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segunda-feira, 22 de abril de 2013

A ex-actriz erótica Claudia Koll produz um musical sobre São Maximiliano Kolbe

«Fazer da vida um dom»

Foi uma das musas de Tinto Brass até à sua conversão em 2005. Hoje é uma activa evangelizadora.

Actualizado 20 de Abril de 2013

C.L. / ReL


A sua conversão ao catolicismo foi sonora. Claudia Koll, actriz romana nascida em 1965, tinha sido na sua juventude uma das musas do erotómano Tinto Brass, com o seu papel em Così fan tutte (1992). Tal como Debora Caprioglio, estrela noutra película do director italiano, Os bordéis de Paprika (1991), Koll sentiu a chamada de Deus e desde 2006, em que fez pública a sua conversão, foi uma incansável missionária e evangelizadora, criando a sua própria academia de formação de jovens actores, a Star Rose Academy.

Agora Claudia acaba de produzir um musical em homenagem à figura de São Maximiliano Kolbe (1894-1941), o franciscano polaco recluído em Auschwitz que se ofereceu para morrer no lugar de um pai de família. A peça estreou-se esta sexta-feira no Teatro Ventidio Basso de Ascoli Piceno, nas Marcas italianas.

Entregar-se aos demais
"João Paulo II definiu-o como um patrono especial para os nossos tempos difíceis", explicou Koll para dar conta da sua iniciativa, "e realmente penso que é uma figura de grande actualidade, que tem muito que ensinar aos jovens de hoje. Este musical vai dedicado justo a eles".

A obra, intitulada Kolbe. Fazer da vida um dom, incide precisamente em que "a vida deve viver-se com responsabilidade", como uma entrega aos demais, e a ex-actriz não encontrou exemplo melhor que de aquele que, seguindo o conselho evangélico, dá a vida pelos seus amigos (Jn 15, 13).

O musical apresenta a vida de Kolbe através de uma dezena de quadros, com particular ênfase num deles: aquele no qual o jovem Maximiliano se consagra à Imaculada.

O fio condutor do espectáculo é o musical de Daniele Ricci editado pelas Paulinas, mas acrescentou às canções umas coreografias próprias (preparadas por Alexandre Stepkine, Theodor Rawyler e Irmã Anna Nobili), umas passagens documentais e alguns textos originais, criando uma obra original e especial com a finalidade "de ressaltar a luta entre o bem e o mal como fundo de todo o acontecimento", informa L´Avvenire.


O padre Kolbe em 1937,
ao voltar do Japão à Polónia.
Para os jovens, no Ano da Fé
"Enquanto preparava o musical", disse Claudia, "li uma carta escrita pelo comandante de Auschwitz à sua mulher. Um documento no qual confessa: ´É trágico ter-se equivocado tanto na vida´. Incluímo-lo na representação, para que os espectadores compreendam melhor que seguir o próprio eu pode conduzir ao desastre, enquanto se podem fazer coisas maravilhosas quando um se deixa empapar de Deus. O Padre Kolbe o compreende assim, e no momento da batalha final inclina-se do lado de Deus. Ainda que lhe custe a vida".

O musical, de hora e meia de duração, está interpretado pelos alunos da Star Rose Academy, e a São Maximiliano Kolbe o interpreta Francesco Marcolini, também protagonista em Férias em Roma, o outro espectáculo produzido por Koll baseando-se na célebre película dirigida por William Wyler em 1953 e interpretada por Gregory Peck e Audrey Hepburn.

Claudia tem claro a quem quer chegar com as suas obras: "João Paulo II ensinou-nos a crer na potencialidade dos jovens. Portanto nós adultos devemos fazer o que seja necessário para deixá-los expressar-se. Por isso este musical está interpretado por jovens e dirigido a jovens, para transmitir os valores do Evangelho. Parece-me uma mensagem importante neste Ano da Fé".


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