-me: Continua sendo tu mesma. E foi o que fiz."

"Continuei indo ao instituto, onde tudo era maravilhoso apesar deste vídeo. Gostava de encontrar-me com as pessoas, gostava de começar cada dia. A minha relação com Deus era melhor do que nunca".

"Fizeste-me assim por uma razão"
"Deus, Tu fizeste-me a mulher que sou por uma razão. Tu me deste todas as lutas durante o meu crescimento para fazer-me mais forte. Tu fizeste-me parecer diferente para que eu possa ver uma beleza que não é a que definem os meios de comunicação. Deus está actuando através de mim para ajudar-me a dizer-lhes algo".

"Mas a única forma que tenho para cumpri-lo, para continuar com isso o resto da minha vida, é a minha fé, a minha família e os meus amigos. A fé é o primeiro na minha vida. Quando penso que Deus me deu a síndrome, antes o via como um cartaz que dizia Maldição, agora vejo o que Deus me deu como um cartaz sorridente e brilhante que põe Bendição. E sempre o verei como uma bendição."

"Todos os porquês que me perguntei, todos os "porquê eu", "porque me fizeste isto a mim", tem uma resposta. E aprendi a deixar de perguntar-me porquê. Porque sei que Deus faz tudo absolutamente tudo por uma razão, e tens que render-te e aceitá-lo porque é a Sua vontade, vejas ou não vejas. Às vezes te surpreendes tanto e dizes: Graças, Deus!"

"Cada vez que faço algo, o faço entusiasmada, porque sei que Deus vai estar aí para ajudar-me, para levantar-me quando cair e para elevar-me ainda mais alto. E vou-lhes dizer agora, que se deixarem de perguntar-se porquê, e começarem a dizer "Graças, Deus!", obterão todas as respostas."

"Graças por acolher-me, por escutar a minha mensagem, e espero, espero de verdade, que saibam que Deus os pôs aqui por uma razão e quer que partilhem essa razão, seja qual seja".



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