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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Christine era hindu, conheceu Jesus numa pastelaria e hoje é noviça carmelita

Gujarat, onde os cristãos são 1%

Christine Kapadia e as carmelitas do seu convento
Actualizado 15 de Julho de 2013

AIN / ReL

Christine Kapadia procede de Gujarat, um estado situado no ocidente da Índia, com 60 milhões de habitantes. Christine era hindu e de família hindu, como 9 de cada 10 habitantes de Gujarat. Mas ela mostrava já desde a sua infância um grande interesse pelo religioso e por Deus.

"Quando o meu pai me levava em motocicleta à escola, frequentemente me dirigia a Deus, a um Deus que não conhecia e cujo nome nem sequer sabia, mas ao qual contava tudo o que me importava de menina", diz Christine numa conversa mantida com colaboradores da fundação católica internacional Ajuda à Igreja Necessitada.

Durante a adolescência procurou intensamente a Deus, segundo relata hoje, em 2013, com 34 anos de idade. Estudou outras religiões. Do cristianismo sabia bastante pouco. Ainda que em Gujarat há uma minoria muçulmana de uns 9%, os cristãos não chegam nem a 1%.

Aos pais de Christine não os inquietava que a sua filha investigasse as diferentes religiões. "Não os incomodava; deixaram-me fazer simplesmente", recorda Christine.

A pastelaria que leva a Deus
Hoje ri-se ao recordar como descobriu o cristianismo. "Quando tinha uns 15 anos conheci Jesus numa pastelaria", afirma divertida.

Ali comprava regularmente, quando numa ocasião entrou numa conversa com uma vendedora, uns anos mais velha que ela, que é católica. O que a jovem hindu conheceu de Jesus Cristo, fascinou-a.

Christine pediu à vendedora que a levasse a uma igreja. Foi o começo de uma amizade e da aproximação passo a passo ao cristianismo.

Christine começou a participar regularmente em encontros de oração. Aos 17 anos pediu para ser baptizada, mas esse desejo deparou-se com a resistência dos seus pais, que rejeitaram radicalmente a conversão. "Enquanto só ia à igreja, estavam de acordo; mas quando quis baptizar-me, de repente se desatou a guerra fria em casa", diz Christine.

Os seus amigos católicos aconselharam-lhe paciência, disseram-lhe que esperasse ao menos até ser maior de idade. Apesar de todas as resistências, Christine manteve-se firme no seu desejo; por fim, em 2002 pode baptizar-se.

Enfermidade e proximidade à família

Os seus pais aceitaram o seu desejo quando compreenderam que a nova fé da sua filha não a afastava deles. Todo o contrário: Christine, que cada vez sentia mais viva a sua vocação à vida religiosa, ocupava-se mais dos seus pais. Inclusive deixou o seu trabalho num banco para atender à sua mãe, que tinha adoecido de cancro. Uma semana antes de morrer em 2011, a sua mãe baptizou-se.

Sem dúvida, as tensões entre o pai e a filha não acabaram de acalmar-se, sobretudo porque a filha afirmava-se no seu desejo de ser carmelita. Também aqui mereceu a pena a paciência de Christine: desde há seis meses pertence à comunidade de dez carmelitas descalças (OCD).

A entrada no Carmelo

O Carmelo, que conta com o apoio da Ajuda à Igreja Necessitada, encontra-se situado em Vadodara (Baroda), a terceira cidade em tamanho de Gujarat. Christine Kapadia declara: «O meu pai mudou há tempo de atitude; quando ingressei no Carmelo acompanharam-me 21 membros da minha família... Todos eles, hindus».


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