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quinta-feira, 28 de março de 2013

Síria: Bomba mata seminarista em estrada de Damasco

A comunidade cristã de Damasco ficou chocada com a notícia do falecimento deste jovem seminarista


Roma,


A explosão de uma bomba causou a morte, na passada terça-feira, dia 26, de um seminarista que se preparava para o diaconado permanente na arquidiocese maronita de Damasco. Camil, de 35 anos, é a mais recente vítima da violentíssima guerra civil que está a desfigurar a Síria e que causou já mais de 70 mil mortos, segundo as Nações Unidas. 

A explosão de uma bomba em plena cidade de Damasco, num momento e numa zona onde não se verificavam combates, prova a própria insanidade deste conflito, como se o país se tivesse transformado numa gigantesca roleta russa.

Segundo informação prestada pelo próprio Arcebispo de Damasco, D. Samir Nassar, à Fundação AIS, Camil dava apoio na sacristia e, paralelamente, prestava colaboração no acolhimento e na acção social da paróquia. 

A queda de uma granada, na manhã de terça-feira, quando se dirigia para casa, provocou-lhe a morte, tendo o seu corpo sido colocado na morgue pública de Damasco para ser reconhecido.

A comunidade cristã de Damasco ficou chocada com a notícia do falecimento deste jovem seminarista, conhecido de todos pela sua afabilidade, pela atenção que dispensava aos outros e pela generosidade com que partilhava a sua própria pobreza.

A morte trágica do seminarista Camil na estrada de Damasco, em plena Semana Santa, obriga a olhar para a guerra civil na Síria como um dos palcos no mundo onde os cristãos continuam a ser perseguidos e martirizados pela sua fidelidade à fé em Cristo.

Esta semana, por coincidência, a Via Sacra no Coliseu será orientada por um grupo de jovens libaneses acompanhados pelo seu Bispo, Cardeal Béchara Boutros Raï, em que irão rezar precisamente pelos cristãos perseguidos no mundo.

A guerra civil na Síria, além dos milhares de mortos, também tem provocado a fuga de milhões de pessoas. Neste momento, segundo dados disponibilizados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), haverá em toda a região mais de 1 milhão de refugiados.

O apoio aos deslocados é um dos vértices do trabalho desenvolvido pela Fundação AIS. No ano passado, a Fundação AIS distribuiu mais de 500.000 euros para ajuda de emergência nas regiões onde existem conflitos armados, guerras ou crises humanitárias, sendo que o centro de todas as atenções foi, precisamente, a crise na Síria.

(Fonte: AIS)



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