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sábado, 31 de agosto de 2013

Kiko Argüello pede a 2.500 jovens reunido em Murcia vocações para evangelizar a Ásia

Fundador do Caminho Neocatecumenal

Kiko Argüello
Actualizado 30 de Agosto de 2013

Álvaro de Juana / ReL

A tempo e fora de tempo. O Verão também é uma ocasião propícia para evangelizar e celebrar importantes encontros nos quais animar os jovens a levar o kerigma a todo o que o necessite. Uma mostra disso foi a recente Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro ou o tradicional Meeting de Rímini de Comunhão e Libertação.

Apenas um mês depois da JMJ e com a ressaca ainda viva desses dias, os fundadores do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello e Carmen Hernández, quiseram selar de novo tudo o ali recebido. Para isso convidaram centenas de jovens a um encontro na localidade murciana de São Pedro do Pinatar. Muitos destes jovens sim puderam deslocar-se até ao Brasil para acompanhar o Papa, mas outros não puderam ir, pelo que tiveram que seguir os acontecimentos através dos meios de comunicação. Desta forma também foram participantes do numeroso encontro vocacional que o Caminho celebrou um dia depois do regresso do Papa Francisco a Roma.

O Centro de Convenções RioCentro acolheu uns 55.000 membros do Caminho chegados de todo o mundo, o que ultrapassou as previsões da organização. O encontro foi televisionado por vários canais de televisão para o Brasil e o resto da América, incluindo os EUA, Espanha e Itália e para todo o mundo através da internet.

Como é habitual, foram milhares os jovens que responderam à chamada vocacional que encerra este tipo de encontros: 3.000 rapazes e 2.000 raparigas.

Rezar o rosário todos os dias

A Igreja da Santíssima Trindade de São Pedro do Pinatar acolheu o numeroso encontro no qual Argüello solicitou também jovens para ir em missão à Ásia. Responderam 19 rapazes e 19 raparigas. Cabe recordar que desde á algum tempo, o Caminho Neocatecumenal pôs “o ponto de mira” da Nova Evangelização na Ásia.

Na JMJ de Madrid Kiko falou da necessidade de 20.000 sacerdotes para a China e a chamada vocacional que se efectuou foi para isso; no Rio pediram-se jovens para o sacerdócio e a vida consagrada para toda a Ásia.

Por outro lado, o fundador do Caminho também pediu jovens que rezem o rosário todos os dias pelas “missio ad gentes” presentes em alguns países do continente asiático. Desde há alguns anos, um dos frutos mais importantes desta iniciação de formação na fé são estas “missio ad gentes”, presentes já nos cinco continentes e das quais fala amplamente Argüello no seu livro “O kerigma, nas favelas com os pobres”, publicado recentemente por BuenasLetras.

Não é a primeira vez que os fundadores do Caminho pedem para rezar aos jovens o rosário cada dia por este tipo de evangelização entre os mais secularizados da sociedade. Desde há alguns anos, o Caminho realiza encontros nos quais os jovens mostram a sua disponibilidade para rezar cada dia por elas. Assim, há grupos principalmente em Espanha e Itália, mas também nos EUA, que rezam pelas “missio ad gentes” todos os dias e que cada ano renovam o desejo de continuar fazendo-o.

Uma localidade com um grande retábulo pictórico
Tampouco é a primeira vez que os fundadores do Caminho convocam um encontro nesta pequena povoação de Murcia. Normalmente, cada Verão, tem lugar uma reunião similar na paróquia da Santíssima Trindade, onde em 2005 Kiko realizou um enorme retábulo de 11 por 18 metros no qual vários frescos apresentam alguns momentos fundamentais da vida de Cristo e de todo o cristão.


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Parolin, versado na Venezuela de Chávez, será o ‘número dois’ do Papa para governar a Igreja

Francisco nomeia o Secretário de Estado

Monsenhor Pietro Parolin
Actualizado 31 de Agosto de 2013

Luis del Real Espanyol / ReL

Depois de cinco meses de pontificado, o Papa Francisco nomeou hoje o que será a sua mão direita para governar a Igreja católica.

O escolhido é o arcebispo Pietro Parolin, actual núncio apostólico na Venezuela, de 58 anos, nascido num povoado de Vicenza, no norte de Itália. Em 1980 ordenou-se sacerdote e seis anos mais tarde completou os seus estudos de Direito Canónico na Pontifica Universidade Gregoriana de Roma. Substituirá, portanto, o cardeal Tarcisio Bertone, muito questionado por boa parte do colégio cardinalício pelo escândalo do chamado "Vatileaks", que afectou profundamente Bento XVI, e são muitos os que relacionam a sua demissão com este triste assunto de roubo de documentos por parte de colaboradores muito próximos ao já Papa emérito.

Um homem experimentado
O arcebispo Pietro Parolin é um homem experimentado no governo da Igreja. Já trabalhou com intensidade para defender os interesses da Igreja católica na Venezuela de Hugo Chávez, primeiro, e com Maduro, depois.

Mesmo assim foi durante sete anos subsecretário para as Relações com os Estados, algo assim como o “número dois” do que entenderíamos como o "Ministro de Exteriores" da Santa Sé. Em 2009 foi nomeado núncio do Papa na Venezuela, e desde então tem resolvido a infinidade de problemas que gerava o regime autoritário venezuelano. Fala quatro idiomas: italiano, espanhol, inglês e francês, e, além disso, serviu como diplomático papal perante os governos da Nigéria e México.

Conhecedor da Cúria
O substituto do cardeal Tarcisio Bertone à frente da Secretaria de Estado é também italiano, de carreira diplomática, e bom conhecedor do funcionamento da cúria vaticana. Estes três requisitos eram fundamentais no perfil da pessoa que está chamada a revolucionar a estrutura organizativa do Vaticano.

Na Santa Sé há uma lei não escrita desde há muitos séculos que "sugere" a conveniência de nomear um Secretário de Estado italiano se o Pontífice não é do país da pizza.

No caso do arcebispo Pietro Parolin reúne este perfil: é italiano, conhece muito bem o funcionamento da Secretaria de Estado e está considerado um grande diplomata.

Também foi importante que o arcebispo Parolin tenha estado afastado de Roma nos últimos anos do pontificado de Bento XVI, época convulsa no pequeno Estado Vaticano pelas lutas pelo poder de alguns eclesiásticos. Essa "distância" foi considerada por alguns analistas como idónea para exercer como futuro Secretário de Estado, já que terá mais liberdade para "revolucionar" a estrutura da Cúria, assim como a renovação das pessoas.

Reestruturação da Cúria vaticana

Está previsto que em Outubro o Papa Francisco tenha uma reunião com os oito cardeais que formam a comissão que criou para reflectir sobre a melhor maneira de governar a Igreja, o que implicava também dar uma volta à actual estrutura administrativa da Santa Sé. O Pontífice já expressou em público o seu desejo de aligeirar a burocracia eclesial, sem desistir de eliminar o IOR, o chamado `Banco do Vaticano´, ou pelo menos mudar os seus objectivos.

Que se passará com o cardeal Bertone?
Está previsto que o actual Secretário de Estado continue no seu cargo até meados de Outubro. Com 78 anos se jubilará, e previsivelmente porá à disposição de Francisco todos os seus cargos, ainda que manterá o de Camarlengo, cuja função consiste em governar a Igreja católica durante o período que vai desde a morte ou renúncia do Pontífice, até à eleição de um novo.



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Oração pela Paz na Síria

Oração pela Paz na Síria
(para rezar todos os dias)
 
Deus de Compaixão,
escuta o clamor do povo Sírio,
conforta os que sofrem violência,
consola os que choram os seus mortos.
Fortalece os países vizinhos para que acolham os refugiados.
Toca os corações dos que recorrem às armas
e protege os que trabalham pela paz.
Deus da Esperança,
inspira os líderes para que escolham a paz em vez da violência
e para que procurem a reconciliação com os seus inimigos.
Inflama a compaixão na Igreja Universal para com o povo Sírio
e dá-nos esperança num futuro com base na justiça para todos.
Nós Te pedimos por Jesus Cristo, Príncipe da Paz e Luz do mundo.
Ámen.



Qual deve ser a duração da homilia?

Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e director espiritual


Roma, 30 de Agosto de 2013


O pe. Edward McNamara responde nesta semana a uma questão enviada por um leitor dos EUA.

“Em várias ocasiões, assisti à missa dominical numa paróquia de outra diocese. Todas as vezes, o celebrante dava uma homilia-relâmpago de aproximadamente um minuto. Às vezes, os avisos paroquiais eram mais compridos do que a homilia. Existe alguma regra que indique quanto tempo deve durar a homilia?” - M.E., Rochester, Nova Iorque ( EUA ).

É bom saber que há paroquianos que se queixam de homilias muito curtas. Indica a existência de uma verdadeira fome de uma explicação substancial da Palavra de Deus.

Infelizmente, as normas oficiais dizem relativamente pouco sobre a duração das homilias. Isto é inevitável, porque as expectativas variam de uma cultura para outra e mesmo de um contexto social para outro. Se, por um lado, há culturas que preferem longos discursos durante a missa, também há outras em que seis minutos já despertam sinais de impaciência na assembleia.

Na Introdução ao Lecionário, o nº 24 diz:
Particularmente recomendada como parte da liturgia da Palavra, especialmente a partir da constituição litúrgica do concílio Vaticano II, e até expressamente obrigatória em alguns casos, a homilia expõe, no decorrer do ano litúrgico, de acordo com o texto sagrado, os mistérios da fé e as normas da vida cristã.

Via de regra feita pelo celebrante que preside a missa, a homilia se ​​destina a assegurar que a proclamação da Palavra de Deus se torne, juntamente com a liturgia eucarística, "uma proclamação das admiráveis obras de Deus na história da salvação, no mistério de Cristo". O mistério pascal de Cristo, que é proclamado nas leituras e na homilia, se actualiza por meio do sacrifício da missa. Cristo, portanto, está sempre presente e activo na pregação da sua Igreja.

A homilia, seja explicando a palavra de Deus proclamada na Sagrada Escritura ou em outro texto litúrgico, deve guiar a comunidade dos fiéis a participar activamente na Eucaristia, para que eles "expressem na vida o que receberam na fé". Com esta viva exposição, a proclamação da palavra de Deus e a celebração da Igreja podem alcançar uma eficácia maior, desde que a homilia seja realmente o resultado da meditação, bem preparada, nem muito longa nem muito curta, e que saiba se dirigir a todos os presentes, incluindo as crianças e as pessoas mais humildes".

Em sua exortação apostólica Verbum Domini, o papa Bento XVI dedicou uma passagem à importância da homilia:

59. Várias tarefas e ofícios competem a cada um no tocante à Palavra de Deus: aos fiéis, cabe ouvi-la e meditá-la; expo-la, porém, cabe apenas àqueles que, em virtude da sagrada ordenação, têm a respectiva tarefa magisterial, ou àqueles a quem é confiado o exercício deste ministério: os bispos, sacerdotes e diáconos. Daqui a importância que o sínodo atribuiu à homilia. Já na exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis, eu salientei que, "em relação à importância da Palavra de Deus, há necessidade de melhorar a qualidade da homilia. Ela faz parte da acção litúrgica; destina-se a promover uma compreensão mais profunda da Palavra de Deus na vida dos fiéis. A homilia é uma actualização da mensagem bíblica, a fim de que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus na vida de hoje. Ela deve levar à compreensão do mistério que se celebra, convocar para a missão, dispondo a assembleia para a profissão de fé, para a oração universal e para a liturgia eucarística. Como resultado, quem por ministério específico deve pregar dedique-se de coração a essa tarefa. Devem-se evitar homilias genéricas e abstractas que ocultam a simplicidade da Palavra de Deus, bem como inúteis divagações que ameaçam chamar mais atenção para o pregador do que para o coração da mensagem evangélica. Deve ficar claro para os fiéis que o que está no coração do pregador é mostrar a Cristo, que deve ser o centro de cada homilia. Isto exige que os pregadores tenham confiança e constante contacto com o texto sagrado e se preparem para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregar com paixão e convicção. A assembleia sinodal exortou a se fazerem as seguintes perguntas: o que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim, pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, levando em conta a sua situação específica? O pregador deve se deixar desafiar pela Palavra de Deus que proclama, porque, como diz Santo Agostinho, "é inútil pregar exteriormente a Palavra de Deus e não ouvi-la no próprio coração". Cuide-se com especial atenção da homilia dos domingos e das solenidades, mas não se negligenciem as das missas cum populo durante a semana: quando possível, ofereçam-se breves reflexões, apropriadas à situação, para ajudar os fiéis a receber e fazer frutificar a Palavra ouvida.

Se este é o desafio que a Igreja apresenta para a pregação de padres e diáconos, é pouco provável que ele possa ser vencido numa homilia de apenas um minuto.

A Igreja recomenda ser breve, principalmente porque a homilia deve ser proporcional a toda a celebração. Faz pouco sentido prolongar-se durante 20 minutos ou mais e dedicar pouco tempo à Oração Eucarística.

Novamente, devem-se levar em conta vários factores culturais e é quase impossível dar regras precisas. Poderíamos dizer que seis minutos são o mínimo para a missa de domingo, mas é muito mais difícil determinar a duração máxima. Considero que o critério da proporcionalidade com o resto da celebração é um bom parâmetro, juntamente com as expectativas dos fiéis no contexto de uma situação pastoral concreta.

***

Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org . Pedimos mencionar a palavra "Liturgia" no campo assunto. O texto deve incluir as iniciais do remetente, cidade, estado e país. O pe. McNamara só pode responder a uma pequena selecção das muitas perguntas que recebemos.



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Mais do que nunca, nossos irmãos Sírios precisam da nossa oração AGORA!

Ajuda a Igreja que sofre lança semana de oração pela paz na Síria


Roma, 30 de Agosto de 2013


A Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que sofre (AIS) faz pública uma nota na qual dá início imediato à semana de oração pela paz na Síria - informou Rádio Vaticano - programada inicialmente para o mês de Outubro, e antecipado para começar hoje em Paris, devido à urgência da situação na Síria.  A semana irá durar até o dia 6 de Setembro.

“Não é tempo de Advento, nem do Santo Natal, nem a Semana Santa. Porém, é tempo de oração e jejum. Os nossos irmãos e irmãs sírios precisam mais do que nunca da nossa ajuda e das nossas orações”, assim começa o comunicado.

A cada dia de oração a Fundação AIS acrescenta declarações enviadas directamente da Síria trazendo informações e as palavras do povo sírio. “Por motivos de segurança, nem sempre poderemos citar a fonte”, diz a nota.

O comunicado divulgou também a oração de intercessão pela paz na Síria:

Deus compassivo, escutai o grito do povo Sírio,
Dai conforto àqueles que sofrem por causa da violência;
Consolo aos que choram pelos mortos;
Força aos países vizinhos para que possam acolher os refugiados,
Convertei o coração daqueles que utilizaram armas
E protegei quem está comprometido para proteger a paz
Deus de esperança, inspirai os governantes para que escolham a paz no lugar da violência
E que busquem a reconciliação com os inimigos
Inspirai compaixão na Igreja universal pelo povo sírio
E dai-nos a esperança de um futuro de paz, fundado na justiça para todos,
Vos pedimos por Jesus Cristo, príncipe da paz de luz do mundo

(Tradução própria)

Primeiro dia: Escutai o grito do povo da síria
“O sofrimento já superou todos os limites. A Síria tornou-se um campo de batalha. Todo elemento de democracia – liberdade, direitos humanos, cidadania – foi perdido e ninguém parece se importar. A crise matou milhares de cidadãos, soldados, oposição, homens, mulheres, crianças, clérigos, muçulmanos e sacerdotes cristãos”. (Gregorios III Laham, Patriarca de Antiochia, de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém dos Melquitas)

Rezemos pela paz na Síria. Rezemos para que as armas sejam silenciadas. Rezemos para o fim de toda violência e conflito armado. Rezemos pelo Santo Padre, todos nós juntos: Maria, Rainha da paz, interceda pela Síria, roga por nós.

A cada dia ao longo dessa semana publicaremos a oração própria promovida pela AIS



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Papa Francisco nomeia novo secretário-geral do Governatorato do Estado-Cidade do Vaticano

Pe. Fernando Vergez Álzaga (LC) que já era director de Telecomunicações


Roma, 30 de Agosto de 2013


O Santo Padre Francisco nomeou na manhã desta sexta-feira, o novo secretário-geral do Governatorato da Cidade do Vaticano. Trata-se do sacerdote Fernando Vergez Álzaga, LC, já director de Telecomunicações do Estado da Cidade do Vaticano.

O Estado da Cidade do Vaticano, cujo soberano máximo é o Sumo Pontífice, conta - para o seu governo - com uma Pontifícia Comissão composta por 7 cardeais e presidida pelo cardeal Giuseppe Bertello.

São duas realidades diferentes que convivem juntas, onde uma está em função da outra: Santa Sé e Estado-Cidade do Vaticano. Esta última nasceu no Tratado de Latrão, assinado no dia 11 de Fevereiro de 1929, onde adquiriu a personalidade de ente soberano de direito público internacional, constituído para assegurar à Santa Sé, na sua qualidade de suprema instituição da Igreja Católica, “a absoluta e visível independência e garantir-lhe assim uma soberania indiscutível também no campo internacional”, como aparece no preâmbulo do Tratado.

O novo secretário-geral, padre Fernando Vergez Álzaga, L.C, que mantém o antigo cargo de director das telecomunicações do Governatorato, nasceu em Salamanca (Espanha), em 1 de Março de 1945. Em 25 de Dezembro de 1965, ele fez sua profissão perpétua na Congregação dos Legionários de Cristo e foi ordenado sacerdote em 26 de Novembro de 1969.

Obteve seu mestrado em Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana e o diploma da escola de arquivista no Arquivo Secreto Vaticano.

Em 1º de Agosto de 1972, começou o serviço na Santa Sé, na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; em Abril de 1984 foi transferido para o Pontifício Conselho para os Leigos;  em Junho de 2004 foi nomeado Chefe de Gabinete do Departamento de Internet da Santa Sé; finalmente, no dia 10 de Janeiro de 2008, foi nomeado Director da Direcção de Telecomunicações do Estado da Cidade do Vaticano.

Também hoje o santo padre nomeou consultor da Prefeitura dos Assuntos Económicos da Santa Sé o Dr. Paolo Ceruzzi.

Depois foi a vez da Venezuela: Dom José Luis Ayala, até agora bispo de El Vigía – São Carlos de Zulia, fica no lugar de Mons. Ramón Linares Sandoval, que pediu a renúncia de acordo com o Cânon 401 do código de direito canónico por motivos de idade.



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Papa Francisco reza pela Igreja na Coreia

Mensagem do Santo Padre por ocasião do mês dos mártires na arquidiocese de Seul


Roma, 30 de Agosto de 2013


A arquidiocese de Seul, na Coreia do Sul, proclamou para Setembro o "Mês dos Mártires", a fim de celebrar aqueles que testemunharam a fé em tempos de perseguição.

Através do secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, o papa Francisco enviou uma mensagem ao arcebispo da capital coreana, dom Andrew Yeom Soo Jung, dizendo que a iniciativa o deixa feliz e confiante em que "todos os participantes nas peregrinações do próximo mês, ajudado pelas orações e pelo exemplo dos mártires, poderão aprofundar a sua comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo, que nos deu a vida".

O papa reza para que "este evento seja para os peregrinos uma oportunidade de reacender a fé no seu coração e de se envolver mais plenamente no objectivo urgente da evangelização".

A mensagem termina com a bênção apostólica e o pedido de intercessão da Virgem Maria e das orações dos mártires coreanos pelos peregrinos.



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"Pai da Igreja, pai para a sua diocese, pai para várias pessoas": Papa Francisco recordou o cardeal Martini

Um ano depois da morte do cardeal, foi apresentado hoje ao Papa a "Fondazione Carlo Maria Martini", uma iniciativa da Companhia de Jesus, em colaboração com a Arquidiocese de Milão


Roma, 30 de Agosto de 2013


"Homem de discernimento e de paz", " profeta" e "pai da Igreja". Não podia escolher palavras mais belas o Papa Francisco para lembrar o cardeal Carlo Maria Martini, um ano após sua morte. O cardeal falecia no dia 31 de Agosto do ano passado, na casa dos jesuítas em Gallarate, na província de Varese, aos 85 anos de idade. A sua vida na Igreja tinha começado aos 17 anos, quando entrou na Companhia de Jesus. Ocupou o cargo de reitor do Pontifício Instituto Bíblico e, mais tarde, da Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi arcebispo de Milão por mais de vinte anos, a partir de 1979 - ano em que foi nomeado pelo Papa João Paulo II - até 2002.

Por ocasião do primeiro aniversário da morte do cardeal, esta manhã, foi apresentado ao Papa Francisco a “Fundação Carlo Maria Martini", uma iniciativa da Província italiana da Companhia de Jesus, em colaboração com a Arquidiocese de Milão. O projecto foi exibido na Casa Santa Marta, pelo padre Carlo Casalone provincial dos jesuítas da Itália, juntamente com os líderes e membros da Fundação.

Papa Francisco disse a todos: "Comemorar o cardeal Martini é um acto de justiça", expressando todo o seu apreço pela iniciativa. Entre as finalidades da Fundação - diz o site oficial – está o facto de recordar o cardeal Martini, "promovendo o conhecimento e o estudo da sua vida e das suas obras”, mantendo vivo “o espírito que animou o seu compromisso” e “favorecendo a experiência da Palavra de Deus no contexto da cultura contemporânea”.

Além do mais – diz o portal - será dada especial atenção ao "diálogo ecuménico, inter-religioso, com a sociedade civil e com os não crentes, juntamente com o aprofundamento da relação indissolúvel entre fé, justiça e cultura", características que sempre animaram o Ministério do Arcebispo de Milão. Entre os objectivos da Fundação está, portanto, a promoção do "estudo da Sagrada Escritura, com um corte que coloque em jogo também outras disciplinas, incluindo a espiritualidade e as ciências sociais", a colaboração "nos projectos formativos e pastorais – dirigidos especialmente aos jovens – que valorizem a pedagogia inaciana”, e finalmente “o aprofundamento do significado e a difusão da prática dos Exercícios Espirituais”.

Em Santa Marta, nesta manhã, também estava presente o padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé, que - em uma entrevista à Rádio Vaticano - descreveu a reunião de hoje com o Papa. Um encontro “breve, informal mas significativo” – disse – porque “era necessário que o Papa fosse a primeira pessoa informada directamente sobre o nascimento desta Fundação e sobre as suas finalidades”.

O provincial padre Casalon – continuou padre Lombardi – “dirigiu umas belíssimas palavras explicando a natureza e a finalidade da Fundação e o Papa respondeu, como de costume, de modo muito espontâneo e directo, com algumas lembranças que tinha do cardeal Martini”. Em particular, disse o porta-voz do Vaticano, Bergoglio recordou o papel fundamental do cardeal Martini na 32ª Congregação Geral dos Jesuítas em 1974, durante a qual , com "sábio discernimento", o cardeal "discutiu de modo muito comprometido e tenso a questão da relação entre a fé e a justiça".

Papa Francisco, disse Lombardi, "lembrou esta grande contribuição de Martini, seja como serviço à Companhia de Jesus e à sua unidade no aprofundar uma tema fundamental, seja também pelo bom relacionamento e a compreensão entre a Companhia de Jesus e a Santa Sé”. Naquele tempo, no Trono de Pedro estava Paulo VI, “que com os seus colaboradores acompanhava com muita atenção e participação a vida da Companhia de Jesus e os seus problemas”. O trabalho então realizado por Martini foi "decisivo".

O Santo Padre - disse o director da Sala de Imprensa - "incentivou o trabalho da Fundação, lembrando o dever dos filhos de recordar os pais". Porque, de acordo com o Papa Francisco, Carlo Maria Martini pode ser considerado como " um pai na Igreja, pai para a sua diocese, pai para várias pessoas". "Nós também - acrescentou o Papa - no fim do mundo, recebemos dele uma grande contribuição para o conhecimento bíblico, mas também por causa da espiritualidade e da vida de fé, alimentada pela Palavra de Deus".

As primeiras iniciativas da Fundação dedicada ao histórico Arcebispo de Milão receberam, portanto, "a bênção e o incentivo do Papa Francisco”. E isso – destacou o padre Federico Lombardi - "para nós foi muito importante", porque na Fundação "com a presença do jesuítas italianos que são custódios (a mando do mesmo Martini) do seu arquivo pessoal e dos seus escritos”, enquanto que os livros da sua biblioteca foram para a diocese de Milão. Os jesuítas italianos, como "representantes da família e representantes da Arquidiocese de Milão", devem administrar e valorizar "esse legado tão importante”. Portanto, concluiu o Pe. Lombardi, a iniciativa traz consigo “a responsabilidade dos componentes de Martini” e não poderia ter começado a sua obra sem o consentimento do Sucessor de Pedro.



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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A mulher e o sacerdócio católico

A ordenação sacerdotal praticada nas confissões não católicas não acontecerá na Igreja


Roma, 29 de Agosto de 2013


Com frequência, ouvem-se vozes pedindo mais participação da mulher não só na vida eclesial quotidiana, mas nos ministérios hierárquicos, com a possibilidade da ordenação sacerdotal, tal como ocorre em algumas confissões não católicas. Fechar esta porta às mulheres é julgado como discriminação, resistência aos novos tempos, um machismo que deveria ser superado.

É verdade que, no geral, são as mulheres quem mais participa das celebrações, das catequeses, das diversas áreas da pastoral social. São elas que mais recorrem ao sacramento da reconciliação. São elas as mais disponíveis para muitas das iniciativas paroquiais. A sua presença sempre foi profundamente significativa. Porém, não é isto o que alguns exigem. Exigem a ordenação das mulheres, não apenas para o diaconato, mas para o presbiterado e para o episcopado. Não faltou nem sequer algum padre desnorteado, seduzido pela propaganda mediática, para afirmar que “chegará o tempo em que uma mulher será papisa”.

Que as mulheres sempre realizaram variados serviços, todos constatamos. Minha avó foi uma líder religiosa na minha cidadezinha durante a minha infância. Uma tia foi a única catequista da região. Sem elas, não haveria vida e movimento em muitas das nossas paróquias. Ainda falta muita estrada para avançarmos em povoações indígenas, mas, pouco a pouco, os homens vão reconhecendo que elas também podem realizar muitas tarefas pastorais, indispensáveis para o crescimento da vida cristã nas comunidades.

A propósito, o papa Francisco afirmou no seu voo de volta do Brasil para Roma: “Uma igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico sem Maria. O papel da mulher na Igreja não é só a maternidade, mas é mais forte ainda: é como o ícone de Nossa Senhora, aquela que ajuda a Igreja a crescer! Pensem que Nossa Senhora é mais importante que os apóstolos! É mais importante! A Igreja é feminina: é Igreja, é esposa, é mãe. Não se pode entender uma Igreja sem as mulheres, mas mulheres que sejam activas na Igreja, dentro dos seus perfis. Na Igreja, nós temos que pensar na mulher nesta perspectiva de opções arriscadas, mas como mulheres. Isto deveria ser explicado melhor. Acredito que ainda não fizemos uma profunda teologia da mulher. Não pode ficar limitado a serem acólitos, a ser a presidente da Cáritas, a ser catequista... Não! Tem que ter mais, mais profundamente, inclusive mais no nível místico. E, em relação com a ordenação de mulheres, a Igreja já falou e diz ‘não’. Foi dito por João Paulo II, e com uma declaração definitiva. Aquela porta está fechada. Mas, sobre isto, eu quero dizer algo. Já disse, mas repito. Nossa Senhora, Maria, era mais importante que os apóstolos, que os bispos, que os diáconos e presbíteros. A mulher, na Igreja, é mais importante que os bispos e que os presbíteros. Como? É isto o que nós temos que explicar melhor, porque acho que falta uma explicação teológica disto”.

Nós, fiéis ou pastores, devemos revisar a nossa abertura a esta participação maior das mulheres nos conselhos paroquiais, nos centros de formação teológica, na preparação dos futuros sacerdotes, em cargos pastorais não apenas paroquiais, mas também diocesanos e internacionais.

Lamentamos que haja mulheres que se recusam a receber a comunhão eucarística de mãos de outra mulher, mesmo que seja uma religiosa, aceitando-a somente das mãos de um sacerdote. Com paciência e compreensão, devemos educá-las e educar-nos no plano de Deus para a mulher, que de maneira alguma é discriminatório, embora distribua os serviços, isto sim, de forma diferenciada. Só às mulheres, por outro lado, foi confiada a grande dignidade e o enorme serviço de ser mães.

Em suma, como recordava João Paulo II, "o único carisma superior que deve ser buscado é a caridade (cf. 1 Cor 12-13). Os maiores no Reino dos céus não são os ministros, mas os santos" (22-V-1994). A ser santos todos temos que aspirar, e é mais santo quem mais ama, quem mais serve aos outros.



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Patriarca do Iraque: "Intervenção militar dos EUA na Síria seria uma catástrofe"

Dez anos depois da derrocada de Saddam, nosso país continua sendo atingido pelas bombas, pela insegurança e pela crise


Roma, 29 de Agosto de 2013


Uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos contra a Síria seria “uma catástrofe. Seria como explodir um vulcão, numa explosão destinada a arrasar o Iraque, o Líbano, a Palestina. E talvez alguém queira precisamente isto”, declarou o patriarca da Babilónia dos Caldeus, Louis Raphael I Sako, em conversa com a Agência Fides, sobre a possibilidade de um ataque exterior que já é dado como iminente contra o regime de Assad.

O líder da comunidade cristã mais importante no Iraque enxerga na intervenção ocidental na Síria a mesma experiência já sofrida pelo seu povo: “Dez anos depois da chamada 'coligação dos voluntários', que derrocou Saddam, o nosso país continua sendo atingido pelas bombas, pelos problemas de segurança, pela instabilidade da crise económica”.

Além disso, no caso sírio, o patriarca caldeu considera as coisas ainda mais complicadas pela dificuldade de se entender a dinâmica real da guerra civil, que dilacera aquela nação há anos: “A oposição a Assad está dividida, os diversos grupos lutam entre si, há uma proliferação de milícias jihadistas... O que vai acontecer com esse país depois?”.

Para o patriarca, as fórmulas utilizadas pelos países ocidentais para justificar qualquer intervenção parecem instrumentalizadas e confusas: “Todos falam de democracia e liberdade, mas, para chegar a esses objectivos, é preciso passar por processos históricos. Não é possível pensar em impô-los de forma mecânica e muito menos pela força. A única via, na Síria, como em qualquer parte, é a busca de soluções políticas. Empurrar os combatentes a um pacto, imaginar um governo provisório que inclua tanto os do regime quanto as forças da oposição, escutar o que o povo sírio realmente quer, na sua maioria”.

O patriarca caldeu mostra cautela também quanto à opção de justificar a intervenção como uma represália inevitável pelo uso de armas químicas por parte do exército de Assad: “Os ocidentais”, diz Sako, “também justificaram a intervenção contra Saddam com a acusação de que o regime do Iraque tinha armas de destruição massiva. Mas essas armas não foram encontradas nunca”.



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Colômbia: ELN liberta canadiano após mediação da Cruz Vermelha e da Igreja

Arcebispo de Cali e superior jesuíta na Colômbia fizeram parte da missão humanitária


Roma, 29 de Agosto de 2013


O grupo guerrilheiro colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) libertou ontem o geólogo canadiano Jernoc Wobert, sequestrado desde 18 de Janeiro. O Comité Internacional da Cruz Vermelha confirmou a libertação do refém com um comunicado: "Jernoc Wobert foi entregue pelo ELN, numa região rural do sul do departamento de Bolívar, a uma missão humanitária integrada por delegados do CICR e, a pedido do ELN, pelo arcebispo de Cali [dom Dario de Jesús Monsalve] e pelo superior da comunidade jesuíta na Colômbia [padre Franciso de Roux]".

O gesto do ELN é visto como um passo importante para o diálogo de paz com o segundo grupo guerrilheiro da Colômbia depois das FARC, que já participam de diálogos em Cuba.

Wober, que era director de explorações da empresa canadiana de mineração Braeval Mining, foi sequestrado numa mina de ouro do departamento de Bolívar, junto com dois cidadãos peruanos e três colombianos. Os outros reféns foram libertados em Fevereiro.

Wober foi mantido em cativeiro para pressionar a Braewal Mining a devolver concessões de mineração que, segundo o ELN, eram ilegítimas. Em Julho, a empresa anunciou sua retirada da região por motivos de mercado.

O chefe guerrilheiro afirmou que entregaria o canadiano aos dois delegados da Igreja Católica como um "acto humanitário".
 No comunicado do ELN, ele declara: "Esperamos que este esforço contribua para um sadio intercâmbio e para a paz na Colômbia".


“Queremos ressaltar, na nossa mensagem, que este desenlace demonstra que são possíveis as soluções negociadas dos conflitos, mesmo existindo interesses contrapostos", prossegue o texto, indicando um desejo de negociar por parte do grupo.

O presidente Juan Manuel Santos tinha condicionado o início de eventuais diálogos de paz com o ELN à libertação do canadiano.



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Síria: Adoração noturna permanente pela paz e pelo fim do terrorismo

Arma poderosa da comunidade ecuménica do Mosteiro de São Tiago em Qarah


Roma, 29 de Agosto de 2013


Diante do perigo e do futuro incerto e contra o mal da guerra e do terrorismo, "armas poderosas são a oração e a adoração do Santíssimo Sacramento": no mosteiro de São Tiago em Qarah, cidade localizada entre Damasco e Homs, a comunidade ecuménica residente, que acolhe vinte pessoas entre homens e mulheres religiosos de oito nacionalidades e diversas denominações cristãs, dedica seus dias a rezar sem cessar.

O pe. Daniel Maes, católico belga e responsável pela comunidade, disse à agência Fides que hoje e nos próximos dias o grupo fará adoração eucarística noturna, consciente do poder da oração e da fé na Providência de Deus. A comunidade é actualmente formada também por algumas famílias muçulmanas, cerca de vinte pessoas que se refugiaram no convento por causa do conflito civil.

Todo o mosteiro, porém, está em perigo. “Até agora ficamos a salvo da guerra, porque ambas as forças, governo e grupos de oposição, de alguma forma nos protegiam, sabendo da nossa vida de oração e de hospitalidade. Mas hoje, os grupos terroristas e jihadistas são cada vez mais numerosos e poderosos, e, conforme nos avisaram, poderíamos ser alvo de um ataque direccionado a qualquer momento. Mas para onde nós podemos ir? Toda a comunidade decidiu ficar e rezar. Com confiança e esperança”, declarou à Fides o pe. Maes, que vive no mosteiro junto com monges e monjas da Bélgica, da França, de Portugal, dos Estados Unidos, da Síria, do Líbano, do Chile e da Venezuela.

Com a iminência de um ataque militar pelas potências ocidentais, a comunidade ecuménica de Qarah apela pela paz, para que o "Ocidente encontre inteligência e responsabilidade e actue de acordo com a verdade", pede o pe. Maes. "Um ataque militar nunca é uma solução que gera a paz, mas apenas mais ódio. A Síria deve retornar aos valores que sempre viveu em séculos de história: a convivência e harmonia entre grupos étnicos e religiões, a bondade, a hospitalidade, a solidariedade que sempre caracterizaram a sociedade síria. O futuro só pode ser a unidade, que hoje imploramos a Deus".



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Egipto: taxista decapitado por ter um crucifixo pendurado no espelho

Um vídeo amador mostra o massacre do jovem Mina Rafaat Aziz, espancado por manifestantes islâmicos, degolado e abandonado na rua


Roma, 29 de Agosto de 2013


No dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica de São João Baptista, chega do Egipto a notícia de um novo mártir decapitado por seu amor à fé cristã. É Mina Rafaat Aziz, motorista de táxi, nos seus vinte anos, de Alexandria, massacrado na rua, em 16 de Agosto, por uma multidão de muçulmanos, porque tinha pendurado do espelho de seu táxi um crucifixo.

A triste notícia foi relatada por fontes locais à agência Asia News, que afirma: "As histórias contadas pelas vítimas dos ataques assustam e pesam os corações de toda a população egípcia". O assassinato do jovem ocorreu no contexto dos ataques contra sit-in, no Cairo.

Em um vídeo amador filmado por um morador vê-se uma multidão bloqueando o carro para controlar os passageiros. Quando o táxi de Aziz foi parado, um manifestante viu a cruz pendurada no espelho. As imagens mostram como, em um curto espaço de tempo, o menino foi arrastado para fora do carro a chutes, socos, espancado. Os golpes causaram a morte do jovem após alguns minutos. Os extremistas continuam a agredir o corpo sem vida com cuspo e pontapés, até completar a execução por decapitação do cadáver que foi abandonado na calçada.



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Bélgica: a igreja do Santuário mariano de Beauraing é elevada a basílica

Há 80 anos, entre 29 de Novembro de 1932 e 3 de Janeiro de 1933, Nossa Senhora apareceu 33 vezes no local


Roma, 29 de Agosto de 2013


Em 22 de Agosto, a igreja superior do Santuário Mariano de Beauraing, na província de Namur, na Bélgica, foi elevada a basílica. O título de basílica é concedido por Roma após cuidadoso exame da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos.

A elevação da igreja a basílica ocorreu durante uma missa celebrada pelo bispo de Namur, dom Rémy Vancottem, na quinta-feira passada, 22 de Agosto, festa de Maria Rainha. A cerimónia fez parte da peregrinação anual internacional e do encerramento das celebrações do 80º aniversário das aparições da Virgem Maria. A programação do dia incluiu um rosário meditado, a procissão eucarística seguida de bênção dos doentes e a missa de encerramento.

Beauraing, no sul de Dinant, foi local de aparições marianas durante o inverno de 1932-1933. De 29 de Novembro a 3 de Janeiro, Maria apareceu 33 vezes para cinco jovens: Fernande, Gilberte e Albert Voisin, e Andrée e Gilberte Degeimbre. Maria foi chamada por eles de “A Virgem do coração de ouro”. Durante as aparições, ela se mostrou com o coração iluminado, como se fosse ouro. Pediu que os jovens construíssem uma capela e fizessem uma peregrinação ao local das aparições. "Rezai, rezai muito", insistiu ela. Durante a última aparição, em 3 de Janeiro de 1933, ela se revelou dizendo: "Eu sou a Mãe de Deus, a Rainha dos Céus".

Todos os anos, na festa de Maria Rainha, em 22 de Agosto, é organizada uma peregrinação internacional em Beauraing . O culto foi autorizado em 2 Fevereiro de 1943 pelo então bispo de Namur, dom André-Marie Charue, e, seis anos mais tarde, em 2 de Julho de 1949, foi reconhecido o carácter sobrenatural do evento.

Beauraing é a quarta basílica da diocese de Namur-Luxemburgo, depois da basílica de Sainte-Materne em Walcourt, da igreja abacial de Orval e da basílica de Saint-Hubert. É também a 17ª basílica da Bélgica.



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Só o diálogo e a negociação podem encerrar o conflito na Síria

Declaração do Vaticano após visita do rei da Jordânia. Trágica situação da sociedade síria foi abordada.


Roma, 29 de Agosto de 2013


Depois do encontro do papa Francisco com o rei da Jordânia, a Santa Sé divulgou um comunicado informando que "na manhã desta quinta-feira, 29 de Agosto, o Santo Padre Francisco recebeu suas Majestades, o rei da Jordânia, Abdullah II, e sua esposa, a rainha Rania". O soberano se reuniu em seguida com o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, que estava acompanhado pelo arcebispo Dominique Mamberti, secretário para as Relações com os Estados.

“Durante as cordiais conversas”, prossegue o comunicado, “abordaram-se temas de interesse comum, em particular o fomento da paz e da estabilidade no Oriente Médio, com especial referência à retomada das negociações entre israelitas e palestinianos e à questão de Jerusalém".

"Uma especial atenção foi reservada à trágica situação na Síria". Em particular, "reafirmou-se que a via do diálogo e da negociação entre todos os componentes da sociedade síria, com o apoio da comunidade internacional, são a única opção para encerrar o conflito e a violência que todos os dias causam a perda de tantas vidas humanas, principalmente entre a população civil”.

O Vaticano "expressou agradecimento ao rei Abdullah pelos esforços que vem dedicando ao diálogo inter-religioso e pela iniciativa de convocar em Amã, para o começo de Setembro, uma conferência sobre os desafios dos cristãos no Oriente Médio, em particular durante o actual período de mudanças sócio-políticas".

O comunicado termina afirmando que "foi destacada a contribuição positiva que as comunidades cristãs oferecem à sociedade na região, da qual são parte integrante”.



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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Físico nuclear e filósofo, via a fé «aborrecida» e «de débeis», até que leu um cura do gulag

Atingiu-o o matemático e sacerdote Pavel Florenskiy

Filonenko, físico e filósofo, explica como encontrou a fé no testemunho do padre Florenskiy
Actualizado 29 de Agosto de 2013

Tempi.it /ReL

"Físico nuclear por formação, teólogo por paixão e filósofo por profissão". Assim apresentou o professor Franco Nembrini a Aleksandr Filonenko, professor de filosofia ucraniano, que desprezava o cristianismo na sua juventude, porque o considerava "aborrecido" e "para débeis".

Isto mudou quando começou a ler o matemático, filósofo e sacerdote ortodoxo russo no gulag Pavel Florenskiy, autor de Pilar e Fundamento da Verdade, uma das grandes figuras do chamado "Século de Prata" da cultura russa, o dos grandes filósofos e literatos cristãos herdeiros de Dostoyevskiy, uma geração truncada pela Revolução bolchevique. Filonenko deu o seu testemunho no Meeting de Rímini, o encontro anual de Verão do movimento Comunhão e Libertação. Assim o recolheu Tempi.it

Um "rapaz soviético modelo"

Nascido em «1968 no mesmo hospital que Gorbachov» e crescido como «um rapaz soviético modelo seguindo todas as fases da educação comunista», Filonenko, desde o princípio, rejeitou o cristianismo, considerado muito aborrecido. «Tinham-nos ensinado que a religião só era uma forma de compensação. Se estavas doente e débil, tinhas necessidade da muleta da religião para caminhar; se eras ateu, por outro lado, não a necessitavas. E eu me sentia forte».

Mas algo muda aos 20 anos depois da leitura da história do padre Pavel Florenskiy, filósofo, matemático e sacerdote russo condenado a dez anos num lager e depois transferido para o campo de prisioneiros das ilhas Solovki, o primeiro terrível gulag comunista. «Ler como o padre Pavel tinha conseguido manter a sua vitalidade de estudioso e criativo também no lager impressionou-me profundamente. Inclusive tinha escrito à sua família antes de ser mandado para as ilhas Solovki: “Vinde aqui porque é um lugar muito interessante”», conta o docente ucraniano, que hoje ensina e vive em Charkov. «Não pude evitar colocar-me a pergunta: de onde vem a sua vitalidade? E quando descobri que vinha da relação com Cristo, pensei: “Se também ele é um doente, um inválido, então também eu quero estar com os inválidos e não com os ateus, que são infinitamente mais aborrecidos”».

Seguir a quem leva a Cristo

Assim começa a busca de «alguém a quem seguir para que me levasse a Cristo, porque não sabia como chegar eu só». E quando por casualidade um amigo, em 1997, lhe faz escutar uma gravação de um discurso do metropolita Antonio de Surozh, fundador da igreja ortodoxa em Inglaterra, Filonenko entende que a persona tão procurada podia ser ele e decide ir vê-lo: «Depois de conhecê-lo acolhi no meu coração a sua mensagem: se queres conhecer a Cristo, deves estar disponível para um encontro do qual nasce a fé. A fé nasce da alegria causada pelo reconhecimento de que Deus nos chama pelo nosso nome».

Desses dois primeiros encontros e do abraço do cristianismo ortodoxo brotaram outros muitos (entre eles, o encontro com «os amigos de Comunhão e Libertação»), «que eu não procurei, mas que sucederam».

Com os meninos inválidos
Assim, por exemplo, quando um amigo lhe pede ajuda para alguns meninos inválidos para os quais o Estado não havia disposto nenhum tipo de assistência, Filonenko, que não teria jamais «imaginado que eu me ocupasse destas coisas», funda a associação sócio-cultural “Emmaus”.

Tinha uma rapariga com problemas graves que todos diziam que era incapaz de estudar. Quando nos a apresentaram, o seu único futuro era o de ser levada a uma casa de anciãos e viver ali. Nós a ajudámos a estudar, apesar de que todos diziam que era impossível: conseguiu entrar num instituto técnico e agora foi aceite na universidade».

«Havia outra», continua contando, «que já não tinha rins e necessitava diálise cada dois dias. Falamos de uma operação de seis horas. Todos a tinham considerado sempre uma rapariga má, zangada. Um dia pediu-me que olhasse com ela o seu álbum de fotografias de família, um álbum terrível com imagens de pessoas alcoólicas e uma casa destruída. Não queria nada mais de mim, só partilhá-lo e ninguém o tinha feito antes desse momento. Deste encontro eu entendi que o cristianismo é, simplesmente, a possibilidade de partilhar o destino entre amigos».

Um descobrimento que pode parecer banal, «mas na nossa sociedade enferma, a sociedade pós-soviética, esta possibilidade é uma revolução porque todos olham já com suspeita a ideia do “colectivo”. Todos são alérgicos».

Pai é quem mostra porquê viver
O mesmo vale para o conceito de “pai”: «Na nossa história recente temos tido pais maus e terríveis. Hoje ninguém quer saber nada deles. Eu tinha intuído que se necessita um pai, mas não sabia o que era a “paternidade”, ao menos até que Deus nos mandou a Franco Nembrini». «De facto, é ele», continua Filonenko, depois ter lançado um olhar de cumplicidade ao professor sentado ao seu lado, «quem nos fez entender que pai é aquele que testemunha porque vale a pena viver. E ainda que se equivoque não importa, porque os filhos perdoam. Mas há uma só coisa que é difícil perdoar, e é a falta de esperança».

Dar rosto às pessoas
Deste modo, partindo dos encontros «inesperados» que ocorrerem, Filonenko enfrenta na Ucrânia a “emergência homem”, consciente de que «nós, os cristãos, somos os que podemos voltar a dar um rosto às pessoas, fazendo-as sair do anonimato», mas sabendo também que «isto não é algo que se pode organizar»: «Por isto rezo sempre ao Senhor para que faça de mim os seus braços, mas dando-me sempre alguém a quem seguir».

Mas Filonenko não veio ao Meeting para ensinar nada: se estou «tão contente de estar entre vós esta manhã é pelo que disse São Paulo aos Coríntios: “Não é que pretendamos dominar sobre a vossa fé, mas sim que contribuamos para o vosso gozo”. Eu vim compartilhar este gozo convosco».


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"I have a dream": O sonho continua vivo

Histórico discurso de Martin Luther King
Cumpre-se 50 anos do histórico discurso de Martin Luther King

Cardeal Wuerl: "Honremos a sua herança prosseguindo o seu trabalho"


Jesús Bastante, 28 de Agosto de 2013 às 17:00

(J. B./RD).- Há meio século, Martin Luther King teve um sonho. Um sonho de justiça e igualdade, de amizade, de democracia, onde homens e mulheres, movidos pela sua fé ou seus ideais, contribuíram na construção de um mundo novo. Hoje, imersos em metade da crise económica, e com a catástrofe na Síria a ponto de desembocar num ataque de consequências imprevisíveis, quando a Terra dista muito de ser um canto no qual viver felizes e em paz, o "sonho" do activista norte-americano continua estando vivo.

Assim o escreveu no National Catholic Reporter o cardeal de Washington, Donald William Wuerl. "O sonho continua estando vivo inclusive depois de 50 anos", afirmou o arcebispo da cidade onde Luther King pronunciou o seu discurso.

"A majestosa estátua de King, no novo recinto de Washington, recorda-nos o seu imponente empenho ao guiar a nossa nação até à consciência plena da igualdade de todas as pessoas perante Deus", apontou o prelado, que insistiu em que o dito sonho, "profundamente arraigado na oração e nas Sagradas Escrituras, continua animando-nos a ver-nos uns aos outros como irmãos e irmãs do mesmo Deus amoroso".

"Com ele, no Lincoln Memorial - recordou Wuerl -, estava monsenhor Patrick O'Boyle, o meu predecessor como arcebispo de Washington, que pronunciou a invocação e rezou para que os ideais da liberdade, abençoados pela nossa fé e pela nossa herança democrática, prevaleceram no país". O'Boyle animou os grupos católicos locais, as paróquias e as universidades a que participassem na marcha de 28 de Agosto de 1963, "oferecendo hospitalidade a quantos vinham de fora e pondo cartazes com os nomes das próprias paróquias e organizações". "Comprometer-se pela justiça racial e social era natural para O'Boyle", sublinhou Wuerl.

"Honremos a herança de King e O'Boyle prosseguindo o seu trabalho - afirmou o cardeal de Washington -. Um compromisso que hoje implica também oferecer oportunidades educativas a todos as crianças e, em particular, aos que de outra maneira estariam destinados a escolas demasiado frequentemente definidas como deficientes". As 96 escolas católicas na arquidiocese de Washington oferecem serviços a cerca de 30.000 crianças da capital e de Maryland, recordou Wuerl. Muitos destes estudantes pertencem às minorias e não são católicos. Para o próximo ano académico 2013-2014 a arquidiocese pôs à disposição 5,5 milhões de dólares (cifra que se sextuplicou nos últimos anos) como entrada para cobrir gastos escolares.

Este é o histórico discurso de Martin Luther King


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EUA: os bispos incentivam a reforma da imigração

De acordo com a Conferência dos Bispos dos Estados Unidos é a "melhor oportunidade dos últimos anos"


Roma, 28 de Agosto de 2013


A Igreja nos EUA está pronta para utilizar os seus recursos para promover mudanças na política da imigração. O responsável pelas políticas migratórias da Conferência Episcopal, Kevin Appleby, entrevistado nos últimos dias pela Rádio Vaticano, disse que os bispos têm a "melhor oportunidade dos últimos anos para obter um resultado muito positivo e, assim, ajudar milhões de pessoas."

O expoente da conferência dos bispos norte-americanos explicou o conteúdo da campanha, que começará a partir de meados de Outubro, quando a Câmara dos Deputados votará o projecto de reforma sobre a imigração, que já passou pelo Senado em Junho.

Appleby disse que há talvez 50-60 parlamentares que poderiam estar prontos para apoiar a reforma, se um esforço fundamental der a eles a confiança para votarem nesse projecto de lei.

Ambos, sejam os bispos que os leigos foram encorajados a contactar os parlamentares, enquanto são previstas manifestações - algumas já estão ocorrendo – nos principais colégios eleitorais.

É a "melhor oportunidade desta geração" para um projecto de lei que a Igreja pode apoiar, disse Appleby à Rádio Vaticano. "Acreditamos que a Igreja e os bispos podem fazer a diferença no avanço do debate, mas se não o fizermos neste ano, as chances de que o Congresso volte a analisar esta questão a curto prazo não são muito altas."

Appleby reconheceu que nem todos os católicos concordam com os bispos sobre este tema.

"Estamos em uma posição que nos dá alguma influência não apenas sobre os parlamentares, mas também sobre os fiéis, aqueles que votam", disse. "Se fizermos a coisa certa, se utilizarmos todos os nossos meios, poderemos com certeza virar a agulha da balança e fazer a diferença”



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