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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mais de 100.000 cristãos assassinados peça sua fé em 2011, recorda o jornalista Fernando de Haro

Actualizado 10 de Julho de 2013

Zenit


Uma família católica de Paquistão,
onde os cristãos são acossados
e discriminados
Fernando de Haro, jornalista autor de Cristãos e Leões, denuncia que a perseguição religiosa em boa parte do planeta, especialmente contra os cristãos, é um facto ignorado na opinião pública.

Fê-lo na sua intervenção na 66ª Semana Espanhola de Missiologia de Burgos, que se iniciou na segunda-feira 8 de Julho, e conclui na quinta-feira.

Fernando de Haro denunciou que o martírio é uma realidade actual e que em 2011 foram assassinados 100.000 cristãos, algo que se silencia por prejuízos ideológicos.

O jornalista pontualizou que em termos absolutos há mais mártires hoje que nos primeiros séculos da Igreja. E esta perseguição contra os cristãos acompanha a história da Igreja, e se situa no centro da história actual.

Haro sublinha que o martírio percorre a história da Igreja, porque os cristãos testemunham uma verdade superior aos governos de turno, e convertem-se assim em minorias “incómodas”.

Três testemunhos por Cristo
Recordou além disso que Asia Bibi está na cadeia desde há 4 anos por ter reconhecido perante as raparigas do seu povoado no Paquistão que Cristo tinha morrido por ela.

O ministro de minorias cristãs desse mesmo país, Shahbaz Bhatti, declarou que não tinha medo de entregar a sua vida por Jesus Cristo justo antes de ser executado.

O sacerdote sírio Rayid foi sequestrado e assassinado no seu país por não querer encerrar a sua paróquia. São exemplos actuais de mártires que, vivendo o cristianismo num ambiente hostil, não se amedrontaram perante as ameaças, mas sim que testemunharam a sua fé.

Os cristãos, incómodos ao poder
Fernando de Haro fez um percurso pela China, Índia e os países árabes mostrando que os cristãos são incómodos, porque assinalam algo mais além do poder estatal e a religião oficial.

Inclusive na América Latina, os cristãos põe em evidência o populismo que reivindica toda a verdade nas suas culturas particulares. “Os cristãos mostram que existe uma cidadania na qual império e religião não vão unidos”, explicou.

O jornalista e escritor sublinhou a importância da transmissão da fé, uma fé que não é abstracção nem sentimentalismo.

“O mártir mostra um apego a Cristo presente e real, que é mais importante que a vida, e por isso transmite a fé”, afirmou. Como exemplo, falou de Li Dao Min, sacerdote católico num campo de concentração da China, que só com a sua forma de viver – não podia dizer que era sacerdote -, converteu um companheiro de cela.

Testemunhos e especialistas
Na Semana Espanhola de Missiologia participam também a doutora em Estudos Islâmicos Sohha Abboud; Daniel Arasa, jornalista autor de Cristãos, entre a perseguição e o mobbing; e Tomás Mi, um diácono chinês da Igreja perseguida.

De seguida, missionários espanhóis na Argélia, Serra Leoa e Ruanda, testemunharão como sofreram perseguição na primeira pessoa e o martírio dos seus companheiros.


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