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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Georg venceu o álcool: «para mudar o mundo, primeiro tem de me mudar Jesus Sacramentado»

Na «uma realidade limpa» tomou forças para a sua luta


Georg Schwarz, da Comunidade do Cenáculo, venceu o álcool com oração
Actualizado 12 de Julho de 2013

ReL


Georg Schwarz é um austríaco com pouco mais de 40 anos que por ter-se afundado completamente no alcoolismo, se não fosse pela sua fé e o apoio da Comunidade do Cenáculo, que trabalha com jovens escravizados em vícios. Hoje Georg prepara-se para consagrar-se nesta comunidade e para ajudar outras pessoas.

Ele tem claro: é possível mudar um, e mudar o mundo, mas tem de ser desde a oração e perante a presença de Cristo. Ele conta assim a sua história:

Chamo-me Georg, tenho quarenta e um anos e vivo na fraternidade do Cenáculo na Áustria. Fui criado numa família numerosa, de simples camponeses onde havia muita vida: todos participávamos na casa com o trabalho e a oração. Todos os domingos íamos à Missa e ainda que não tivéssemos dinheiro, com frequência o exemplo dos meus pais ensinou-me a bondade e a caridade através de gestos concretos.

Sem dúvida, a família tinha um inimigo insidioso que a minava por dentro: o alcoolismo.

Dei-me conta de que o meu papá e os meus irmãos mais velhos ao não poder superar os problemas, bebiam muito, o que gerou desarmonia, raiva, juízos: cada um se encerrou no seu mundo. A minha mamã era a única que acreditava que passaria a cruz e não cessava de encomendar-se ao Senhor e à Virgem, rezando e entregando-se de coração todos os dias. Se bem o Senhor a chamou logo ao céu, permanece no meu coração. Agradeço ao Senhor ter tido uma mãe “santa”.

Durante muito tempo estive cego, perdido no álcool e na vida equivocada. Buscava "algo", mas encontrava só tristeza e desilusão. Em certo momento deixei todo o que me havia ensinado a minha família e a vida cristã, estava “preso do mundo”; envergonhava dos verdadeiros valores, julgava a todos e escapava da voz da minha consciência. Transformei-me num homem sem objectivos, só e triste com as minhas feridas, golpeado pelo mal, incapaz de amar-me a mim mesmo, a Deus nem aos demais.

Sem dúvida, sempre permaneceu no meu coração uma nostalgia, um desejo de algo belo, de um mundo diferente, melhor. Hoje sei que era a voz de Deus.

Creio que não me perdi totalmente por ter recebido a fé, por ter sido baptizado e educado numa família crente. Era a minha protecção, ele mal podia entrar, mas tinha uma defensa.

Na Comunidade do Cenáculo ajudaram-no a mudar, a deixar o álcool e assumir outra visão.

Essa dificuldade fascinou-me. Via uma realidade limpa e então tinha sentido a luta. A Comunidade soube guiar-me até agora com muita paciência, amizade e amor e ensinar-me as coisas essenciais da vida: as estou aprendendo de joelhos frente à Eucaristia e graças ao testemunho dos jovens.

Hoje é ele o que quer apoiar à Comunidade do Cenáculo e ajudar a outros jovens com vícios.

Sinto que a Comunidade tem confiança na minha pelas responsabilidades que me encomenda. Isto faz-me sentir um homem novo e valioso; é como um bálsamo sobre as minhas feridas já que por muitos anos acreditava que era um inútil, sentia-me fracassado. Agora sei que se quero mudar algo neste mundo, às vezes tão nebuloso, primeiro tenho que mudar eu mesmo no encontro com Jesus Sacramentado. Também sinto a importância de estar em comunhão com a Igreja na oração.

Depois de anos de caminho senti que o Senhor impulsionava a entregar toda a minha vida em serviço, e fui amadurecendo cada vez mais o desejo de responder-lhe com um passo decisivo que lhe deu estabilidade e alegria a minha vida interior.

Deus me escolheu para viver uma vida activa, colorida e cheia de alegrias e presentes. Rezo para que com a minha vida doada por completo, também eu possa levar um pouco de luz ao mundo e alcançar a cumprir a Vontade de Deus em mim.


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